ZAIA. Meu coração bateu forte ao perceber que ele havia se levantado. “Com licença”, eu disse baixinho, prestes a me afastar e ir para o banheiro, quando ele agarrou meu pulso e me girou de volta em seus braços, me fazendo ofegar.Ele estava nu e eu estava extremamente consciente do calor de seu corpo. A sensação de seu corpo contra o meu... cada crista e sulco... todo seu corpo no meu, porém, o seu olhar era o que estava me deixando tonta.“Você vai me dar o segundo maior presente que posso esperar e depois fugir?”. Ele perguntou, segurando a lateral do meu rosto. Não… Minha respiração falhou e fechei os olhos tentando me concentrar. Sua proximidade… seu toque… naquela noite já havíamos cruzado uma barreira que nunca deveríamos ter ultrapassado. Só de pensar em tudo que aconteceu, meu núcleo se contraia novamente.“Eu...”, minha voz mal saía enquanto seu dedo roçava meu queixo. “Apesar de tudo… você merece conhecê-los e eles merecem conhecer o pai”.Abri meus olhos e fit
“Há algo diferente em você…”, ela refletiu um pouco. “Algo no seu rosto…”. Oh, a intuição de uma mãe em ação!“Não há nada diferente, apenas estou experimentando alguns novos produtos de maquiagem. Talvez seja isso”. Eu sugeri suavemente. Tentando disfarçar os chupões que ele havia deixado em meu pescoço… Ontem à noite, quando saí do chuveiro, ele havia sumido. Uma trufa de chocolate embrulhada estava no meu travesseiro como presente de despedida.Sua maneira de me dizer para recuperar minha energia... ele sempre fazia isso... Deixava um chocolate, porque ele acreditava que isso ajudaria a recuperar as forças… Fofo…, mas por que ele estava carregando chocolate? Tenho certeza de que não imaginou que teria sorte!Sorri suavemente e mamãe franziu a testa, inclinando-se para frente enquanto tomava um gole de seu chá. “Zaia… você está me assustando”.Balancei a cabeça, rindo levemente. “Recebi oficialmente a oferta de emprego hoje, mãe. Estou simplesmente feliz”, disse.Foi
ZAIA. Mamãe e papai ficaram em silêncio. Trazer à tona uma parte dolorosa do passado deles não era minha intenção, mas foi necessário naquele momento. “Então, se sua decisão já foi tomada, o que você quer de mim?”. Papai disse baixinho.Este era o momento, a parte mais importante… “Eu preciso que você organize o encontro com Sebastian. Afinal, não quero falar com ele”, disse surpreendendo-o tanto quanto a mamãe. E percebei que ambos relaxaram visivelmente… Como planejado.Lamento mentir para vocês..., mas preciso manter a fachada, para que se o inimigo estiver próximo, percebam que não estamos juntos... “Entendo...”, papai falou muito mais calmo do que antes. Ele suspirou pesadamente e acenou com a cabeça. “Acho que posso providenciar isso”."Obrigada, pai, basta perguntar a ele se deseja ver as crianças e que concordei em permitir isso”. Falei, pensando em avisar Sebastian, precisaríamos continuar agindo. Papai assentiu, dando um tapinha no meu ombro. “Posso não gostar…
Não sabia como iria enfrentar Sebastian de novo! "Chegamos, senhora". O motorista disse e eu voltei dos meus pensamentos, olhando para o prédio. Ele deu a volta para abrir a porta para mim.“Obrigada”, disse e saí do carro, olhando para o prédio. Piso número doze… O som de uma moto se aproximando e rugindo alto me fez olhar para a estrada, franzi levemente a testa.O homem na moto usava um capacete e se aproximava em uma velocidade que estava muito acima do limite para esta área, vindo na direção do prédio. Meu coração pulou uma batida. “Senhora”, o motorista me empurrou para trás, provavelmente preocupado em sujar minhas roupas, no entanto a moto saiu da estrada e agora vinha direto em minha direção."Corra!", gritei para o motorista, por ser humano, iria se machucar e mesmo morrer. Eu o empurrei para o lado e pulei para trás assim que a moto passou zunindo.Meu guarda, saiu rapidamente do banco de passageiro, saltou e correu em minha direção, enquanto o motociclista v
