- Miguel, me solte... - Luiza gritava.Miguel, com o rosto inexpressivo, colocou ela diretamente no carro, instruindo Eduardo:- Abaixe o painel de divisão.Os painéis ao redor foram abaixados.Luiza, um pouco assustada, olhava para ele com os olhos arregalados.- Está se divertindo? - Os olhos penetrantes de Miguel a encaravam.Luiza recuava incessantemente.Esse movimento apenas o irritava mais; ele agarrou sua mão delicada com sua grande palma e a puxou para si.A cabeça de Luiza colidiu com seu peito, e ela sentiu como se seus ossos das mãos fossem esmagados, franzindo a testa de dor.- O que está tentando fazer? Me solte!- Perguntei se está se divertindo. Responda! - Miguel segurou a parte de trás de sua cabeça, forçando ela a olhar para cima, em sua direção.- Divertindo? Não sei do que está falando. - Luiza, com lágrimas de dor nos olhos, encarava seu rosto sombrio e belo.Ele fazia isso de propósito, causando a ela dor e lágrimas intencionalmente, perguntando de forma severa:
Miguel segurava sua cintura, beijava sua pele branca como a neve, sentindo aquele tremor indescritível......Não se sabia a que horas da noite.O Cullinan já estava estacionado na Quinta do Lago, sem sinal de Eduardo.O carro balançou por um bom tempo.Depois, Miguel envolveu a garota desmaiada com seu casaco de terno e a carregou para o segundo andar.Levou ela para o banheiro e encheu a banheira com água.Através de seus beijos, o corpo da garota ficou coberto de marcas de beijos; ele olhou uma vez e se sentiu muito melhor.No dia seguinte.Luiza acordou, sentindo que a parte abaixo da cintura não lhe pertencia mais. Se mexeu um pouco, sentindo uma dor terrível por todo o corpo.O homem ao seu lado envolvia ela com o braço, com a cabeça apoiada em seu ombro, dormindo profundamente.Luiza estava irritada e deu a ela um chute.Ele abriu os olhos, as pupilas escuras.Luiza ficou um pouco assustada e se virou, fingindo estar dormindo para não dar atenção.- Você acordou? - Perguntou Mi
Miguel estremeceu levemente.Ele havia compreendido mal ela?Ao ver a marca de mordida em seu pescoço, Yago arqueou uma sobrancelha e perguntou:- Você a maltratou ontem à noite?Miguel não disse nada, apenas ajustou o colarinho da camisa com suas mãos de dedos longos e bem definidos, se lembrando involuntariamente das cenas da noite anterior.Seu pequeno corpo era branco como neve, suave como se não tivesse ossos, despertando nele um desejo incontrolável, do qual ele não queria se libertar...Portanto, mesmo que tivesse havido um mal-entendido, ele não se arrependia.Yago disse:- Se você compreendeu mal alguém, deveria ser mais gentil com essa pessoa, dê a ela um presente para mostrar seus sentimentos.Naquela tarde, Luiza recebeu uma entrega no estúdio.O estúdio ainda estava aberto.Mesmo com problemas judiciais, não era possível fechar e parar de fazer negócios, todos os proprietários faziam isso.Olívia levou a entrega até o andar de cima.- Chefe, sua entrega.Luiza, no segundo
Luiza, ao ouvir isso, se sentiu como se estivesse mergulhada em água gelada, um frio percorrendo todo o seu corpo.Ana havia morrido, o que significava que não havia mais prova viva daquela questão.A acusação de plágio não poderia ser revertida.E a indenização de cinquenta milhões do Grupo NAS recairia toda sobre seus ombros.Luiza de repente ficou sem palavras, como se estivesse paralisada, sentada ali sem se mover por um longo tempo.Fabiano disse:- Desculpa, fiz o meu melhor, mas não esperava que as coisas fossem assim. Vamos fazer o seguinte, Luiza, eu pagarei os cinquenta milhões do Grupo NAS por você.Luiza não sabia se tinha realmente entendido; ela apenas ouviu Fabiano dizer que daria cinquenta milhões a ela.Mas como ela poderia aceitar?Ela sabia que Fabiano gostava dela, e não existiam almoços grátis neste mundo. Se aceitasse, isso significaria que teria que se tornar, de alguma forma, a mulher de Fabiano?Por fim, ela recusou delicadamente:- Obrigada pela sua gentileza
- Vocês precisam encontrá-la rapidamente.Sua expressão era sombria, e todos sentiam uma grande pressão.Miguel tinha pensamentos ruins incessantes em sua mente, imagens dela deitada em uma poça de sangue apareciam constantemente, ele temia que ela estivesse morta no Jardins da Serra.Não se sabia por quanto tempo procurou, até que viu um par de pernas brancas balançando no pátio.Essas pernas estavam acima de sua cabeça.Olhando para cima, viu Luiza sentada em uma grande oliveira, com uma expressão abatida e chorando.Apesar do olhar atordoado, pelo menos ela estava fisicamente ilesa.Um peso enorme caiu de seu coração, e uma sensação inexplicavelmente ácida surgiu em sua garganta.Ele se aproximou, suavizando a expressão sombria em seu rosto, e olhou de baixo para ela.- O que você está fazendo aqui?Luiza estava enxugando as lágrimas, ouvindo sua voz, não queria lidar com ele, virou a cabeça para o lado, de costas para ele.Ela estava chorando e não queria falar.Se falasse, chorari
