Bem, foi culpa dela por ser arrogante demais, achando que tudo havia acontecido como planejava. Imersa na sua felicidade, ela esqueceu de apagar o registro da ligação.Os assuntos subsequentes foram todos entregues à polícia para lidar.De volta em casa, Bruno se tornou a sombra de Aurora. Onde quer que ela fosse, ele a seguia.Aurora segurava seu pijama e se preparava para entrar no banheiro, e ele a acompanhava.- Bruno, diga logo o que você quer dizer. Nós somos um casal, então se tiver algo para me dizer, vamos discutir abertamente e claramente. - Aurora parou na porta do banheiro e se encostou nela, olhando para Bruno com um sorriso. - Desde que você voltou da delegacia após fazer o depoimento, você se tornou como minha sombra. Onde quer que eu vá, você me segue.- Aurora, você pode sair com guarda-costas a partir de agora? Vou arrumar quatro guarda-costas para te acompanhar, trabalhando em turnos de vinte e quatro horas para garantir sua segurança. Eu também prometo que eles não
- Aurora, não se preocupe tanto, estamos apenas tomando precauções. Além disso, muitas pessoas do nosso círculo costumam sair acompanhadas por guarda-costas. Qual família não tem alguns guarda-costas, não é mesmo?Aurora se culpou e disse:- Só estou preocupada que, se a família Leite se vingar, minha irmã e Michel possam ser afetados também.Mas ela não se arrependeu de ajudar a Natália.Eliana foi longe demais.- Não se preocupe, confie em mim. Além disso, a loja da sua irmã é alugada pelo João, e ele é um proprietário muito responsável. Ele não deixaria que algo acontecesse com seus inquilinos. Os estabelecimentos dele naquela rua nunca tiveram problemas. - Disse Bruno.Afinal, João tinha um histórico no mundo do crime.Mesmo que tenha mudado de vida, ele ainda conhecia muitas pessoas nesse meio, e ninguém ousaria causar problemas em seu território.João gostava tanto do Michel, quem se atreveria a prejudicá-lo? Não estaria pedindo para morrer?- As únicas pessoas que se atreveriam
Paulo riu e disse:- Bruno, você não é mais o mesmo Bruno que eu conhecia. Como você pôde falar uma coisa dessas para o Presidente Jorge?- Quando Aurora estava voltando para casa, barraram o caminho dela e deram porretadas no carro. - Bruno voltou ao assunto principal.Paulo ficou interessado e perguntou:- Quem foi o idiota que se atreveu a parar e atacar a Sra. Alves? Foi parar no hospital?Bruno ficou sem saber se devia rir ou chorar.- Vou mandar alguém investigar isso agora mesmo. - Disse Paulo.- Não precisa, eu sei quem foi. - Respondeu Bruno.- Quem foi? - Perguntou Paulo curioso, revelando seu lado fofoqueiro e usando sua imaginação fértil. - Foi uma de suas admiradoras?- Não, foi a Eliana Leite. - Bruno respondeu irritado.Paulo logo soube de qual família Leite estava falando e disse:- Aquela Eliana realmente cometeu um grande erro, não faz nem alguns dias desde que o Presidente Leite pediu desculpas pessoalmente a vocês. Agora a filha querida dele arruma confusão com você
Aurora não sabia que, enquanto ela estava tomando banho, seu marido já havia feito todos os arranjos necessários.Ao sair do banheiro, ela viu Bruno sentado na cama. Ela se aproximou dele naturalmente, envolvendo seu pescoço com os braços, e o empurrou para a cama, ficando debruçada em cima dele.- Querida, assim vai me deixar desconfortável. - Bruno sussurrou roucamente para sua amada esposa.Aurora sorriu e depositou beijos suaves em seu rosto, depois rolou para o lado dele, dando-lhe um leve chute e dizendo:- Vá tomar banho, você está com cheiro de cigarro.- Eu não fumei. - Ele respondeu.- Então alguém fumou perto de você e impregnou suas roupas com o cheiro. - Ela disse, enquanto Bruno cheirava suas roupas.Ele não sentiu o cheiro de cigarro, mas se sua esposa dizia que ele estava com cheiro de cigarro, então ele acreditaria nela. Ele foi tomar banho obedientemente e trocou de roupa.Quando ele saiu, Aurora já estava profundamente adormecida.Bruno olhou para o rosto sereno dela