Não usava uma arma há anos..., mas fui treinada com uma. Precisava saber a identidade dele!Ele estava muito ocupado mirando em alguém escondido atrás do banco, ele estava perto o suficiente quando de repente congelou e se virou bruscamente em minha direção. Eu suspirei, puxando o gatilho e ele pulou para o lado, soltando um grunhido ameaçador quando a bala atingiu seu ombro. Ah, ele era um lobisomem.Atirei de novo, mas desta vez ele estava alerta e se esquivou, erguendo sua própria arma e eu corri para me proteger atrás do carro destruído enquanto ele disparava uma chuva de balas. Eu estava tremendo, a cena que se desenrolava na rua, que é como qualquer outra rua normal, parecia irreal e assustadora."Saia, saia... ah, se você não me desobedecesse", ele sussurrou com a mesma voz distorcida que enviava um arrepio sinistro pela minha espinha. Olhei em volta para os outros edifícios, havia pessoas nas janelas, gente se escondendo…, mas ninguém vinha até aqui para ajudar…
SEBASTIAN.“Prepare meu carro, vou sair”, pedi ao meu motorista, no entanto ao ver o noticiário na televisão algo me chamou a atenção.“… fora do edifício do Hotel Stanton. O tiroteio deixou dezenove mortos confirmados no local, com três em estado crítico e uma pessoa ferida que tentou atacar o agressor…”.Meu coração bateu forte enquanto olhava para a tela.O Hotel Stanton era onde Zaia estaria para se encontrar com Harrison.“O vídeo a seguir é do próprio hotel e contém imagens extremamente angustiantes…”.A tela mudou do repórter para um vídeo de um homem em uma motocicleta colidindo propositalmente contra um carro.A cena foi se desenrolando e meu coração estava na boca quando vi uma mulher ruiva se afastando enquanto seus homens a cercavam. As pessoas estavam desfocadas, mas por que sentia que era ela?Zaia.Paralisei no meu lugar, enraizado no chão, observando pela tela as pessoas desfocadas caírem como moscas.Zaia…Seus homens estavam mortos e eu a vi pegar algo ante
Sempre odiei profundamente esse homem. Ele era o pai de Zaia, mas era tão arrogante quanto meu pai e sempre me desprezou.“Minha filha está naquela cama por sua causa!”, ele trovejou enquanto atravessava o quarto. “O que você quer que eu faça, estenda o tapete de boas-vindas?”."Por minha causa?", perguntei friamente, olhando para ele. Como ele poderia me culpar sem nenhum motivo?“Quem mais poderia ser?”, ele rosnou, empurrando algo para mim.Eu olhei para ele e peguei algo que parecia um cartão, mas antes mesmo de olhar, meu estômago revirou de desconforto.O mesmo cartão…Havia uma fotografia minha e de Zaia de ontem à noite… ela estava encostada na parede, mas era óbvio que estávamos numa posição íntima. Não tinha como negar isso, já que a saia dela estava levantada na cintura e minha mão deslizava entre suas coxas.Felizmente, meu corpo cobria a maior parte do dela, e apenas a lateral da sua coxa estava visível… a escrita em negrito na parte inferior chamou minha atenção.
SEBASTIAN. Já havia passado uma hora e ela ainda não tinha acordado. Hugh era um idiota e o que me irritou é que ele me fez explicar tudo primeiro, e eu expliquei, deixando apenas alguns detalhes de fora.Não mencionei o fato de que entrei em contato com Zaia ou sobre algo relacionado ao nosso desentendimento no jantar de sua promoção. Também não mencionei como planejamos trabalhar juntos, apenas disse que queria fazer um acordo com ela para que me ouvisse, e que eu tinha invadido o quarto dela.Ficamos ambos em silêncio quando o médico entrou para examiná-la. Assim que ele saiu, Hugh me olhou com sarcasmo. “Posso mandar prendê-lo por invasão”. “De tudo que acabei de falar, isso é tudo que ficou em sua mente?”, perguntei, minha vontade era de apertar seu pescoço.Ele franziu a testa. "Sim. Fique longe da minha filha… mesmo que tenha feito tudo isso por ela, ainda a machucou. Sinto que você realmente está perdendo o bom senso e se tornando uma fera que deveria ser contida”. E