- O gato da sorte estava pronto, mas Srta. Letícia veio me procurar de repente. Ela gostou muito e acabei dando para ela primeiro, pensando que como moramos juntos, eu poderia te dar a qualquer momento.Bruno estava com uma expressão sombria, seus olhos escuros encaravam Aurora. Aurora perguntou hesitante: - Sr. Bruno, você está bravo?Bruno estava com o rosto impassível e sua voz fria: - Você deu algo que me pertencia, sem a minha permissão, para outra pessoa. Não posso ficar bravo?Ela deu para a Letícia! Letícia estava perseguindo o marido dela, ela não sabia? Ela deu o gato da sorte, que pertencia a ele, para a rival dela. Ela era realmente muito generosa!Aurora não olhou mais para o celular. Ela foi até Bruno, com um prato de macarrão, e sentou-se ao lado dele, tentando apaziguá-lo: - Sr. Bruno, me desculpe, foi culpa minha. Amanhã vou te fazer um novo, por favor, não fique bravo.Bruno olhou para ela com um olhar sombrio. Seus lábios finos estavam apertados com força.Ele
Bruno deu uma olhada no prato de macarrão dela e se sentiu muito frustrado. Aurora estava comendo tão bem, enquanto ele estava irritado. Ela poderia sentar ao lado dele e comer macarrão como se nada estivesse acontecendo.Ele pensou: “Essa garota! Ela é um pouco indiferente.”Para ser sincero, eles eram diferentes dos outros casais. Eles não tinham sentimentos um pelo outro, apenas conviviam juntos.Bruno reprimiu sua insatisfação e perguntou com voz baixa:- Srta. Letícia não é a filha da família Junqueira? Por que ela foi te procurar? Como vocês se conheceram?Mesmo sabendo a resposta por ter obtido a resposta de Letícia, Bruno perguntou de propósito. Ele nunca mencionou Letícia para Aurora antes.Aurora contou a história de como conheceu Letícia para Bruno.Era a mesma história que Letícia contou a ele.- Srta. Letícia veio me procurar para desabafar sobre seu amor por Sr. Alves. Ela não recebeu apoio da família para cortejá-lo e estava deprimida. Ela até pediu conselhos sobre como
Bruno tem apenas trinta anos, como ele pode ser considerado um homem velho?Aurora já o chamou de velho várias vezes!Se não fosse pela sua alta tolerância, Bruno poderia ter sido provocado por Aurora a revelar sua verdadeira identidade.- Nosso chefe não é velho, não é um homem velho! - Bruno se defendeu.Aurora olhou para ele e perguntou:- Você já viu o seu chefe antes? Como sabe que ele não é um homem velho? Ele é capaz de liderar o grande Grupo Alves sendo tão jovem? Embora eu não preste atenção aos negócios empresariais, sei que o Grupo Alves é tão incrível na Cidade G, que é comparável ao Grupo Na…Náu… Aquele da Cidade A.- Grupo Náutico. – Bruno completou por ela.O Grupo Náutico e o Grupo Alves eram grandes figuras do mundo empresarial, de suas respetivas cidades. A família Tavares, por trás do Grupo Náutico, era uma das famílias bilionárias, cujo presidente, Walter Tavares, era um ano mais novo que Bruno.O Grupo Náutico também possuía uma filial na Cidade G. Seus negócios nã
- Tenho uma sugestão, mas estou do lado da Srta. Letícia, então não posso contar para você. -Disse Aurora, guardando seus talheres e se levantando para ir até a cozinha.Bruno ficou em silêncio, observando-a desaparecer pela porta da cozinha. Depois de um momento, ele se levantou e foi até a cozinha, apoiando-se na porta e perguntando em voz baixa: - Você acabou de conhecer a Srta. Letícia, como pode estar do lado dela?- Acabei de conhecer a Srta. Letícia, mas eu nem sequer conheci o seu chefe. Então, de que lado eu deveria estar? Eu gosto da personalidade da Srta. Letícia, então apoio a sua busca por Sr. Alves. Qual é o problema? Seu chefe com certeza é uma pessoa orgulhosa, mas quando ele for conquistado pela Srta. Letícia e se tornar um marido devoto, ele não será mais tão orgulhoso. Isso não seria uma boa trama para um romance? Isso poderia se tornar um best-seller! - Disse Aurora, entusiasmada com a ideia de escrever um romance. - Minha livraria geralmente fica ociosa, então ten