Luiza ficou comovida por muito tempo.Realmente, não era de admirar que ela fosse apaixonada por ele.Embora ele sempre se mostrasse frio, com o rosto fechado, afirmando que a odiava, que ela precisava se redimir, nunca a agrediu nem a insultou. De vez em quando, ainda lhe trazia presentes do exterior.Ele possuía um caráter íntegro.Por isso, Luiza sempre aguardava ansiosamente pelo seu retorno.Mesmo quando ele a repreendia severamente, a expulsando com ferocidade do escritório, isso a deixava feliz por muito tempo. Ela gostava de provocá-lo, buscando sua presença dizendo "senhor, senhor" como uma borboleta colorida e alegre.Era uma pena que o homem que ela desejava amar por toda a vida tivesse outra pessoa em seu coração.Pensando nisso, Luiza sentiu seus olhos se encherem de lágrimas novamente.Miguel percebeu e a abraçou gentilmente, perguntando com suavidade:- Por que você está chorando novamente?- É só que me sinto injustiçada, Miguel, você não pode me deixar, está bem? - E
O rosto de Luiza corou intensamente e ela deu um leve tapa nele.- Seu canalha!- Não esqueça, foi você que me seduziu primeiro. - Essa afirmação de Miguel deixou Luiza sem palavras.Quem tinha se apaixonado primeiro era ela, não?Seu rosto estava tão vermelho de vergonha que parecia um tomate, e ela murmurou entre os dentes cerrados:- Então, depois você não acabou gostando, até não poder mais?- É, eu gostei muito, não queria mais que você fosse embora. - Ele a abraçou mais forte, e seus olhos brilharam com um sentimento mais intenso.Luiza, incapaz de suportar o olhar dele, desviou o olhar, dizendo:- Vamos, o vento está forte esta noite, e parece que vai chover em breve.Ela queria descer da árvore, mas notou que as luzes da mansão estavam acesas.Olhando para lá, viu alguém fazendo a limpeza.Luiza se surpreendeu:- Por que estão limpando lá dentro?Vários seguranças limpavam mesas e cadeiras dentro da mansão.Miguel lançou um olhar e logo entendeu, provavelmente era a intenção de
Nesse momento, a porta se abriu.Luiza olhou imediatamente naquela direção.Miguel entrou, com algumas gotas de chuva caindo sobre seus ombros.- A chuva começou; eu mandei eles voltarem para casa.Luiza ficou surpresa por um instante.- E você?- Começou a chover; vou ficar aqui. - Ele disse, como se fosse a coisa mais natural.Luiza se sentiu mal em mandá-lo embora, então falou em voz baixa:- Você tem roupas para trocar?- Tenho no carro. - Ele sempre tinha roupas de reserva no carro. - Vou lá pegar.- Espere. - Luiza o chamou. - Acho que tenho um guarda-chuva aqui; vou procurar para você.Miguel pensou que ela estava tentando mandá-lo embora, e seu belo rosto se franziu.Luiza encontrou o guarda-chuva no hall de entrada e o levou até ele.- Aqui está o guarda-chuva, para você.Miguel olhou para ela friamente.- Está tão ansiosa assim para me mandar embora?- Não é isso. - Luiza ficou surpresa, explicando. - É para você pegar as roupas debaixo do guarda-chuva.- Entendi.As rugas em
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que
Ela disse isso apenas para ganhar tempo. Realizar um casamento, no mínimo, levaria de quinze dias a um mês. Nesse período, seria tempo suficiente para Miguel encontrá-la. Talvez também fosse o suficiente para que ela reunisse provas contra Theo. A luz do sol entrava pela janela, iluminando o ambiente. Theo se recostou na cadeira, observando ela por um longo tempo antes de finalmente falar: — Você está falando sério? — Claro. — Ela respondeu calmamente, mantendo os olhos baixos. Seus cílios finos projetavam uma sombra delicada sobre o rosto, uma beleza tão cativante que fazia o coração acelerar. O pomo-de-adão de Theo se mexeu involuntariamente. Ele se inclinou para mais perto de seu rosto sereno e delicado, fitando ela intensamente enquanto dizia: — Certo. O casamento que não aconteceu naquela época foi uma das minhas maiores decepções. Já que estamos no País Y e planejamos viver juntos daqui em diante, vamos realizar o casamento e fazer de você minha esposa de verdade. L
