Assim que Aurora transferiu o dinheiro para Madalena, Cornélio suspirou aliviado. O dinheiro foi destinado para a nora e seria usado para o neto, não para um estranho. Se tivesse dado para o filho, acabaria nas mãos da filha dele novamente. Ao sair da casa dos Lavi, Antônio insistiu em andar no carro do primo Bruno. Depois que entrou no carro, ele disse a Aurora: - Cunhada, por que vocês não me chamaram quando vieram brigar ontem? Somos nove primos, mas eu fui o único que ficou de fora.Aurora olhou para o seu cunhado mais novo e disse: - Você ainda é menor de idade, precisamos proteger os menores.- Na verdade, sou menor de idade, e Enzo também. Se nós dois brigarmos, será apenas uma briga entre dois menores. - Respondeu Antônio. - Não precisamos bater nele, deixe que o pai dele o puna. Você não ouviu o que a mãe dele disse? Ela também queria que pagássemos uma indenização. Ele foi espancado pelo pai, e Carolina não pôde nos pedir dinheiro. - Explicou Aurora. - A vovó disse qu
Aurora se sentiu muito abalada. Quando estava no ensino médio, ela havia se dedicado muito para entrar em uma boa universidade, enquanto os primos de Bruno conseguiram entrar facilmente em boas universidades e até pularam algumas séries. - Cunhada, não fique assim tão desanimada, a pessoa mais desanimada sou eu. - Disse Antônio.Aurora concordou e achou que Antônio era a pessoa mais coitada. Ela riu e disse:- Antônio, não desanime. Acredito que você também pode entrar em uma boa universidade, vamos lá!- Vou tentar entrar na mesma universidade que meus primos frequentaram. Se eu não conseguir, vou... Repetir o ano. - Disse Antônio. Ele originalmente queria dizer que, se não conseguisse entrar na universidade mencionada, iria dar dois tapas em si mesmo, mas pensou melhor e decidiu não fazer isso, mudando o que ia dizer.Bruno virou a cabeça e olhou para o primo por um instante, depois voltou a concentrar-se na condução do carro: - Se você não conseguir, não conte que é meu primo.An
A velha senhora negou que estivesse se divertindo com a situação. Aurora passou a noite sem dormir e, embora tenha tomado uma xícara de café pela manhã, ainda estava sonolenta agora.Ela disse: - Vou ligar para minha irmã e perguntar como está Michel.Com uma simples ligação, Aurora descobriu que Letícia e sua mãe foram visitar Michel com presentes, e ela sabia qual era o objetivo principal.- Irmã, Sra. Junqueira disse alguma coisa? – Perguntou Aurora.Aurora ainda não havia contado à sua irmã sobre essa questão.- Nada de especial, exceto que ela se preocupa com Michel e Letícia repreendeu a família Lavi por meia hora. – Respondeu Madalena.Os amigos de sua irmã e a família do marido de sua irmã eram mais solidários do que o próprio marido e sua família, o que deixava Madalena ainda mais triste.Ela era tão cega na época em que se casou com Daulo, um homem tão desprezível. Como ele ousava lutar pela custódia de Michel? No dia do julgamento do divórcio, ela apresentaria as fotos d
Bruno carregou Aurora de volta para a casa deles.Assim que ele abriu a porta, o cachorrinho de estimação veio voando para recebê-los.- Sai! Xô! - Bruno disse baixo, e Floquinho se debruçou no chão obedientemente, não ousando se aproximar mais.Ele sabia que o dono não gostava muito dele.O bom era que ele também não o maltratava, e não lhe faltavam comida e bebida.Nessa hora, o celular de Bruno tocou.Ele ainda estava segurando Aurora e não conseguia liberar as mãos para atender a chamada.A outra pessoa desligou rapidamente.Deveria ser Paulo ligando a cada dez minutos, como ele havia instruído, para lhe dar uma desculpa para ir embora.Mas não havia necessidade de fazer isso agora.A Sra. Junqueira e sua filha já haviam deixado a casa de Madalena.Ele carregou Aurora até o quarto dela, deitou-a na cama e a cobriu com a coberta, antes de sacar o celular e ligar para Paulo, sussurrando:- Paulo, não precisa mais me ligar.- Não preciso ligar mais? Eu estava pensando em usar o método
