Depois de confortar Aurora, Erica bocejou graciosamente e largou o controle remoto da TV, se levantando e dizendo ao casal:- Vou voltar para o meu quarto e descansar primeiro, estou velha demais para ficar acordada até tarde. - Depois de dar alguns passos, ela parou novamente e virou a cabeça para perguntar a Aurora. - Aurora, devo tirar seu travesseiro do quarto?Aurora sorriu e disse:- Não precisa, tenho travesseiros no quarto de hóspedes.Erica olhou brevemente para o neto e, sem dizer mais nada, foi para o quarto.Quando Aurora entrou para tomar banho, a velhinha já estava dormindo profundamente, e o ronco, mais uma vez, era de estremecer os tímpanos.Aurora não soube o que dizer.Dez minutos depois...Aurora, vestindo seu pijama, saiu do quarto e, assim que fechou a porta do quarto, viu seu marido de roupão, com os braços em volta do peito, encostado na moldura da porta do quarto.- Ainda não dormiu? Você tem que trabalhar amanhã. - Aurora fingiu que não se lembrava de tê-lo pro
Ela subiu na cama dele e se deitou, dizendo confortavelmente:- Depois de ter dormido em sua cama uma vez, sempre sinto que sua cama é especialmente quente... Bem, talvez seja uma alucinação minha. - Puxando as cobertas para cima de si, Aurora sorriu e disse. - Bruno, boa noite.Os olhos escuros de Bruno brilharam. Depois de ficar olhando para ela por um longo momento, de repente, ele puxou as cobertas dela para cima, prestes a se jogar para cima dela.Porém, ela se sentou com um sobressalto, saiu rapidamente da cama, calçou os chinelos e saiu.- Aurora? - Bruno estendeu a mão para puxá-la de volta.- Bem.. Eu... Eu preciso voltar para o meu quarto para usar o banheiro.Sua “velha amiga” talvez tenha vindo para estragar o clima.Um certo homem não compreendeu suas palavras:- Mas também tenho um banheiro no meu quarto.- Mas está faltando uma coisa no seu quarto. Eu volto para dormir na sua cama depois de usar o banheiro, mas, eu não vou poder te devorar por um tempo. - Aurora lhe deu
A Sra. Junqueira pegou o lenço de papel entregue pelo marido e, depois de enxugar as lágrimas, finalmente abriu a boca para falar:- O Michel tem uma leve semelhança com a minha irmã, e a mãe dele, que é a Madalena, se fosse um pouco mais magra, seria ainda mais parecida com a minha irmã. Quando Letícia conheceu Aurora, ela disse que teve uma sensação de empatia. Quando eu conheci a Madalena e seu filho, tive essa mesma sensação. Acho que isso se deve aos laços de sangue. Thiago, dessa vez, talvez, eu realmente tenha encontrado minha irmã...Ao pensar que sua irmã havia partido muito tempo atrás, as lágrimas da Sra. Junqueira escorregaram novamente.- Mas, ela se foi, morreu há quinze anos, não é à toa que estou procurando por ela há tanto tempo, mas não consegui encontrá-la. Ela nem está mais neste mundo, como posso encontrá-la?O Sr. Junqueira a consolou:- Foi apenas uma sensação, a empatia entre as pessoas às vezes é muito estranha. Não chore ainda, espere o resultado do exame de D
- Não tenho apetite.- Você passou um dia inteiro sem comer ou beber e ainda está sem apetite? Você não sabe como estou preocupado com você, e meus filhos também, até Yuri voltou correndo quando soube que você está deprimida.Havia três filhos em sua família. Como filho primogênito, havia Pedro, que era maduro e estável. Em segundo, estava Yuri, que era ausente e nunca estava em casa. E como caçula, havia a Letícia, que era o tesouro precioso da família. Antes, ela vivia girando em torno do Bruno todos os dias, e só havia se tornado mais normal nos últimos dias.- Pense nisso como uma dieta. - A Sra. Junqueira se deitou na cama. - Vou dormir.O Sr. Junqueira teve que deixá-la em paz.Ela não queria comer, e ele não conseguiria convencê-la a comer.Ela sempre foi teimosa.A filha herdou a teimosia dela.Depois de muitos anos de admiração por Bruno, sempre ouvindo muitas persuasões de todos ao seu redor, Letícia não desistiu e não voltou atrás até bater com a cara na parede.A noite foi
