"Estar com você é apenas para se vingar do Bryan, fazer você se apaixonar por ele completamente, transformar você em um brinquedo sem dignidade e depois te abandonar por completo.""Se você continuar ao lado dele, acabará vendo seu pai morrer, será abandonada por todos e não terá mais ninguém a quem recorrer."Ao ver essas mensagens, a respiração de Luiza acelerou um pouco. Ela tentou ligar.Mas o número sempre estava ocupado.Luiza começou a ficar impaciente e então outra mensagem de texto chegou."Não me ligue, você não conseguirá me encontrar. Só precisa saber que sou a pessoa que está te dizendo a verdade. Não volte a confiar no Miguel, ele odeia o seu pai, se voltar a confiar nele, ele só te vai enganar.""Se você não acreditar em mim, espere até o seu pai sair e pergunte a ele se foi o Miguel quem o prejudicou."Luiza tentou ligar novamente. Ainda não conseguia. Seu rosto estava pálido, quase transparente. Então, foi o Miguel quem arruinou a família Medeiros? E depois colocou
Marina disse: - É a chamada do Miguel.Luiza ficou em silêncio por um momento e atendeu, ela não podia ignorar a ligação, pois sabia que Miguel era perspicaz. Sempre que ela deixava de atender, ele iria a procurar. Ela não queria que Miguel soubesse que tinha encontrado Marina hoje, para evitar que ele pensasse que ela era cúmplice e viesse cobrar explicações.- Alô. - Disse Luiza ao atender, mas seu coração batia descontroladamente, com a sensação de ter feito algo errado.- Já trocou os remédios? - A voz calma e suave de Miguel ecoou do outro lado da linha.Luiza respondeu: - Já troquei.- Onde está?Ele imediatamente percebeu que ela não estava em casa.Luiza ficou um pouco nervosa e lançou um olhar para Marina, sorriu e disse: - Estou no estúdio. Não vim trabalhar por alguns dias e muita coisa se acumulou. Vim resolver algumas coisas.Miguel franziu a testa. - Você ainda está doente, não deveria trabalhar. Volte para casa logo. Vou pedir para a Lívia preparar algo gostoso para
Luiza voltou a si, vendo o rosto bonito de Miguel. Dois anos de casamento, e pela primeira vez ela sentiu que não o conhecia de verdade.Antes, ela achava que o entendia bem, mas agora percebia que tudo era apenas superficial, que nunca conseguia enxergar seu verdadeiro pensamento.- Você... Tem algum segredo? Luiza disse sem pensar, se arrependendo imediatamente, com medo de que Miguel pudesse perceber algo e reagir de forma exagerada.- Por que está perguntando isso?Miguel parou de comer e a olhou profundamente nos olhos.O coração de Luiza batia forte, e ela falou baixinho: - É que, de repente, percebi que sempre que estamos juntos, sou eu quem fala sem parar, como se nunca tivesse ouvido você falar sobre nada.- Eu não sou muito de desabafar, além disso, o que posso dizer não é mais um segredo. - Miguel sorriu.Mesmo sorrindo, Luiza sentiu que ele parecia perigoso. Ela não sabia o que dizer, então não disse nada. Depois do jantar, ela arrumou uma desculpa para subir e tomar
- Não consigo mesmo beber isso, é como sangue.A cor também era como sangue, muito repugnante.Miguel disse com voz séria: - Se não beber, vai continuar tonta todos os dias. Você sabe quantos litros de sangue perdeu no acidente? Quase dois litros, por isso que ficou em choque e desmaiou por três dias.Luiza franziu o cenho. - Mas é que realmente não consigo beber.- Mesmo assim, tem que beber.Ele a obrigou a beber.Luiza não teve escolha a não ser engolir com dificuldade. Depois de beber, sua garganta ficou especialmente irritada, e ela estendeu a mão em busca de água. Miguel levou o copo até seus lábios, a alimentando com alguns goles, depois a abraçou ternamente e a fez arrotar. Luiza ficou em seus braços, sentindo um amargor inexplicável no nariz. Seu comportamento era bastante gentil. Mas em sua mente, só havia as coisas entre ele e seu pai. Por que ele mandou seu pai para a prisão? Qual era o rancor entre eles? Luiza já tinha tentado o sondar durante o jantar, mas Miguel n
Não havia como, ela só podia continuar de olhos fechados. Não sabia quanto tempo havia se passado, quando a mão de Miguel pousou em sua testa, acariciando suavemente seu rosto. Os cílios de Luiza tremeram ligeiramente e ele a beijou. O beijo dele era muito suave. Diferente de todos os beijos dominadores e autoritários do passado, ele a beijava cuidadosamente. Lentamente, o beijo ficou mais intenso, queimando seus nervos. Luiza não conseguia mais fingir estar dormindo, abriu os olhos repentinamente, encontrando Miguel olhando para ela. Luiza instintivamente tentou o empurrar, mas não conseguiu, ele segurou sua cabeça, aprofundando o beijo...- Miguel... - Ela estava um pouco sem fôlego.- Por que mentiu para mim? - Miguel perguntou com a voz rouca.Luiza ficou surpresa. Será que ele ouviu sua conversa com a Mari?Ela ficou nervosa e olhou para ele, dizendo:- Eu não fiz isso.Ela falou baixo, com um pouco de culpa em sua voz.Miguel a encarou por dois segundos antes de dizer: -
