Dentro do quarto, os médicos estavam examinando Marina e, como não havia nada de errado, estavam prestes a sair.Yago estava bastante curioso sobre Marina e perguntou a ela: - Este bebê é do Geraldo, certo?- Sim.- Parece bem forte. Você comprou todas as roupas?- Comprei algumas.- De que cor? Me deixe ver.Yago estava curioso, então Marina pediu a Ivana para trazer as roupas para que Yago pudesse ver.A maioria delas era rosa e amarela.Yago riu.- Você não sabe se é menino ou menina?- Não sei. - Marina balançou a cabeça.Yago sorriu e disse: - Então vou te dizer agora. Você comprou errado. O que está dentro de você é um menino.Marina ficou surpresa por saber o sexo com antecedência.- Meu bebê é um menino?- Sim, está prestes a nascer, então não faz mal te contar. - Yago com as mãos nos bolsos do jaleco, parecia alto e bonito.- Então comprei as roupas erradas. - Marina lamentou um pouco, talvez os itens para bebês meninas fossem mais bonitos, então Marina acabou comprando muit
Apenas um minuto havia passado e Marina já estava encolhida na cama, se contorcendo de dor como um camarão congelado.Luiza se aproximou e segurou a mão de Marina. - Mari, se estiver doendo, aperte minha mão...Marina segurou sua mão com força, como se quisesse quebrar seus ossos.Luiza sentiu a angústia dela, seus olhos se encheram de lágrimas ao perceber o quão doloroso era para uma mulher dar à luz. Ela a confortou: - Mari, vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem...A obstetra logo veio e examinou Marina, confirmando que ela estava tendo contrações.A obstetra disse: - Sra. Marina, durante as contrações, não grite. Respire fundo, conserve sua energia, para que tenha força quando o bebê nascer.- Eu não consigo... Ah...Marina se contorceu na cama, sentindo como se algo estivesse prestes a rasgar sua barriga e sair. Ela estava batendo de dor na cama.A obstetra a segurou. - Sra. Marina, não se mexa assim, respire fundo, relaxe, respire fundo...Marina estava tão dolorida que lágri
Marina olhou para a diretora do departamento de obstetrícia.Yago interveio: - Não é possível, as condições corporais da Mari são adequadas para um parto normal. Não podemos mudar para uma cesariana aleatoriamente, pois isso pode causar danos ainda mais graves ao corpo.- Então, ela pode suportar essa dor? - Geraldo falou com um tom mais sério, e aqueles que o conheciam sabiam que ele não estava contente.- Se a dor for insuportável, podemos administrar a anestesia epidural mais tarde. - Disse Yago com uma expressão de desamparo.- Então dê a ela agora mesmo! - Geraldo ordenou com o rosto sombrio.Yago parecia resignado. - A anestesia epidural é administrada quando o colo do útero está dilatado em dois dedos. A Mari está apenas começando a ter contrações, não está nesse estágio ainda.Luiza ficou chocada.Mari já estava sentindo tanta dor e ainda não havia dilatado o colo do útero em dois dedos? Se doía assim agora, como seria quando estivesse completamente dilatado?Marina também co
As lágrimas de Marina inundaram ainda mais seu rosto, enquanto ela soluçava: - Realmente doeu muito agora há pouco.- E agora? - Perguntou Geraldo.Marina sentiu um alívio, parecia que a anestesia epidural estava fazendo efeito. Ela se sentiu muito melhor, fazendo um bico lamentável: - Depois de tomar a anestesia epidural, parece que melhorou muito, não dói tanto...- Que bom. - Geraldo soltou um suspiro de alívio.Yago lembrou: - Enquanto a Mari ainda não começou o parto, se ela conseguir comer, dê um pouco de chocolate para ela, para repor as energias, o parto é o que realmente importa.- Entendido. - Geraldo pegou o chocolate ao lado, abriu cuidadosamente e ofereceu a Marina. - Mari, coma um pouco de chocolate.Marina deu uma mordida e as lágrimas voltaram.Ela não sabia por que estava chorando, talvez fosse por estar vendo alguém em quem confiava, ela se sentia frágil.- Mari, coma mais um pouco. - O homem indescritivelmente nobre e calmo enxugou suas lágrimas e a alimentou mais
