Bruno estava muito chateado. Durante toda a tarde, ele permaneceu com uma expressão severa, deixando todos na empresa com medo, sem saber quem havia ofendido o presidente de cara feia.Normalmente, ele já era sério e indiferente, mas com essa aparência, claramente, reprimindo a raiva, era ainda mais assustador.Até mesmo Rivaldo e Paulo tentavam evitar ficar perto de Bruno.Apesar de estar de mau humor, Bruno era um homem de palavra. Depois do trabalho, ele foi à livraria esperar Aurora, como de costume.Aurora estava ocupada, então ele entrou na livraria para ajudar.No entanto, ele era muito sério e não falava muito. Sua altura imponente e sua aparência fria intimidavam os alunos, que se recusavam a pagar na caixa registradora com ele e preferiam procurar Aurora ou Stella.Vendo essa cena, Aurora finalmente disse: - Sr. Bruno, deixe-me receber o pagamento.Bruno olhou para Aurora com um olhar profundo e misterioso. Depois de um momento, ele se levantou com um rosto bonito e imponent
Quando Aurora estacionou o carro novo e entrou no carro de Bruno, ele ficou mais agradável e perguntou: - É a primeira vez que vou jantar na casa da sua irmã, o que devo comprar como presente? O que sua irmã e cunhado gostam?Aurora colocou o cinto de segurança e respondeu: - Compre um brinquedo para Michel, duas carteiras de cigarro para o meu cunhado e, em seguida, compre algumas frutas. Isso é suficiente.Bruno acenou com a cabeça em concordância.O carro saiu do Condomínio Rosa e Bruno perguntou à Aurora: - Onde é que podemos comprar essas coisas?- Há um grande shopping center nas proximidades, podemos parar lá e comprar o que precisamos. Sr. Bruno, você não morou aqui antes nos mudarmos para cá? Percebi que você não está familiarizado com o ambiente ao redor. – Disse Aurora.Bruno ficou em silêncio por um momento e disse: - Eu comprei esta casa há muito tempo, mas deixei-a ventilada. Então, antes eu não morava aqui. Em vez disso, morava com meus pais. Depois que nos casamos,
- Por que não atendeu o telefone? - Perguntou Bruno, casualmente, enquanto colocava as coisas no carro, vendo sua esposa olhando para o celular.- Talvez seja algum dos meus parentes ruins ligando. - Respondeu Aurora.- Pode atender e ver quem é. Se eles vierem com problemas, não precisamos ter medo deles. Estou aqui para protegê-la. - Disse Bruno confiante.Com apenas uma frase "Estou aqui para protegê-la", Aurora sentiu uma onda de calor em seu coração. Embora ele tivesse muitos defeitos, ela também não era perfeita. Eles eram um casal de casamento relâmpago e ele já havia feito muito por ela.Ela deu a Bruno alguns pontos extras em seu coração e atendeu a chamada desconhecida.- Aurora, sou eu, seu avô. - A voz era um pouco estranha, mas ainda forte e cheia de energia. Mesmo que ela não tivesse contato com sua família há muito tempo, ela reconheceu imediatamente a voz de seu avô.Aurora não disse nada e esperou que seu avô continuasse a falar:- Seu primo não ligou para você esta ma
Aurora sabia que seus parentes ruins não desistiriam facilmente, mas ao pensar que eles nem sabiam onde as duas moravam e que seria difícil encontrá-las nesta cidade enorme, ela deixou de lado a raiva após um episódio e não se preocupou mais com isso, para não afetar seu humor para jantar na casa da sua irmã. Bruno ouviu, atentamente a conversa entre o avô e a neta e ficou preocupado. Ele já havia pedido a Paulo que investigasse informações sobre todos os membros da família de Aurora, acreditando que em breve teria resultados. O casal chegou ao prédio de Madalena e viu ela descendo para jogar o lixo. - Irmã! - Aurora ficou feliz em ver sua irmã e se aproximou dela. - Vocês chegaram. – Disse Madalena.O semblante cansado de Madalena desapareceu, imediatamente, ao ver o casal, que trouxe várias sacolas. Ela até se queixou deles: - Convidei vocês para jantar e ainda trouxeram tantas coisas. São muito educados, gastando tanto dinheiro!- Irmã, são apenas algumas frutas. - Disse Bruno,