- Por que está tão envergonhada? Miguel abaixou o olhar para ela, com uma expressão perigosa.O nervosismo dela foi interpretado como timidez por ele. Luiza ficou um pouco frustrada, mas não teve coragem de dizer que estava nervosa. - Seu olhar está como se fosse me devorar, é claro que estou com medo.- Na verdade, eu adoraria te devorar. Ele não escondeu seu desejo, levantando o queixo dela com os dedos, falando roucamente: - Se você não estivesse se recuperando, eu já teria te devorado.Luiza sentiu um ligeiro tremor nos cílios. No segundo seguinte, ele a beijou. Luiza esperava que ele se vestisse e fosse embora o mais rápido possível, então não resistiu, respondeu ao beijo dele, querendo acabar logo com aquilo. No entanto, sua resposta fez com que ele ficasse mais excitado, e suas grandes mãos impacientes entraram sob a saia dela, apertando sua pele macia.Luiza franziu a testa e disse de forma suave e manhosa: - Já chega, meu corpo ainda não se recuperou, não consigo lida
- Está bem. - Respondeu Miguel.Justo quando estava prestes a desligar, Luiza o chamou repentinamente:- Miguel.- O que foi? - Perguntou ele.- Você... Me ama?Naquele momento, ela não sabia ao certo o que estava pensando e apenas deixou escapar essa pergunta.Talvez, Miguel tivesse sido muito gentil com ela ultimamente, o que a fazia duvidar das palavras nas mensagens. Se Miguel dissesse que a amava, ela contaria tudo para ele, teria uma conversa sincera. Mas Miguel ficou em silêncio por muito, muito tempo.Luiza esperou cerca de cinco minutos, ele não respondeu, e foi somente quando Eduardo entrou para o apressar que Miguel disse: - Tenho que ir trabalhar.- Está bem. Luiza desligou a ligação.Naquele momento, seu coração parecia ter morrido. Talvez as palavras nas mensagens fossem verdadeiras afinal. Ele agia como se gostasse dela, mas o coração de alguém não podia mentir, se não amava, não consegueria dizer. O coração de Luiza ficou gelado. Sem hesitar, ela vestiu a jaqueta
Meia hora depois, Miguel saiu da sala de reuniões. Eduardo falou em tom sério: - Sr. Miguel, parece que a Sra. Luiza deixou Valenciana do Rio. Uma hora atrás, o rastreamento do celular dela se mostrava nos arredores de Valenciana do Rio, mas quando nossas pessoas chegaram lá, não havia ninguém.- Se não havia ninguém, como o rastreamento do celular dela apareceu lá? - Miguel disse com o rosto sombrio.Eduardo respondeu: - A Sra. Luiza provavelmente passou por lá e jogou o celular.Ao ouvir isso, os olhos de Miguel escureceram. Ele não era tolo e já entendia o que Eduardo queria dizer. Isso era uma fuga planejada.Miguel ficou sério e perguntou:- E o vídeo das câmeras de segurança?Eduardo pegou o celular e mostrou o vídeo da câmera: - Depois que a Sra. Luiza saiu do shopping, ela estava usando um conjunto de roupas esportivas pretas, entrou em um Audi e foi para os arredores da cidade, onde ela jogou o celular na área rural.Miguel olhou para o celular, na tela, realmente havia
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?
Miguel entrou a passos largos e, com os braços fortes, levantou o filho, dizendo com um tom gentil:— Desculpe, Felipinho, eu me atrasei.— Hmph! Aachei que você nem viria. — Felipinho resmungou, mas seu humor claramente melhorou, e um pequeno sorriso apareceu em seu rosto.Luiza olhou para ele, percebendo que Felipinho estava feliz.Ela não pôde evitar olhar para Miguel. "Com ele por perto, será que tudo realmente ficaria tão melhor?"Miguel explicou:— O que eu prometo, eu cumpro. Foi só o trânsito que me atrasou um pouco.Ele explicou pacientemente ao menino.Felipinho ficou ainda mais contente e olhou para Maria, dizendo:— Maria, meu pai também veio.Maria fez um gesto de "V" com os dedos e respondeu:— Então vamos soprar as velas juntos!— Claro.Então, os dois homens, cada um segurando seu filho, se juntaram ao redor de um lindo bolo e sopraram as velas com força.Todos os adultos na sala aplaudiram.Especialmente Elias, que deu um assobio exagerado e soltou um grito de animaçã
Luiza olhou para ele: — Já está pensando no aniversário tão cedo? — Claro, esse ano é diferente. — Por que é diferente? — Nos anos anteriores, o papai nunca estava presente no meu aniversário. Este ano ele está, então é claro que será diferente! — Os olhos de Felipinho brilhavam de expectativa. Luiza o observou com uma expressão um pouco complexa. Desde que Miguel veio ao País R para ver Felipinho, o menino vinha falando muito sobre ele. Dava para ver o quanto a presença do pai era importante para ele... Mas aceitar Miguel assim... Ela simplesmente não conseguia superar essa barreira em seu coração... Nesse momento, o bolo foi trazido. Lucas entrou e perguntou a Francisco: — Presidente Francisco, o bolo já chegou, é para cortar agora? Francisco olhou para Maria, quase como se estivesse competindo por sua atenção, e pegou a filha que estava entre Priscila e Elias. — Maria, o papai preparou um bolo para você, quer cortar agora? — Francisco perguntou, olhando para