O café da manhã dela foi preparado de propósito, com uma variedade de alimentos deliciosos para deixá-lo com água na boca.- Esta noite vou acompanhar a tia Fernanda em uma festa, não vou jantar com você. Se você não quiser comer no hotel, vou preparar o jantar lá na loja, é só mandar o Vasco ir buscar. - Enquanto Aurora desfrutava de seu café da manhã rico e nutritivo, ela dava instruções ao homem em frente a ela.- Quer que eu vá com você? Em qual família é a festa que vocês vão participar?- Não precisa me acompanhar, a tia Fernanda vai me levar junto com Letícia. Em qual família? Eu esqueci, são muitos convites, não consigo lembrar de todos.Bruno respondeu com um pouco de desapontamento:- Se você está indo com sua tia Fernanda e prima, então fico tranquilo. Então, vou continuar trabalhando e peço ao Vasco para me trazer a comida.Agora que sua esposa concordou em fazer comida para ele, ele não precisaria comer no hotel.- Você pode trabalhar até tarde, mas não muito tarde. Estare
- Eles não sabem qual carro estou usando, mas interceptaram o carro da sua sogra uma vez e o da irmã dela duas vezes. - Vendo a expressão sombria de Aurora, a senhora idosa a consolou. - Sabemos que tipo de pessoas são. Agora eles estão usando a desculpa do dote, mas na verdade querem que a gente fique irritada contigo e não te deixemos ter uma vida boa na nossa família. Conseguimos perceber essas intenções, Aurora, fique tranquila, eles não conseguiram nada. Quando eles interceptaram o carro da sua sogra, ela ligou diretamente para a polícia, dizendo que estava sendo assaltada.A velhinha lambeu os lábios secos e continuou:- Seu avô foi o mais descarado, fingiu que tinha sido atropelado e se jogou no chão, mas ele não sabia que a estrada que usamos era cheia de câmeras de vigilância. Quando a polícia chegou e verificou as câmeras, descobriram que ele mesmo se jogou no chão, então ele foi repreendido e obrigado pelos filhos e netos a sair. O mais revoltante foi que eles trouxeram jorn
Devido a Aurora e Bruno morarem separados, dona Izete voltou a limpar o Condomínio Rosa diariamente, regando as flores da varanda, mas não morava mais lá. Ela voltou para sua casa original, a mansão de Bruno no topo da colina.O mordomo Nuno, que voltou de licença, providenciou um carro para dona Izete, facilitando sua locomoção.- Sra. Alves. - Dona Izete acabou de limpar o chão e cumprimentou respeitosamente Aurora.- Dona Izete, você ainda pode me chamar de Sra. Aurora, como antes, não precisa ser Sra. Alves pra cá, Sra. Alves pra lá. Soa estranho para mim.Ela não mantinha uma atitude formal de Sra. Alves na frente de dona Izete.Dona Izete não se atrevia, ela disse:- Não, não. O Sr. Alves disse que iria deduzir meu bônus. Se a senhora ouvir Sra. Alves todos os dias, vai acabar se acostumando.Aurora ficou sem saber o que dizer.Bruno realmente sabia como ameaçar as pessoas.Ela entrou na loja e Stella a viu entrando, olhando ela de cima a baixo.- O que é, não me reconhece mais?
