- Aurora, você sabe tecer essas bugigangas? São tão bonitas! - Elogiou, Letícia, assim que viu os trabalhos manuais de Aurora.Letícia pegou o gato da sorte que acabara de ser feito e o examinou cuidadosamente antes de elogiar: - Eles são realmente muito bonitos!- Se você gostar, posso te dar algumas das minhas criações como presente, mas não são nada de valor. - Disse Aurora.- Gosto, gosto muito. Muito obrigada por me dar isso como presente. - Agradeceu Letícia. - Aurora, você vende essas coisas?- Sim, vendo. Tenho uma loja online que vende artesanatos, e as vendas são boas. Este mês, em especial, as vendas estão ainda melhores. - Respondeu Aurora.Sorrindo, Letícia disse:- Me envie o link da sua loja online, vou postar no meu Facebook e ajudar você a promover. É realmente muito bonito.Depois de saber sobre a situação de Aurora, Letícia estava mais do que feliz em ajudá-la a promover seus produtos. Mesmo uma pessoa como ela, com padrões tão elevados, achou os trabalhos manuais d
O fato, de Letícia correr atrás de Bruno, não contava com o apoio nem mesmo de seus familiares e amigas, que a aconselhavam a desistir, argumentando que Bruno não era um homem fácil de ser conquistado, além, das duas empresas que suas famílias administravam terem uma relação hostil. Foi, então, que Aurora se tornou a única a encorajá-la e incentivá-la. Letícia passou a se apoiar em Aurora, considerando-a sua confidente e amiga com quem podia desabafar seus sentimentos:- Se o Sr. Alves já tivesse esposa ou namorada, eu nem teria tentado conquistá-lo, pois me considero uma mulher tão excepcional, que não preciso disputar um homem com outras mulheres. Porém, como ele está solteiro, acredito que devo ir atrás dele e fazer o que estiver ao meu alcance para conquistá-lo, mesmo que não dê certo no final.Aurora pensou consigo mesma, que tinha ouvido dizer, que Letícia era orgulhosa em sua personalidade, afinal, ela tinha o direito de ser orgulhosa, mas agora, a via apenas como uma garota co
- Quando se trata de perseguir um homem, é muito parecido com um homem perseguindo uma mulher. Descubra o que ele gosta e persista, pois a persistência acaba dando resultado. – Sugeriu Aurora.Letícia pensou um pouco e disse: - Eu sei que tenho que persistir. Para ser honesta, minha cunhada também foi quem tomou a iniciativa de perseguir meu irmão, testemunhei todo o processo. Naquela época, meu irmão era como o Sr. Alves, arrogante, frio e inabalável. Minha cunhada perseguia meu irmão todos os dias e, com sinceridade e perseverança, ela acabou conquistando-o. Houve um tempo em que minha cunhada queria desistir, ela parou de aparecer na frente do meu irmão, mas inesperadamente, meu irmão acabou se tornando mais ativo, pois já estava acostumado com a presença dela. Agora, quem não sabe que meu irmão é famoso por proteger sua esposa na cidade G?O que Letícia mais invejava era o amor e casamento do irmão e da cunhada. No início, quando a cunhada estava perseguindo o irmão, foi realmente
Letícia ficou sem palavras.Seria, ela, mimada e difícil de lidar?Depois de pensar um pouco, Letícia teve que admitir, que sim, era um pouco mimada e teimosa.Isso se devia principalmente ao fato de que ela era a queridinha da família Junqueira e havia recebido uma infinidade de mimos, desde pequena. Isso não a tornava arrogante a ponto de menosprezar as pessoas, mas também não era fácil de lidar com ela. Se ela não gostasse de alguém, e essa pessoa ousasse aparecer na frente dela, ela não hesitaria em mandá-la embora, sem lhe dar nenhuma chance.Até membros da família Junqueira já foram mandados embora por ela.Depois de um tempo, Letícia agradeceu a Aurora com gratidão: - Aurora, obrigada por me dizer essas coisas. Desde que eu cresci, ninguém nunca me lembrou diretamente que meu temperamento não é bom e que preciso mudar.Aurora pensava consigo mesma: “Com a posição de Letícia, quem teria coragem de avisar que ela está ofendendo alguém?”Ela e Letícia não eram do mesmo círculo soc
