- Não importa que truques sujos eles usem, eu e minha. irmã vamos levar esse processo até o fim. O que é nosso por direito, não cederemos nem um centímetro. O que não é, não disputaremos. - Aurora falou com determinação.Ela não era uma pessoa cruel, mas com aqueles parentes desprezíveis de sua terra natal, conseguia ser implacável.As feridas da infância levariam uma vida inteira dela para cicatrizar.- Isso mesmo. Não importa o quanto eles façam barulho, seguimos o caminho legal. Não vamos enganar eles, mas também não deixaremos que nos enganem. - Letícia disse. - Essas pessoas são as mais sem-vergonha que já vi. Mas, Aurora, você tem certeza de que seu pai é realmente filho biológico deles?- Eu acredito que seja. Se não fosse, como poderia se parecer tanto com o velho Sr. Garcia? Alguns pais têm suas preferências. Alguns mimam os filhos mais velhos e os caçulas, enquanto os do meio são negligenciados. Se durante o processo eles alegarem que meu pai não é filho biológico, vou solic
Aurora sorriu e disse: - Sim, eu sou realmente muito feliz. Sou uma pessoa que valoriza a sorte que tem e sempre vou valorizar.Os amigos e familiares dela eram facilmente conquistados por Bruno, que sempre falava bem dele. E, claro, Bruno era realmente muito bom para ela.- Eu nem sei mais o que dar de presente para ele. - Aurora suspirou, demonstrando um pouco de frustração.As duas amigas acharam que ela estava apenas exibindo seu amor e causando inveja nelas.Stella não se importava tanto, já que Paulo também era maravilhoso com ela. Mas Letícia, que ainda estava solteira, sentia uma pontada de inveja.- Bruno não precisa de nada. O que ele precisava era de uma esposa, e agora ele tem você. O que ele precisa agora é de filhos. Que tal vocês começarem a trabalhar nisso? Um casal de gêmeos seria perfeito, um menino e uma menina. - Letícia sugeriu, com um sorriso travesso. Pensando no adorável Michel, ela acrescentou. - Se forem tão fofos e inteligentes quanto o Michel, podem ter vár
Aurora estava chocada.- Eu nem preciso mais pensar em empreender. - Ela murmurou para si mesma. - Só preciso me dedicar a ter filhos para o Bruno, e pronto, viro uma mulher rica.Stella também estava impressionada e exclamou:- Nossa, isso é realmente ser a família mais rica! Ter um filho já vale tanto dinheiro. E isso é só a recompensa da Sra. Erica. Imagina as outras recompensas! Aurora, se você tiver vários filhos, vai se tornar uma milionária.Letícia pegou a mão de Stella e começou a acariciar repetidamente a pulseira de jade que Teodora tinha dado a ela. - Stella, você não precisa invejar a Aurora. Sua futura sogra te deu um tesouro de família. No começo, eu pensei que tinha visto errado, mas depois de olhar e tocar tanto, confirmei que é mesmo o tesouro da família do Sr. Paulo.Stella ficou surpresa por não saber disso e perguntou:- Isso é o tesouro da família do Paulo? Como você sabe disso? Stella não esperava que Teodora a presenteasse com um tesouro de família logo no pr
Aurora ainda estava perplexa com o fato de Bruno ser seu marido.- Aurora, isso já é passado. Desde o momento em que Bruno me chamou de prima, percebi que não tinha mais esperança. O que ele faz por você é algo que ele nunca fez por mim. No passado, ele nem queria falar comigo.Letícia superou seus sentimentos por Bruno, não apenas por causa de Aurora, mas também porque finalmente entendeu a diferença entre quem se importava e quem não se importava.- Engraçado que a história da minha melhor amiga se parece um pouco com a sua. A diferença é que ela estava no lugar de Bruno. Ela escondeu sua verdadeira identidade enquanto namorava, mas no final, ele a abandonou para ficar com alguém que ele achava que facilitaria sua vida.- Ela deve se sentir sortuda por ter descoberto a verdade antes de casar. - Aurora comentou.- Foi exatamente isso que eu disse a ela. - Letícia pegou as chaves do carro e se levantou. - Aurora, estou indo agora. Pode elaborar um rascunho do contrato de concessão quan
Aurora tentou tranquilizar sua irmã. - Estou bem, veja, estou aqui inteira. Só meu carro foi danificado. Por isso, Bruno me trouxe para o trabalho hoje.Madalena, visivelmente preocupada, perguntou: - Quem fez isso? Foram aquelas pessoas da família Garcia?- Não, foi a família Leite. A irmã da Srta. Natália, a quem ajudei antes, causou essa confusão. Tivemos alguns desentendimentos e ela contratou alguns capangas para me atacar.- Isso é um completo absurdo! - Madalena exclamou, indignada. - Você denunciou à polícia?- Sim. - Aurora olhou para o sobrinho no colo da irmã e continuou. - Mana, não se preocupe. Bruno contratou dois seguranças para me proteger. Estou te contando isso para que você fique atenta, para não colocar você e Michel em perigo. Por que você não se muda para a minha casa? Seria mais seguro e podemos nos ajudar.- O apartamento que aluguei é seguro. Com a denúncia, eles devem pensar duas vezes antes de tentar algo novamente. Vivemos em uma sociedade regida pela lei.