Bruno respondeu com teimosia:- Não!- Não mesmo?- Não mesmo!Aurora se endireitou e disse com uma cara de resignação:- Eu estava pensando que se você fosse sentir muito a minha falta e não quisesse me deixar ir, eu mandaria a Dona Izete ficar na casa da minha irmã para fazer companhia a ela, e eu voltaria para fazer companhia a você. Mas como você não precisa de mim, é melhor eu fazer companhia à minha irmã. Esse clima está ficando cada vez mais frio, já tem a sensação de inverno, dormindo sozinho, sempre sinto que não está quente o suficiente, que tristeza.Bruno ficou sem palavras.Será que ela estava insinuando para ele que bastava ele dizer que não queria que ela fosse e ela já estaria ocupando a cama dele agarrada a um travesseiro e um edredom?Aurora, ainda parecendo estar com muita pena, estendeu a mão para cima e afagou o rosto de Bruno, depois deslizou para baixo e passou pelo pescoço dele e, finalmente, parou no peitoral, onde o afagou novamente. Quando os olhos de Bruno s
Depois que o casal flertou um com o outro, durante o jantar, Bruno foi muito atencioso com Aurora.Aurora se sentiu um pouco lisonjeada.Ao mesmo tempo, em seu coração, ela pensou: "Um bom marido, realmente tem que ser treinado por suas próprias mãos. Espero que o marido que eu treinei pessoalmente não seja roubado por outras.”Depois do jantar, o casal foi para a casa da Madalena.Michel já havia acordado, mas ainda se recusava a brincar sozinho, grudado na mãe como um pedaço de chiclete.Além de Aurora, que ainda podia pegá-lo no colo, até mesmo Dona Izete, ele se recusava a deixá-la tocá-lo.- Mana, você vai trabalhar amanhã? - Aurora perguntou à irmã, segurando o sobrinho.Madalena olhou para Michel e, depois de um pouco de hesitação, disse:- Aurora, eu... Quero me demitir, e começar meu próprio negócio.Com Michel nesse estado agora, Madalena estava realmente preocupada em deixa-lo sozinho, mas se tirasse uma licença, sendo uma recém-chegada no Grupo Ferreira, poderia facilmente
- Aurora, amanhã vocês dois, quem tiver que ir trabalhar, vá trabalhar, e quem tiver que abrir a loja, vá abrir a loja. Vão lá se ocupar tranquilos, não precisam vir aqui, eu posso cuidar do Michel. – Disse Madalena.Aurora não estava muito tranquila quanto a isso e disse:- Então eu vou pedir para a Dona Izete ficar aqui.Afinal, Dona Izete foi contratada justamente para cuidar de Michel durante o dia, e cuidar da limpeza da pequena casa dela e de Bruno era apenas algo de passagem.Madalena ficou um pouco envergonhada.Dona Izete era a tia que seu cunhado havia contratado para que Aurora não ficasse tão cansada, mas acabou que Dona Izete sempre era solicitada para ajudá-la.- Mana, somos irmãs, a gente se apoia uma na outra. - Aurora não queria que sua irmã ficasse psicologicamente sobrecarregada. - Desde que você e Michel estejam bem, é melhor do que qualquer coisa para mim.- O salário da Dona Izete, você paga por mim por enquanto e, quando eu me recuperar, te compenso o valor todo.
Depois de confortar Aurora, Erica bocejou graciosamente e largou o controle remoto da TV, se levantando e dizendo ao casal:- Vou voltar para o meu quarto e descansar primeiro, estou velha demais para ficar acordada até tarde. - Depois de dar alguns passos, ela parou novamente e virou a cabeça para perguntar a Aurora. - Aurora, devo tirar seu travesseiro do quarto?Aurora sorriu e disse:- Não precisa, tenho travesseiros no quarto de hóspedes.Erica olhou brevemente para o neto e, sem dizer mais nada, foi para o quarto.Quando Aurora entrou para tomar banho, a velhinha já estava dormindo profundamente, e o ronco, mais uma vez, era de estremecer os tímpanos.Aurora não soube o que dizer.Dez minutos depois...Aurora, vestindo seu pijama, saiu do quarto e, assim que fechou a porta do quarto, viu seu marido de roupão, com os braços em volta do peito, encostado na moldura da porta do quarto.- Ainda não dormiu? Você tem que trabalhar amanhã. - Aurora fingiu que não se lembrava de tê-lo pro
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do