Quando terminaram as reverências, ele foi até Luiza e a ajudou a levantar.- Não posso me levantar, tenho que ficar de joelhos aqui vigiando.Como a única neta, ela só podia continuar de joelhos.- Sou genro, e eu também posso fazer isso. Você se levanta, vá descansar um pouco ao lado.Miguel insistiu para que ela fosse descansar, mas Luiza recusou. Ele continuou: - Você está grávida, ficar muito tempo de joelhos pode causar cãibras nas pernas. Vá se sentar um pouco, eu vou ficar vigiando.Ele disse isso e só então ela se levantou.Miguel também trouxe o jantar e a fez se sentar em uma cadeira para comer.Luiza abriu a marmita e deu algumas mordidas. De repente, se sentiu reconfortada. Em momentos como esse, se não fosse por ele, ela realmente não saberia como lidar. Afinal, ela tinha apenas 23 anos e muitas coisas ela ainda não entendia.Ela de repente sentiu que ter um marido amoroso era muito bom.Depois de comer um pouco, Miguel disse: - Já organizei o funeral de amanhã. Você e s
Às seis e meia, a Sra. Medeiros foi finalmente sepultada, a terra foi lançada...Uma pessoa desapareceu do mundo.Luiza ficou de pé no frio, se sentindo um pouco melancólica, ela olhou para Miguel, que estava olhando para o caixão, com o rosto cansado.De volta à Quinta do Lago, já eram onze e meia. Luiza disse: - Você deveria dormir um pouco, está com uma aparência cansada.- Você acordou cedo, vamos dormir um pouco juntos. - Miguel segurou a mão dela.Luiza também estava se sentindo um pouco cansada, então concordou com a cabeça. - Está bem.Os dois se deitaram na cama e adormeceram abraçados.Uma semana depois.Luiza estava ocupada no estúdio quando Theo apareceu.Luiza estava segurando uma lista de pedidos e ficou um pouco surpresa. - Theo, você voltou?- Sim, o projeto no País Z acabou. Ele se saiu muito bem, então seu pai passou a olhar ele com outros olhos e o transferiu de volta para o país.Luiza o convidou para se sentar no sofá e serviu uma xícara de café para ele. - Th
Não esperava ver ele voltar, como uma mosca que não podia ser espantada!- Vou subir para te ver.Miguel não esperou Luiza falar e encerrou a ligação.Luiza ficou um pouco sem jeito e olhou para Theo.Ele entendeu imediatamente a expressão dela e sorriu, com um tom frio na voz. - É o Miguel?- Sim.- Você se mudou de volta para Quinta do Lago para morar com ele?- Sim, como eu te disse antes, uma pessoa me ajudou a me livrar do Walter, e essa pessoa foi o Miguel. Mais tarde descobri que o que aconteceu com o Pietro também foi uma trama do Walter. O Miguel estava ocupado naquela época e não sabia o que estava acontecendo com o Grupo Medeiros, então não tem culpa nisso.O mal-entendido foi esclarecido e não havia ressentimentos entre eles.Theo assentiu com a cabeça e estava prestes a dizer algo quando Miguel já estava subindo as escadas, uma após a outra, parando do lado de fora do escritório, com olhos profundos como o mar.Quando Luiza não sabia o que dizer, ele entrou elegantemente
Luiza gritava atrás dele: - Como assim está subindo? Não vai jantar?Miguel não respondeu, apenas subiu as escadas. Luiza fez um bico, o xingando em seu coração: "Que temperamento de cachorro!"Após ser ignorada duas vezes, Luiza não ia implorar uma terceira vez. Ela entrou sozinha na sala de jantar e começou a comer sua sopa avidamente.Um tempo depois, ele apareceu na porta da sala de jantar, vestindo um roupão.Luiza, comendo cerejas, se assustou com a aparição repentina dele. - Aparecer assim do nada na porta, quer me matar de susto?- Você ainda consegue comer? - Miguel se aproximou, resmungando friamente.Luiza fez beicinho: - Por que eu não conseguiria? Estou grávida, e quando estou com fome, tenho que comer.- Você realmente vai com ele ao desfile amanhã?- Não tenho escolha. Agora que a Luminar Joias e o Grupo NAS estão cooperando, vou ter que o encontrar frequentemente. Ele é o líder do projeto.Luiza não escondeu nada dele.Ela finalmente teve essa oportunidade e não des
