Luiza estava desaparecida havia três dias. Diziam que durante esses três dias, Miguel enviou pessoas para a procurar por toda parte. Eles procuraram na cidade onde ela desapareceu. Eles até procuraram na Vila das Nuvens. Mas não encontraram nenhum sinal de Luiza. Parecia que ela tinha desaparecido completamente, seu celular, identidade e cartões bancários não foram mais usados, e ninguém sabia como ela conseguiu isso. Clara ouviu essa notícia enquanto esperava por seu exame pré-natal.Ela sorriu e disse:- Que bom, nunca mais precisaremos ver aquela mulher irritante.Dora disse: - A Sra. Helena está se sentindo muito bem hoje, ela até começou a planejar o menu para a festa.- Ok. - Clara sorriu em felicidade. - Mas não devemos ficar tão relaxadas, deixe nossas pessoas seguirem as pessoas do Miguel. Se encontrarem a Luiza, me avisem imediatamente.Ela também estava procurando Luiza, mas Luiza desapareceu tão completamente que nem mesmo Clara conseguia a encontrar.- Sim.Dora con
A família Medeiros contava com uma antiga babá chamada Sarah, que residia na Vila Antônia. Com 68 anos de idade, Sarah se aposentou havia alguns anos e voltou à sua cidade natal para abrir uma pequena mercearia, enquanto cuidava de seu neto, Hélio, que frequentava o ensino médio. A chegada de Luiza a surpreendeu; ela a cumprimentou calorosamente e perguntou sobre a situação atual de Bryan.Luiza sussurrou: - Sarah, minha família... Fracassou. Meu pai está na prisão...Sarah ficou chocada ao ouvir isso. - Como assim? Me lembro do Sr. Bryan como uma pessoa muito boa. Ele não só amava a Sra. Fabiana, mas também você. Sempre foi gentil e amigável conosco, nunca nos tratou mal.- Ele foi enganado. Troy prejudicou meu pai, vendeu um lote de cimento defeituoso para ele. Depois, Miguel denunciou o Grupo Medeiros, e Bryan foi preso. O Grupo Medeiros tem passado por tempos difíceis desde então, e agora está sob o controle de Miguel.Nos últimos dias, enquanto viajava, Luiza se perguntava se
Luiza apertou os lábios, sem dizer uma palavra, se sentindo um pouco inquieta. Naquela noite, a insônia a visitou. Ela pegou o novo celular e verificou a data, dia 22. Em dois dias seria o aniversário de Helena, o mesmo dia do casamento de Miguel com Clara. Será que depois desse dia Helena e Clara finalmente a deixariam em paz? Luiza pensou distraída, mergulhando em um sono profundo.Na manhã seguinte.O sol nasceu. Luiza ouviu o som de Sarah levando Hélio para fora. Todas as manhãs, por volta das seis, Sarah levava Hélio até a entrada da vila e depois ia à cidade comprar mantimentos. Luiza acordou e não conseguiu mais dormir. Vestiu um vestido branco simples, abriu a porta da frente e começou a varrer, limpar os armários e as mesas... De repente, mãos ásperas a agarraram por trás. Luiza deu um salto e se virou. Era Arthur, o solteirão que vendia carne ao lado.Com um sorriso lascivo em seu rosto oleoso, Arthur respirou pesadamente: - Garota, o que você está fazendo aqui va
- Vá para o hospital da cidade. - Ordenou ele, apertando os lábios.- Eu não vou! Ela agarrou a janela do carro, se recusando a ir de jeito nenhum.Miguel não a deixaria escapar assim. Ele a puxou de volta com força, a prendendo em seus braços para que ela não pudesse se mexer.- Miguel! - Luiza chorou, sua voz tremula. - Me solte!- Não faça mais escândalo! O rosto de Miguel estava sombrio, ele a segurou mais firme, continuou ordenando:- Se você continuar, não serei gentil.- Me solte! - Ela lutou.Miguel ficou furioso e a pressionou contra o encosto da cadeira, batendo em sua bunda com força.- Eu disse para você parar de fazer escândalo!Ele a procurou por tanto tempo e finalmente a encontrou, mas ela ainda estava brigando com ele. Miguel ficou tão furioso que bateu algumas vezes na bunda dela. Luiza estava com as mãos amarradas, completamente incapaz de se libertar, sendo espancada repetidamente, até que lágrimas escorreram de seus olhos, chorando de mágoa.Ao ver que ela esta
Nos últimos dias, ela se sentia angustiada todos os dias, mas não podia falar com ninguém. A opressão no coração a sufocava.Agora, ele ainda não a deixava em paz. Luiza decidiu não esconder mais nada e, chorando, desabafou tudo:- Você nunca irá salvar meu pai. Você me enganou. Você me manteve por perto só para brincar comigo, para eu perder o último parente que me resta, e ainda é impotente...Ela enxugou as lágrimas.O olhar de Miguel estava sombrio, ele queria enxugar suas lágrimas, mas ela o afastou.- Não me toque! Eu te odeio!Seu rosto estava todo molhado de lágrimas. Soluçando, ela continuou:- O que mais você quer? Mesmo que meu pai tenha traído o seu pai antes, o Grupo Medeiros agora é seu, meu pai está na prisão e está muito doente. Eu não tenho mais nada agora, você não vai me deixar em paz? Só quero salvar meu pai, por que é tão difícil?Ela começou a chorar alto.Ela estava realmente exausta, arrependida, disse com pesar: - A coisa mais estúpida é que eu ainda acabei me
