O ambiente se tornou subitamente mortalmente silencioso.Ele não disse nada, abriu a porta e saiu.Luiza estava arrumando os travesseiros quando, de repente, o viu sair do banheiro e perguntou:- Você ainda não tomou banho?Miguel, com uma expressão vazia, ignorou ela completamente e saiu pisando forte, voltando à sua frieza habitual.Luiza sentiu um aperto no coração, correu para fora do quarto enquanto Miguel descia as escadas e saía, batendo a porta da frente.Lá fora, a chuva caía torrencialmente, com trovões e relâmpagos.Ele simplesmente caminhou para a chuva, sem pronunciar uma palavra.Luiza chegou à porta, sem entender o motivo de sua partida ou de onde vinha aquele temperamento.Por que ele sempre fazia isso?Tudo ia bem e, de repente, ele mudava.Ela permaneceu na porta, observando sua silhueta se distanciar, enquanto as lágrimas inundavam seus olhos.Na profundidade da noite, completamente encharcado, ele dirigiu o Rolls-Royce para longe.Um relâmpago cortou o céu, iluminan
Inicialmente, Miguel só queria atormentá-la, mas, ao ver o rubor de abandono em seu rosto, ele não pôde evitar de perder um pouco o controle.Capturou o lóbulo de sua orelha com a boca, arrancando suas roupas de forma brusca.Luiza não conseguia se esquivar e, ao ser beijada por ele, perdia gradualmente a razão, o chamando docilmente:- Miguel...O olhar de Miguel se aprofundou, mordendo maldosamente sua pele macia.- Gosta?As orelhas de Luiza ardiam; ele falava com seu coração contra o dela, e o fôlego quente parecia queimar através de sua pele até o coração.Ela murmurou num delírio:- Gosto...Miguel se tornou instantaneamente mais selvagem, sua respiração, antes fria e fina, agora era ardente e ambígua, fazendo ela sentir calor e tremores...Ela se sentia desossada por sua ardência, pendurada nele, transformada em uma poça de água...Ela quase chorou a noite inteira.Na segunda metade da noite, o som da chuva parou.Ele ainda não estava satisfeito, ordenando a ela enquanto colava
Uma prova foi entregue nas mãos de Dolores por Eduardo.Depois de ler, Dolores lamentou:- Como é possível? Nossa Bruna é tão inocente, como ela poderia fazer algo assim? Lulu é a prima dele, ela jamais faria isso!Eduardo, com o rosto inexpressivo, transmitiu as palavras de Miguel.- Nosso senhor disse que, se a Srta. Bruna não agir conforme solicitado, nosso senhor fará com que ela se arrependa de viver pelo resto da vida.Dolores tremeu de medo.Correu escada acima e deu um tapa em Bruna.- O céu está desabando e você ainda está dormindo!Bruna, após receber o tapa, abriu os olhos, sentindo dor, e murmurou:- Mãe, o que você está fazendo? Eu acabei de fazer preenchimento com ácido hialurônico ontem à noite, e se você tiver deformado meu rosto agora?- O que vamos fazer? Veja só o que você fez! - Dolores jogou as provas no rosto dela.Bruna deu uma olhada.Suas fotos subornando Ana e os comprovantes de transferência tinham sido todos descobertos.Ela ficou pálida de medo.- Mãe! Como
No jardim, realmente havia alguém podando os galhos e varrendo as folhas secas; o Jardins da Serra inteiro parecia ter se livrado da solidão, vibrando com vida.O coração de Luiza não pôde evitar de acelerar.Lívia disse:- O senhor também falou que, assim que a senhora acordasse, ele providenciaria um lugar para eu ficar. O Jardins da Serra é a casa da senhora, e nós, os serviçais, moramos onde a senhora determinar.- Você realmente quer morar aqui, Lívia? - Perguntou Luiza.O Jardins da Serra possuía três pequenas mansões; na verdade, a menor delas era anteriormente habitada pelos empregados.Se Lívia quisesse ficar, Luiza daria a ela aquela pequena mansão.- Sim, Lívia quer ficar com a senhora. - Ela gostava genuinamente dessa moça gentil e encantadora.Luiza ficou muito contente, girou em um círculo completo e decidiu que Lívia ficaria naquela pequena mansão, entregando a ela a gestão de todos os assuntos da casa, grandes e pequenos, fazendo ela a gerente do Jardins da Serra.Pouco
- Não esperava que esse canalha fosse tão bom assim. - Marina não pôde evitar elogiar Miguel.- Na verdade, ele não é um canalha. - Luiza explicou. - Eu só soube há alguns dias que o filho que Clara espera não é dele. Mas, Mari, é melhor mantermos isso só entre nós. Se você mencionar isso na internet, Clara realmente vai te enviar uma notificação judicial.Marina ficou chocada além do esperado, mas também era inteligente.A família Freitas estava em seu auge, e Marina definitivamente não queria provocá-los.Contudo, a verdade veio à tona, limpando o nome de Luiza de qualquer mácula, o que foi bom....Enquanto isso.Na América.Theo viu o anúncio postado por Bruna e seus olhos se estreitaram.Ele estava esperando este momento, em que Luiza assumisse uma dívida de cinquenta milhões e, então, viesse negociar com o Grupo NAS.Nesse momento, ele poderia propor a aquisição da Luminar Joias, fazendo com que Luiza viesse trabalhar no Grupo NAS. Assim, por lógica e emoção, Luiza seria dele.S
