Aurora viu sua irmã entrando e ficou surpresa. Imediatamente, ela largou os talheres e se levantou para se aproximar da irmã.Porém, um certo Alves instintivamente segurou seu pulso.Aurora o encarou friamente.- Aurora...Bruno se sentiu angustiado ao ser encarado assim por ela, sentindo que o relacionamento do casal voltou a ser tão frio e tenso como antes, ou até pior do que no início do casamento relâmpago.Ele finalmente soltou sua mão e a deixou ir em direção à irmã.- Aurora. - Disse Madalena rapidamente ao se aproximar.Quando as duas irmãs ficaram frente a frente, Aurora chamou a irmã com uma expressão de mágoa e se jogou em seus braços.- Oh, Aurora... - Madalena a abraçou com carinho. - Se quiser chorar, chore, a irmã está aqui.- Mana...Nos braços da irmã, Aurora finalmente liberou as emoções que estava segurando, chorando alto com muita tristeza.Bruno ficou parado a uma certa distância, observando sua esposa chorar. Ele estava morrendo de dó dela, mas não conseguia conso
- Irmã, eu não quero perder a Aurora, não quero me divorciar! - Bruno foi o primeiro a falar. - Eu sei que escondi minha identidade o tempo todo, foi uma forma de mentira para a Aurora. Ela não é como as outras pessoas, não ficaria especialmente feliz por eu ser rico. Eu falhei com a Aurora, ela pode ficar com raiva, me bater, me xingar, mas não pode me deixar, não pode se divorciar de mim!Depois que Bruno terminou de falar, Madalena disse a ele:- Você acha que se a Aurora sair desta mansão, nunca mais vai poder vê-la?Bruno não disse nada.Sim, ele tinha medo.Ele tinha medo de que, se a Aurora saísse daquela mansão, ele realmente nunca mais a visse.- Bruno, a Aurora é minha irmã de sangue, nós dependemos uma da outra por tantos anos, ninguém a conhece melhor do que eu. Ela não é do tipo que recua e foge quando enfrenta problemas. Mesmo que ela esteja com raiva, mesmo que ela proponha o divórcio, ela não vai fugir. Fugir não resolve os problemas. Mesmo nas piores circunstâncias, de
Mas Michel não permitiu. Ele saiu da cama e, chorando, procurou por Madalena pela casa, vasculhando todos os cômodos, mas não encontrou sua mãe. No fim, Michel começou a chorar ainda mais alto.- Michel, você quer comer um doce? Pare de chorar, tio João vai te dar uma balinha. - Disse João tentando acalmá-lo.- Eu não quero balinha, quero minha mamãe...- Tio João pode te levar para comprar um cata-vento, que tal?- Eu não quero cata-vento, só quero minha mamãe... - Michel chorou ainda mais alto.João tentou de todas as maneiras acalmá-lo, mas não conseguiu. Bem, ele não sabia como acalmar uma criança.No final, ele pegou seu celular, desbloqueou e o entregou a Michel, dizendo:- Meu santinho, pare de chorar, venha, tio João vai deixar você brincar com o celular, assistir desenhos animados, está bem?Michel afastou o celular com a mão.João coçou a cabeça, murmurando:- Nem o celular funciona? As crianças de hoje em dia não deveriam ficar felizes só de ver um celular?Surpreendentement
- Não me agradeça, estou principalmente preocupado com o casal lá. - Disse João honestamente, como se temesse que Madalena pudesse interpretar mal suas intenções, depois perguntou com preocupação. - Você foi vê-los, como eles estão?Madalena suspirou e disse:- Você e Bruno se conhecem há muito tempo, são realmente bons amigos, não é apenas uma questão de negócios, certo? Sr. João, até você ajudou Bruno a mentir e nos enganar. Você conhece melhor o temperamento do Bruno do que eu. Ele está teimosamente convencido de que, desde que ele mantenha a Aurora por perto, tudo ficará bem. Ele nem deixa a Aurora sair de sua mansão. Eu posso ver que ele está exausto, e a Aurora parece um pouco... Desiludida.João abriu a boca, querendo falar em defesa de seu amigo, mas não sabia mais o que dizer. Ele já tinha dito muitas coisas boas, estava com a boca seca, tendo bebido muita água na casa de Madalena.- A menos que o Bruno tenha uma mudança de perspectiva, não podemos ajudá-los a resolver essa si