Luiza ficou atônita. - Você... Vai deixar meu pai em paz?- Sim.Miguel olhou para ela, vendo seus olhos inchados de tanto chorar, e com ternura limpou suas lágrimas, continuou dizendo:- Algum tempo atrás, mandei alguém o visitar na prisão. Ele está com pneumonia contagiosa e, com você tendo sofrido o acidente, com a resistência baixa, eu estava com medo de que, quando se encontrassem, ele pudesse te contagiar. Por isso não o coloquei para te ver, mas você acabou fugindo.Ouvindo essas palavras, Luiza ainda tinha lágrimas nos cantos dos olhos. Ela fungou e perguntou: - É verdade? Você realmente mandou alguém cuidar dele?- Sim, mandei. Mas ele está em condições graves, então foi colocado em uma área de isolamento. Quando ele se recuperar, farei com que o Troy escreva uma declaração, provando que seu pai foi injustamente acusado pela compra daquele lote de cimento, para então o liberar e devolver todo o Grupo Medeiros para ele. Está bom assim?Ela pensou por um momento e perguntou:-
- Se você se importa comigo, por que não admite? Miguel segurou o rosto dela com seus olhos penetrantes.Luiza se sentiu desconfortável com o olhar dele, especialmente agora que estava presa em seus braços, sentada em seu colo. Ela não havia refletido muito sobre seus gestos quando estava tão emotiva, mas agora que tudo estava esclarecido, percebeu o quão ambíguas eram suas ações, quão próximos estavam um do outro. Ela instintivamente queria se afastar.Miguel não a deixou escapar, a segurando firmemente em seu colo e disse em tom grave: - Ainda não terminamos de conversar, para onde você vai?- Me solte primeiro.Ela se sentia muito desconfortável.- Você ainda não me respondeu, se importa comigo?Luiza olhou para ele e desta vez não negou:- Eu me importo com você.Seu nariz ainda estava vermelho, parecia especialmente adorável. Miguel não resistiu e a beijou.Luiza o ouviu sussurrar em seu ouvido: - Não recuse, nessas últimas dias... Eu tenho sentido sua falta...Luiza ficou at
- Então, e daí? Abraçar meu próprio amor é crime por acaso?Amor? Ele disse que ela era seu amor? O coração de Luiza começou a bater descontroladamente. Na verdade, todas as vezes que Miguel a chamou, foi de Luiza, ele nunca a chamou de amor. As orelhas de Luiza ficaram vermelhas.Miguel percebeu, a abraçando enquanto subiam no carro. Ele perguntou: - Por que está tão corada? Porque eu te chamei de amor?Ao ouvir isso, Luiza prendeu a respiração, olhando secretamente para ele.Ele sorriu, disse:- É mesmo? Então você gosta que eu te chame de amor?Ela torceu as mãos e disse: - Não!- Mas seu rosto está vermelho. - Miguel não acreditou, se aproximando, sua respiração tocando os lábios vermelhos dela. - Amor.Os cílios de Luiza tremeram levemente, ela até prendeu a respiração. Era verdade.Miguel sorriu novamente e chamou mais uma vez:- Amor.- Pare com isso.Luiza estava tão envergonhada que tentou o empurrar, mas ele segurou sua mão.Ela olhou para cima e se deparou com um par
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?
Miguel entrou a passos largos e, com os braços fortes, levantou o filho, dizendo com um tom gentil:— Desculpe, Felipinho, eu me atrasei.— Hmph! Aachei que você nem viria. — Felipinho resmungou, mas seu humor claramente melhorou, e um pequeno sorriso apareceu em seu rosto.Luiza olhou para ele, percebendo que Felipinho estava feliz.Ela não pôde evitar olhar para Miguel. "Com ele por perto, será que tudo realmente ficaria tão melhor?"Miguel explicou:— O que eu prometo, eu cumpro. Foi só o trânsito que me atrasou um pouco.Ele explicou pacientemente ao menino.Felipinho ficou ainda mais contente e olhou para Maria, dizendo:— Maria, meu pai também veio.Maria fez um gesto de "V" com os dedos e respondeu:— Então vamos soprar as velas juntos!— Claro.Então, os dois homens, cada um segurando seu filho, se juntaram ao redor de um lindo bolo e sopraram as velas com força.Todos os adultos na sala aplaudiram.Especialmente Elias, que deu um assobio exagerado e soltou um grito de animaçã
Luiza olhou para ele: — Já está pensando no aniversário tão cedo? — Claro, esse ano é diferente. — Por que é diferente? — Nos anos anteriores, o papai nunca estava presente no meu aniversário. Este ano ele está, então é claro que será diferente! — Os olhos de Felipinho brilhavam de expectativa. Luiza o observou com uma expressão um pouco complexa. Desde que Miguel veio ao País R para ver Felipinho, o menino vinha falando muito sobre ele. Dava para ver o quanto a presença do pai era importante para ele... Mas aceitar Miguel assim... Ela simplesmente não conseguia superar essa barreira em seu coração... Nesse momento, o bolo foi trazido. Lucas entrou e perguntou a Francisco: — Presidente Francisco, o bolo já chegou, é para cortar agora? Francisco olhou para Maria, quase como se estivesse competindo por sua atenção, e pegou a filha que estava entre Priscila e Elias. — Maria, o papai preparou um bolo para você, quer cortar agora? — Francisco perguntou, olhando para