Não quero dar uma de paranoica ou ciumenta, mas que tipo de reunião é essa que a pessoa sai bêbada?
Também não reclamo quando ele passeia com as mãos pelo meu corpo, há um desejo explícito nisso.
Logo ele volta a sua brutalidade natural, me jogando em cima da cama e me obrigando a ficar de joelhos sobre a mesma.
Meu italiano gato enrola o meus cabelos em sua mão e os puxa para trás, minhas costas arqueiam para trás batendo contra seu peitoral.
_você sabe quem eu sou?_ sussurra no meu ouvido e um arrepio percorre minha espinha.
_Luigi?_ele me empurra para frente, caio em cima da cama confusa com a mudança de personalidade dele.
_Como você pode me comparar com um simples empregado?_ele diz baixinho, mas ainda consigo ouvir.
Como é?
Estou prestes à exigir uma explicação quando ouço um estalo alto ecoar pelo quarto. Luigi havia subido meu roupão e dado um t
Uma semana havia passado...Eu não tinha conseguido arrancar nenhuma informação de Luigi sobre aquele dia e nem ousei mencionar o homem loiro do banheiro.Não sei por que mas não achei certo mencionar ele.Mil paranoias repassam na minha cabeça. Eu quero saber tudo sobre Luigi e ao mesmo tempo não quero.Não quero saber se ele faz os trabalhos sujos que os chefes mandam, mas também me deixaria tranquila se ele me desse a certeza de que não trabalhava fazendo essas coisas sujas.Não quero perguntar, porque tenho medo.Entretanto esses pensamentos estão me corroendo por dentro. Estou a ponto de enlouquecer!Lavo meu rosto na pia de mármore do banheiro, estávamos jantando fora no mesmo restaurante que ele tinha me trazido antes.Tenho certeza que ele percebeu que eu estava aérea durante todo o jantar, a nossa conversa foi muito rasa, apenas falamos sobre o clima, comidas e relembramo
Acordo com o som do meu celular tocando, tateio sobre a cama com os olhos fechados. Minhas mãos agarram alguma coisa dura porém quente. Forço meus olhos para ver o tanquinho do meu italiano gato.Eu tinha adormecido em cima dele, ele não era um bom travesseiro mas era muito bom para outras coisas. Olho para cima e fico envergonhada quando vejo que ele estava me observando enquanto eu babava no seu abdômen definido._quer alguma coisa aí, Carolina?_ tinha aquele sorriso sedutor de canto no rosto. Deus, ele pode parar de ser tão lindo?_estou procurando meu celular_ digo, não era mentira, eu realmente queria achá-lo e parar com esse toque infernal.Ergo meu corpo para sair de cima dele mas de repente sou jogada novamente na cama. Luigi agora está por cima de mim, me esmagando com aquele corpo escultural e gostoso._Carolina, isso era só uma desculpa para..._para nada_mesmo gostando d
Olho para o lustre no teto do teatro, ele muito grande e brilhante. Me pergunto o quanto de estrago poderia causar se aquele lustre caísse nas nossas cabeças.Tenho que parar de ter esses pensamentos ruins.Luigi segura a minha mão e me guia pela multidão que sobre as escadas. Ele tinha me dito que tinha preparado uma surpresa para mim, logo fiquei feliz, quase nunca alguém me dava presente sem ser no meu aniversário.Meu italiano gato estava querendo ganhar pontos comigo?_Luigi?_ uma voz feminina nos interrompe_ é você?Olho para trás e enxergo uma mulher, parecia uma modelo de tão alta e elegante, estava vestindo um vestido longo com uma fenda bem generosa amostrados as suas belas pernas.Ela não olha para mim e mantém seu foco no meu italiano.Já não fui com a cara dessa loira aguada.Luigi se vira para encará-la, ele parece tenso mas logo máscara
Luigi me joga em cima da poltrona e puxa meus braços para atrás, tento me soltar mas sua mão agarra forte meus pulsos me fazendo inclinar para frente._o que você está fazendo? Alguém pode nos ver ou pior, nos ouvir. E você não me respondeu, quem é aquela loira aguada!_então meu bem, é melhor você se esforçar para não fazer barulho_ele ignora quando eu falo da loira e isso me faz ficar ainda mais curiosa.Quem diabos era essa mulher que o fez ficar assim? Ela tinha algum poder sobre ele antes?Ela fez alguma macumba ou o quê?Sinto sua outra mão subir o meu vestido até a minha cintura revelando a minha nudez, viro minha cabeça para o lado deixando ela ficar encostada nas costas da poltrona para olhá-lo, sua expressão é séria entretanto seus olhos brilham de forma maliciosa e sua língua umedece os lábios.Esse italiano esta me deixando louca!Aquela expressão me dá calafrios e me contorço par