- Por que você não foi dormir lá em cima? - Ele perguntou, olhando para o rosto vermelho e sonolento dela.Luiza esfregou os olhos, percebendo então que estava em seus braços, o calor corporal de Miguel aconchegando ela.- Estava te esperando para jantarmos juntos. - Disse ela suavemente.Miguel pausou por um momento, seus olhos se suavizando.- Acabou dormindo enquanto esperava?- Você não disse que horas voltaria. - Disse ela, um pouco envergonhada. - Pode me colocar no chão agora?Miguel, no entanto, não a soltou, mas a carregou direto para a cozinha, onde os pés pequenos e pálidos dela balançavam, descalços.- Onde estão seus sapatos? - Perguntou Miguel, colocando ela numa cadeira da cozinha.- Estão lá perto do sofá.Miguel se virou para pegar os pequenos sapatos de algodão dela, se agachou e os colocou nela.- Está frio, se lembre de usar meias.Ela respondeu suavemente, se sentindo inexplicavelmente aquecida pela situação.Miguel era realmente gentil.Se a vida fosse vivida com
- Está bem.Depois de lamber a espuma de leite dos seus lábios, ele a soltou, satisfeito. Luiza ficou com as bochechas coradas e, se virando, correu como um coelhinho. Miguel sorriu. Tão tímida assim? Quando ele terminou de comer e foi a procurar lá em cima, não a encontrou no quarto e chamou: - Luiza.- Estou aqui. Luiza apareceu no sótão, com uma linda cabecinha, segurando um livro. - O que você está fazendo aí em cima?- Este é o meu cantinho secreto, você quer subir? - Luiza o convidou com os olhos brilhando de expectativa. Embora Miguel não tivesse interesse no sótão a princípio, ao ver sua animação, não resistiu e subiu pela escada. Luiza sorriu e disse: - Veja, meu cantinho não mudou nada.Quando a casa foi esvaziada, o sótão foi esquecido pelo tribunal, então tudo ali estava intocado. Miguel deu uma olhada e viu uma penteadeira, estantes, centenas de bonecas e muitos álbuns de fotos. Era evidente que ela havia crescido em um ambiente amoroso. Era por isso que ela e
- Por quê? O que é que você tem de tão secreto aqui que não pode contar? - Miguel virou a cabeça para perguntar a ela. Luiza não queria dizer, ficou vermelha e o empurrou para baixo. - De qualquer forma, este é meu espaço privado, você não pode vir à vontade, vá escorregar pelo escorregador, rápido!- Eu não quero, isso é coisa de criança. - Miguel recusou, ele não queria brincar de escorregar.- É tão legal, você nem imagina como meu quarto é interessante. Da janela do meu sótão, dá para ir para fora e cair direto na piscina.Miguel não entendia muito bem o design do seu quarto e perguntou:- Seu pai não tem medo de você se machucar?Sair pela janela do quarto para uma árvore de ameixa e do sótão para a piscina, será que ninguém se preocupava com a segurança dela ao projetar o quarto?- Isso é diversão para crianças, o que você, um velho, entenderia? Luiza insistiu em empurrar ele para o escorregador. Miguel se recusou a descer. Por fim, de alguma forma, os dois acabaram escorrega
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?
Miguel entrou a passos largos e, com os braços fortes, levantou o filho, dizendo com um tom gentil:— Desculpe, Felipinho, eu me atrasei.— Hmph! Aachei que você nem viria. — Felipinho resmungou, mas seu humor claramente melhorou, e um pequeno sorriso apareceu em seu rosto.Luiza olhou para ele, percebendo que Felipinho estava feliz.Ela não pôde evitar olhar para Miguel. "Com ele por perto, será que tudo realmente ficaria tão melhor?"Miguel explicou:— O que eu prometo, eu cumpro. Foi só o trânsito que me atrasou um pouco.Ele explicou pacientemente ao menino.Felipinho ficou ainda mais contente e olhou para Maria, dizendo:— Maria, meu pai também veio.Maria fez um gesto de "V" com os dedos e respondeu:— Então vamos soprar as velas juntos!— Claro.Então, os dois homens, cada um segurando seu filho, se juntaram ao redor de um lindo bolo e sopraram as velas com força.Todos os adultos na sala aplaudiram.Especialmente Elias, que deu um assobio exagerado e soltou um grito de animaçã
Luiza olhou para ele: — Já está pensando no aniversário tão cedo? — Claro, esse ano é diferente. — Por que é diferente? — Nos anos anteriores, o papai nunca estava presente no meu aniversário. Este ano ele está, então é claro que será diferente! — Os olhos de Felipinho brilhavam de expectativa. Luiza o observou com uma expressão um pouco complexa. Desde que Miguel veio ao País R para ver Felipinho, o menino vinha falando muito sobre ele. Dava para ver o quanto a presença do pai era importante para ele... Mas aceitar Miguel assim... Ela simplesmente não conseguia superar essa barreira em seu coração... Nesse momento, o bolo foi trazido. Lucas entrou e perguntou a Francisco: — Presidente Francisco, o bolo já chegou, é para cortar agora? Francisco olhou para Maria, quase como se estivesse competindo por sua atenção, e pegou a filha que estava entre Priscila e Elias. — Maria, o papai preparou um bolo para você, quer cortar agora? — Francisco perguntou, olhando para