Aurora sorriu e disse:- Acho que eu e dona Izete já somos suficientes.A loja alugada por sua irmã não era muito grande, e já havia muitas pessoas ajudando, além dos clientes que viriam para o café da manhã. Ficaria lotada.Enquanto as duas conversavam, três pessoas entraram.Na verdade, eram três homens.Um deles era Ronaldo, o primo mais novo de Aurora. No ano passado, ele tentou ensinar uma lição na Aurora, bloqueando seu carro no meio da noite, mas acabou sendo levado para a delegacia por Aurora.Após ser detido por quinze dias e ser liberado, Ronaldo não se arrependeu e passou a nutrir um ódio fervoroso por Aurora.Ele abandonou os estudos e se recusou a voltar para a escola. Seus pais o mimavam e achavam que suas notas não eram boas o suficiente para entrar em uma boa universidade, então eles o deixaram fazer o que quisesse em relação aos estudos.Em casa, Ronaldo passava o tempo todo jogando videogame e não fazia nada de produtivo.Quando o Sr. Garcia veio causar problemas na l
Aurora não sabia originalmente a quem pertencia o carro do Ronaldo, mas ele acabou confessando voluntariamente. Aurora reconhecia o carro de Diego, afinal, entre os primos da família Garcia, o carro de Diego era o melhor.Ela se aproximou, levantou a faca e furou os quatro pneus do carro de Diego. Os pneus furaram e começaram a esvaziar rapidamente, logo todos os quatro estavam completamente murchos.- Ah, estou ferrado! - Ronaldo olhou para os pneus murchos, com uma expressão de terror. - Eu não tenho dinheiro suficiente para substituir os pneus do Diego, Aurora! Você vai ter que pagar!Aurora o encarou friamente, brincando com a faca enquanto se aproximava.Os gritos de Ronaldo ficaram cada vez mais baixos. Ficando diante dele, Aurora deu dois tapinhas em seu rosto com a faca. Ronaldo ficou tão assustado que nem ousou respirar, seus olhos cheios de medo.Ele tinha medo de que Aurora pudesse cortar seu rosto com a faca, o que arruinaria sua aparência. Afinal, ele ainda não tinha arra
- Ronaldo, você já experimentou minha força antes, e se você não falar, acredite em mim, eu posso te cortar algumas vezes no rosto. Você já está cheio de espinhas, já é feio o suficiente, se receber alguns cortes, será horrível e nunca vai conseguir arrumar uma namorada. Vai ser solteiro pelo resto da vida.Ronaldo ficou pálido e gaguejou:- Eu... Eu não posso dizer...Quando ele disse isso, Aurora percebeu que, com certeza, seus parentes da família Garcia estavam planejando algo contra ela.Ela disse aos dois guarda-costas:- Levem ele para dentro, vou lidar com meu priminho adequadamente.- Prima, calma, eu vou sozinho, não deixe eles me tocarem, eles são muito brutos. - Ronaldo saltitou e seguiu Aurora de volta para a loja.Nas mãos de Aurora, Ronaldo sabia que não receberia benefícios e ainda seria espancado como um porco a ser abatido.De volta à loja, ele trouxe uma cadeira para Aurora se sentar e serviu água para ela.- Agora me diga, por que eles te pediram para me seguir? Mesm
No entanto, Madalena não tinha tanto valor aos olhos dos avós como Aurora.Uma era a pobrezinha que se divorciou e vivia sozinha com seu filho, enquanto a outra era a Sra. Alves da família mais rica da Cidade G. Até uma criança de três anos saberia quem tinha mais valor.- Vá embora!Ronaldo, hesitante, perguntou:- Prima, o dinheiro para a minha passagem...Aurora olhou fixamente para ele e Ronaldo rapidamente se afastou.Ela não manteve sua palavra!Ele sabia que ele seria enganado!Por que ele tinha uma prima como Aurora?Ronaldo reclamou de Aurora durante todo o caminho de volta para a casa alugada de Diego.Quanto ao carro de luxo de Diego, os quatro pneus estavam furados e ele não conseguia trazer o carro de volta, então o Diego teria que se virar sozinho. Felizmente, ele trouxe a chave do carro.Diego sabia que seu primo não teve sorte no empreendimento e, além de ser descoberto, ainda deixou seu carro na frente da loja de Aurora. Ele estava furioso.Ele deu um chute em seu prim
Depois que Ronaldo foi embora, Stella disse a sua amiga:- Aurora, aqueles hipócritas provavelmente estão planejando uma substituição.- Não é “provavelmente”, é “com certeza”. - Aurora se sentou atrás do balcão do caixa, com uma expressão de cansaço em seu rosto.As duas irmãs realmente tiveram uma má sorte ao terem esses hipócritas como parentes.E ainda eram parentes de sangue!- Aquela Isabela, que Ronaldo mencionou, é mais velha ou mais nova que você?- Temos a mesma idade, ela é apenas uma semana mais nova do que eu.Aurora se relembrou de sua prima que tinha a mesma idade, apenas uma semana mais nova que ela. Elas não se viam havia mais de uma década, então ela não tinha muitas lembranças dela. Elas se pareciam?Quando seus pais estavam vivos, Aurora e sua prima frequentavam a mesma escola e eram da mesma turma. Alguém disse que elas se pareciam um pouco.Mesmo que houvesse alguma semelhança, seria apenas uma leve semelhança. Isabela achava que poderia simplesmente imitar Aurora
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do