_não, não estou_forço um tom casual mas a minha cara entrega a verdade._tudo bem, eu finjo que acredito_ele planta um beijo no meu pescoço fazendo meu corpo se arrepiar._já falei o quanto apetitosa você está nesse vestido?_ele diz baixinho e eu sorreio de lembrar ele dizendo essa frase quase o caminho todo até o teatro._já. E eu acho melhor nós assistirmos antes que a ópera acabe_ele ainda relutante me guia para uma cortina no fim da sala, onde aguardava os nossos assentos.Não quero força a barra com ele, mas eu ainda vou descobrir quem é aquela loira aguada, não sei por que mas fiquei cismada com essa história. Para mim, tem muito mais coisa oculta aí. Minha intuição nunca falha.Quem sabe eu não descubra uma história interessante entre as máfias? Ou algum podre da família Agostini?Talvez Cassandra me contrate novamente se eu voltar com uma manchete reveladora. Mas isso é só uma hi
_ou melhor dizendo, porque você sempre está me seguindo?_ele me gira para que eu fique frente a frente com ele.O que ele pretendia fazer? Me bater? E que papo é esse de que eu o estava seguindo? Era ele quem estava em quase todos os lugares em que eu estava. Isso é brincadeira que eles costumam fazer com as vítimas antes de matá-las ou o quê?_quem ordenou você me seguir? Foram os Ferraza? Você é a nova integrante deles?_cada pergunta que ele me atira faz com que eu dê um passo para trás._os Ferraza já foram melhor contratando pessoas mais competentes_ ele diz, eu não estava o seguindo e nem sei quem são os Ferraza mas me senti ofendida._eu acho que você está me confundindo_ tento me explicar, quem quer que fosse esse tal contratado desses tais Ferraza, deveria esta muito encrencado. E não estou a fim de pagar em seu lugar._não minta para mim, até que você é bonitinha, tenho que admi
Bato na porta pela terceira vez, na esperança que a mesma se abra, olho para trás, o motorista do táxi ainda estava esperando pelo dinheiro da corrida.Uma voz bem baixa anuncia que estava vindo, de repente a porta de madeira abre revelando a minha amiga vestida em um pijama com estampa de ursinho. Ela arregala os olhos quando ver o estado em que me encontro, deveria está uma verdadeira bagunça._meu Deus Carolina! O que aconteceu com você? Por que você...._tenho que interrompê-la antes que ela faça seu questionamento de sempre, porque senão ela nunca mais pararia de falar._Mariana, depois a gente conversa sobre isso, você pode me ajudar com isso?_olho para trás e ela segue o meu olhar, vendo o motorista de táxi já impaciente._ah, sim, claro_ela vai para dentro de casa e pega a sua carteira, espero em pé do lado da porta enquanto ela entrega o dinheiro ao taxista. Estou tão exausta que estou até me sentindo
_para mim, eles tiveram alguma coisa no passado, algum rolo que não deu muito certo_Mariana diz enquanto come um pote de açaí puro._sim, também achei isso. E ele ainda veio com aquele papo de que não dormiram juntos_encho minha colher com bastante açaí antes de levá-la a boca._nisso eu acredito, dormir eles não dormiram mas outras coisas com certeza fizeram_ela sorri e me sinto enjoada só de pensar nos dois se agarrando.Eca._ainda bem que conseguir sair sã e salva daquele país. Imagina só, eu nunca tinha viajado para fora do Brasil e quando viajo acontece uma coisa dessas. É muito azar para uma pessoa só_continuo enchendo a minha boca de açaí, eu estava com muita fome._sim, se você continuar comendo desse jeito vou começar a achar que você está mesmo grávida_Mari diz e olho para o meu pote de açaí que estava cheio de leite em pó, banana, jujuba e granulado que tinha encontrado no armário da co
