Então ela fez uma expressão de injustiça e paciência.- Desculpe. - Foi então que Luiza falou. Sua voz era clara e fria, e assim que ela terminou de falar, o ambiente ficou silencioso.Miguel franziu a testa, olhando para ela.Luiza foi até Nanda, e disse sinceramente: - Desculpe.Ela não queria dever favores ao Miguel. Nem queria colaborar com a atuação de Nanda. Ela só queria mostrar que era generosa e gentil, certo? Luiza, de propósito, não colaborou com ela, pedindo desculpas sinceramente e então ficou ali com a cabeça baixa. Quando ela fez isso, Nanda ficou atordoada, mexeu os lábios, mas não disse nada.Luiza perguntou: - Nanda, você me perdoa? Se sim, eu vou embora primeiro, se não, posso te levar ao médico.Ela não gostava de se vangloriar de ser generosa, não era? Então Luiza estava colaborando com ela, perguntando se ela a perdoava ou não. Todos estavam olhando.Nanda não ousou dizer que não perdoava, apenas assentiu levemente e disse: - Nunca te culpei.- Que bom, e
Ela estava doente? Miguel apertou os lábios finos e seguiu em silêncio. Luiza pegou uma ficha do departamento de ginecologia no primeiro andar. Miguel a observou subir para o terceiro andar, seu olhar cada vez mais confuso. Por que ela iria ao departamento de ginecologia? Será que... Miguel mudou ligeiramente o olhar e continuou avançando. Nesse momento, Luiza já tinha entrado na sala número 1 e fechado a porta.- Doutor, estou sentindo um desconforto abdominal, não sei o que pode ser. - Luiza explicou sua situação ao médico.O médico verificou os resultados anteriores e viu que ela estava grávida havia quase três meses.Ele tocou sua barriga e perguntou: - Quando foi sua última consulta de pré-natal?- Há meio mês. - Respondeu Luiza, sempre fazendo suas consultas mensais.O médico assentiu e pediu para ela se deitar na maca, examinou sua barriga e ouviu os batimentos cardíacos do bebê, antes de dizer: - O bebê está bem, talvez você esteja apenas cansada. Preste atenção ao desc
Miguel ficou chocado, seu olhar se tornou especialmente penetrante. - Você registrou o divórcio comigo há menos de uma semana e já está procurando tratamento de infertilidade, ansiosa para ter filhos com o Theo?Luiza baixou a cabeça em silêncio. Ela nunca ousava encarar os seus olhos, com medo de ser descoberta.A vendo calada, Miguel de repente sorriu, um sorriso autodepreciativo e triste. - Não faz tanto tempo assim, não é? Você não consegue esperar para se entregar aos braços de outro e ter filhos para outra pessoa? Luiza, você é incrível!Luiza sentiu uma pontada de dor em sua barriga, como se estivesse sendo puxada. A dor a fez franzir a testa profundamente. Será que era por estar triste e angustiada que o bebê também estava triste com ela?Ela apertou os lábios, não explicou, não argumentou, apenas disse: - Você já perguntou o que queria saber, já sabe o que queria saber. Pode me dar licença agora? Eu quero ir embora.Miguel a encarou.O ressentimento em seu olhar gradualme
- Podemos nos casar novamente, escute...Miguel segurou o rosto dela e a beijou profundamente. - Eu disse que não quero...- Sua voz já estava engasgada. - Miguel, me solte, você está me estuprando!Ela começou a chorar novamente... Miguel ouviu seus soluços por trás e parou. Ele não se moveu, apenas a abraçou e disse suavemente: - Não vamos mais nos divorciar.- Não! - Luiza começou a chorar, batendo o pé. - Nós concordamos em nos divorciar.- Não vamos mais. - Ele não mostrou nenhum calor em seu rosto. - Não permitirei que você fique com outro homem.- Eu não vou aceitar! - Luiza retrucou obstinadamente. Miguel olhou para o rosto dela, cheio de tristeza, e disse palavra por palavra: - Estou apenas informando você, não estou discutindo com você. Se você acha que a família Medeiros ou Theo podem competir comigo, pode tentar. Depois disso, ele a soltou e saiu, deixando apenas uma declaração dominadora: - Amanhã eu vou te buscar no Jardins da Serra.Luiza mordeu os lábios enquanto
