- Aurora, por que você veio sem me avisar? Eu poderia ter descido para te receber. - Bruno pegou as duas marmitas térmicas das mãos da esposa, com medo de que ela se cansasse carregando elas.Ele então colocou as duas marmitas térmicas em cima da mesa, e segurou a mão de Aurora, a levando para se sentar no sofá.Seu olhar ardente estava grudado em Aurora.Rivaldo pensou para si mesmo que, se fosse possível, Bruno provavelmente arrancaria os olhos e os colaria na cunhada.- Não é a primeira vez que venho à sua empresa, não precisa me buscar. Trouxe comida para você, coma enquanto está quente. Comer na hora certe é importante para cuidar do estômago. - Respondeu Aurora.Bruno sorriu com os olhos semicerrados:- Obrigado, querida.Aurora não resistiu e beliscou o rosto sorridente dele, também rindo:- Por acaso, a empresa de vocês está dando bônus hoje? Desde que desci do carro, todas as pessoas que vi estavam sorrindo genuinamente.Rivaldo interrompeu sorrindo:- Cunhada, sua presença aq
Agora Bruno queria ver as fotos, apenas porque Aurora estava presente.Se havia uma nova fofoca, era óbvio que ele queria que sua amada esposa pudesse ouvir e ver também.Rivaldo não era bobo, ele sabia muito bem que Bruno queria usar a história dele e do Hugo como fofoca para contar à cunhada.Para fazer a cunhada feliz, Bruno estava traindo seu próprio primo.Rivaldo entregou as fotos a ele, se desprezando por não ter dignidade, já que estava cooperando prontamente com o plano de Bruno para alegrar a cunhada.Se algum dia seu próprio relacionamento desse errado e ele precisasse da ajuda da cunhada, ele esperava que esse casalzinho pudesse ajudá-lo incondicionalmente.Ah, o que ele estava pensando?Com certeza, seu próprio relacionamento seria um sucesso.De qualquer forma, ele não iria se casar às pressas, não iria esconder o casamento, não iria esconder sua identidade, não iria enganar ninguém. Ele garantiria que tudo corresse bem.- Que fotos são essas? - Aurora realmente se intere
Rivaldo percebeu que a avó tinha escolhido Gabriela por causa da altura de Hugo, que tinha um metro e noventa. Ele mesmo tinha apenas um metro e setenta e seis, e se ele ficasse com Gabriela, ela seria mais alta do que ele.Dos nove primos, Hugo era o mais alto.- Ainda assim, mesmo disfarçada de homem, daria para ver falhas. A proeminência do pomo de Adão não é tão óbvia em mulheres. - Comentou Aurora, fixando o olhar na foto de Gabriela. Ela estava muito interessada nessa mulher e se perguntava por que ela se disfarçou de homem por mais de vinte anos.- Aurora, você precisa conhecer mais sobre o pomo de Adão falso. Existe de tudo hoje em dia. - Sugeriu Bruno.Aurora ficou em silêncio. Ela percebeu que tinha muito a aprender.- Quem é Mariana? - Perguntou Aurora curiosa.Bruno explicou:- Ela é a presidente do Grupo Silva, da Cidade A. Ela teve uma vida difícil. Todos os membros da sua família morreram, exceto por uma irmã. Por isso, ela teve que assumir os negócios da família. Ela se
Bruno e Rivaldo estavam pensando ao mesmo tempo: "Nossa avó não faria algo sem ter certeza de que daria certo."Bruno pegou a foto de Natália de volta das mãos de sua amada e a devolveu a Rivaldo, continuando a encará-lo.Rivaldo disse:- Então... Bruno, cunhada, vou sair primeiro, vocês continuem conversando. Bruno, coma mais, encha o estômago!Que mesquinho!A cunhada disse que os dois poderiam comer juntos e teria o suficiente, mas Bruno não deixou ele comer!Ele teve que arranjar uma desculpa para sair e não deixar a cunhada perceber que Bruno era mesquinho e não o deixava comer.Rivaldo foi embora.Apenas o casal restou no escritório.- Aurora, você já comeu?- Só depois de comer eu trouxe para você.Aurora não deixaria seu estômago vazio.Bruno estendeu a mão para pegar um bolinho de bacalhau, mas sua esposa bateu nele com um garfo.- Você já é adulto, ainda comendo com as mãos? - Aurora lhe entregou o garfo. - Coma logo, se esfriar, não faz bem para o estômago.Bruno pegou o ga
