Luiza continuava mexendo o café, sorrindo de forma tranquila e bela.- De repente percebi, o Simão é muito charmoso, é bom e dedicado à namorada. Eu também quero um namorado assim... O problema é que ele é o homem da Nanda.Miguel franziu a testa e disse de forma concisa:- Ele ficou noivo da Nanda ontem à noite, ele agora está comprometido.- E daí? - Luiza respondeu com um sorriso. - Eles ainda não se casaram, então eu tenho uma chance. Afinal, quem não gosta de um homem bom assim?- Interferir no relacionamento dos outros é ser amante.- Não foi assim que a Nanda fez? - Luiza riu, aparentemente despreocupada.- Ela não tem nada a ver comigo. - Miguel corrigiu, vestindo um terno preto solene, sentado em frente a ela, tão elegante e bonito que parecia irreal.Luiza levantou os lábios.- Ah, é assim? Então eu também vou ser a irmã do Simão. Afinal, basta ter o título de irmã, que não há responsabilidade alguma...- Luiza, eu sei que você não é esse tipo de pessoa. - Os olhos de Miguel
Ele também não sabia por que tinha vindo dessa vez.Talvez fosse porque suas vidas eram tão parecidas que ele queria que todos os pensamentos e desejos dela se realizassem.Ao descer as escadas, Theo virou a cabeça e viu Emerson, o assistente de Miguel. Miguel ainda estava mandando pessoas seguirem Luiza. Theo franziu a testa instintivamente. Antes, ele gostava de ver essa cena; esperava que Miguel se importasse cada vez mais com Luiza, assim ele poderia usar Luiza para enfrentar Miguel. Mas, um dia, de repente, ele se sentiu desconfortável com isso. Provavelmente foi no momento em que ele percebeu que ele e Luiza tinham destinos semelhantes.Quando Emerson viu Theo, ele saiu do carro, foi diretamente até ele e perguntou:- Presidente Theo, posso fazer uma pergunta? - Theo não disse nada, então Emerson perguntou por conta própria. - Qual é o seu relacionamento atual com a nossa senhora?Theo sorriu levemente:- Miguel pediu para você perguntar isso?- Não, eu mesmo queria pergunta
Luiza sorriu e disse:- Foi o Presidente Theo quem me enviou. Agora sou uma subordinada dele.- Você não tinha seu próprio estúdio? - O olhar de Simão caiu sobre seu rosto branco como neve. Ele não sabia por quê, mas achava que ela estava muito mais bonita do que antes.Ela se arrumou especialmente para vê-lo?- Sim, eu tenho meu estúdio, mas agora nosso estúdio está sob o comando do Grupo NAS, então também faço parte do Grupo NAS. - Luiza respondeu com confiança.A expressão de Simão era um pouco complexa, ele parecia relutante em se aproximar dela, olhando para Miguel à distância.Miguel mantinha uma expressão fria, mas apenas ficou parado à distância, sem se aproximar.Instintivamente, Simão não queria se aproximar de Luiza. Ele pegou o taco de golfe e se afastou, não querendo lidar com ela.Além disso, seis meses atrás, ele tinha visto pessoalmente Luiza empurrar Nanda para o mar. Ele se lembrava claramente daquela aparência cruel.Ela era uma mulher malvada.Luiza não se desanimou
A mulher ficou atônita e repetiu:- Presidente Miguel, você não ouviu bem? Aquela mulher disse que você é grudento.Miguel a olhou de soslaio, com pupilas profundas:- Eu sou grudento, e daí?- Isto... - A mulher ficou sem palavras.Miguel já havia desviado o olhar, se voltando para Luiza.Nesse momento, Simão se engasgou com a água mineral, e Luiza correu para bater em suas costas:- Presidente Simão, você está bem?Ela estava tão próxima que aquele perfume estranho invadia o coração dele.Simão, de repente, sentiu o coração acelerar e a empurrou bruscamente:- O que você está fazendo?Luiza foi empurrada, e o rosto de Miguel mudou, vindo em sua direção, mas Luiza já havia recuperado a compostura e disse inocentemente:- Eu vi que você se engasgou e vim bater em suas costas.- Não preciso de você. - Disse Simão, com o rosto frio e bonito, e foi para o banheiro.Luiza não disse nada, e quando ele saiu, pegou o celular e começou a mexer, sem que soubessem o que ela estava fazendo.Migue