Cinco minutos depois, a médica saiu do quarto. Theo estava esperando do lado de fora e, ao vê-la sair, imediatamente se aproximou. — Como ela está? — Essa senhorita tem um grave transtorno psicológico... — A médica, seguindo as instruções de Luiza, explicou a Theo que não poderia forçá-la ou pressioná-la. Caso contrário, o problema poderia se agravar e causar algo mais sério. Theo assentiu, indicando que entendia. Quando a médica foi embora, ele abriu a porta e entrou no quarto. Luiza estava deitada na cama, imóvel, já vestindo um novo pijama. Theo se aproximou e, ao ver o rosto dela pálido e com os olhos bem fechados, não disse nada. Após um momento de hesitação, ele saiu do quarto. Na verdade, o coração de Luiza estava batendo descontroladamente. O celular que ela havia conseguido da médica estava escondido debaixo do travesseiro naquele momento. Com medo de que Theo descobrisse, sentia como se seu coração fosse saltar pela garganta. Esperou até ele sair, então tiro
Assim que aquele caderno foi colocado sobre a mesa, o olhar de Luiza se desviou imediatamente para ele. No entanto, ela não ousou demonstrar interesse, permanecendo deitada no sofá com uma expressão vazia e frágil. O vômito era uma encenação. Embora, na verdade, tivesse comido demais na noite anterior. Ela já havia tomado sua decisão: em vez de arriscar uma fuga e se expor ao perigo lá fora, era melhor permanecer ao lado de Theo, esperando pacientemente pelo momento certo para agir. Se conseguisse pôr as mãos naquele caderno, poderia destruir Theo completamente, o arrastando para o inferno. O foco de Luiza agora não era mais fugir, mas sim aquele caderno. Entretanto, para continuar ao lado de Theo, ela precisava encontrar uma forma de mantê-lo a uma distância segura. Momentos antes, ao vomitar, Theo acreditou que ela tivesse tido uma reação de choque. Luiza aproveitou a situação, fingindo uma expressão de completa desesperança. Logo, a médica chegou. Theo, ansioso, se l
— Não tenha medo. — Theo abaixou o olhar para ela, seus olhos turvos, denunciando a embriaguez. — Eu só quero cuidar de você. — Eu não concordei. — Luiza respondeu com o rosto frio e a voz firme. Theo deu um leve sorriso, a embriaguez cada vez mais evidente. — Luiza, há dois meses você já é minha esposa. — O casamento nem chegou a acontecer. — Ela retrucou, cortante. — Eu não sou sua esposa. — Isso foi porque o Miguel estragou tudo. Caso contrário, você já seria minha esposa... — Ele murmurou, acariciando o rosto dela com um olhar intenso e obcecado. O corpo de Luiza se arrepiou, e ela ficou completamente tensa. Foi então que Theo soltou a mão dela e começou a abrir os botões de seu pijama. — Saia daqui! — A mão de Luiza estava livre novamente, e ela usou toda a força para empurrá-lo. Embora a força entre homens e mulheres fosse desigual, um homem não consegueria segurar uma mulher adulta que lutava incessantemente, a menos que usasse violência para dominá-la. Mas T
A única vez que ela foi egoísta foi quando deixou Larissa levar aquele pen drive. Ela queria que Luiza soubesse toda a verdade e nunca mais aceitasse Theo. Quanto a alguém como ela, Luiza simplesmente não conseguia odiá-la. Ela era uma pessoa lamentável. Luiza disse: — Se algum dia você me vir fugindo, pode fingir que não viu? Giovana não respondeu à pergunta, se limitando a dizer: — Eu te aconselho a ficar quietinha ao lado do Presidente Theo. Lá fora é muito perigoso. Ela enfatizava repetidamente que o mundo lá fora era perigoso. Mas se isso era verdade ou apenas algo que Giovana inventava, Luiza não sabia dizer. Afinal, ela nunca tinha saído. À noite. Luiza estava sentada no sofá, refletindo sobre aquelas notas criminais. Se o País Y era um lugar muito caótico, então Theo era ainda mais despótico ali. Mesmo que ela conseguisse fugir por sorte, Theo jamais seria levado à justiça. Isso significava que ela e sua família continuariam em perigo. Por outro lado, se
Luiza se esquivou. Theo apertou os dedos levemente rígidos e semicerrou os olhos. — Eu aconselho você a aceitar logo. Caso contrário, se eu perder a paciência, talvez tenha que usar a força com você. — Sem-vergonha! — Luiza o encarou, furiosa. Theo esboçou um leve sorriso. — Sem-vergonha por quê? Nós já fizemos nossos votos no casamento, não foi? Você disse "sim" diante do padre. — Pela lei, eu ainda sou esposa do Miguel. — Isso não significa nada. — Seus olhos ficaram mais frios. — No País Y, as leis do seu país não têm validade. Aqui, você é minha esposa e não vai escapar. Luiza apertou os lábios e preferiu não responder, temendo que suas palavras inflamassem ainda mais a conversa. — Eu queria bater um papo com você, mas hoje não tenho tempo. Preciso sair. Fique aqui quietinha, alguém trará suas refeições. — Depois de dizer isso, ele saiu. Talvez fosse encontrar o general da Brigada do Norte. Luiza permaneceu no quarto, olhando pela janela para o lado de fora. D