Na última vez em que encontrou Pedro, ele ainda disse que Pedro estava casado havia vários anos e ainda não tinha filhos, mas agora, Alícia já estava grávida.Quando a sua Aurora poderia engravidar?Na verdade, Bruno não estava com pressa para ter filhos, ele simplesmente gostava do processo de concepção.Depois de ficar solitário por tanto tempo, todas as células do seu corpo estavam clamando por Aurora, a desejando.Infelizmente, ele ainda teria que ficar solitário por um tempo.Ele levantou a mão dela, verificou o dedo ferido e confirmou que estava se recuperando bem. Ele abaixou a cabeça e gentilmente beijou o dedo ferido dela.Foi tudo culpa dele, por tê-la machucado.- Já falei com minha irmã, ela vai comprar os suplementos. Ela é experiente e entende melhor do que eu. Quando minha irmã tiver comprado, iremos entregá-los juntos para a Alícia.Aurora ficou realmente feliz pela Alícia estar grávida.- Também posso arcar com o dinheiro que a nossa irmã gastou nos suplementos. – Diss
Erica disse a Madalena:- Vocês duas não sabem aproveitar o prestígio da família Alves para obter vantagens. Se você concordar em convidar aqueles rapazes para virem aqui e prestigiarem seu negócio, tenho certeza de que ele será um sucesso.Se os nove jovens da família Alves viessem aqui para tomar café da manhã, seria uma grande propaganda.No entanto, Madalena não queria usar esse tipo de propaganda.- Vovó, queremos depender de nós mesmas. Tia Fernanda também sempre diz que quer me ajudar, mas eu recusei. Vovó, você já comeu? Se não se importa, que tal comer conosco?Madalena primeiro alimentou seu filho, ela ainda não tinha comido.Erica respondeu sem cerimônia:- Que tipo de vida eu ainda não passei? É óbvio que não vou me importar, comer com vocês me traz alegria.Acostumada a comer coisas elaboradas demais, era bom mudar e experimentar o sabor dos pratos caseiros também.Madalena trouxe uma panelinha de barro e disse timidamente:- Vovó, eu pensei que seria só eu e meu filho par
Erica colocou seus talheres de lado, ela estava satisfeita.João concordou:- Sim, Michel é muito inteligente.- Então por que você continua dando cata-ventos para o Michel brincar? Se vai dar algo, dê brinquedos educativos. Só dar cata-ventos o tempo todo não tem novidade. Você não percebeu que Michel está mais interessado em comer do que olhar para o seu cata-vento?Os amigos de Bruno eram todos iguais a ele.Paulo era uma exceção, sua boca era tão afiada quanto a de Hugo.A senhora idosa ainda não tinha certeza se João tinha outros sentimentos por Madalena, mas ela tinha certeza de que João estava se esforçando para agradar ao Michel, como se quisesse que Michel o chamasse de pai.(João: Eu... Simplesmente gosto do Michel, de forma pura.)João, constrangido, disse:- Eu também nunca criei uma criança, não sei que tipo de brinquedos as crianças gostam. Da última vez, dei um cata-vento para Michel, ele ficou muito feliz e até me deixou segurá-lo. Eu pensei que ele gostava de cata-vent
Erica se sentiu aliviada por João não ser seu neto.Pensando em seu neto mais velho, a senhorinha suspirou silenciosamente.João era amigo de Bruno, o que indicava que eles tinham muitas semelhanças. Eram a farinha do mesmo saco.Depois de acertar as contas de água e luz com o administrador, João desligou o telefone e disse a Madalena:- As contas estão corretas. - Ele tirou o dinheiro que acabara de receber e o colocou na carteira. - Da próxima vez que pagar o aluguel, você pode transferir diretamente para o meu administrador por Pix, ou pode transferir para mim, vou falar para o administrador registrar tudo.Madalena concordou e explicou:- No mês passado, fiz a transferência por Pix. Desta vez, a minha conta vinculada do Pix está sem dinheiro, então tive que retirar dinheiro da outra conta de poupança. Depois de pagar todas as despesas de reforma, ainda sobrou o suficiente para pagar o aluguel, por isso estou pagando em dinheiro.Ela tinha apenas uma pequena quantia na conta do Pix
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do