Letícia, de pé ao lado, ouviu toda a conversa entre Madalena e Sandro pelo telefone e ficou furiosa. Ela exclamou:- Eles ainda têm coragem de ficar atrás do dinheiro de vocês?- Querem me pedir dinheiro, dizendo que os negócios vão mal, estão tendo prejuízos e precisam de um empréstimo de um milhão para se recuperarem.- Que cara de pau! Eu sempre pensei que na Cidade G, eu, Letícia Junqueira, era a mais sem vergonha de todas. É assim que os outros me descrevem, dizendo que não tenho dignidade ao correr atrás do Sr. Alves, dizendo que sou sem vergonha. Mas em comparação com seus parentes da sua cidade natal, minha cara de pau é muito mais suave do que a deles.Madalena tentou acalmar Letícia e disse:- Letícia, não vale a pena se irritar com essas pessoas. Minha irmã e eu nunca seremos capazes de chegar a uma verdadeira reconciliação com eles. Deixe que eles morram, não daria a mínima.Aqueles parentes da sua cidade natal estavam enfrentando as consequências agora, porque estavam rece
Ela disse à Sra. Junqueira:- Tia Fernanda, tanto eu quanto a Aurora ainda somos jovens e saudáveis, não precisamos de ajuda, e a senhora não precisa se preocupar conosco. Acredite que, com nosso próprio esforço, também seremos capazes de nos reerguer. E eu também gostaria de pedir uma coisa à senhora: o fato de que eu e a Aurora somos suas sobrinhas, por favor, tente não deixar isso conhecido por todos na cidade. Nós passamos por muitos altos e baixos ao longo do caminho, conhecemos a bondade e a maldade das pessoas, e tenho medo que outros possam usar nós duas contra a senhora e o Grupo Junqueira.Após um momento de reflexão, a Sra. Junqueira respondeu:- Madalena, fico muito feliz por você pensar assim, a tia Fernanda está muito orgulhosa da força de vocês duas, são muito parecidas comigo. Já que vocês não precisam da ajuda da tia, não vou mais intervir. Mas se vocês enfrentarem dificuldades no futuro, devem contar para tia. E não importa se os outros sabem ou não sobre nosso relaci
A mulher que ele amava, e que ainda era sua legítima esposa, ficava todos os dias rebolando na sua frente, mas ele não podia beijá-la.Bruno estava sufocando também.Agora que finalmente foi libertado, ele não hesitou em envolver Aurora em seus braços, exigindo um beijo de forma autoritária.Depois de um longo tempo, Aurora se apoiou no peito dele, ajustando sua respiração.- Aurora.Ouvindo o chamado, Aurora olhou para cima.Vendo a expressão séria dele, ela piscou os olhos. Esse homem mudava de humor tão rápido! Ela perguntou:- O que aconteceu? Está com a cara de um diretor de escola de novo. Lembra da primeira vez que você veio me ajudar na minha loja? Os alunos nem se atreviam a entrar para fazer compras.A grande mão de Bruno pousou suavemente em seu rosto, o polegar acariciando-o repetidamente, com um leve sorriso no rosto ao dizer:- Naquela vez, você me pressionou para voltar para a empresa, fiquei furioso. Pensei que se eu estivesse disposto a ajudar, você deveria ser grata e
Bruno tinha uma mansão lá, e era uma mansão no topo da montanha, com uma vista incrível.Aurora colocou o celular de volta no bolso do casaco e se virou para sentar no sofá, olhando fixamente para Bruno.Bruno também estava olhando para ela, sem saber ao certo se ela estava com raiva ou surpresa.Surpresa, provavelmente não.- Aurora, como nos casamos às pressas, eu...Bruno se aproximou e sentou ao lado dela, mas assim que ele se sentou, ela se afastou um pouco, criando uma distância entre eles, e disse:- Fique sentado aí mesmo, não chegue tão perto de mim. - Ela estava com o rosto tenso e falava com raiva. - Eu sei por que você escondeu de mim, é apenas porque temia que eu descobrisse sobre sua mansão e quisesse seu dinheiro. Como um executivo do Grupo Alves, quanto você ganha por ano? Vários milhões, certo? Você está sempre ocupado com o trabalho, seja fazendo horas extras ou participando de eventos corporativos, e todas as suas despesas são reembolsadas pela empresa, não é? Além d
