Olhando para o pequeno jardim da varanda à sua frente, Bruno disse levemente:- No futuro, se nos mudarmos para uma mansão, você poderá plantar rosas em todo o quintal. Quando estiverem em plena floração, será uma visão magnífica.Aurora riu: - Os preços dos imóveis estão subindo como foguetes hoje em dia, simplesmente inalcançáveis. Não consigo nem juntar dinheiro suficiente para comprar uma casa normal, como me atreveria a pensar em uma mansão?Obviamente, ela queria muito, mas apenas em seus sonhos.Se tivesse dinheiro, quem não gostaria de morar em uma mansão, uma moradia individual onde você não precisa ser incomodado por outras pessoas?Morando em um apartamento como esse, seria afetada se houvesse muito barulho no andar de cima ou no de baixo.Bruno não falou mais.O apartamento em que estavam morando foi comprado temporariamente para que ele pudesse se casar com ela.Antes disso, ele sempre esteve morando em uma grande mansão.- Sr. Bruno, vá tomar o café da manhã enquanto eu
Havia também uma pequena pilha de papéis em sua mão. Qualquer um que o visse, pensaria que ele estava carregando documentos de trabalho.- Aqui estão as informações que você pediu. - Paulo colocou a pequena pilha de papéis sobre a mesa de Bruno e se sentou, colocando seu café da manhã sobre a mesa e perguntando ao seu chefe do outro lado da mesa. - Quer um pouco? Pedi lá do Hotel Internacional da Cidade G. É absolutamente delicioso.O Hotel Internacional da Cidade G era de propriedade do Grupo Alves, onde Bruno geralmente cuidava de quase todas as suas refeições.Agora que ele tinha uma esposa, Paulo não comia na mesma mesa que seu chefe há algum tempo.Bem, era um pouco nostálgico.- Não preciso. - Bruno pegou a pilha de pepéis e folheou casualmente antes de perguntar. - Está tudo aqui?- Bem, está tudo aí, dentro de cinco gerações.- Só isso?- Além da geração mais jovem que está se dando bem lá fora, os mais velhos estão todos cultivando na aldeia, o que eles podem ter?Bruno parou
Nessa hora, o interfone da empresa tocou.Bruno pressionou o viva voz.- Presidente Bruno, a Srta. Letícia está aqui novamente.Bruno fez uma careta e disse friamente:- Não dê atenção a ela.A secretária continuou ao telefone:- A Srta. Letícia mandou que trouxessem um caminhão de flores para montar um mar de flores em formato de corações em frente ao nosso prédio, para mostrar ao Presidente Bruno o amor dela pelo senhor.Paulo olhou para seu chefe com um brilho fofoqueiro nos olhos.Bruno olhou torto para ele e disse friamente:- Os seguranças são pagos para ficarem de bobeira? Deixando as pessoas jogarem lixo na frente da nossa empresa?Com isso, ele desligou a chamada.A secretária soube o que fazer.Paulo sorriu e disse com veemência:- Na verdade, Letícia é muito boa. Aquela garota é ousada o suficiente para amar e odiar. A quantia de mulheres que te adoram é comparável a quantia de cabelos que tenho na cabeça, mas a única que ousou confessar seu amor por você, e agir de acordo c
Afinal, ela era a jovem senhorita mais preciosa da família Junqueira.O Grupo Junqueira e o Grupo Alves já estavam em desacordo, e para não aumentar o conflito entre as duas empresas, não podiam se dar ao luxo de ser indelicados com Letícia.Logo, vários outros carros chegaram rapidamente e pararam em frente ao Grupo Alves.Pedro saiu do carro e caminhou rapidamente em direção à irmã que estava confessando seu amor por Bruno com um alto-falante.Seu rosto bonito estava tão escuro quanto um pedaço de carvão.Obviamente, Bruno havia ligado para ele novamente para reclamar da loucura da irmã.Ele estava em uma reunião quando recebeu a reclamação de Bruno.Deixando um bando de gerentes da empresa para trás, ele veio voando com seus guarda-costas para levar sua irmã de volta.- Bruno...Antes que Letícia pudesse terminar sua frase, o alto-falante foi arrancado de sua mão por uma mão grande. Ela olhou para o lado e encontrou o rosto ensandecido de seu irmão mais velho. Letícia congelou por u
