Stella ficou sem palavras diante do que ele disse.Após um momento de silêncio, ela disse:- No dia do encontro, eu te perguntei se você era capaz? Nem me lembro mais, só me lembro que você estava segurando uma rosa com a boca e veio de bicicleta. Você até me deu a rosa que estava segurando com a boca. Felizmente eu vi você chegando, senão eu teria aceitado. Falando nisso, você realmente não tem nenhuma sinceridade. Se você tivesse sinceridade, deveria ter me dito no dia do encontro que você é da família Gomes.Se ela soubesse que Paulo era da misteriosa família Gomes da Cidade G, ela nunca teria aceitado um encontro às cegas com ele.Paulo murmurou em seu pensamento. Ele mesmo tinha visto seu chefe escondendo sua identidade e tendo um casamento relâmpago. Embora ele tivesse enganado Aurora completamente, ele conseguiu avaliar o caráter dela. Se Aurora se apaixonasse por Bruno, seria por quem ele era como pessoa, não por sua posição social.Então, ele decidiu seguir o exemplo.Mais tar
Paulo não falou mais nada.Aurora e Bruno, que estavam na frente deles, estavam trocando palavras de amor.Percebendo que Paulo e Stella não estavam acompanhando, Aurora virou a cabeça e viu que os dois pareciam estar brigando. Ela disse:- Bruno, parece que o Sr. Paulo e Stella estão tendo um desentendimento.Bruno deu uma olhada em seu amigo e disse calmamente:- Não, o Sr. Paulo tem um temperamento muito bom.(Pessoas que já foram reprimidas por Paulo: Oi? Se o temperamento do Sr. Paulo fosse chamado de bom, então não existiriam pessoas com temperamento ruim.)- Não se preocupe com eles, vamos embora. – Disse Bruno.Ele pediu a Aurora para continuar segurando seu braço, o casal estava muito próximo.- Bruno, a esposa do presidente também vai vir, certo? - Perguntou Aurora.- O que foi?- Nada, só queria vê-la. Quem sabe eu não tenho a chance de conversar com ela?Era preciso primeiro fazer amizade para depois buscar conselhos sobre como treinar um marido.Bruno respondeu com calma:
Bruno sorriu baixinho:- Vou me transformar em um lobo de novo, depois que chegarmos em casa.Aurora deu um leve beliscão nas costas da mão dele, mas ele carinhosamente segurou a mão dela e deu um beijo.Quando ela estava prestes a protestar novamente, ele a segurou seriamente e a levou adiante, deixando-a sem jeito para beliscá-lo novamente.Bruno apareceu com Aurora na festa anual da empresa, e ninguém do Grupo Alves ficou surpreso. Todos os executivos tratavam Aurora de forma educada.No entanto, Paulo trouxe Stella Willis como sua acompanhante deste ano, não mais uma mulher com o sobrenome Gomes, o que surpreendeu a todos.As funcionárias que admiravam Paulo eram muito sensíveis. Quando ouviram Paulo apresentar Stella, perceberam que ela era a pessoa que Paulo gostava. O olhar delas para Stella estava cheio de inveja e ressentimento.O Sr. Paulo também já tinha uma garota de quem gostava!Ele estava seguindo o ritmo do Sr. Alves.Embora todos olhassem para Stella com inveja, ningué
- Aurora, eu provavelmente vou ter que fazer uma viagem a negócios.Aurora ergueu a cabeça em seu abraço, confusa e perguntando:- Faltam apenas alguns dias para as férias de fim de ano da sua empresa começarem oficialmente. Você ainda precisa viajar a trabalho?- Será uma viagem curta, apenas para a Cidade A. Vou ficar lá por dois ou três dias e voltarei. - Bruno abaixou a cabeça e deu um beijo na testa dela, seus olhos escuros a prendendo intensamente. Ele perguntou em um tom suave e rouco. - Você vai sentir minha falta?- Quando você vai partir? Vou ajudar a arrumar suas malas e te levar para o aeroporto.Bruno se engasgou.Ele pensou que ela sentiria falta dele, mas, pelo visto, ela só queria confirmar se ele realmente ia viajar a trabalho e, em seguida, estava animada para ajudá-lo com as malas e levá-lo ao aeroporto, sem nem sequer perguntar qual era o propósito da viagem.Bruno estava um pouco frustrado.Eles já haviam compartilhado momentos íntimos várias vezes e ele achava que