Um grupo de pessoas esperava ansiosamente.Às três da manhã, Luiza perguntou: - Como está a Mari? O bebê ainda não nasceu?Ela dirigiu a pergunta a Yago.Yago ligou para dentro e obteve a resposta: - Ainda está em trabalho de parto.Luiza realmente compreendeu o quão difícil era para as mulheres dar à luz e suspirou.Às sete da manhã, finalmente uma enfermeira saiu para dar as boas notícias: - Parabéns, parabéns! A Sra. Marina deu à luz um menino, às 7h01 da manhã, mãe e filho estão bem.O coração tenso de Luiza finalmente relaxou.O parto durou exatamente seis horas. Luiza estava exausta e preocupada do lado de fora, não se atrevendo a dormir, aguardando ansiosamente.Agora que ouviu que Marina estava bem, Luiza se acalmou e se levantou para perguntar à enfermeira.Mas assim que se levantou, suas pernas fraquejaram e quase caiu.Miguel, ao lado, a segurou a tempo, a envolvendo em seus braços calorosos.- Cuidado.- Minhas pernas estão dormentes. Respondeu Luiza, perguntando à enfe
Luiza se espreguiçou, o sol da tarde era preguiçoso, uma sensação de estar em um mundo diferente.Ela desceu da cama, calçou os sapatos e saiu da sala.Aquele homem estava sentado à mesa da cozinha com seu laptop, as mangas ligeiramente enroladas, o nariz alto e esguio, na luz do sol, sua silhueta lateral era especialmente bonita e charmosa.Luiza parou por um momento. - Você ainda está aqui?- Dormi tarde ontem à noite. Estou trabalhando em casa hoje. - Miguel falou, vendo que ela havia acordado, ele perguntou. - Está com fome? Posso fazer algo para você comer.- Não precisa, só vou tomar leite. - Luiza respondeu.Luiza entrou na cozinha, abriu a geladeira, que estava cheia de comida que Miguel mandou entregar.Luiza franziu a testa, ele planejava se instalar aqui? Ele realmente mandou entregar tanta comida?Luiza ficou um pouco irritada. Pegou uma garrafa de leite, mas Miguel a tomou logo em seguida.Ela olhou para ele.O homem estava de pé contra a luz, sua figura alta a envolvia.
- Não consigo controlar. - Ele sorriu e acariciou o longo cabelo dela. - Espere por mim em casa, eu volto logo.Luiza manteve a expressão inalterada, mas sua beleza transmitia uma delicadeza cativante. Miguel riu, a cobriu com uma manta leve e saiu.Depois que ele partiu, Luiza suspirou suavemente.Ela realmente não queria se reconciliar com Miguel.Não o rejeitava porque estava cansada de dizer não; esse homem era como um chiclete que não se desgrudava.Luiza pensou: "Vou esperar até o dia em que ele mesmo desista de me perseguir..."Miguel retornou por volta das sete horas, segurando um buquê de rosas brancas nas mãos.O diamante roxo já havia sido comprado e enviado para a joalheria para ser personalizado.Ele entrou em casa de bom humor, tirou os sapatos no hall de entrada, imaginando o quão feliz Luiza ficaria ao ver o buquê, e não pôde evitar um sorriso. - Lulu.As luzes estavam acesas, mas ninguém respondeu.- Lulu.Miguel se dirigiu ao quarto, onde viu uma revista jogada na po
Geraldo sorriu e disse: - Mesmo que goste, você não deve cuidar agora. Você está se recuperando, é melhor descansar e se fortalecer. Só depois da licença-maternidade é que vou permitir que você brinque com o bebê.- Você é mandão. - Marina protestou, resmungando. - Eu quero ficar de olho no bebê.- Você pode ficar de olho, mas evite brincar muito com ele. Tente não o carregar tanto e cuide mais do seu próprio corpo.Luiza, ouvindo a conversa dos dois no quarto, quase quis cobrir os olhos. Eles realmente não estavam levando em consideração que havia uma terceira pessoa ali.Depois de um tempo, o bebê voltou do banho. Quando Geraldo viu o bebê, seus olhos ficaram cheios de ternura. Ele se aproximou, pegou o bebê nos braços e mostrou para Marina e Luiza.O bebê de Marina parecia uma mistura perfeita dela e de Geraldo, herdando todas as melhores características dos dois.Luiza olhou para o pequeno bebê e, sem perceber, sorriu.- Que fofo. Ela estendeu a mão e tocou suavemente a bochecha
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que