Também não havia mais hesitações.Letícia era alguns anos mais nova que ele, mas ela era realmente prima mais velha de Aurora. Ele a chamava de prima mais velha por causa de sua esposa, o que era normal.- Sim, vim buscar a Aurora. Você fugiu do trabalho mais cedo?Bruno respondeu com uma voz grave:- Terminei minhas coisas e saí mais cedo. Ninguém vai reclamar.Letícia fez uma careta. No Grupo Alves, Bruno era quem dava as ordens, ele tinha a palavra final. Mesmo que ele não aparecesse na empresa por um mês inteiro, ninguém teria coragem de dizer alguma coisa, muito menos se ele saísse mais cedo de vez em quando.- O Sr. Alves está sempre ocupado, mas em relação à Aurora, o Sr. Alves está sempre disponível.Essa frase de Letícia tinha um tom provocativo.Antes, Bruno costumava dizer que não tinha tempo para vê-la, mas agora ela percebeu que não era falta de tempo, era falta de interesse nela.Se ele gostasse dela, mesmo ocupado, ele encontraria tempo para vê-la.Depois de entender iss
Letícia lamentou por não poder se tornar o amor de Bruno, mas ela conseguiu encarar tranquilamente o fato de Bruno se tornar seu cunhado. Ela sinceramente desejava que Aurora fosse feliz.Os olhos negros de Bruno brilharam um pouco, ele estava um tanto surpreso. Ele pensava que Letícia faria de tudo para difamá-lo na frente de Aurora.(Letícia: Não julgue os outros com base em suas próprias ações mesquinhas.)- Aquele carro com pneu furado lá fora é do Diego? – Perguntou Bruno- Sim, é dele.Bruno pegou o celular e disse:- Vou chamar um guincho para rebocar o carro. Está ocupando espaço e afetando o tráfego.- Ele veio secretamente duas vezes, provavelmente queria chamar o guincho para levar o carro enquanto eu não estava. - Disse Aurora com ironia. - É típico de alguém que se sente culpado depois de fazer cosia errada.- Ah, a propósito, deixe eu te contar. – Bruno lembrou de repente, mudando de assunto. – A sua prima Isabela fez uma consulta em uma clínica de cirurgia plástica numa
O túmulo dos sogros dele foi realocado por aquelas pessoas hipócritas. Aurora e sua irmã não sabiam para onde eles foram levados. O objetivo dessas pessoas era impedir que as irmãs visitassem seus pais e, em vez disso, permitir que Diego, como “filho adotivo”, os homenageasse, a fim de herdar a fortuna deles.Ao mencionar os pais, Aurora ficou triste.Bruno segurou a mão dela e a confortou:- Seus pais estão no céu, estão vendo que você e sua irmã estão indo bem, eles ficariam tranquilos.- Eu vou recuperar tudo o que pertencia aos meus pais!- Comigo ao seu lado, você pode lutar por isso à vontade. Vou contratar os melhores advogados para enfrentar eles no tribunal e não deixar que eles se beneficiem nem um pouco!Aurora assentiu com força.Nessa hora, Letícia tossiu levemente, interrompendo o casal.Então, ela caminhou em direção a eles, dizendo:- Aurora, minha mãe ligou e pediu para você me acompanhar de volta para casa, para se arrumar e trocar de roupa, para se preparar para o ba
Aurora riu e se aproximou de Letícia para abraçá-la, dizendo:- Querida prima, não fique brava, da próxima vez que tiver farra, eu com certeza vou te chamar.- Não me abrace, seu marido está me fuzilando com os olhos. Letícia empurrou levemente Aurora, brincando, e se virou para ir até a cozinha para pegar os pratos.Aurora olhou para seu homem, que disse com um tom firme:- Mesmo que ela seja uma mulher, eu realmente não gosto de ver você abraçando ela. Se quiser abraçar alguém, me abrace.Aurora se aproximou rapidamente e deu um beijo em seu rosto, depois beliscou suavemente sua bela bochecha, dizendo:- Tudo bem, tudo bem, a partir de agora, só vou te abraçar, está bom assim? Vá lavar as mãos logo, vou te alimentar bem e depois vamos para a casa da minha tia.Bruno reclamou com um ar de marido ressentido:- Estou ocioso e mesmo assim você não me deixa te acompanhar no banquete. Desde que nos tornamos marido e mulher, nunca participamos de um banquete juntos.Olhando para ele, Auror