Assim que pousou o copo na mesa, ele apagou a luz do abajur, se dirigiu para a cama e a abraçou. Antes que ela pudesse reagir, ele virou o rosto dela e a beijou com ardor.O beijo era caloroso, mas também trazia um sabor de punição.Luiza se debateu um pouco, franzindo a testa. - Ei, estou grávida.- E daí? Se não se comportar, terá que ser punida. - Ele mordeu os lábios dela, sentindo sua resistência, rouco. - Não se pode recusar ao marido.Luiza se esquivou duas vezes, mas não conseguiu escapar. Ele a segurou pela cintura e a sentou em cima dele.Ela estava um pouco assustada e logo pediu misericórdia. - Eu só vou encontrar com ele para discutir sobre o projeto, não vai acontecer nada, você está pensando demais.- Você pode não ter nada com ele, mas ele pode ter algo com você.A raiva de Miguel ainda não havia passado. Ele segurou o rosto dela e a beijou.Sem ter opção, Luiza disse: - Vá com cuidado...Depois que ela falou, ele diminuiu a intensidade. Luiza sentiu que ele estava m
- Está bem.Os dois seguiram juntos.Duas horas depois, a exposição de moda terminou.Luiza arrumou suas coisas e saiu com Theo.- Luiza. - Caminhando pelo corredor longo, Theo de repente falou, se virando para ela.- O que foi? - Luiza olhou para ele.- Você... Você e o Miguel estão completamente reconciliados agora? - Theo olhou para ela, parecendo ter algo a dizer.Luiza percebeu sensivelmente e sussurrou: - Theo, o que você quer me dizer?- Você tem medo da Nanda voltar?Luiza ficou perplexa. - Ela não deveria voltar, certo?Miguel prometeu que não a deixaria voltar.Mas Theo disse: - Ouvi dizer que ela não se adaptou muito bem às Américas, ficou bastante doente. Miguel provavelmente foi ver ela.O coração de Luiza afundou. Miguel saiu às pressas esta manhã para ver a Nanda?Já era tarde quando voltaram para a Quinta do Lago.Miguel ainda não tinha voltado.Quando Lívia a viu e disse: - Sra. Luiza, o Sr. Miguel mandou o Eduardo voltar para pegar suas malas ao meio-dia. Eduardo
Miguel ampliava continuamente as mãos vestidas com o paletó cor de terra, as estendendo ainda mais.As imagens das câmeras de vigilância de mais de uma década atrás sempre ficavam um pouco borradas ao serem ampliadas, não sendo possível ver o dono daquelas mãos. Apenas podiam concluir que ele estava usando um paletó cor de terra naquela noite.Miguel retirou as fotos do envelope.Ao olhar primeiro, ele ficou chocado.As fotos dentro do envelope eram capturas das câmeras de vigilância do saguão do hotel. Naquela noite, sete pessoas entraram no hotel e todas foram capturadas pelas câmeras.Todos estavam usando ternos pretos, exceto uma pessoa, que estava usando um terno cor de terra.Era ele...- Irmão, foi o Bryan quem empurrou o tio do terraço. - Nanda estava sentada na cama, dizendo esse nome.Ela já tinha terminado de ver.As pupilas de Miguel pareciam ter rachaduras, ele não queria que fosse Bryan, tanto quanto ele estava desesperado nesse momento.Foi Bryan quem matou seu pai?Migu
Ele estava com febre.Uma febre muito alta.Ele estava deitado na cama do hospital, tremendo suavemente, suas memórias voltaram à infância, quando Zeca abriu a porta de casa, se abaixou na altura dele e chamou: - Miguel- Papai! O pequeno Miguel tinha apenas alguns anos, correu para os braços do pai...Seu pai era tão bom, mas foi morto por criar um chip que poderia abalar o mundo inteiro...A pessoa que o matou era o pai de sua esposa...Seu coração doía como se estivesse prestes a se partir, murmurando baixinho: - Pai... Luiza...Uma mão segurou a dele.- Irmão!Nanda olhou para baixo, vendo o rosto pálido e rachado de Miguel, sentindo-se extremamente angustiada, ela pegou um cotonete, molhou-o e passou nos lábios secos de Miguel.Miguel estava sonhando e não estava consciente, apenas murmurando constantemente.Eduardo abriu a porta do quarto com suprimentos e viu a Nanda dando água a Miguel. Ele rapidamente se aproximou e pegou o copo de água da Srta. Nanda.- Srta. Nanda, me dei
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?