Bruno pegou o café da manhã que havia pedido a Vasco para empacotar, foi até a mesa e o colocou ali. Depois de ponderar brevemente, ele entrou na cozinha novamente.Ele preparou chá de gengibre para Aurora.- Pensei que você mesmo tivesse feito o café da manhã, então na verdade apenas embalou lá de fora.Uma voz provocativa soou, e Bruno nem precisou olhar para trás para saber que era sua querida avó.Ele não olhou para trás e nem respondeu.- O que está cozinhando? Está cheirando muito forte a gengibre.A idosa entrou na cozinha e se aproximou para abrir a tampa da panela e dar uma olhada. Ao ver o que era, ela fechou a tampa rapidamente.- Achei que estava havendo progresso. - Erica murmurou e olhou para o neto com desprezo, antes de se virar e ir embora.O belo rosto de Bruno se enrijeceu, incapaz de resistir a se defender:- Já estou me esforçando muito.Originalmente, na noite passada, havia uma chance, quem diria que os céus estavam brincando com ele.- Ataque o coração, ataque o
O grande e renomado Bruno Alves nunca havia sido beliscado dessa maneira em toda a sua vida.Isso realmente doeu!- A vovó já acordou? - Aurora lhe perguntou enquanto rolava para fora da cama.Ela queria voltar para seu quarto antes que a vovó acordasse.- Já está acordada.- Tão cedo? - Aurora, que estava pronta para correr, fez uma pausa em seus movimentos. - Então, se eu sair assim e a vovó me vir...- Nós dois somos casados.Bruno não gostava dela agindo como se eles precisassem dormir juntos às escondidas.Aurora riu:- É verdade, somos marido e mulher, abertos e honestos, a vovó só vai ficar feliz quando nos vir. Quando ela soube que temos dormido em quartos separados depois do casamento, não me faltou reclamações nos ouvidos, me instigando a fazer isso e aquilo com você.Bruno olhou para ela, completamente sem palavras.Ele também estava sem palavras sobre sua própria avó.Mas era óbvio que agora ele se sentia mais grato a ela do que qualquer outra coisa, porque se não fosse pel
- Eu preparei chá de gengibre para você, já que você não tem tempo de beber agora, vou colocá-lo em uma garrafa térmica, leve-a para a loja com você.Aurora olhou para ele de forma inesperada.Ele realmente preparou chá de gengibre para ela?Bruno lavou a garrafa térmica, despejou o chá de gengibre cozido na garrafa térmica, depois colocou a garrafa térmica em uma sacola e a entregou a ela, dizendo:- Lembre-se de beber.Aurora pegou a sacola com a garrafa térmica, o olhou profundamente e disse:- Tchau.E foi embora.Bruno ficou parado no lugar e a observou sair pela porta.A senhora idosa disse a ele:- Você não sabe acompanhá-la até a porta?- Ela sabe para que lado a porta se abre.Erica revirou os olhos.Ela estava prestes a elogiá-lo por estar progredindo, mas ele acabou dando outro tapa na cara dela. Esse garoto, realmente... Deixava-a sem palavras.- Vovó, pelo jeito que a Aurora olhou para mim, acho que ela teria me beijado se a senhora não estivesse aqui.Erica revirou os olh
Helder disse dolorosamente:- Aurora, eu sei que você é casada, mas você e seu marido são casados por contrato, vão se divorciar no futuro. Eu gosto de você, Aurora, gosto de você há muito, muito tempo. Eu sei que você não pode me aceitar ainda, e estou tentando me controlar para não ir até você, mas não consigo evitar, penso em você sempre que estou livre, e só consigo pensar no seu rosto e no seu sorriso. Aurora, só quero que você saiba que sou eu quem a ama.Ele entregou o buquê a Aurora novamente e olhou profundamente para Aurora, acrescentando:- Aurora, você pode me dar uma chance de esperar na fila?Stella havia conversado com ele e o advertido.Helder, no entanto, não conseguia simplesmente desistir.Ele gostava muito, muito de Aurora.Também se arrependia de não ter confessado seu amor por Aurora logo quando se apaixonou por ela. Se o tivesse feito, talvez Aurora tivesse esperado ele crescer e não teria tido um casamento relâmpago com um homem estranho.Aurora estendeu a mão e
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do