Afinal, já estavam casados há um tempo e não havia nada no corpo um do outro que ainda não tivessem visto.Um tempo depois, Aurora saiu do quarto e viu Erica ainda fingindo procurar os óculos de leitura que nem existiam. Aurora disse:- Vovó, se não conseguir encontrar, vou te levar para comprar um novo par de óculos de leitura.- Está bem, então não vou mais procurar. Quando se fica mais velha, a memória não é boa. Eu tinha certeza de que estavam aqui, mas agora não consigo encontrá-los. Eles devem ter crescido pernas e saído sozinhos. - Lamentou Erica.Aurora sorriu e disse:- Talvez tenham crescido asas e se transformado em borboletas.Erica lamentou:- Pena que não vi eles se transformando em borboletas.Aurora riu muito das brincadeiras da avó. - Vovó, quando você voltou ontem à noite?- A vovó voltou antes de vocês. Fui dormir cedo e nem sabia que vocês tinham voltado.Aurora não acreditou muito, mas não disse mais nada sobre isso.Depois de tomar café da manhã, Erica disse que
Michel era obediente, mas ainda era uma criança com menos de três anos e também tinha um lado travesso.Naquele dia, Daulo o levou para brincar em um pequeno parque nas proximidades. O garotinho era agitado e brincalhão, corria para lá e para cá, e se descuidasse, poderia correr para longe, o que frequentemente deixava Daulo apavorado, achando que havia perdido o filho.Daulo ficou com medo depois de levá-lo uma vez e não queria levar o filho para sair de novo.Até mesmo a primeira vez foi uma desculpa que ele inventou, sem alternativa senão levar o filho para o parque.Michel respondeu compreensivamente:- Papai vai trabalhar?Daulo mentiu:- Sim, papai vai trabalhar e ganhar dinheiro.Na verdade, ele ainda não tinha encontrado um emprego.Agora, ao ver Madalena abrindo uma loja e fazendo pequenos negócios, parecia uma boa ideia para Daulo. Ele começou a pensar que, depois de se casar com Juliana, também abriria uma loja com ela e seria seu próprio patrão.Não precisaria ficar depende
Michel podia não entender que era um negócio, mas ele sabia que, diante da sua mãe, apenas a tia Aurora e o tio Bruno eram exceções, os outros não.Daulo se engasgou e disse imediatamente:- Michel, eu sou seu pai. Como você pode comparar aquele João com o papai? Ele é um estranho, aquele João não é uma boa pessoa, é muito assustador.Michel concordou com a cabeça, mas negou inocentemente:- O tio João é assustador, mas o tio João não é uma pessoa má!Lembrando da última vez em que tentou influenciar o filho para causar problemas sempre que João vinha ver Madalena, Daulo inteligentemente voltou ao tópico do café da manhã sem querer discutir mais com o filho, pois o pequeno era muito obstinado.O pequeno disse que o tio João era assustador, mas que ele não era uma pessoa má. Não importava o quanto o pai tentasse mudar a situação, não conseguiria influenciar Michel.- Ok, eu vou pagar. Madalena, desde que nos divorciamos, você se tornou uma mão de vaca. Sempre discutindo por cada centavo
Daulo tinha que admitir que ele era realmente ruim no início, pretendendo gradualmente isolar Madalena da sociedade. Assim, sem fonte de renda, ela se tornaria uma mulher de trinta e poucos anos sem perspectivas.Comparada a muitas donas de casa que passaram por essa situação, Madalena foi uma pessoa corajosa, cortando de forma incisiva seu relacionamento com Daulo.Ela não se contentou em viver assim pelo filho.Na opinião dela, em um casamento fracassado, o divórcio podia ser prejudicial às crianças, mas continuar casada e brigar e discutir constantemente em casa, na frente da criança, seria igualmente prejudicial.Seria melhor se divorciar e ela criar o filho sozinha, desde que ela o educasse com dedicação, ela poderia criar um filho forte e autoconfiante.Dona Izete trouxe um cesto com um quibe grande quentinho e colocou na frente de Daulo.Daulo voltou seus pensamentos dispersos e pensou que ele estava vivendo dias felizes e doces com Juliana agora, embora também houvesse conflito
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do