Como esperado, Juliana disse:- Cunhada, eu e Daulo ainda vamos realizar a nossa festa de casamento, a casa também está passando por reformas, tudo requer dinheiro. Além disso, nós dois ficamos desempregados e não temos dinheiro extra para emprestar a você.Ouvindo as palavras de Daulo, Juliana ousava afirmar que essa cunhada tinha economias substanciais. Porém, essa pessoa estava acostumada a depender do subsídio da família e sempre queria gastar o dinheiro da família, mas não estava disposta a gastar o seu próprio dinheiro.Com Juliana por perto, Carolina não teria esperança de conseguir um centavo de Daulo!Carolina revirou os olhos e não disse mais nada....Enquanto isso, na Mansão dos Junqueira.Aurora entrou na luxuosa sala com Michel.Quando a Sra. Junqueira viu Michel, ela se levantou e foi recebê-lo com um sorriso no rosto:- Michel, você veio! Venha, venha até sua tia-avó!Desde que soube que a Sra. Junqueira era sua tia-avó, Michel a encontrou várias vezes e agora permitia
Sra. Junqueira segurou Michel com uma mão e estendeu a outra para segurar a mão de Aurora. Com uma expressão de empatia e resignação, ela disse:- Desde que Bruno revelou sua verdadeira identidade, você tem recusado a minha ajuda para te vingar, e não tem vindo desabafar comigo. Estou tão preocupada a ponto de ficar com os cabelos brancos. Vocês duas são tão teimosas! Me lembro de que sua mãe tinha um temperamento muito bom, não era nada teimosa. Não sei de quem vocês herdaram essa teimosia.Aurora sorriu e disse:- Tia, você não disse que nossa personalidade é parecida com a sua?A Sra. Junqueira engasgou um pouco, pensando em sua apreciação pelas irmãs Garcia. Não era apenas uma relação de tia e sobrinhas, mas também porque ela gostava da forma como as duas se comportavam.De fato, elas eram teimosas como ela.- Já que veio procurar a tia hoje, me diga o que quer que eu faça por você. – Disse Sra. Junqueira.Depois que Bruno revelou sua verdadeira identidade, Letícia ficou apenas com
Aurora pensou em seu coração, com quem mais ela poderia ficar além de Bruno?Aquele dominador, se ela dissesse uma palavra sobre terminar o relacionamento, ele ficaria furioso com ela.Já que não podia se separar, ela só podia se adaptar.- Recebi muitos convites recentemente, nem olhei tudo ainda, provavelmente são coisas sem importância. O mordomo nem me lembrou disso. - Disse Sra. Junqueira. - Já que você quer acompanhar sua tia e adquirir experiência, vou te levar para participar de cada evento.Dizendo isso, ela pediu ao mordomo que trouxesse os convites.Ela olhou todos os convites e depois os entregou para Aurora, dizendo:- Aurora, coloque esses convites em ordem, do mais próximo ao mais distante, e então vou te contar sobre os anfitriões das festas, que tipo de negócio eles fazem, como eles enriqueceram, sobre as pessoas da família deles e quais são suas personalidades. É importante conhecer a personalidade dos outros ao se relacionar com eles. Na verdade, se relacionar com os
Sra. Junqueira balançou a cabeça para Letícia.Letícia disse a Aurora:- Aurora, agora que você já fez sua escolha, vou me sacrificar para te acompanhar, então! Vou com você e minha mãe para atuar com aquelas pessoas. Naquela situação, todos estarão sempre atuando, não é mesmo?Sra. Junqueira realmente queria dar uma bofetada nessa sua filha.Aurora sorriu e disse:- Eu acho que, já que você decidiu aprender a fazer negócios, tem muitas coisas que precisamos aprender a tolerar.- Se Letícia tivesse metade da sua perspicácia, eu ficaria muito feliz. – Disse Sra. Junqueira.Ela não conseguia lidar com a filha, mas também era porque sua filha tinha condições suficientes e não precisava se curvar ou se submeter a ninguém, podendo agir livremente.- Letícia é ótima, eu gosto dela desse jeito, autêntica. – Aurora comentou.Letícia ergueu o queixo com orgulho e disse para a mãe:- Viu só, mãe? Você acha que a Aurora é melhor do que eu, mas a Aurora também acha que eu sou ótima.- Você, hein..
