Aurora não fazia ideia de que Bruno e seus melhores amigos estavam comendo aqui.Ela, Stella e Helder comeram, enquanto conversavam por um longo tempo.Quando Helder recebeu um telefonema e teve que sair primeiro, Aurora disse:- Eu e sua prima também já enchemos a barriga, então vou lá pagar a conta. Helder, se você tem algo para resolver, pode ir. Eu e a Stella ainda vamos ficar um pouco na cafeteria aqui do lado.Da última vez que acompanhou a melhor amiga em um encontro às cegas, Aurora havia se encantado com a tranquilidade da Cafeteria Yasmin.Essa rua era muito movimentada, poderia ser considerada próspera. O dono da Cafeteria Yasmin havia investido bastante e colocou isolamento acústico no interior, de modo que, quando você entrava na cafeteria, o barulho do lado de fora desaparecia de seus ouvidos.Como Stella veio de carro, Helder acreditava que sua prima levaria Aurora para casa mais tarde, então ele disse:- Stella, Aurora, eu vou indo primeiro, então.- Vai lá, dirija com
Paulo estava um pouco atônito com o que via.Seria realmente pura encenação o seu chefe ter se gabado de ter uma esposa na frente dele várias vezes?Mas a Sra. Erica já não cuidava das coisas da empresa e raramente voltava ao escritório, então Bruno realmente não tinha a necessidade de encenar na frente dele.Que coisa confusa!Enfim, que fosse! Aquilo era problema particular de Bruno, ele conseguiria resolver sozinho. Como seus melhores amigos, eles podiam simplesmente trazer um banquinho, pegar um balde de pipoca e se sentar para assistir ao show.Sem nada de interessante para ver, eles foram para casa dormir.Duas horas depois...Aurora olhou as horas e viu que já eram três da tarde, então disse para a amiga:- Stella, vamos voltar, tenho que dar uma olhada lá na casa da minha irmã.- Beleza. - Stella também olhou as horas e não discordou quando a amiga disse que queria ir para casa. - Vamos passar no mercado primeiro, comprar algumas frutas e uns brinquedos. Quero ir com você para
Stella ficou surpresa e perguntou:- Sério? Embora o Condomínio Rosa fosse, de fato, um bairro de luxo, mas não pensei que alguém dirigisse um Rolls Royce. Alguém capaz de comprar um carro desses não deveria estar morando em mansões?- O Sr. Bruno disse que essa pessoa provavelmente tem filhos que estudam na escola das proximidades, então comprou uma casa no Condomínio Rosa para facilitar suas idas e voltas. Quem sabe quantos apartamentos e mansões aquela pessoa tem?Stella sorriu e disse:- Verdade. Vamos, bora ao mercado... A propósito, a Sra. Erica não disse que viria para cá?- Não virá mais. - Por quê?- O dono da casa não concordou. – Disse Aurora, dando de ombros.Stella ficou sem palavras. O dono da casa era o Bruno, neto da Sra. Erica. A avó queria passar o fim de semana na casa dele, mas o neto não permitiu.... Que ingrato!As duas entraram no carro de Stella e se afastaram da Cafeteria Yasmin.Não demorou muito para que parassem o carro em um grande shopping center.Depois
Elas foram para o bairro onde Madalena morava.Assim que Aurora saiu do carro, viu um carro familiar e seu rosto se contraiu.- O que foi? – perguntou Stella.- É o carro da cunhada da minha irmã estacionado ali, ela deve ter vindo atrás da minha irmã de novo. A cunhada dela é definitivamente a mais bizarra de todas, bem parecida com os meus parentes lá da aldeia.Stella disse:- Então, vamos subir logo! Se ela estiver intimidando a Madalena, vamos unir forças e expulsá-la.Dito isso, ela reparou que Aurora já havia ido longe com suas sacolas nas mãos.Stella se apressou em segui-la.A família Francisco realmente estava aqui. Mais uma vez, era Arabela e sua filha Carolina.Elas vieram para convencer Madalena a ir até a casa dos Francisco e buscar Daulo de volta.Daulo voltou a morar com seus pais, mas comia na casa de sua irmã, porque seus pais estavam lá para cuidar das crianças de Carolina e cozinhar.O bom era que a casa dos seus pais ficava bem perto da casa de sua irmã, era no mes