Meus ouvidos sangram quando a ouço gemendo seu nome, entro novamente para dentro do quarto, verificando os gêmeos que dormem profundamente antes de voltar para a sacada e ter a brilhante ideia de pular. Não sei o que me deu, talvez fosse o ciúmes assumindo meu corpo e pulando de uma sacada para outra. Agora eu entendia, a imprudência da Carolina ficar pulando por sacadas.Arriscar a própria vida para... não sei ao certo o que faria, se mataria Matteo, se arrastaria a Carolina para longe dele, se interromperia... céus! Nem ao menos conseguia olhar para dentro do quarto, me mantive paralisado olhando a área verde que rodeava o hotel e ouvindo os gemidos suplicantes dela. Merecia aquela tortura.Entretanto, subitamente me virei, o ciúme havia tomado todo meu corpo quando entrei sorrateiramente para dentro do quarto. O punho cerrado aliviou, a tensão nas minhas sobrancelhas franzida também tinham aliviado e me encontrei perdido diante da donna della mia vita deitada nua sobre a cama, sozi
Atravessando o restaurante, observo o grande movimento de pessoas assumindo suas mesas, a maioria casais. Todo o lugar possuía uma baixa iluminação, com pontos estratégicos de luzes e luminárias amarelas que deixavam um ar romântico e aconchegante.Gostaria de convidar Carolina para jantar comigo uma noite, porém tendo Matteo a tiracolo, seria difícil de concretizar-se.O bar se encontrava no final do restaurante, andando em sua direção, noto a bela vista para a piscina do hotel e parte da fachada. Matteo estava sentado sozinho com uma garrafa de Johnnie Walker em cima do balcão. Puxo uma banqueta e peço um copo ao barman, não refiro nenhuma palavra ao loiro meio bêbado do meu lado.Não tinha muito o que dizer, era questão de tempo para Matteo se dar por vencido e começar a enxergar a realidade posta diante dos seus olhos. Carolina me ama e mesmo que tente esquecer, mesmo que use Matteo para tapar minha ausência, não irá conseguir fingir por muito mais tempo. Durante essas semanas que
Espreitando, observei-os durante todo o dia na empresa. Ouvi as fofocas dos funcionários, mesmo que não estivesse escutando atrás da porta ou passando casualmente pelo corredor, elas sempre me encontravam e esgotavam minha paciência.Alguns funcionários diziam que Carolina tinha um ótimo gosto para italianos, ignorei a parte que nos compararam á sapatos. Outros diziam que Matteo era um homem incrível por não sentir ciúmes do ex da sua noiva e por tratar tão bem os filhos dela. Na minha opinião, Matteo está se esforçando demais para gostar dos meus filhos, para quem nunca tinha a palavra "família" no vocabulário pessoal e que até chegava a sentir crise alérgica caso fosse mencionado "relacionamento" junto ao seu nome na mesma frase, ele estava sendo um padrasto quase perfeito. Pura enganação.E quando achei que os burburinhos não poderiam piorar... eles me pintaram como um ex escroto que queria arruinar a vida da Carolina e roubar seus filhos, que tambem são meus. Se eles ao mínimo sou
Eu estava mancando, MANCANDO! Quando sair de dentro da sala de reunião, no período da tarde de ontem. Minha real intenção quando voltei á empresa, era me desculpar com Cassandra e implorar para que ela não me demitisse após o barraco que a minha mãe fez. Porém apareceu Luigi e me fodeu. Literalmente.- Bom dia, Ita - saúdo Ítalo quando o vejo passando perto da minha mesa, ele olha para mim entortando a boca e passando direto.- Ele ficou mesmo chateado - digo, chamando a atenção de Melissa, que trabalhava em sua mesa do meu lado esquerdo. Por termos o mesmo cargo na empresa, teríamos que nos dar bem de um jeito ou de outro, praticamente ficaríamos juntas todos os dias em que trabalhar na Montero. Mas para minha sorte, a conversa que a ex-megera deve ter tido com sua puxa-saco fez efeito e Melissa estava sendo legal, da maneira dela.- Óbvio que Ita ficou chateado, você escondeu uma fofoca dele - girando a cadeira, Melissa vem até mim segurando minhas bochechas com as duas mãos - aceit
-Luigi, não posso... - gemo manhosa com sua boca em meu pescoço, suas mãos me pressionaram mais firmes contra a porta, não sei se resistiria a ele - não posso fazer isso com Matteo, vamos nos casar em...- Em onze malditos dias, eu sei bem disso, Carolina - mordiscou minha orelha, sussurrando - estou contando os dias para te comer em sua despedida de solteira - sua mão sobe mais o tecido do vestido, os dedos enroscando na calcinha e abaixando-a devagar. Deslizando a peça, se ajoelhando para retirá-la do domínios das minhas pernas e guardando dentro do terno, voltando a beijar minha boca - e te roubar no altar e do Matteo no dia do casamento.- Não pode - empurro-o um pouco para mostrar a aliança em minha mão. E o italiano simplesmente segurou-a, chupando meu dedo anelar, retirando a aliança com os dentes e cuspindo-a no chão. Meu corpo se incendiou todo quando me puxou com urgência para seu colo, me erguendo do chão e me levando para cima da mesa retangular no centro da sala - Luigi,