Sra. Junqueira olhou para a sobrinha e disse:- Desde que nos reconhecemos, é a primeira vez que Bruno vem nos visitar.Aurora pegou um pouco de comida para Michel e disse casualmente:- Ele só está se sentindo culpado.- Bem, ele realmente deve estar se sentindo culpado, mas veio mesmo assim, por sua causa. A história de ele te enganar também me deixou com raiva, mas preciso admitir que ele tem sentimentos verdadeiros por você. Você o conhece há apenas alguns meses, mas sua tia o conhece há dez anos, bem mais do que você.A família Alves era muito protetora em relação aos filhos. Até que eles atingissem a idade adulta e entrassem no mundo dos negócios, as pessoas de fora não os conheceriam. Eles também eram muito discretos e não eram muito diferentes das crianças de famílias comuns.Por isso, Sra. Junqueira disse que conhecia Bruno havia apenas dez anos.Naquela época, Bruno já havia passado por experiências no Grupo Alves e foi levado por seus avós para um grande evento empresarial,
Letícia continuou comendo sua comida sem se importar com a chegada de Bruno.Enquanto sua mãe a observava, ela também olhou para a mãe e disse:- Mãe, por que você está me olhando? É o marido da sua sobrinha que chegou, não o seu genro. Seu genro ainda não apareceu, então você terá que me sustentar por mais alguns anos.- Se você não quiser se casar, a mãe pode te sustentar pelo resto da vida.- Isso é mentira. Eu tenho 27 anos agora, arredondando, é como se tivesse 30 anos. Tenho medo de que você talvez seja como a mãe da Stella, que mal pode esperar para me expulsar de casa assim que um homem demonstrar interesse por mim.Foi assim que Sra. Iara tratou Stella.Claro, Paulo também era excepcional, eloquente o suficiente para convencer a família Willis a ficar ao seu lado. Faltou apenas registrar o casamento de Paulo e Stella no mesmo dia.- Mãe, se você quer ver o marido da sua sobrinha, deixe ele entrar logo. Aproveite que acabamos de começar a comer e chame ele para se juntar a nós.
- Você sabe escolher o momento certo, justo quando estamos prestes a comer. - Disse Aurora, enquanto abria a porta da mansão para Bruno.Bruno respondeu com ousadia:- Eu só vim para comer de graça.Aurora suspirou e disse:- Você realmente se esforça.Ele teve a cara de pau de vir à Mansão dos Junqueira para aproveitar a refeição de graça apenas por causa dela.Dizer que não havia turbulência em seu coração era mentira, Aurora sabia que, enquanto ela estava zangada pelas suas mentiras, ele ainda estava mudando silenciosamente por ela.Bruno olhou profundamente para ela e disse com emoção:- Eu respeito qualquer pessoa que seja importante para você. Não importa onde estejamos, contanto que você esteja presente, eu não tenho medo de enfrentar qualquer dificuldade.- Não exagere em retratar a casa da minha tia como sendo tão assustadora, ela é uma pessoa muito boa. - Lembrou Aurora a Bruno. - Ah, e a Letícia também está em casa.Era óbvio que ela não estava interpretando mal a presença d
Ele ainda estava com o rostinho cheio de grãos de arroz, e muitos deles caíram na mesa, mas os adultos deixaram ele se virar sozinho. A Sra. Junqueira sentia que era importante fazer a criança ser independente, mesmo que no começo ele não fizesse um bom trabalho, mas com a prática, aprenderia. Em alguns meses, Michel faria três anos e seria hora dele comer sozinho.Depois de acariciar a cabeça de Michel, Bruno olhou para a Sra. Junqueira e a chamou suavemente:- Oi, tia Fernanda.A Sra. Junqueira respondeu com um som afirmativo e disse gentilmente:- Venha, vamos comer primeiro.O empregado já havia preparado um conjunto de pratos e talheres para Bruno.Após cumprimentar a Sra. Junqueira, Bruno olhou para Letícia, que estava ocupada comendo e não o encarava como costumava fazer antes. Ele apertou os lábios e então falou:- Olá, prima mais velha.Primeiro, Letícia esbugalhou os olhos e cuspiu a comida, depois começou a tossir, engasgada. Ao lado de Letícia estava a Sra. Junqueira, que r
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do