Ela achou que poderia simplesmente usar qualquer vestido.Mas sua tia disse para usar roupas apropriadas para cada ocasião.A família que estava organizando o jantar esta noite na Cidade G tinha uma posição social média. Inicialmente, a Sra. Junqueira não tinha intenção de participar, mas Aurora pediu sua ajuda para se adaptar rapidamente e se encaixar no círculo da alta sociedade. Foi então que a Sra. Junqueira informou a outra família e disse que participaria do jantar esta noite.Como o jantar não era de alto nível, não era necessário se vestir de forma muito extravagante. Portanto, o vestido de noite que a Sra. Junqueira escolheu para Aurora não era o mais luxuoso.Aurora tinha uma figura esbelta, era bonita e tinha uma boa aparência. Qualquer conjunto de vestido que ela vestisse realçaria sua beleza natural.Depois de trocar de roupa, a Sra. Junqueira elogiou Aurora, dizendo:- Aurora, você tem uma ótima aparência natural e uma boa figura. Se você não andar rápido demais, vai ser
Ao descer para o primeiro andar, Aurora estava preocupada com o chão escorregadio e caminhava com extrema cautela.Pedro e Alícia acabavam de chegar de fora. Alícia estava grávida e tinha ido à casa da mãe, onde jantou antes de Pedro buscá-la depois do trabalho.Ao ver a cautela de Aurora, o casal ficou surpreso.- Aurora, o que você está fazendo? Seu pé está machucado? - Perguntou Alícia, preocupada, enquanto se aproximava.Letícia sorriu e disse:- Cunhada, olhe os sapatos da Aurora. Ela não está acostumada a usar saltos altos. Minha mãe pediu para ela caminhar um pouco do lado de fora usando esses saltos, para se acostumar antes de sairmos.Alícia olhou para os saltos altos nos pés da Aurora e depois para a expressão desanimada em seu rosto. Ela sorriu e deu um tapinha no ombro de Aurora, a confortando:- Aurora, você está se esforçando muito. Mas lembre-se do Sr. Alves, isso vai te ajudar a superar tudo.Aurora deu passos mais determinados. Ela estava disposta a se integrar ao círc
As mansões nesta área eram todas grandes mansões. Quando a Cidade G foi desenvolvida, as pessoas com recursos compraram os melhores terrenos e construíram suas próprias mansões.Aqueles ricos que não conseguiram bons terrenos, mas queriam morar em mansões maiores, geralmente compravam várias casas menores, as conectavam e as reformavam para se tornarem uma grande residência.Depois de um momento de silêncio, Letícia disse:- É verdade, por isso muitas pessoas ficaram interessadas quando o boato de que a mansão vizinha estava à venda se espalhou.Um grupo de pessoas saiu da mansão.- É ele! - Letícia percebeu rapidamente que a pessoa rodeada por vários homens de preto era Jean.Aurora olhou e então se lembrou, dizendo:- Aquele não é o Sr. Jean, da família Tavares da Cidade A?- Ele já tem uma casa na Cidade G, por que está comprando outra? E ainda por cima, ele comprou a mansão vizinha por um valor bem alto. O mais surpreendente é que ele soube disso antes de nós e agiu rapidamente. -
Jean olhou profundamente para Letícia e continuou:- Comprar uma casa é um projeto de longo prazo e deve ser levado a sério. Eu gastei muito dinheiro para comprar essa casa e certamente vou fazer as alterações necessárias para tornar ela mais adequada para mim e decorar tudo de acordo com o meu estilo, para que eu possa viver confortavelmente.Letícia se lembrou de quando sua família construiu uma grande mansão no passado e também contratou um famoso mestre de Feng Shui para avaliar a disposição dos cômodos. Eles construíram a casa seguindo as orientações do mestre de Feng Shui e, ao longo dos anos, a família viveu tranquilamente no local.Ela concordou compreensivamente:- O Sr. Jean está certo. Já que nos encontramos e agora somos vizinhos, te convido para tomar um café lá em casa. Por favor, Sr. Jean.Jean não recusou a gentileza de Letícia e seguiu ela e a Aurora para dentro da casa.Pedro e sua esposa ainda estavam sentados no sofá do primeiro andar, e a Sra. Junqueira também esta
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do