As joias amarelas eram as preferidas de Luiza. Giovana trouxe as joias para ela experimentar, Luiza teve que tentar, sentando no sofá, esperando Giovana colocá-las. Mas Theo disse: — Eu ajudo a Luiza a colocar. Ele pegou as joias das mãos de Giovana, que, com um olhar magoado, ao ver a frieza nos olhos de Theo, recuou sem ousar protestar. Theo olhou para a gola alta do suéter de Luiza, achando um pouco inconveniente, tentou afastar o suéter. Luiza se assustou, se virou e cobriu o pescoço. — O que foi? — Theo segurava as joias, com uma expressão de dúvida. Os olhos de Luiza brilhavam de medo, fingindo tossir algumas vezes. — Desculpe, Theozinho, acho que peguei um resfriado, quando você toca no meu pescoço, começo a tossir muito, é melhor colocar por cima do suéter, senão fico com muito frio. Theo disse: — Pegou um resfriado e está tossindo? Precisa que o médico da família venha te ver? — Não precisa, é só um resfriado, se eu descansar um ou dois dias vai passar. T
Luiza estremeceu e disse ao Theo:— Tem uma ligação, pode ser do correio, vou atender.Luiza foi até o quintal e atendeu o telefone.Dessa distância, ela conseguia ver melhor a casa do outro lado. Ela viu uma figura alta se aproximando da cortina branca, lentamente revelando uma silhueta esbelta e imponente.Era ele!Luiza ficou assustada e atendeu o telefone, perguntando:— Alô.— Srta. Luiza, sou eu. O senhor viu o Theo colocando joias em você e está muito irritado. Ele quer que você venha imediatamente.Luiza baixou a voz e disse, com certa frustração:— O Theo está aqui agora, como posso ir? Se eu sair, ele vai perguntar para onde estou indo. Diga ao Miguel que não posso ir agora.Eduardo foi passar o recado, e então o telefone passou para as mãos de Miguel, que perguntou de maneira autoritária:— Você vem ou não vem?A cabeça de Luiza doía intensamente, e ela respondeu, tentando conter sua frustração:— Eu já disse, não posso ir agora. Quando o Theo for embora, eu irei te encontra
Estava tomando precauções contra Miguel. Ao ver o carro em que ele entrou, com janelas de vidro extremamente grossas, Luiza perguntou:— Theozinho, por que seu carro parece diferente?Ao ouvir isso, ele olhou para ela e sorriu:— Este carro foi trocado recentemente, é à prova de balas."Então ele realmente está se protegendo contra os ataques do Miguel."Enquanto Luiza ponderava, Theo perguntou:— Luiza, ultimamente as coisas estão perigosas lá fora, você precisa de alguns guarda-costas?Luiza obviamente recusou, pois se aceitasse, estaria sob a vigilância dos homens de Theo. Já havia muitos na mansão, e com mais ao redor, ela perderia completamente sua liberdade. Ela respondeu com um sorriso leve:— Não, Theozinho, eu não gosto de sair acompanhada de muita gente.Seu tom ainda era descontraído e calmo. Theo estreitou os olhos levemente:— Luiza, tenho medo de que o Miguel possa te machucar.— Não vai. Se quisesse me machucar, teria feito isso da última vez, mas ele não fez nada comig
Ao longo dos anos, ela amadureceu. Pessoas inadequadas, ela não consideraria mais. Agora, o agradar foi apenas uma medida temporária para salvar a situação.Ela também não planejava contar a ele sobre Felipinho, temia que ele tirasse o filho dela. Naquele momento, ela decidiu que iria para o país R, colaborar com os funcionários de sua avó e Francisco para recuperar os bens da avó. Quando tudo estivesse resolvido, ela escolheria viver sob um pseudônimo, encontrar um lugar para viver com Felipinho sob novas identidades, sem que Miguel os encontrasse novamente. Theo entrou em seu carro e partiu. Luiza rapidamente voltou para cima, trocou para um vestido sexy e foi encontrar Miguel. Ela sabia que ele estava muito zangado, ele agora era volátil, e ela precisava encontrar uma maneira de acalmar sua raiva. Ao entrar pela porta da mansão, viu que havia alguns carros estacionados no pátio, dos seguranças que Miguel havia trazido, que agora moravam ali. De fato, os dois homens a
