Aurora, radiante de felicidade, colocou o buquê de flores que Bruno lhe deu sobre a mesa de centro e pegou seu celular. Ela começou a tirar fotos de todo aquele cenário romântico, guardando não apenas as imagens, mas também a prova do amor de Bruno por ela. Bruno observava ela, seu coração aquecido pela visão de sua amada tão feliz.Depois de fotografar tudo, Aurora gravou alguns vídeos e, por fim, os dois tiraram várias selfies juntos.Ela estava verdadeiramente feliz.- Vamos subir para ver como está o quarto? - Bruno sugeriu com um sorriso. - Aposto que você também decorou nosso quarto. Deve estar lindo e romântico. Estou muito empolgada! - Disse Aurora, dando um sorriso travesso para ele.Bruno sorriu, mas não disse nada, apenas segurou a mão dela, guiando ela até o andar de cima.Aurora acertou em cheio. O tapete vermelho realmente levava até a porta do quarto deles.Ao abrir a porta, o sorriso de Aurora se expandiu ainda mais.A decoração do quarto não diferia muito da do andar
A Sra Erica agora devia estar preocupada com os outros netos que ainda não se casaram. A Sra. Erica, tendo conseguido formar um casal amoroso, estava cheia de energia e pronta para repetir o feito. Ela estava determinada a empurrar seus outros netos em idade de casar, mas que ainda não tinham namorada, para o altar. Sua mente fervilhava de planos e estratégias, enquanto ela pensava nas futuras gerações. Então, ela só precisaria esperar pela bisneta.Quem quisesse quinhentos milhões de reais como recompensa, bastava lhe dar uma bisneta! Depois de terminar seu café da manhã sozinho, Bruno passou mais quinze minutos no sofá da sala lendo o jornal. Ele parecia absorvido nas notícias, mas sua mente frequentemente vagava para os acontecimentos da noite anterior e para Aurora. Só então ele se levantou e saiu da casa principal, pronto para ir ao escritório.Antes de sair, ele reiterou várias vezes para dona Izete cuidar bem de Aurora. Ele estava tão preocupado que dona Izete quase sugeriu qu
Assim que Juliana entrou na loja, começou a olhar ao redor, procurando por Michel. Não o encontrando, sentiu uma pontada de decepção, mas disfarçou bem.As duas novas funcionárias, que começaram a trabalhar naquele dia, não conheciam a relação entre Madalena e Daulo. Uma delas se aproximou com um sorriso, perguntando o que o casal desejava comer.Daulo conduziu Juliana até uma mesa vazia, ajudando ela a se sentar.- Juliana, meu amor, o que você quer comer?Antes de saírem de casa, Juliana tinha exigido que Daulo a chamasse com carinho de “meu amor” sempre que estivessem na presença de Madalena. Mesmo sabendo que Madalena não tinha mais sentimentos por Daulo, Juliana ainda a via como uma rival no amor. Talvez por ter “conquistado” Daulo, nunca se sentia completamente segura, temendo que ele pudesse ser “reconquistado” por Madalena.- O que você pedir, eu como. - Respondeu Juliana, tentando soar despreocupada.Daulo então se virou para a funcionária e fez o pedido.- Dois cafezinhos, um
- Michel foi embora com o tio dele. - Respondeu Madalena, com um tom casual.- Sr. Bruno? Mas o Michel não estava dormindo? - Perguntou Daulo, surpreso, as sobrancelhas arqueadas em um misto de confusão.Madalena respondeu com indiferença, os olhos fixos em algum ponto distante da sala, como se a situação não lhe causasse nenhuma emoção: - Ele estava dormindo, o Bruno o carregou enquanto dormia. Se você quiser ver o Michel, pode ir buscar ele no Grupo Alves.Daulo ficou em silêncio por um momento, depois soltou um leve suspiro de frustração.- Se Michel não quiser ficar com vocês por alguns dias, podem visitar ele na livraria Aurora. Estou muito ocupada e não consigo cuidar dele o tempo todo. Ele ficará brincando na livraria da Aurora. - Continuou Madalena, a voz calma, como se estivesse explicando uma rotina já estabelecida e inevitável.Daulo franziu a testa, o rosto mostrando sinais de uma luta interna, mas não disse nada. Ele sabia que, se Michel tivesse que escolher, ele preferir