Os olhos de Luiza percorreram o rosto dele e ela pediu: - Pai, se sentir algum desconforto, por favor, vá ao médico logo, está bem?- Entendi. - Bryan olhou para as mãos dela geladas e vermelhas, as segurou suavemente. - Por que suas mãos estão tão frias? E seus olhos estão vermelhos, o que aconteceu?Ao ouvir isso, Luiza começou a chorar novamente.Ela fungou e virou a cabeça, dizendo: - Está tudo bem, pai.- Como assim está tudo bem? Você está chorando, me conte, o que aconteceu? - Bryan a puxou de volta.Luiza murmurou: - Pai, o Miguel se recusa a se divorciar.- O quê?- Ele me disse hoje, ele vai me buscar no Jardins da Serra amanhã, ele não quer mais se divorciar. - A voz de Luiza estava cheia de choro.- Quem ele pensa que é? - Bryan olhou com fúria nos olhos para a filha. - Lulu, me conte, o que você está pensando? Você ainda quer ficar com ele?Luiza sacudiu a cabeça.- Pai, eu não quero mais.Bryan assentiu e deu um lenço para ela para enxugar as lágrimas.- Lulu, vá desca
No dia seguinte.Miguel veio mesmo para o Jardins da Serra. Ele saiu do carro, vestindo um terno preto elegante, e seu rosto bonito parecia ainda mais nobre e misterioso sob o pôr do sol. Ele entrou na mansão, esperando enfrentar a fúria de Bryan e os protestos de Luiza, mas não foi isso o que aconteceu. Bryan não estava em casa, e Luiza estava na sala de jantar tomando café da manhã.Miguel entrou com passos leves na sala de jantar, mas imponentes. - Onde está o seu pai? - Ele perguntou. Ele estava planejando conversar com Bryan sobre o assunto. Talvez oferecer mais um projeto ou investir mais dinheiro, mas de qualquer forma ele não permitiria o divórcio.- Meu pai foi visitar minha avó. Ela não está muito bem ultimamente. - Respondeu Luiza.Miguel ficou um pouco surpreso com a atitude obediente dela. Ontem ela estava tão revoltada, por que hoje estava quieta? Ele se sentou em frente a ela, a envolvendo em seus braços, olhando para o rosto branco e suave dela. - Você entendeu o
- Prefiro estar contigo. - Miguel sorriu. - Vamos conversar um pouco.- Sobre o que você quer falar?- A modelo que arruinou suas roupas ontem foi levada pela polícia.- Ok. - Ela assentiu.Ele continuou: - A partir de hoje, a Valenciana do Rio não tem mais aquela empresa chamada Pattern Design.De fato, ele tinha lidado com aquela empresa.Luiza não sabia o que dizer e apenas concordou:- Ok.- Não vai me agradecer? Miguel a puxou para perto, abraçando sua cintura, a forçando a olhar para ele.Luiza ficou tensa, sem ousar o empurrar, olhou para ele e disse baixinho: - Obrigada.Ele apontou para sua própria bochecha esquerda, fazendo um gesto: - Assim é melhor.Ele queria que ela o beijasse.Luiza relutava, com um olhar complicado disse: - Acabamos de nos reconciliar, não estou acostumada com tanta intimidade contigo.- Você vai se acostumar. - Ele segurou o seu rosto e a beijou.Luiza estava tão tensa que parecia prestes a explodir. Ela queria o empurrar, mas não tinha coragem.
- O quê? Você vai me visitar novamente amanhã? - Luiza ficou surpresa.Miguel assentiu:- Claro, agora que nos reconciliamos, é claro que quero ficar de olho em você. E se outra pessoa tentar te roubar de novo, o que faremos?O sorriso de Luiza estava um pouco forçado enquanto ela assentia, embora resistisse interiormente.Miguel foi embora. Luiza voltou silenciosamente para a casa, se sentando no sofá para ponderar.À noite, Bryan voltou para casa e Luiza perguntou: - Pai, como está a vovó?- A pressão arterial e o nível de açúcar no sangue não estão sob controle, então ela terá que ser internada em uma casa de repouso. - Bryan respondeu.Luiza suspirou.Bryan continuou: - Eu falei com o Theo esta tarde, ele foi transferido para o País R.Luiza ficou surpresa e perguntou:- Foi o Miguel quem fez isso?- Sim.Luiza se sentiu culpada novamente, provavelmente foi ela quem causou problemas para o Theo.Bryan disse: - Eu conversei com ele sobre nossos planos de viver na América, e ele
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?