Luiza disse: — Eu já tomei banho de manhã.— Sim, tomou banho, mas depois encontrou aquele homem, e ainda deixou que ele colocasse joias em você. As mãos dele tocaram seu pescoço, cheio do cheiro e sujeira dele. Nojento. Vá tomar um banho!As palavras dele eram afiadas como facas. Luiza nunca tinha pensado que Miguel poderia ser tão volátil. No passado, ele ficava com ciúmes e dizia coisas exageradas, mas nunca chegava a esse ponto. Agora, ele estava completamente irracional. Luiza apertou os lábios e explicou suavemente: — Miguel, eu já te disse, eu não posso romper completamente com o Theo agora. Eu não posso ser muito resistente a ele.— Então você deixa ele te tocar, segurar sua mão e dizer essas palavras românticas, é isso? — Ele se levantou e a confrontou, como se de repente tivesse se lembrado de algo, e o ódio em seu coração cresceu ainda mais. — Quatro anos atrás, você também agiu assim comigo, sempre se mostrando fraca, me deixando fazer tudo por você. Mas então, você
Ele a puxou de volta e começou a secar o cabelo dela com a toalha. Luiza empurrou a mão dele e gritou: — Saia daqui!Miguel, pego de surpresa, deu um passo em falso. Quando estava prestes a ficar com raiva, viu os olhos dela vermelhos e os lábios comprimidos, como se estivesse à beira de um colapso emocional. Ela enxugou as lágrimas dos olhos e disse com raiva: — Miguel, você é um louco.Miguel ficou surpreso, toda a sua raiva desapareceu ao ver as lágrimas dela. Ele disse impotentemente: — Sim, eu já sou um louco. Ele ainda a amava, mas não conseguia esquecer o que ela lhe fez. De vez em quando, ele se lembrava e começava a duvidar da sinceridade dela, sentindo dor, confusão, ressentimento e fúria... Talvez ela fosse como um tumor em seu coração. Ele sabia que não era bom, mas não conseguia se livrar disso.Naqueles anos em Valenciana do Rio, ele ouviu dizer que Luiza estava muito feliz com Theo. Sua mente involuntariamente pensava nos dois em encontros, e ele não conseg
Enquanto a beijava, percebeu que o corpo dela estava rígido e sem resposta, então parou e a olhou em silêncio. Luiza apertou os lábios, claramente não querendo intimidade. Miguel a observou por um momento e, se afastando um pouco, disse com voz rouca: — Desculpe, foi por instinto.Ele havia acabado de acordar e, por um momento, pensou que estava sonhando, como se ainda estivesse agarrado a ela... Luiza disse: — Eu quero me levantar. Miguel permitiu que ela se levantasse e, sentado na beira da cama, perguntou: — O que você quer comer à noite? Luiza olhou para o céu escurecendo e disse: — Está ficando tarde, eu preciso ir embora. O Theo disse que viria à noite. Ele mencionou isso durante o dia e Luiza temia que, se ele viesse à noite e ela não estivesse lá, ele suspeitaria. Miguel, ao ouvir o nome de Theo, ficou em silêncio por um momento e disse: — Ele não vai voltar esta noite. O assunto no depósito vai levar pelo menos dois ou três dias para ser resolvido.Na verdade,
Francisco do outro lado, ao ver a mensagem, ficou surpreso: "Você concordou?" Luiza respondeu: "Sim, consultei minha avó e ela acredita que você é confiável. Podemos colaborar, mas você precisa providenciar uma rota para nos tirar das Américas. Vamos ao país R para trabalhar com você. Se nos ajudar, também ajudaremos você a recuperar o Grupo Pires." Francisco sorriu ao ler a mensagem. Depois de chegar ao país R, ele sempre teve uma vida confortável; tinha sua própria empresa e aliados de confiança. Mas ele ainda não se conformava com o fato de que o enorme Grupo Pires estava nas mãos de Theo. Francisco era o herdeiro do Grupo Pires porque sua mãe ajudou seu pai a construir o Grupo Pires. O nome completo do grupo era, na verdade, Grupo Pires-Bezerra. Bezerra era o sobrenome de sua mãe, representando a parceria que criou a grandiosa empresa Grupo Pires-Bezerra.Mas o seu pai não era um homem de bem. Mesmo enquanto estava com a mãe de Francisco, ele secretamente tinha um caso
