Michel adormeceu rapidamente nos braços da mãe.Madalena aproveitou que o filho estava dormindo e entregou-o para a irmã, sabendo que Aurora e seu marido estavam se esforçando para cuidar bem de Michel, inclusive contratando Dona Izete como babá. Madalena era muito grata por todo o apoio recebido.Atualmente, Madalena ainda não tinha conseguido se sustentar sozinha e só podia se lembrar da bondade do casal. Porém, ela prometeu a si mesma que iria retribuir tudo o que fizeram por ela assim que tivesse condições.Madalena foi trabalhar.Letícia recebeu uma ligação de sua única e melhor amiga, sem saber o que ela queria. Depois de desligar, ela se despediu rapidamente de Aurora e Stella antes de sair às pressas.- Stella, você fica cuidando da livraria e do Michel. Vou levar Dona Izete para comprar alguns móveis. - Disse Aurora.Aurora ainda se lembrava de comprar uma cama, um armário e roupas de cama para Dona Izete.- Ok. – Respondeu Stella prontamente, sabendo que era um período de pou
Infelizmente, os amigos dele eram tão inexperientes quanto ele.Ele não podia simplesmente ir pedir conselhos para sua avó, senão ela iria rir dele.Ele se lembrou de quando, algum tempo atrás, disse com firmeza diante da avó que não estava interessado em perseguir uma esposa e sentiu seu rosto queimar de vergonha.Porém, aparentemente, ele nem precisava perseguir Aurora, já que ela era sua esposa!- Obrigada por sua preocupação. Vou cuidar de mim mesma. - Disse Aurora, enquanto suas mãos habilidosas teciam um carro de brinquedo. - Senhor Bruno, você pode levar Dona Izete para casa primeiro e não se esqueça de levar os três animais com você.Bruno ficou com uma expressão fria e disse:- Não vou levar os animais.- Então deixe Dona Izete levá-los. Não há muito movimento na livraria agora e vocês dois não vão me ajudar em nada aqui. É melhor voltar para casa e deixar Dona Izete arrumar seu quarto. – Respondeu Aurora.- Você está me achando inútil! - Disse Bruno, com o rosto ainda mais ca
Depois de confirmado, Aurora não pôde deixar de sentir pena de Letícia.O Sr. Alves realmente tinha uma esposa.Letícia devia seguir em frente.Ela era uma boa garota e esperava que ela pudesse encontrar sua felicidade em breve, deixando para trás seus sentimentos pelo Sr. Alves.- Se o Sr. Alves já é casado, por que não há nenhuma notícia sobre isso? - Perguntou Aurora.Nem mesmo Letícia sabia.- Provavelmente é para proteger a esposa do presidente. Afinal, nosso presidente é bonito, jovem, talentoso e rico. Todas as jovens mulheres que o vêem pessoalmente ficam deslumbradas por sua aparência e charme. – Explicou Bruno.- Embora outras mulheres não tenham coragem de se aproximar dele, além da Srta. Letícia, isso não significa que não haja outras pessoas que o admirem. Ele teme que a exposição da identidade e aparência de sua esposa possa trazer problemas sem fim para ela e também teme que alguém possa machucar sua esposa quando ele não estiver prestando atenção. – Continuou Bruno.- E
Aurora costumava fechar a livraria tão tarde, provavelmente estava trabalhando em artesanatos, lá dentro.Ao olhar para ele, Aurora disse:- Você ainda não tem tanta influência assim para me incomodar.Bruno ficou em silêncio.- Minha irmã vai pedir o divórcio ao Daulo esta noite. Estou um pouco preocupada. - Disse Aurora.- Que tal se eu for com você até a casa de sua irmã? - Sugeriu Bruno.Aurora olhou para o relógio e disse: - Nesse horário, Daulo ainda não voltou para casa. Ele geralmente só volta tarde da noite.As duas irmãs eram um pouco ingênuas e sempre pensavam que Daulo estava trabalhando até tarde devido à sua função como gerente, mas na verdade ele estava passando tempo com sua amante!- Acredite em sua irmã. Ela vai conseguir lidar com isso. - Disse Bruno, tentando confortar Aurora.Depois de um momento de silêncio, Aurora disse: - Sinto que as coisas não vão dar certo. A família Francisco é muito sem vergonha. Eles tentaram fazer o Michel ficar doente para que minha ir