No entanto, o casal não teve tempo para comemorar, pois foram chamados de volta pelo chefe para o trabalho, através de uma ligação.Então, ele viu uma entrevista do Sr. Alves sobre sua amada esposa.Bruno, o marido da Aurora, era realmente o Sr. Alves. Isso era algo que ele havia suspeitado antes, mas negado.O resultado era que Bruno era realmente o ricaço Sr. Alves!Quando Juliana soube dessa notícia, ela ficou com tanta inveja que quase enlouqueceu. Inveja de como a Aurora tinha uma sorte tão boa, conseguindo subir na vida.Desde que soube que a Sra. Junqueira era a tia de Madalena e Aurora, Juliana já sentia inveja. Ela passou a tarde toda tendo surtos de sarcasmo, o que deixou Daulo muito irritado.Aurora se casar com o Sr. Alves era problema dela, mas a Juliana estava com tanta inveja... Seria porque ela o desprezava? - Madalena! - Daulo finalmente falou, questionando Madalena. - Aquele homem agora mesmo era o João Ferreira? Sr. João saiu da sua casa, o que vocês fizeram? Ele es
Madalena olhou friamente para seu ex-marido e disse:- Aurora também não tem tempo para se preocupar com você. Se você está com problemas no trabalho, é porque tem problema em suas habilidades. Não coloque a culpa em outras pessoas para tudo o que acontece. Você precisa encontrar as razões em si mesmo.A irmãzinha só descobriu agora que se tornou a Sra. Alves, então como ela teria tempo para usar sua posição para prejudicar Daulo?- Se não é a Aurora, então é o Bruno. Com certeza ela pediu ao Bruno para me prejudicar, para que eu e Juliana tenhamos problemas no trabalho.Os olhos de Daulo estavam cheios de ressentimento.Ele não era tolo. Logo após se divorciar de Madalena, começou a ter problemas no trabalho, sendo repreendido pelo chefe todos os dias. Neste mês, seu bônus foi completamente retido, e ele só pôde receber um salário mínimo. Ele não aguentava mais ficar na Companhia Hollie.Agora, todos na empresa estavam esperando para ver quando ele iria sair.Se ninguém estivesse cons
Juliana sabia muito bem que ele iria a compromissos e inevitavelmente beberia. Quando ela ligou, era apenas o lembrou de ter cuidado ao dirigir, não o advertiu para não dirigir depois de beber...Comparando as duas, Daulo não se sentiu muito bem.Ele tentou convencer a si mesmo, pensando: “Juliana ainda é jovem e ainda não sabe como cuidar das pessoas. Com o tempo, ela vai aprender.”Daulo continuou encarando por um bom tempo o prédio onde Madalena havia alugado um apartamento antes de finalmente partir de carro. Ele até fez uma parada especial em uma floricultura para comprar um buquê de flores para levar para casa.Ao chegar na casa que ele alugava, assim que abriu a porta, viu sua mãe sentada no sofá com uma expressão de raiva. Seu pai e Juliana não estavam na sala de estar.Carolina e sua família já haviam retornado para a cidade natal depois que as crianças começaram a escola.No entanto, Carolina e Mauro estavam desempregados e pediram a ele ajuda para encontrar emprego.Daulo ma
- Daulo, você esqueceu sua mãe depois de ter uma esposa, não é? Você não costumava ser assim. Você foi enfeitiçado por aquela mulher, nem mesmo se importa mais com sua mãe! Que vida infeliz a minha, como pude ter um filho assim? Como você pôde se casar com uma mulher ardilosa como aquela! Ô, Madalena, me arrependi, reconheço meus erros, você é a melhor nora de todas. Você sabe cozinhar, fazer as tarefas domésticas, cuidar de mim e até trazer prosperidade para o seu marido. Quando você estava aqui, o trabalho de Daulo ia bem, a renda era estável, e todos nós éramos felizes. Desde que você partiu, o trabalho de Daulo não vai bem, a renda diminuiu e até Carolina e Mauro perderam seus empregos. E eu, uma pobre velhinha, ainda tenho que ser maltratada todo dia... Eu me arrependo, me arrependo tanto!Arabela chorava enquanto acusava seu filho de ingratidão e se lembrava dos bons tempos em que Madalena estava presente na vida deles como uma família feliz.Mas não havia lágrimas em seus olhos,
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do