Luana segurou sua mão. - O que você está fazendo seguindo ela?- Eu a vi parecendo doente. - Respondeu Simão.- Não vá. Você não percebeu que o Sr. Miguel está interessado nela? - Luana segurou o irmão e disse suavemente. - Deixe o Sr. Miguel a confortar. Façamos um favor a ele.Simão apertou os lábios, se sentindo inexplicavelmente irritado.Luiza saiu da mansão desolada e foi chamar um táxi.Miguel se aproximou e a puxou para seus braços, dizendo roucamente: - Desculpe, Lulu, me desculpe...Ele sabia por que ela estava assim.Quando ela estava no hospital, depois que ele a sedou, ela ficou assim, como se estivesse perdida, olhar vazio.Miguel sabia que ela tinha questões não resolvidas.Mas ele não ousava falar, não ousava mencionar o assunto do pai, porque ele sabia que, depois de dizer, eles nunca mais seriam os mesmos...Pela primeira vez, Luiza não se afastou dele, ficou parada em seus braços, sussurrando: - Miguel, me solte, por favor, eu te imploro...O coração de Miguel doe
Não se sabia ao certo quanto tempo havia se passado, mas Luiza começou a se acalmar aos poucos. Theo a conduziu para dentro de casa e a fez sentar no sofá.Theo serviu um copo de água quente e o colocou em suas mãos.Sentindo a água quente nas palmas, Luiza começou a se aquecer lentamente. Ela agradeceu a ele: - Obrigada.- O que aconteceu agora há pouco? - Theo perguntou.Luiza abaixou os cílios. - Lembrei de algumas coisas ruins e me senti mal.- Foi por causa do Miguel? - Theo adivinhou imediatamente.Luiza assentiu. - Sim, lembrei do momento em que meu pai caiu da escada. Naquela época, eu implorava para ele, mas ele sempre dizia que uma boa noite de sono resolveria. Ele costumava me dizer que com o tempo tudo ficaria bem, mas meu coração estava cheio de ressentimento. Como poderia ficar tudo bem?Luiza sorriu ironicamente.Theo, pensativo, se sentou ao lado dela e a envolveu em seus braços. - Se algo assim acontecer novamente, me ligue. Não importa onde eu esteja, eu irei te b
A sensação de desconforto era ainda mais insuportável do que Luiza imaginava.Por fim, Miguel subiu as escadas com uma expressão fria e apertou a campainha.Luiza estava procurando por remédio para a febre na caixa de remédios. Acabava de tomar café da manhã e ainda estava tonta. Ela planejava tomar dois comprimidos e voltar a dormir.Ao ouvir a campainha, pensou que fosse Theo voltando e foi abrir a porta, só para encontrar Miguel do lado de fora, olhando com raiva para ela.Luiza percebeu imediatamente que algo estava errado e tentou fechar a porta.Miguel ergueu a mão para bloquear a porta e disse com um olhar frio: - Por que está fechando a porta? Tem algo a esconder?- O que eu teria para esconder? - Luiza riu friamente.- O Theo passou a noite aqui ontem, não é? É por isso que você está se sentindo culpada. Miguel empurrou a porta com força.Luiza se sentiu fraca e deu um passo para trás, se encostando na parede. Ela riu ironicamente e disse: - Ele passou a noite aqui. Qual é
Mais tarde, nos braços dele, Luiza soluçou: - Pai...A voz dele estava rouca, e a garganta sentia um pouco de amargor:- Desculpe, Lulu...Ele sabia que suas palavras eram inadequadas, mas era tudo o que conseguia expressar. A abraçou com firmeza, apoiando o queixo em sua cabeça.- Desculpe, não consigo te deixar ir. Me dê uma chance de me redimir...Luiza estava meio desmaiada, mal conseguia ouvir.No meio da noite, a febre de Luiza começou a diminuir. Ela recuperou a consciência, abriu os olhos e, em sua visão turva, viu um rosto olhando para ela.Ela piscou, e o rosto ficou claro, era o rosto de Miguel.- Você está acordada? Ainda está tonta?Luiza percebeu então que estava nos braços dele. Ela tentou falar, mas sua garganta estava tão rouca que mal conseguia. Ela estava doente.- Você dormiu o dia todo e a noite toda. Está com fome? - Miguel perguntou.- Por que você está aqui? - Luiza disse em voz rouca. - Saia daqui... Esta é minha casa, eu não quero você aqui...Ela pediu fraca
