Aurora disse que queria ir à praia para sentir a brisa do mar, então Bruno levou sua esposa até a praia.Obviamente, eles não poderiam ir para a casa da família Alves com vista para o mar.Por sorte, nessa época do ano e à noite, a praia não estava tão movimentada como no verão, com apenas alguns turistas dispersos.O casal caminhou pela areia macia. As ondas rugindo com a brisa do mar, bagunçaram os cabelos de Aurora e a fez sentir frio.Bruno parou seus passos.Aurora parou com ele e lhe perguntou:- O que há de errado?Bruno tirou o paletó do terno e o entregou a Aurora.- O vento do mar está muito forte, vista o meu paletó. – Disse ele. Vendo que Aurora não queria pegar o casaco, ele perguntou. - Você vai colocá-lo sozinha ou quer que eu te ajude a colocar?Aurora teve que pegar o casaco e disse, enquanto o vestia:- Você não está com frio?- Eu também estou com frio, mas tenho mais medo que você pegue um resfriado.Aurora olhou para ele e soltou uma gargalhada:- Sr. Bruno, sua re
Aurora gargalhou com gosto.De repente, ela queria muito vê-lo fazer um striptease.Bruno se levantou e deu um peteleco na testa dela, fazendo-a sentir dor.- Eu nem sei o que se passa na sua cabeça, você sempre pensa em coisas diferentes do normal.Aurora disse deliberadamente:- Vovó está sempre me dizendo para te derrubar, arrancar suas roupas, rolar os lençóis e dar uma bisneta para ela. Eu vou considerar se devo ou não atender ao desejo da vovó.No final de sua frase, Bruno deu um peteleco na testa dela novamente.- Ai!Sentindo dor de novo, Aurora não perdeu tempo, torcendo as duas bochechas dele e apertando duas vezes mais, como vingança.- Aurora. - Bruno segurou as duas mãos dela, com uma expressão séria.O ar brincalhão de Aurora sumiu instantaneamente. Encontrando seus olhos profundos, ela disse, um pouco cautelosamente:- Sr. Bruno, diga o que quiser dizer, só que, por favor, não fique tão sério, isso me assusta muito.- Ouça bem.- Sim, estou ouvindo, com todos os ouvidos.
Bruno tirou o casaco e o entregou a ela, dizendo:- Durma, mas se cubra primeiro.Já que não havia mais brisa do mar, Aurora pegou o casaco dele sem cerimônia e o colocou sobre si mesma, indo tranquilamente para o mundo dos sonhos.Bruno desligou a música do carro para não a incomodar.Ele dirigiu em silêncio e ela dormiu tranquilamente. Logo, estavam de volta ao Condomínio Rosa.O grupo de guarda-costas ainda estava perambulando baixo. Principalmente, porque o Sr. Alves ficou fora de vista deles durante toda a noite.Quando Dona Izete voltou com os animais de estimação da Sra. Alves, eles ficaram um pouco ansiosos ao descobrir que o Sr. Alves estava levando a Sra. Alves para passear, mas nenhum deles ousou entrar em contato com o Sr. Alves, por medo de perturbar o casal.Quando viram Bruno voltando em seu carro, os guarda-costas se dispersaram em todas as direções, com medo de serem vistos pela Sra. Alves.Vasco, em particular, foi o mais rápido, quase correndo para se agachar dentro
Sem pensar duas vezes, Bruno começou a agir como um ladrão no quarto de Aurora, remexendo nos armários.Depois de procurar por um bom tempo em todos os lugares que ela poderia ter escondido, ele não conseguiu encontrar a cópia do contrato.Onde ela tinha colocado?Bruno ficou em frente à cômoda, com os olhos fixos nela, pensando em que outro canto ele não havia vasculhado?Ele havia vasculhado todas as gavetas.Finalmente, seus olhos caíram em um pedaço de papel sobre a mesa, na qual havia o desenho de um brinco.Ele pegou a folha de papel.Os desenhos de Aurora eram bons.Mas por que ela desenhou um brinco?Bruno não conseguia adivinhar porque Aurora havia desenhado um brinco, então virou o papel. Para a sua surpresa, do outro lado do papel, estava o conteúdo que ele estava procurando.Ela havia desenhado no verso de sua cópia do contrato.Não era de se admirar que ele não tivesse conseguido encontrá-lo em todas as caixas.Bruno dobrou o contrato de Aurora e o enfiou no bolso da calça