As duas trocaram olhares significativos, a empolgação das fofocas novas iluminando suas expressões. Uma das recepcionistas finalmente entendeu, sorrindo e dizendo: - Ah, então é isso. Deve ser mesmo o sobrinho da esposa do presidente. Não esperava que ele trouxesse o pequeno para a empresa. Vendo a maneira como ele segura a criança com tanto carinho, quem não soubesse pensaria que é o filho dele. - Será que o presidente está querendo ser pai? Talvez a sua esposa esteja grávida e ele esteja ganhando experiência com o sobrinho para se preparar para ser um ótimo pai no futuro. - Sugeriu a outra recepcionista, com os olhos arregalados de surpresa.Michel dormia com tranquilidade. Mesmo quando foi levado pelo tio até a empresa, ele não acordou. Bruno, com cuidado, colocou o menino na grande cama da sala de descanso, ajeitando-o confortavelmente.Bruno se abaixou, tirando com delicadeza os sapatinhos e as meias de Michel, seguido pelo casaco. Cobriu-o com um cobertor macio, ajustando-o par
João ficou em silêncio. Ele estava lá para discutir um projeto de cooperação com seu amigo. Logo, os dois mergulharam na conversa sobre negócios, detalhando cada aspecto do acordo com precisão e profissionalismo.Após finalizarem a discussão e chegarem a um acordo, João se preparou para sair. - Vou dar mais uma olhada no Michel. Se ele estiver acordado, vou levar ele para dar uma volta. - Você? Provavelmente ele vai chorar tanto que você vai ficar tonto e acabar trazendo ele de volta correndo. - Zombou Bruno, com um sorriso malicioso, claramente se divertindo com a situação.João ficou sem palavras. Era verdade, Michel sempre se recusava a ser carregado por ele, o que deixava ele frustrado.Mesmo assim, João abriu novamente a porta da sala de descanso. Pouco depois, gritou: - Bruno, Bruno, venha rápido! - O que foi? - Bruno se assustou com os gritos e correu para a sala de descanso, imaginando o pior.- Michel fez xixi na cama. Olha só como ele molhou o lençol. - Disse João, apont
Naquele momento, o telefone interno tocou, ecoando pelo escritório.Bruno delicadamente colocou Michel no chão e foi atender a ligação. Ele caminhou com passos firmes, enquanto Michel observava com olhos curiosos.Pouco depois, Bruno voltou com um sorriso e disse a Michel: - Michel, sua mãe veio te buscar. - Mamãe chegou! - Exclamou Michel, com os olhos brilhando de alegria. Ele rapidamente enfiou o vestidinho de volta na sacola e começou a procurar suas calças molhadas. Depois de procurar por um momento, ele olhou para Bruno e perguntou. - Tio, onde estão minhas calças? - Aquela calça está na máquina de lavar porque estava molhada. - Respondeu João, que estava observando a cena com um leve sorriso.Michel ficou em silêncio por um momento, processando a informação. Determinado, pegou a grande sacola de roupas e tentou carregá-la sozinho para fora da sala. Seus pequenos braços mal conseguiam levantar a sacola, mas ele não desistia. Após alguns passos vacilantes, ele olhou para Bruno
Madalena se abaixou até a altura do filho, olhando nos olhos dele com um sorriso suave, e perguntou: - Michel, você foi bonzinho? Não incomodou seu tio, né? Michel, com as bochechas coradas de vergonha, respondeu: - Eu fui bonzinho... Mas, mamãe, eu molhei minhas calças.- Você molhou onde, querido? - Madalena perguntou, tentando esconder a preocupação em sua voz.- No colchão do tio. - Michel respondeu, ainda mais envergonhado, seus olhos fixos no chão.Madalena ficou sem palavras por um momento, processando a informação.- Mas o Sr. João me comprou muitas roupas novas, inclusive um vestido. Eu vou guardar o vestido para a priminha que minha tia vai ter. - Continuou Michel, sua voz misturando a inocência e a animação.Madalena ficou surpresa, mas não conseguiu evitar uma risada interna ao imaginar João comprando um vestido para um menino. “Que tipo de distração é necessária para comprar um vestido para um menino?”, pensou ela, ainda sorrindo.João, por sua vez, não mostrava nenhum
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do