Bruno estava prestes a falar quando viu um quiosque de descanso não muito longe e se dirigiu para lá. Havia muita neve falsa ao redor do quiosque, dando a sensação de estar em um cenário nevado. Sentando-se em uma mesa de pedra debaixo do quiosque, Bruno olhou para a neve falsa ao redor e inexplicavelmente sentiu um ar frio. Ele disse a Jean:- A decoração com essa neve falsa está muito boa, combina bem com a ocasião.Em lugares onde nevava, como a Cidade W, nesta época já deveria ter neve por toda parte e fazia muito frio. Na Cidade G, só era possível criar um cenário com neve falsa. - Está chegando o Ano Novo, então temos que decorar um pouco e criar um clima festivo para todos. Aqui no sítio, também temos neve real. As pistas de esqui são cobertas de neve real. Sr. Alves está interessado em esquiar? Posso te levar lá para algumas descidas.Bruno respondeu indiferente:- Eu gosto de ir para o norte e experimentar o verdadeiro esqui.Jean sorriu e disse:- Que coincidência, eu tam
Uns dez minutos depois, Walter apareceu debaixo do quiosque.- Sr. Walter. - Bruno se levantou, dizendo. - Desculpe incomodá-lo.Ele voaria de volta para a Cidade G esta noite, por isso ele teve a audácia de vir incomodar Walter hoje.Walter sorriu, dizendo:- Não tem problema, Sr. Alves, por favor, sente-se.Depois que Bruno se sentou, Walter pediu ao seu irmão mais novo para avisar o mordomo para providenciar café e petiscos.- Não sei sobre qual assunto o Sr. Alves deseja me consultar?Bruno ficou levemente envergonhado e, com o rosto avermelhado, disse:- Sr. Walter, é uma questão pessoal relacionada aos meus sentimentos. Eu gostaria de pedir conselhos ao Sr. Walter, pois ambos seguimos o caminho de um casamento relâmpago.Walter ainda não sabia sobre o casamento relâmpago de Bruno.Jean não havia mencionado isso em casa.Ao ouvir as palavras de Bruno, Walter olhou surpreso para ele.Alguém como Bruno, de natureza fria, realmente havia tido um casamento relâmpago?- Há quanto tempo
- Como vocês estão se dando depois do casamento relâmpago? - Walter perguntou curiosamente. Ele e Clara tiveram um casamento relâmpago, mas eles já se conheciam por onze anos antes do casamento.Já eram velhos conhecidos.Além disso, Clara era a mulher que ele tinha em mente havia muito tempo, mas, considerando que ela era mais jovem, ele reprimiu seus sentimentos e não ousou expressá-los até que Clara fosse pressionada a se casar e ficasse com medo de voltar para casa. Ele acabou alugando seus serviços como namorado.Ele aproveitou a oportunidade para enganar Clara e tornar o casamento por contrato uma realidade.Devido ao fato de que o casamento relâmpago dele com Clara era entre velhos conhecidos, era diferente do casamento relâmpago de Bruno, que era com uma estranha de verdade.Walter não pôde deixar de ser curioso para saber mais.- Antes do casamento relâmpago, deixei claro para minha avó que poderia me casar com ela, mas como trataria ela depois do casamento seria problema meu
- Sr. Walter, você é experiente nesse assunto, eu gostaria de pedir um conselho. Como você revelou sua verdadeira identidade para sua esposa no início? Qual foi a reação dela ao descobrir sua verdadeira identidade? E como você fez para que ela aceitasse completamente você e não fosse mais influenciada por fatores externos?Walter entendeu por que Bruno estava tão indeciso.Bruno não tinha medo de ser sincero com sua esposa do casamento relâmpago, mas temia que revelar sua identidade pudesse machucá-la.Além disso, a existência dessa Letícia Junqueira era realmente um problema complicado.Se não fosse bem administrado, Letícia poderia sentir inveja e a relação entre as primas poderia se deteriorar.E isso também afetaria o relacionamento de Bruno com sua esposa.Depois de tomar um gole de café, Walter disse:- Sr. Alves, minha situação é diferente da sua. No meu caso, embora tenhamos nos casado rapidamente, eu planejei tudo. Fui apaixonado por minha esposa por onze anos e aproveitei a o
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do