Ainda eram apenas nove horas da noite.A festa da família Santos estava prevista para terminar em duas horas, mas Bruno apareceu para levar sua esposa para casa.Sr. Santos disse com um sorriso cloroso:- Bruno, é uma honra tê-lo aqui. Estamos celebrando o 80º aniversário da minha mãe. Você poderia nos dar o prazer de sua companhia? Bruno, no entanto, ignorou a pergunta e chamou com firmeza: - Vasco.Vasco se aproximou com o presente que Bruno havia preparado para a aniversariante. - Desculpe a interrupção. Trouxe uma pequena lembrança para a dona Maia, desejando-lhe saúde e longevidade.Mesmo sem entrar na festa, o gesto de Bruno foi um sinal de respeito para com a dona Maia.Vasco entregou o presente a Sr. Santos, que agradeceu repetidamente.Bruno permaneceu ali, imponente e elegante, segurando um buquê de flores que brilhava à luz da noite.Percebendo que Bruno não tinha intenção de entrar, o Sr. Santos pediu que alguém chamasse Aurora.Mas não foi necessário. O alvoroço causado
A Sra. Junqueira estava parada em frente à mansão da família Santos, acompanhada de outras senhoras, todas observando a luxuosa limusine que elas conheciam tão bem se afastar lentamente.- Sra. Junqueira, o Bruno é realmente muito atencioso com sua sobrinha. A festa ainda estava na metade, e ele já veio buscar ela para levar ela para casa. - Comentou uma das senhoras, com um tom de leve inveja.A Sra. Junqueira sorriu, com um brilho de satisfação no olhar. - Bruno é realmente muito bom para a Aurora, tão bom que faz nós, mais velhos, sentirmos uma pontinha de inveja.Outra senhora, tentando parecer casual, perguntou: - E quando será o casamento do Bruno com sua sobrinha? Estamos todas ansiosas para a festa. A Sra. Junqueira deu um leve sorriso e respondeu: - Recentemente, meu marido e eu, junto com minha sobrinha mais velha, fomos até à moradia atual dos Alves para discutir os preparativos do casamento. Escolhemos uma data auspiciosa para o início do outono, então todos terão que e
Claro, se ela não fosse tão racional e tivesse uma mentalidade completamente apaixonada, ele não a amaria com tanta intensidade e loucura.Bruno se lembrou das palavras da dona Izete. Ele amava Aurora exatamente como ela era. Se Aurora mudasse, não seria mais a mesma pessoa por quem ele se apaixonara. A personalidade dela era o que tornava ela única para ele.- Eu não tenho rivais no amor à altura. Se houvesse alguém realmente interessada em você, sempre de olho, eu certamente ficaria com ciúmes e me preocuparia que você fosse levado embora. Afinal, ainda não sou tão incrível. - Disse Aurora, com um tom de voz sereno e confiante.E ela realmente não tinha rivais no amor. Havia muitas mulheres que admiravam Bruno, mas nenhuma tinha coragem de se declarar. Aurora nunca teve que confrontar essas admiradoras, então ela estava tranquila, sabendo que dominava completamente o coração de Bruno.Ele dedicava toda sua ternura e afeição a ela. Ao pensar nisso, Aurora se sentia realmente feliz.
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do