Ao lado da Escola Secundária de Cidade G.Na livraria, Aurora estava sentada na caixa, lendo notícias em seu celular, enquanto Stella estava sentada à sua frente, com um romance na mão, lendo com grande interesse.Era muito conveniente ter sua própria livraria e ler o que quisesse.Stella já leu quase todos os romances da loja.Às vezes, Aurora a provocava dizendo que, se ela gostava tanto de ler, deveria escrever seus próprios romances.- Aurora, os protagonistas deste romance também tiveram um casamento relâmpago. - Stella largou o romance e riu. - É muito parecido com você.Aurora olhou para ela e disse:- Há muitos casamentos relâmpago por aí. Você também disse que, nos romances, as mulheres se casam rapidamente com um bilionário, mas o meu casamento relâmpago é com um trabalhador comum.Mesmo que Bruno trabalhasse como funcionário de colarinho branco em um grande grupo, ainda era um simples trabalhador que fazia coisas para os outros.- Você, não continue lendo romances, tenho med
- Se o Sr. Bruno tiver problemas na orientação sexual, então a devoção da Srta. Letícia será em vão. - Stella disse com tristeza. - É raro que alguém se atreva a confessar abertamente seu amor ao Sr. Bruno, será decepcionante se não der certo. Ei, você acha que Sr. Bruno realmente é gay?Aurora disse com diversão:- Se você me perguntar, a quem eu pergunto?Elas estavam apenas desconfiadas disso.Mas se o Sr. Bruno aceitasse a Sra. Letícia e se casasse, isso provaria que o Sr. Bruno não era um homem gay.Mas o que isso importava para ela?Ela nem estava interessada nas fofocas do Sr. Bruno, e ela só sabia das grandes notícias da cidade porque Stella gostava de lê-las e conversava sobre elas na frente dela.Não querendo discutir fofocas tão irrelevantes com a amiga, Aurora pegou suas ferramentas e se preparou para trabalhar em seu artesanato.Stella murmurou, ainda observando os hits e, enquanto observava, sua expressão ficou séria repentinamente e ela bateu a mão no balcão do caixa.O
Nessa hora, o celular de Aurora tocou.Ela pegou o telefone e viu que o identificador de chamadas era sua irmã, então atendeu.- Aurora, você viu os hotspots do Twitter? Eles são tão descarados! - Madalena também estava furiosa.Ela tinha quinze anos quando seus pais morreram em um acidente e se lembrava de mais coisas do que sua irmã mais nova.Em seu diário, ela havia escrito como seus avós e tios tinham sido insensíveis com a dupla de irmãs, e ela ainda tinha esse diário.Nunca pensou que eles virariam as coisas de cabeça para baixo e difamariam as irmãs.- Eles são odiosos e descarados, e não é de hoje. Você sabe que eles sempre foram pessoas de coração sombrio.- Vou entrar no Twitter agora e explicar tudo. - Disse Madalena.Ela estava prestes a desligar o telefone quando Aurora chamou:- Irmã, você não precisa se explicar. Quando esse escândalo ficar um pouco maior, nós responderemos e arrancaremos a pele de todas elas. Eles publicaram fotos de nós duas, bem como nossos números d
Ao ouvir a repreensão do marido, Madalena sentiu raiva e decepção. Ela disse friamente:- Não se preocupe, você não será implicado no que aconteceu comigo. Depois de tudo que fizeram comigo, eu nunca mais quis entrar em contato com eles, foram eles que tiveram a audácia de vir até aqui e tentar fazer com que nós fôssemos responsáveis pelas contas médicas de nossa avó.Só então, Daulo percebeu que foi um pouco insensível em dizer essas coisas naquele momento. Ele suavizou o tom e disse:- Madalena, você também devia escrever uma postagem esclarecendo as coisas. Eu posso contratar alguns trolls para que eles também façam sua postagem ficar popular, assim poderá refutá-los. Você não pode deixá-los inverter os valores assim.Agora, ele estava enojado com Madalena e tinha que confessar uma coisa... Os parentes da família Garcia eram realmente muito idiotas.Quando ele e Madalena se casaram, aqueles parentes absurdos vieram em dois carros, com dezenas de pessoas, exigindo que ele lhes desse
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do