Um pouquinho mais a frente tinha uma mulher sentada na areia . Ela montava um castelo. Os pés brincavam relaxados com as ondas pacificas do mar .
Uma hora dessa?
Pantera pensava.
Coincidência. Um horário bastante incomum para frequentar a praia. De repente um vento forte fez com o que os cabelos presos da figura intrigante se soltasse.
Quando cachos castanhos e longos cobriram as costas Pantera se levantou.
“ Mel”
Seu coração batia na garganta. Finalmente. Elas se encontraram. Chegou até suas narinas o perfume inebriante que a amiga usava.
“ É ela”
Sem pensar se era real ou ilusão ela desceu o calçadão e caminhou a passos largos de encontro ao que ela mais queria e a única coisa que consumia seus últimos dias. Melissa.
Chamou.
Será? Ela não olhou. Resolveu se aproximar mais. Tão ansiosa estava pisou em uma concha pontiaguda e torceu o pé. Prestes a desequilibrar sentiu uma mão forte segurar seu braço ao p
Era difícil associar Raul Goulart dono do caliente corpus bar , o seu chefe , o homem que tantas vezes já a esbofeteou quando confrontado com o homem que ela tinha agora em sua frente cuidando e fazendo com que ela se sentisse segura e tivesse a certeza de que enquanto ele estivesse ali, nenhum mal a alcançaria.Era surreal.Mas ela queria que ele ficasse ou fosse embora? Pois sabia que ele era o impedimento para que ela e Mel se aproximassem. O episodio da praia deixou isso bem claro. Mas como proceder?“ Ela vai me deixar louca” Decretou em pensamento.Tão grande era sua fixação que ela sentia os efeitos em seu físico. A febre aumentava e ela só sabia tremer sentia muito frio. Tentou se acalmar, não estava só. O chefe estava lá. Para ela , por ela e a dançarina não podia deixar de se enternecer. Gostava dos cuidados dele mas ao mesmo tempo não sabia muito bem como agir . Ele estava muito próximo.
Mais a noitinha eles se despediam.- Você fez tanto por mim ! Me fez tão bem. Como posso retribuir?- Meu amor, depois dessa tarde maravilhosa ao seu lado o que mais eu poderia querer?- Eu...- Nos vemos amanhã.- Até lá. De novo sozinha em casa, mas a presença do chefe ainda continuava lá. Gritante. Ela não queria se acostumar.Se apavorava de imaginar sentir falta de ser tão mimada. De ser alvo de olhares quentes , de ter o corpo tomado por arrepios quando a voz poderosa daquele homem sussurrava ao seu ouvido. Ela se recusava a ser a próxima descartada pelo chefe.Quem garantia que em breve ele não poderia se cansar? Porque ela estava sendo muito difícil. Mas o real motivo de não ceder por completo era porque não queria substituir Mel. Não queria ocupar o lugar que antes era dela , tinha medo de magoar a fugitiva. Mel e Raul eram a
Na manhã seguinte ao chegar no clube foi avisada por mosca que o chefe a esperava na sala administrativa. Então, apreensiva ela foi até lá. Aquela sala lembrava a maior vergonha da sua vida. Foi onde flagrou Mel e o chefe fazendo amor.Avermelhada ela bateu na porta.- Oi meu anjo. Senta.- Bom dia chefe. Assim está bom.- Por favor meu amor. Contrariada ela obedeceu.- Mosca falou que o senhor queria falar comigo. Do que se trata?- Melhor ir direto ao assunto. Eu gostaria de saber se por um acaso você combinou com aquela sua amiga de se encontrarem aqui.- Quem?- Mel. Melissa travos . A fugitiva.- Não chefe. Que conversa é essa? Eu não sei nem onde ela está! O nervosismo passou tomar conta, ela tremia e começava a suar inevitavelmente.- Pois ela esteve aqui.- O q
Tão irritada estava que no meio do caminho trombou em Esmeralda.- Ei , olha por onde anda!- Desculpa.- Ih! Pela sua cara deu ruim com o chefe.- Muito pelo contrario. Mas era Isso que vocês queriam não é?- Eu? Longe de mim. Esmeralda negou com ironia.- Se me der licença , não posso perder tempo aqui.- Espera ! Vai onde? Não tem show hoje? Colegial também provocava.- Volto mais tarde. Alguém aqui viu Mel?- Eu vi. Flor de liz.- E ... como ela estava?- Amiga , eu não vou negar não. Ela está linda. Aquela ali parece que roubou a beleza do mundo.- Sério? Pantera sorriu em expectativa contando os minuto
Descontraída mel sentou-se sobre o balcão da cozinha enquanto Pantera abria os armários procurando por algo que as alimentasse.- Vem cá, o que foi que a senhorita andou aprontando na minha ausência hein? Quero saber de tudo não me esconda nada. Pantera riu.- Não precisa se preocupar não aprontei Nada. Minha rotina mudou muito pouco. A única novidade eu já te contei. Que é sobre o chefe.- Chefe não é bobo não. Disparou maliciosa.- Do que está falando? Perguntou Pantera timida.- Imagina se ele não ia lutar pela oportunidade de pegar esse avião.- Avião? Eu?&
- Estou tão feliz. Confessou Mel enquanto se preparavam para dormir.- Eu também.- Se tivesse noção do quanto foi difícil querer te ver e não poder aparecer , com medo de Raul me pedir para reatar nosso caso... até que não pude aguentar mais...- Eu entrei em desespero quando ele me falou que esteve lá na boate com medo de desistir da gente se encontrar.- Jamais.- A ansiedade era tanta. Nunca fiquei longe de alguém assim tão especial. E eu não sabia como você estava , onde estava , se estava precisando de alguma coisa.- Eu estava na capital.- Na capital? Tão longe!- Sim.- Tem algum conhecido lá?- Não. Fiquei no hotel até semana passada. Foi quando te vi no shopping.- Então era você?- Sim. Não queria me aproximar com Babi por perto.- Era você na praia?- Sim. Desculpa, o Raul...- Eu
- Desculpe.- Ok.- Mas vem cá, você vai me receber assim por causa dela?- Assim como?- Fria. Nervosa e de cara fechada. Sensível , ela deixou que ele a abraçasse.- Senta. Eu vou servir seu café.- Deixa. Eu me sirvo. Já sou quase de casa e depois você está tremendo tanto que poderia acontecer um incidente , não?- Acho que sim. Concordou envergonhada a beira das lagrimas.- Escuta meu bem, gostaria de saber o que esta acontecendo.- Eu não sei. Eu também não sei. Pantera declarou assustada.- Parece que está com medo? De que?- De tudo. De mim.- É essa menina que está mexendo com você. Mas eu posso te ajudar.- Me ajudar? Como ?- Assim....&nbs
Com todo o cuidado para não quebrar o clima Raul atendeu seu pedido. Depositando-a delicadamente na cama, ajoelhou-se sob seu corpo beijando-a toda. Ela também o acariciava. Queria conhecer e sentir cada parte dele. Corou. Já estavam os dois Nus. A expectativa aumentava. O chefe viu que a dançarina voltara a ficar nervosa.- Paramos? Perguntou preocupado, ansioso e com medo de ser frustrado.- Não. Continua. Quero te dar e receber prazer. Mata essa minha sede de ser sua por favor! Pediu doce , firme e sensual. Minando a repentina insegurança do chefe. Assim beijaram- se mais uma vez. O corpo de Raul tinha um imã que puxava o de Pantera de forma poderosa e inevitável. E se encaixavam. Perfeitamente. Trocaram mais caricias. O chefe não queria pressa naquele momento.