Depois de se despedir de Letícia, Stella perguntou curiosa: - Aurora, como você conheceu a Srta. Letícia? Ela veio até você voluntariamente?Aurora contou a Stella sobre como Letícia parou sua bicicleta e pediu para ser levada até o Grupo Alves.- Tudo bem, é muito legal. – Disse Stella.Não se pode negar que Letícia se esforçou muito para perseguir Sr. Alves, sua coragem e determinação são louváveis.- Eu não acho que a Srta. Letícia seja tão irracional como os rumores dizem. Ela é arrogante, mas com a sua posição, ela tem o direito de ser. Na verdade, ela tem uma boa moralidade. Ela ama muito o Sr. Alves, mas deixou claro que não iria persegui-lo se ele tivesse uma namorada.O orgulho de Letícia não permitia que ela interferisse nos relacionamentos amorosos dos outros.- De fato, ela pode não ser como os rumores dizem. Não somos do mesmo círculo social que ela, então não sabemos realmente como ela é. Os boatos não são confiáveis, às vezes, até mesmo o que vemos com nossos próprios o
Stella fez uma careta e disse:- Ele é um pouco feio, tenho medo de me casar com um homem feio e ter filhos feios. Não é como vocês, um casal bonito, que terão filhos bonitos.Ela preferia se casar com um trabalhador ambicioso, como o marido de sua amiga. Embora Sr. Bruno não tivesse nascido em uma família rica, ainda conseguiu entrar no Grupo Alves como um executivo sênior. Aqueles, que conseguiam entrar na sede da Grupo Alves, eram os melhores dos melhores.- Você deveria ler menos novelas, acho que você leu muitas novelas e espera se tornar a protagonista de uma dessas histórias, encontrando um presidente jovem, bonito e rico que vai se apaixonar por você e ser fiel a você. Stella, isso é tudo ficção, na vida real, onde você encontra tantos presidentes jovens assim? – Respondeu Aurora. - O presidente do Grupo Alves é jovem, mas é um membro da elite financeira, nasceu em uma família extremamente rica, não podemos nem comparar com ele. Como você ouviu, o Sr. Alves, um presidente tão
Aurora fechou a livraria às onze horas da noite e voltou para casa em sua bicicleta elétrica.- Aurora, tenha cuidado no caminho. - A dona da loja ao lado a alertou amigavelmente.- Vou ter, obrigada. - Respondeu Aurora, sorrindo.A dona da loja olhou Aurora se afastando e disse: - Ela é uma garota trabalhadora e independente. Tem uma vida tão triste, com parentes ruins como vampiros, que só querem se aproveitar dela. Felizmente, ela conseguiu vencê-los no final, e não foi manipulada por aqueles parentes ruins.- Espere e veja, Aurora tem grande sorte, sua sorte está por vir. Ela certamente viverá uma vida feliz e rica no futuro. Aqueles, que a intimidaram no passado, não merecem nem lamber os dedos dos pés dela. - Disse o marido da dona.A dona da loja olhou para o marido e disse com um bico: - Você está sempre falando besteira. Você é tão bom em ler a sorte, por que não vai para o mercado de pulgas embaixo da ponte para ganhar dinheiro? Você pode me dizer quando eu ficarei rica? Va
- O gato da sorte estava pronto, mas Srta. Letícia veio me procurar de repente. Ela gostou muito e acabei dando para ela primeiro, pensando que como moramos juntos, eu poderia te dar a qualquer momento.Bruno estava com uma expressão sombria, seus olhos escuros encaravam Aurora. Aurora perguntou hesitante: - Sr. Bruno, você está bravo?Bruno estava com o rosto impassível e sua voz fria: - Você deu algo que me pertencia, sem a minha permissão, para outra pessoa. Não posso ficar bravo?Ela deu para a Letícia! Letícia estava perseguindo o marido dela, ela não sabia? Ela deu o gato da sorte, que pertencia a ele, para a rival dela. Ela era realmente muito generosa!Aurora não olhou mais para o celular. Ela foi até Bruno, com um prato de macarrão, e sentou-se ao lado dele, tentando apaziguá-lo: - Sr. Bruno, me desculpe, foi culpa minha. Amanhã vou te fazer um novo, por favor, não fique bravo.Bruno olhou para ela com um olhar sombrio. Seus lábios finos estavam apertados com força.Ele
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do