Michel não disse se sentia falta ou não, apenas murmurou:- Papai, trabalhar.Ele foi criado pela mãe e pela tia, e aquela criatura chamada “pai”, que ele só via nos fins de semana, geralmente já tinha saído para trabalhar há muito tempo quando ele acordava, e quando dormia à noite, ainda não tinha voltado.A afeição de Michel por seu pai não era realmente profunda.Mesmo quando o pai estava em casa, ele não brincava muito com Michel, preferia ficar pendurado no celular.- Madalena, olha aí! Michel não vê o pai há alguns dias e está se tornando indiferente em relação a ele, isso não é bom para o desenvolvimento de uma criança. Um menino não pode crescer sem o amor paterno, porque muitas coisas ainda precisam ser ensinadas pelo pai.Arabela originalmente pensou que seu neto diria que sentia falta do pai, para que ela pudesse usar a criança como uma desculpa para fazer sua nora ceder pelo bem da criança. Infelizmente, seu neto não disse que sentia falta do pai.Felizmente, ela era flexív
Aurora colocou as sacolas de compras na mesa de centro, antes de pegar Michel no colo e perguntar com ternura:- Michel está comendo canjinha?Michel assentiu com a cabeça:- Comendo canjinha de babata.- E então, você já está de barriga cheia?Michel afagou a sua barriguinha, pensou por alguns instantes e balançou a cabeça, ele achava que ainda não estava cheio, sua barriguinha ainda estava com um pouco de fome.Aurora sorriu e se sentou no sofá, pegando a meia tigela que sobrava de canja da mão de Madalena e dizendo:- A titia pode dar de comer ao Michel?- Pode. – Respondeu Michel, docemente.Stella chamou Madalena de irmã e também colocou as sacolas sobre a mesa de centro. Quanto à dupla dinâmica da família Francisco, Stella apenas acenou de leve com a cabeça em sinal de cumprimento.Depois que a irmã tomou sua tarefa de alimentar o filho, Madalena se virou e disse à dupla de mãe e filha:- Eu não vou buscar o Daulo para trazê-lo de volta. Se ele quiser voltar, que volte. Se não qu
Diante das palavras de Madalena, Arabela abriu a boca, mas não conseguiu dizer nada.Afinal, foi ela quem sugeriu a divisão de despesas para o filho e a nora. E ela também sabia que, mesmo que não houvesse essa divisão de despesas, o dinheiro do filho nunca seria dado para a nora administrar.- Mãe, vamos embora.Insatisfeita com a atitude de Madalena, Carolina não deixou que a mãe falasse mais nada e a puxou, indo embora. Antes de sair, ela deu uma olhada a mais na direção das sacolas que Aurora e Stella haviam trazido.Quando desceram às escadas, Carolina disse à mãe:- Mãe, a senhora acha que aquele marido da Aurora, que trabalha em um grande grupo comercial, ganha um salário muito alto? Desde que Aurora se casou com ele, ela sempre vem com várias sacolas de compras. Dei uma olhada nelas agora há pouco, as comidas que ela comprou eram todas muito caras. Tinha filé mignon, lagosta e outras coisas. Um quilo de filé mignon custa mais de cem reais agora, e uma lagosta grande custa quase
- Também estou preocupado com mais uma coisa... Daulo virou um rabo de saia da Juliana, agora, e aquela garota é bem esperta, nunca foi para cama com ele. Quanto mais ele não pode ter, mais ele quer. Ou seja, ela elevou o desejo de Daulo de propósito. Se os dois se casarem e o cartão de pagamento do Daulo for entregue a ela, todos nós vamos ter dias difíceis.Carolina refletiu um pouco. Para cuidar de seus filhos e de sua casa, seus pais sempre gastavam todo o valor mensal que seu irmão lhes dava. Ela se beneficiava muito do dinheiro de seu irmão e não podia deixar que sua nova cunhada lhe tirasse uma coisa tão boa, então se apressou em dizer:- Deixa quieto, isso é assunto do Daulo e da Madalena, deixe o casal resolver isso por si.- Desde que Daulo consiga manter Madalena nas escuras, não me meterei mais nos seus problemas. Nenhum homem é confiável, e sempre que tem um pouco de capacidade, já sai flertando com qualquer mulher que vê por aí.Arabela achava que seu filho era bem capaz,
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do