O resultado final foi que Priscila e Elias ficaram na mesma bicicleta que Eduardo. O espaço restante na bicicleta do Francisco foi ocupado pelo assistente dele, Lucas. A atmosfera no local estava especialmente fria, principalmente em volta de Francisco, onde ele mantinha uma expressão severa durante todo o trajeto. Felipinho olhou para trás e comentou: — A cara do tio Francisco está tão feia. Luiza também notou, mas não disse nada. Foi Miguel, ao lado, quem respondeu: — Essa é a tensão das famílias reconstituídas. — Famílias reconstituídas? — Felipinho parecia não entender a frase e olhou para o pai. Hoje, Miguel estava claramente diferente em termos de roupa. Ele usava um casaco escuro de lã e, por baixo, um suéter preto de gola alta. Não estava tão formal como de costume, o que lhe dava um ar mais descontraído, mas ainda assim elegante e distinto. Era impossível não notar sua presença. Miguel, olhando para as duas bicicletas à frente, explicou com um olhar profund
Ela estava muito determinada, parecia realmente não querer mais ficar com Francisco.Luiza não fez mais perguntas.Priscila, no entanto, a questionou de volta:— E você? O Miguel já veio até o País R, ficou aqui mais de uma semana, e qualquer pessoa com os olhos abertos sabe que ele fez tudo isso por você. O que você pensa sobre isso? Vai dar uma chance a ele?"Quem disse que só a Priscila tem más lembranças?"Luiza também tinha suas próprias lembranças, as de como a família Souza a magoou, e essas ainda estavam bem vivas em sua mente.Mesmo que a verdade já tivesse sido esclarecida, a dor que ela sofreu ainda era dor, não poderia ser apagada com o simples apertar de uma tecla de "excluir".Ela olhou para o nada com uma expressão tranquila.— Eu não sei. O Felipinho quer muito um pai, mas, no fundo, eu não quero.— Então você não quer. — Priscila disse, direta. — Nós mulheres temos um sexto sentido. Se não queremos, é não querer, não precisamos nos forçar. Ficar se torturando vai só no
— Bisavó, a Maria e as outras também vão! Parece que vai ser necessário preparar mais comida! — Felipinho também estava muito animado e se virou para Melissa, dizendo isso.Assim, os três se tornaram parte de um grupo maior.Miguel estava à parte, com o rosto fechado.Ele queria sair com a esposa e o filho para passar mais tempo com Luiza.Mas não esperava que Felipinho tivesse convidado a família de Francisco também. Agora, o grupo estava bem maior, e ele imaginava que seria difícil até mesmo conversar.No entanto, o que ninguém esperava era que Priscila também tivesse chamado Elias.Miguel, Luiza e Felipinho estavam em um carro.Já Francisco estava em uma situação mais difícil. Provavelmente, por ter causado algum problema com Priscila na noite anterior, ela não quis andar com ele. Ela pegou Maria no colo e entrou no carro de Elias.Francisco ficou sozinho e, com o rosto fechado, deu ordens ao motorista para seguir.Meia hora depois, o grupo chegou ao parque de diversões.Assim que s
— O tio Elias é muito legal, bonito e engraçado. Eu pensei que, se o papai e a mamãe ficassem juntos, então eu poderia me casar com o tio Elias. Não seria perfeito?Francisco ficou com uma expressão sombria e respondeu, aborrecido:— Você se casar com ele? Isso eu não aceito.— Mas o tio Elias é tão legal...— Quieta! De qualquer forma, é impossível você se casar com ele. Nem você, nem sua mãe. — Francisco a interrompeu, impedindo ela de elogiar Elias.Maria fez um biquinho e foi carregada por Francisco até o andar de baixo.Ao descer, percebeu que a sala estava cheia de gente e que provavelmente todos ouviram o que ele disse lá em cima. Francisco ficou um pouco embaraçado.Maria, no entanto, não se incomodou. Ela se desvencilhou dos braços de Francisco e correu até onde estava Felipinho.— Felipinho.Felipinho cruzou os braços e levantou uma sobrancelha, olhando para Maria.— Você quer se casar com aquele tio Elias?Maria ficou com o rosto vermelho.— Não posso? Ele é tão bonito.— Eu
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som