O filho de Carolina veio atrás dele, chorando:- Eu quero o avião na mão do Michel.Michel imediatamente escondeu o avião de brinquedo na frente dele e olhou nervosamente para seu primo, gritando:- Mamãe, mamãe! Colo!Madalena pegou seu filho no colo.- Madalena, diga ao Michel para dar o avião ao meu filhinho, nosso bebê está aqui como visita, Michel deve ser mais humilde com ele.Carolina se aproximou e enxugou as lágrimas de seu filho antes de se levantar e estender a mão para pegar o avião de brinquedo de Michel. Michel não queria soltar, e Carolina ainda quis puxar à força, mas quando viu Aurora se aproximando com Bruno seguindo atrás dela, cheio de sacolas nas mãos, ela recolheu a mão.Ela cumprimentou Aurora com um sorriso:- Aurora, faz tempo que não a vejo, este é seu marido, não é? Ele é muito bonito.Além de bonito, ele era muito mais elegante do que o irmão mais novo dela, que era gerente de uma grande empresa.Carolina sentiu inveja de Aurora.- Carolina, faz tempo que nã
Bruno tinha misofobia e só foi generoso o suficiente para dar ao outro bebê um novo conjunto de brinquedos porque as mãos sujas da criança haviam o deixado sujo.Quando as duas crianças pararam de brigar, o clima entre os adultos se acalmou.Bruno não disse nada, mas o olhar dele, a expressão de seu rosto naquele momento, já deixava claro para a família Francisco que não podiam mexer com o marido de Aurora.Arabela sentia que Aurora já era uma pessoa difícil de se lidar, e agora ela havia encontrado um homem mais difícil ainda. Ela sabia que sua nora tinha uma relação muito íntima com a irmã dela, e também sabia muito bem como era o jeito do próprio filho.Ela tinha que encontrar uma chance de lembrar o filho de não passar demais dos limites. Mesmo que Madalena não estivesse ganhando dinheiro por ser uma dona de casa em tempo integral, ela havia dado à luz ao neto mais velho da família Francisco, então ela tinha que dar a Madalena um pouco de consideração.Daulo logo retornou.Quando v
- Madalena, Daulo tem que trabalhar todos os dias, ele está muito ocupado e cansado quando chega do trabalho, porque está lá fora se esforçando para ganhar dinheiro para sustentar você e Michel. Você é a esposa dele, deve cuidar bem dele, como pode deixar Daulo fazer as tarefas domésticas? Limpe a mesa e não deixe Daulo irritado, ele já está cansado o suficiente agora, você tem que ser mais atenciosa e compreensiva. – Disse Arabela.Carolina apoiou as palavras de sua mãe:- Pois é, você não está trabalhando, apenas fica em casa com o Michel. Você come, veste e mora à custas do Daulo, e ainda está pedindo ao Daulo para fazer tarefas domésticas?Madalena saiu da cozinha, foi até a moto elétrica infantil e pegou seu filho, respondendo sem expressão:- Não tenho emprego, não tenho fonte de renda, fico em casa em tempo integral com meu bebê e dependo do Daulo para me sustentar, e ele quer dividir as despesas da casa comigo, o que isso significa? Tudo bem, então vamos dividir, seja para as d
Carolina continuou dizendo:- Aqui não é muito longe da escola. Na verdade, é praticamente uma casa de bairro escolar. Madalena só precisará ajudar a cuidar das duas crianças, basta lavar a roupa e cozinhar para elas. Quanto ao dinheiro das refeições...Daulo se apressou em dizer:- Irmã, esses são meus sobrinhos, não há necessidade de pagar pela comida. Vou encontrar alguém para transferir as duas crianças de escola e deixar que Madalena os leve e busque na escola todos os dias. Afinal, ela está bem desocupada em casa.Carolina ficou feliz ao ver seu irmão concordar com isso sem hesitações.Arabela, no entanto, lembrou ao filho:- Daulo, você tem que conversar com a Madalena sobre isso, ela também faz parte desta casa. – Dito isso, ela se virou para falar com a sua filha. - Ouvi dizer que você não pode simplesmente vir para a escola secundária da cidade se for para a escola primária daqui, você tem que mudar o registro de residência da sua família para cidade também. O lugar que você
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do