Bruno olhou para Aurora. Ela também estava olhando para ele, e o ouviu perguntar:- Você quer ir para a casa da sua irmã dar uma olhada?Aurora olhou a hora em seu celular e disse:- O Daulo não vai voltar a essa hora. - Depois de uma pausa, ela acrescentou. - Deixe minha irmã cuidar de seus próprios assuntos e, quando ela precisar de minha ajuda, farei o possível sempre que ela pedir.Bruno parou de falar. Ele estava trocando mensagens no celular e não sabia com quem estava falando.Depois de alguns minutos, ele disse a ela repentinamente:- Você não parece de muito bom humor, por que você não encerra o dia e vamos passear um pouco para espairecer?Aurora ficou em silêncio por um momento, antes de dizer:- Não tenho nenhum lugar para onde eu queira ir.A simples menção do casamento da irmã já mudava o humor de Aurora, de ensolarado para nublado.Ela sempre pensava em como as duas irmãs viveram juntas por tantos anos e, quando a irmã se casou, ela pensou que havia encontrado um bom lar
Bruno franziu a testa e queria dizer algo, mas Aurora disse primeiro:- Stella e eu vamos compensar Letícia de outras maneiras, não vamos tirar proveito dela assim.Letícia havia deixado suas coisas aqui, e Aurora e Stella não puderam fazer nada. Se recusassem, a Srta. Letícia com certeza ficaria brava, então tiveram que aceitá-las.Enquanto arrumavam as coisas, os dois tiveram uma ideia do valor dos itens que Letícia havia enviado.Eles planejaram encontrar uma maneira discreta de devolvê-los a ela no futuro.- Não é uma questão de tirar proveito disso, sua loja não é grande o suficiente, você tem tantas estantes e prateleiras, e a Srta. Letícia fica enfiando coisas na sua loja, que não são para vender, não está ocupando espaço à toa?De fato, Bruno estava bem incomodado.Ele ainda não havia ocupado espaço na loja de sua esposa, mas Letícia havia feito isso primeiro.Letícia, sua rival amorosa, que sempre gostou de ocupar todo o tempo de sua esposa, era ainda mais odiosa do que Helder
Aurora disse que queria ir à praia para sentir a brisa do mar, então Bruno levou sua esposa até a praia.Obviamente, eles não poderiam ir para a casa da família Alves com vista para o mar.Por sorte, nessa época do ano e à noite, a praia não estava tão movimentada como no verão, com apenas alguns turistas dispersos.O casal caminhou pela areia macia. As ondas rugindo com a brisa do mar, bagunçaram os cabelos de Aurora e a fez sentir frio.Bruno parou seus passos.Aurora parou com ele e lhe perguntou:- O que há de errado?Bruno tirou o paletó do terno e o entregou a Aurora.- O vento do mar está muito forte, vista o meu paletó. – Disse ele. Vendo que Aurora não queria pegar o casaco, ele perguntou. - Você vai colocá-lo sozinha ou quer que eu te ajude a colocar?Aurora teve que pegar o casaco e disse, enquanto o vestia:- Você não está com frio?- Eu também estou com frio, mas tenho mais medo que você pegue um resfriado.Aurora olhou para ele e soltou uma gargalhada:- Sr. Bruno, sua re
Aurora gargalhou com gosto.De repente, ela queria muito vê-lo fazer um striptease.Bruno se levantou e deu um peteleco na testa dela, fazendo-a sentir dor.- Eu nem sei o que se passa na sua cabeça, você sempre pensa em coisas diferentes do normal.Aurora disse deliberadamente:- Vovó está sempre me dizendo para te derrubar, arrancar suas roupas, rolar os lençóis e dar uma bisneta para ela. Eu vou considerar se devo ou não atender ao desejo da vovó.No final de sua frase, Bruno deu um peteleco na testa dela novamente.- Ai!Sentindo dor de novo, Aurora não perdeu tempo, torcendo as duas bochechas dele e apertando duas vezes mais, como vingança.- Aurora. - Bruno segurou as duas mãos dela, com uma expressão séria.O ar brincalhão de Aurora sumiu instantaneamente. Encontrando seus olhos profundos, ela disse, um pouco cautelosamente:- Sr. Bruno, diga o que quiser dizer, só que, por favor, não fique tão sério, isso me assusta muito.- Ouça bem.- Sim, estou ouvindo, com todos os ouvidos.
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do