- Se não quer dar, tudo bem. - Luiza se levantou para sair.- Espere. - Miguel de repente a chamou.Luiza virou a cabeça e viu ele levantar a mão, tirar um talão de cheques do bolso do terno, escrever um valor e um nome, rasgar o cheque e entregá-lo a Luiza.Luiza ficou um pouco surpresa.Na verdade, ela só estava irritada com ele e não esperava que ele realmente fosse dar o dinheiro.Mas, já que ele deu, ela aceitou. Pegou o cheque, olhou o valor e sorriu.- Trinta milhões... Ok, nossas desavenças passadas estão quitadas. A partir de agora, somos apenas estranhos. Sr. Miguel, não precisa mais se sentir culpado por mim e eu não vou mais odiá-lo. Adeus.Ela pegou o dinheiro e foi embora.O rosto de Miguel mudou ligeiramente de cor e ele se levantou para segurar a mão dela.- Podemos nos conhecer novamente?Ela sorriu.- Não, não gosto do tipo Sr. Miguel, além disso, se o Sr. Miguel ficar ao meu lado, quem ousaria me perseguir?- Se você ficasse ao meu lado, eu te trataria muito bem.Ela
Ela abriu o Facebook e colocou na frente de Luiza, a questionando: - Por que você foi ao campo de golfe de manhã cedo? Foi para seduzir o Simão?Luiza olhou para a postagem no Facebook e sorriu. - O que eu fiz?- O que você fez? É isso que estou perguntando. Desde que saiu da prisão, tem procurado problemas constantemente. É porque me odeia e quer se vingar?- Adivinhe. - Luiza não revelou seus planos.Nanda riu e disse: - Isso não vai funcionar. O Simão não gosta de você desse jeito. Mesmo que tente o seduzir, não vai conseguir.- E daí? Está com medo? - Luiza inclinou a cabeça, sorrindo radiante. - Está com medo de que o Simão se apaixone por mim e você fique sem nada?- Acho que antes de vir aqui, você já procurou o Miguel. Sempre gostou de ir reclamar com ele, mas ele não te deu atenção, então teve que vir até mim, certo? - Luiza cercou Nanda, rindo. - Não adianta, Nanda. Desde que estive na prisão, Miguel ficou com medo. Ele não vai mais ficar do seu lado. Se o Simão não te ama
Nanda ficou momentaneamente paralisada, com o pescoço apertado, quase sem conseguir respirar, lágrimas escorriam enquanto tentava afastar a mão de Miguel.- Irmão...Miguel a soltou, seu olhar sem qualquer calor.Antes de sair, sua voz indiferente ecoou pelo ar:- Se pudesse, eu preferiria que você não tivesse acordado naquela época.Nanda acariciou o pescoço, com os olhos vermelhos.Mais tarde, ela foi para o hospital.Simão correu para a ver, cheio de preocupação ao notar a marca de estrangulamento em seu pescoço.- Nanda, o que aconteceu? O que é isso no seu pescoço?- Estou bem. - Nanda baixou a cabeça, parecendo frágil. - É só que...- O que foi?- Luiza postou uma foto com você hoje. - Nanda abriu o celular e mostrou para Simão. - Fui até ela para perguntar sobre isso, mas ela...Ao mencionar aquela mulher, Simão olhou para a postagem, perguntando: - O que ela disse?- Ela disse que queria te seduzir.- O quê? - Simão arqueou as sobrancelhas. - Ela quer me seduzir?- Sim, ela ad
Após um momento de silêncio, ele disse friamente:- Então vou lhe dizer agora, estou muito insatisfeito com você. Vou trocar o responsável pelo projeto. A partir de amanhã, você não precisa mais me visitar.E então ele encerrou a ligação.Luiza franziu a testa. Miguel, do outro lado, já a observava.- Foi o Simão que ligou?- O que isso tem a ver com você?Ela colocou o celular de lado e continuou a olhar os documentos.- Pela sua expressão, parece que foi rejeitada, não é? - Miguel estava um pouco satisfeito com isso, se aproximando e a examinando sob a luz. - Ele não quer ficar com você? Que tal ficar comigo?Ele se aproximou, o frescor do cedro atingindo Luiza, que se sentiu desconfortável, recuando um pouco, com o rosto frio: - Saia.- Não vou sair, e daí?- Está bem, se não sair, eu vou.Luiza não tinha paciência para ficar na mesma sala que ele, pegou o celular e saiu.Mas ao passar por ele, foi puxada, tropeçou e caiu sobre suas pernas.Luiza olhou friamente para ele.- Miguel!
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que