Bruno ficou em silêncio por um momento e disse:- Depois de comprar uma mansão e também o apartamento em Condomínio Rosa, não sobrou muito dinheiro na minha conta. O carro é apenas um meio de locomoção, desde que eu tenha um para usar, não preciso buscar carros luxuosos.Depois de dizer isso, Bruno sentiu vontade de enxugar o suor frio. Ele estava agora criando mais mentiras para encobrir as mentiras que havia contado anteriormente.Aurora o empurrou de novo:- Me solte primeiro.- Você não vai fugir, vai?- Fugir para onde? Se eu realmente quisesse fugir, nem te avisaria, apenas arrumaria minhas coisas e iria embora. Deixa eu te dizer uma coisa, se alguém fizer muito barulho ao partir, então é apenas uma encenação para te assustar. A verdadeira partida é silenciosa, sem hesitação, para que mesmo que você queira encontrar aquela pessoa, não conseguiria.O coração de Bruno acelerou enquanto ouvia isso e ele perguntou com cuidado:- Aurora, em que circunstâncias você me deixaria?- Tenho
- Até parece.Dito isso, ele foi arrumar suas malas.Aurora se sentou e continuou a contar seu dinheiro.O Grupo Alves realmente era a maior empresa da Cidade G, com uma grande riqueza. Até suas filiais eram tão generosas. Ela cuidou de Bruno por apenas alguns dias e recebeu vários milhares de reais!(Gerente Polaris: Eu queria dar um pouco a mais, mas para evitar suspeitas da senhora, não fiz isso.)Depois de contar o dinheiro, Aurora se levantou e pegou a carteira que costumava levar consigo quando saía de casa. Era de tecido, bem barata. Ela havia comprado em uma lojinha chinesa, custou apenas alguns reais, mas era prática e podia guardar até dezenas de milhares de reais de uma vez.Ela colocou o dinheiro na carteira e observou Bruno arrumando suas malas. Ele não tinha muitas coisas, eram coisas que ela havia arrumado para ele antes de sua viagem de negócios.Quando ela veio, foi com pressa e trouxe apenas duas mudas de roupa para trocar. Os itens essenciais de rotina foram comprado
Desde que as férias de inverno começaram, Stella tinha ficado em casa o tempo todo. Além de comer e dormir, ela passava o tempo segurando o celular e lendo romances.Às vezes, seu irmão recebia uma ligação de Paulo, o convidando para sair para comer, e como ela tinha medo de que Roberto a vendesse, acabava indo junto. Esses eram os raros momentos em que ela saía de casa.Agora, ao receber a mensagem da sua amiga, ela imediatamente enviou uma mensagem de voz em resposta:“- Que tal comermos um churrasco juntas hoje à noite? Da última vez, Paulo convidou meu irmão para uma churrascaria nova, e o lugar era realmente bom. Estou esperando você voltar para irmos lá e saborear tranquilamente. Você não sabe, quando saio para comer com meu irmão, não consigo comer à vontade, porque como mais do que eles, como se eu fosse um pedreiro.”Aurora respondeu, rindo sozinha:“- Não posso hoje à noite, acabei de voltar com o Bruno. Vamos descansar primeiro e marcar para amanhã à noite, e podemos chamar
Quanto ao Rolls-Royce que ele costumava dirigir, o motorista já tinha levado de volta para a Villa durante suas viagens de negócios, esperando por suas ordens.- O estacionamento da sua empresa parece uma exposição de carros, tem de tudo. - Disse Aurora, enquanto estava no carro.Ela viu muitos carros luxuosos.- Com muitos executivos na empresa e salários altos, eles gostam de trocar por carros melhores. Homens amam carros, você sabe disso. Eu gosto de comprar casas, acho que elas têm um valor maior do que os carros.Se Aurora soubesse que a garagem da casa dele tinha modelos de carros de luxo o suficiente para montar uma exposição de carros, ela não teria acreditado nessas palavras.- Homens amam carros, mulheres amam casas. Ter uma casa faz você se sentir em casa.Anteriormente, Aurora lutou para economizar dinheiro justamente porque queria comprar uma casa primeiro. O carro que ela estava usando agora ainda foi lhe dado por Bruno.Normalmente, ela ia para o trabalho de bicicleta el
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do