A mente de Madalena ficou em branco por um momento.Ela não esperava que a pessoa que atendesse ao telefone fosse Juliana.Rapidamente, ela afastou o telefone do ouvido e clicou em “gravar” na tela da chamada.O amigo de seu cunhado a ajudou a investigar e coletar provas da traição de Daulo, mas também lhe disse que as evidências só provavam que Daulo havia traído emocionalmente e que os dois ainda não tinham tido um relacionamento substancial.No momento, os dois canalhas deveriam estar juntos, e Madalena pensou em registrá-los primeiro.- Quem é você? – Perguntou Madalena.Quando o silêncio dela foi suficiente para que Juliana se vangloriasse mentalmente, Madalena seguiu o roteiro.Depois de descobrir que Daulo a havia traído, ela faria tanto barraco que Daulo ficaria tão irritado que, apesar de seu filho, se divorciaria dela.Se ela não chorasse e fizesse uma cena, Daulo e os outros teriam pensado que ela estava ansiosa pelo divórcio e ficariam de enrolação.- Eu sou a secretária de
Madalena tinha que cuidar do filho, então a essa hora, ela realmente não podia deixá-lo sozinho enquanto corria para o hotel para flagrar o marido traindo.Deveria ligar para a irmã? Madalena estava hesitante.Será que ela deveria incomodar a irmã naquele momento?Depois de hesitar por um momento, Madalena decidiu aproveitar a oportunidade para coletar mais provas da infidelidade de Daulo, o que seria benéfico para ela. Então, ela ligou para Aurora.Aurora estava dormindo profundamente porque havia tomado duas cervejas, e foi carregada para cima por Bruno, sem nenhuma consciência disso.Foi preciso o telefonema de Madalena e o toque repetido do celular para que Aurora voltasse do mundo dos sonhos.Pegando o telefone, ela o atendeu sem sequer olhar o identificador de chamadas.- Olá, quem é?- Aurora, sou eu, sua irmã.- Mana, o que se passa? - Aurora lembrou que a irmã ia contar ao cunhado canalha sobre o divórcio e pensou que o casal estava brigando de novo. - O Daulo bateu em você de
Aurora disse, enquanto arrancava uma chave do seu molho de chaves e a entregava a Bruno:- Esta é a chave da casa da minha irmã.Os olhos escuros de Bruno brilharam.Daulo tinha ido a um compromisso social, Bruno sabia disso.Ele pediu a Paulo que investigasse e coletasse provas contra Daulo. Paulo era muito enxerido e, depois de entregar o relatório, se sentiu insatisfeito com os resultados e não desistiu. Ele até mesmo enviou alguém para monitorar Daulo em segredo.Assim, depois que Daulo deixava o escritório, todos os seus movimentos estavam sob o controle de Paulo.À noite, enquanto Bruno estava com Aurora, ele aproveitou para enviar uma mensagem a Paulo, dizendo a ele para encontrar uma oportunidade de dar uma empurrada no envolvimento entre Daulo e Juliana, para que façam progressos substanciais, consolidando assim a traição completa de Daulo à família e ao casamento.Quando Madalena pedisse o divórcio, ela estaria em vantagem no aspecto moral.Agora que Daulo e Juliana estavam j
Bruno fechou a porta atrás de si e puxou Aurora, dizendo enquanto caminhava:- Meu amigo descobriu que seu cunhado está agora no Hotel Malubes, que pertence ao Grupo Junqueira, e eu trabalho para o Grupo Alves, os dois grupos são meio que rivais mortais e não quero que ninguém do Grupo Junqueira me reconheça. Se eu pintar metade do meu rosto de preto, ninguém vai me reconhecer.Aurora olhou duas vezes para a marca de nascença que ele havia desenhado.Mesmo na pressa, ele havia pensado nesse detalhe.Ele era uma pessoa atenciosa e minuciosa, o que explicava por que ele foi capaz de trabalhar como um profissional de colarinho branco no Grupo Alves.Agora, Aurora finalmente acreditou nas palavras da vovó Erica, que elogiou Bruno como um homem muito atencioso. Claro, a sua atenção só se mostrava completamente quando ele queria ser carinhoso com alguém.- Quando você voltar, lave com água e sabão. - Aurora administrava uma livraria que também era papelaria e sabia como limpar o óleo do cane
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do