Se Bruno gostasse de homens, Paulo seria o primeiro a renunciar e se manteria longe dele.Bruno tinha algum problema?Bruno ainda não estava muito interessado em Aurora no momento, mas se eles se tornarem um casal de verdade, Aurora saberá se ele tem algum problema!Depois de um tempo, Bruno se levantou, virou-se e voltou para o seu quarto, fechando a porta com força.Com um estalo, era possível perceber o quão irritado ele estava.Assim que Bruno fechou a porta do quarto, Aurora endireitou-se e amassou o papel em uma bola, jogando-o na lixeira, enquanto murmurava:- Ainda bem que pensei em tudo, senão teria perdido para ele.Essa situação a alertou para não apostar facilmente sem ter todas as informações do oponente, caso contrário, ela poderia perder a qualquer momento.Aurora não se preocupou com a ideia de ter proposto uma aposta e depois ter voltado atrás, afinal, eles ainda não haviam assinado um contrato de aposta e mudar de ideia era normal.Ela cantarolou enquanto apagava as l
O casal desceu junto, Bruno para correr e Aurora para ir ao mercado com sua bicicleta elétrica. Quando Aurora montou na bicicleta, Bruno a lembrou: - Compre mais comida e leve para a livraria, cozinhe você mesma no almoço, não coma delivery.- Entendi. – Respondeu Aurora.- Deixe-me saber se você pedir delivery novamente, vou fazer com que o pessoal do Hotel Internacional da Cidade G entregue a comida todos os dias. – Disse Bruno.Aurora virou a cabeça e o encarou:- Você é um gastador!Ao ouvir isso, Bruno ficou sério. Não muito longe, uma escolta disfarçada que passava, ouviu o que Aurora disse e quase não conseguiu segurar o riso.Aurora, sem vontade de conversar com aquele homem gastador, saiu de bicicleta elétrica.- Essa garota não sabe o que é bom! - Foi só quando ela se afastou que Bruno soltou esse comentário.Aurora foi ao mercado e comprou muitos vegetais frescos e frutas duráveis, enchendo a geladeira. Ela colocou as batatas, abóboras, melancias e cebolas em sacos no chão
Esta situação estava ficando cada vez mais interessante.Em apenas alguns minutos, o marido de Aurora resolveu mais um problema para ela.Depois de cozinhar macarrão italiano, Aurora pegou dois pratos grandes para servir, um para cada um. Ela acrescentou um pouco de molho de pimenta no macarrão, mas não colocou muito, com medo de que ficasse muito picante e ela não conseguisse comer.As pessoas de Cidade G geralmente não gostam de comida picante.- Sr. Bruno, o macarrão está pronto. - Disse Aurora, carregando seu próprio prato de macarrão, enquanto saía da cozinha para convidar Bruno, que estava na varanda, para tomar o café da manhã.Bruno não respondeu, mas saiu da varanda.Quando viu que não havia café da manhã para ele na mesa, ele entrou silenciosamente na cozinha e pegou seu próprio prato de macarrão.- Se quiser molho de pimenta, pode adicionar você mesmo. Minha irmã fez esse molho de pimenta caseiro, ela adora comida picante. - Disse Aurora. Como irmãs, elas têm gostos diferen
Aurora empurrou o dinheiro de volta para ele e disse:- Depois que nos casamos, eu nunca comprei carne de porco, não sabia que você não comia, agora eu sei, não vou mais colocar em seu prato. Guarde seu dinheiro, não fique sempre tirando dinheiro como se fosse um grande magnata que pode construir uma casa com isso. Se ele realmente tivesse muito dinheiro, traria alguns milhões em dinheiro vivo e faria ela contar, até ficar com os dedos dormentes.- Quando eu estava limpando a carne de porco, você não disse nada, para que serve essa sua boca? Não sabe falar, acabou desperdiçando. Uma pilha de dinheiro foi empurrada em seu prato vazio.As reclamações de Aurora foram interrompidas abruptamente.Depois de colocar o dinheiro em seu prato, Bruno não deu a ela a chance de devolver, virou-se e saiu.Aurora olhou para o dinheiro em seu prato e depois para o homem, que parecia estar fugindo, ele já havia aberto a porta e colocado um pé para fora da casa.- Bruno, você está me tratando como uma
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do