- Obrigado por me defender - sou o primeiro a dizer alguma coisa depois de Cassandra expulsar todos da sala e fechar a porta. Fiquei surpreso dela revelar o segredo que sou seu filho, achei que preferia me esconder assim como escondeu sua real identidade, pintando dourado por cima como fez com seu cabelo. - Sempre vou te defender, mesmo que de longe - Cassandra sorri com uma tristeza contida no olhar quando passou por mim e apertou meu ombro - seria capaz de tudo por você - sua mão acaria meu cabelo uma vez e vai embora. Sinto que não deveria ser tão duro, que tem algo nublado minha visão para a verdade, mas não posso ignorar tudo o que passei com seu abandono. Era cruel e injusto comigo mesmo inocentá-la.Quando estou prestes a sair da sala de reunião, passa um grupo de pessoas fofocando sobre a Amélia e não consigo resistir ao ficar quieto para ouvir atras da porta. As pessoas que trabalham com ela, deveriam ter uma visão diferente da mulher que havia se tornado após anos, mas pe
Entro apressada na sala de reunião, pedindo desculpas pelo atraso e recebendo um olhar reprovador de Cassandra. Melissa pelo contrário, arrasta uma cadeira do seu lado para eu me sentar, entregando um breve resumo escrito do que tinham sido discutido na reunião marcada pela equipe de relações públicas.O que pude entender pelo decorrer da situação, a equipe que acionou essa reunião de emergência queria avisar que teríamos de fazer uma entrevista para o esclarecimento de um "mal entendido".Era de se esperar que isso acontecesse novamente. Ano passado, quando trabalhava de assistente geral (escrava), o Sr. Russo fez a mesma coisa, se envolveu em um escândalo e a Montero teve que apaziguar. Não somos a agência que cuida da sua imagem, mas fizemos um trabalho árduo para limpar sua reputação depois que ele agrediu um funcionário de um hotel. Deus que nos perdoe, esculpimos uma imagem terrível da vítima que sofreu o abuso, fizemos parecer que o pobre garçom havia incitado a agressão com pa
- Finalmente sexta à noite - desabo no sofá como um saco de batata amassado e acabado, que caiu do caminhão e foi jogado na primeira caçamba de lixo que encontraram. Mas graças ao meu bom Deus, os gêmeos dormiam como anjinhos. Puro milagre, mas acho que a presença de Luigi deve ter ajudado. Não fiquei chateada de saber que ele subornou a minha babá para passar um tempo com os próprios filhos, isso era bom para ele e para o meu sono.Era incrível como ele colocava os gêmeos pra dormir facilmente, como se tivesse dramim nas mãos.De início fiquei preocupada pois não o tinha visto na empresa e até pensei que tinha desistido de tudo após as boladas que a minha mãe deu nele. Ao menos fizeram Luigi refletir e me deixar em paz no trabalho por um dia e finalmente passar um dia com os gêmeos.Me levanto, arrastando-me pelo escuro até a bancada da cozinha onde se encontravam mais fatias de bolo de casamento pra degustar e me preparo, pegando meus airpods e dando o play em The Bakery da Melanie
Deixo o carro no estacionamento, na frente da confeitaria e checo o look uma última vez no retrovisor, grata por ter passado no hotel e vestindo uma roupa limpa e apresentável. Adentrando o estabelecimento, Camille me aguardava, ela acertava algo com uma funcionária atrás da vitrine de doces finos, antes de deixá-la e ir ao meu encontro.Meus olhos brilharam e a boca salivou apenas de verificar alguns docinhos do balcão, quase não prestei muita atenção na sua explicação. Camille me levou a fundo da confeitaria, mas precisamente uma área específica para degustação. O local, nada mais era do que um jardim mediterrâneo com mesas, cadeiras e sofás. As tonalidades diferentes de rosas ornavam com todos móveis brancos e com o jardim, deixando tudo aconchegante. Sem mencionar o cheirinho de bolo assando no ar, sem dúvidas valeu a pena dirigir por uma hora.Acabo preferindo me sentar numa mesa retangular, onde cabia todas as fatias enormes de bolos que teria de provar. Eu estaria sendo desele