- Sim.Comprou um andar inteiro, porque o Miguel não gostava de barulho, ao comprar um andar, este andar não teria outras pessoas, então se tornou um espaço exclusivo para vocês dois.Este cara realmente não desiste.Depois do jantar, ele veio, como se tivesse acabado de voltar do trabalho, tirou o casaco e gentilmente perguntou a você: - Jantou?Luiza estava lendo uma revista de moda, olhou de soslaio para ele e disse: - Você pode voltar para sua casa?- Não posso, preciso vir ver você para ficar tranquilo.Ele se aproximou, se sentou ao seu lado, querendo a abraçar.Luiza franziu o cenho, se esquivou, mas não conseguiu, foi encurralada por ele no canto do sofá, e disse friamente: - O que você quer afinal?- Eu já disse, quero me redimir com você, Luiza, quero te reconquistar. - Ele se aproximou, com sinceridade. - O que você quiser, posso ajudar.Luiza riu de si mesma, prestes a dizer algo, a campainha tocou.Luiza olhou para ele e disse: - Preciso atender a porta, por favor, me
Luiza arregalou os olhos de repente, em pânico, tentou o empurrar.- Miguel, pare, a polícia está aqui...Miguel disse sombriamente: - Então deixe eles verem.Ele não queria a soltar.Luiza estava desesperada, gritou: - Se continuar assim, não serei mais humana, vá para o quarto e se esconda primeiro. Quando Simão sair, prometo conversar com você.- Conversar seriamente? - Ele perguntou.- Sim! - Ela respondeu, mordendo o lábio.Somente então ele concordou em soltar sua mão, mas não sem antes dar um apertão nela.Luiza estava furiosa.Que chato!Depois de arrumar suas roupas, ela saiu correndo e viu as roupas de Miguel no sofá, uma delas estava enfiada embaixo do sofá.Ao abrir a porta, os policiais estavam falando com Simão.Simão, ao ver ela sair, ficou momentaneamente atordoado. - Você está bem?- Estou bem. - Luiza ajeitou o cabelo, mostrando um sorriso pálido.- Então, por que não respondeu quando eu toquei a campainha?- Eu estava tomando banho naquela hora. - Luiza inventou u
No passado, era Nanda quem causava confusão entre ela e o Miguel. Hoje, ela a deixaria provar desse amargo sabor também.O sofrimento que ela suportou, Nanda também teria que suportar...Quando recebeu a foto, Nanda estava experimentando o quinto vestido de noiva.Ela pensou que fosse Simão, sorriu ao deslizar a tela do celular, mas então ficou séria.Luiza mandou uma foto de Simão para ela, ele estava sentado na casa dela, bebendo água.Pelo rosto dele, não parecia que detestava Luiza.A expressão de Nanda ficou sombria.Parecia que não estava errada, Simão estava interessado em Luiza. Enquanto ela experimentava vestidos de noiva, ele estava escondido na casa dela...O que ele pretendia fazer?Ter um caso com a Luiza?E por que Luiza enviou essa foto para ela?Nanda ficou furiosa, quebrou as unhas de cristal que tinha acabado de fazer, puxou o vestido de noiva e trocou de roupa no provador, se dirigindo à casa de Luiza.Vinte minutos depois, a campainha tocou na casa de Luiza.Luiza e
Miguel não disse nada.Luiza se levantou e foi em direção ao quarto. Quando estava perto da porta, ele disse: - O que você quer que eu faça para você voltar?Ele sabia que ela não amava realmente o Simão, ela só queria se vingar.- Até que ponto você pode ir pela Nanda? - Luiza perguntou de volta, curiosa sobre até onde ele poderia chegar pela Nanda.- O pai dela sempre ajudou o meu pai, temos uma dívida com a família dela. Não posso a machucar, mas posso arranjar para ela ir para o exterior, e nunca mais voltar. - Miguel levantou os olhos, o lustre de cristal refletia em seu rosto, frio e sombrio.Luiza riu: - Você sempre mantém um pouco de bondade por ela, mas e daí? Eu quero que ela seja arruinada, quero que ela se sinta pior que a morte, quero que se arrependa do que fez...- Fazer ela ir para o exterior não é suficiente? - Miguel perguntou.- Não é. - Luiza olhou sombriamente, ela a deixou completamente destruída, só ir para o exterior não era suficiente. - É por isso que não p
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?