Pedro também havia considerado essa possibilidade, por isso não pensou em Bruno quando sua irmã mencionou que o marido de Aurora tinha o sobrenome Alves.Embora a família Alves tivesse uma história profunda e tivesse saído do interior algumas gerações atrás, Pedro já ouviu dizer que, na aldeia onde os antepassados dos Alves viviam, todos os habitantes tinham o sobrenome Alves.Pedro não sabia se os antigos ancestrais de Bruno ajudaram a enriquecer toda a aldeia quando tiveram sucesso, mas ele sabia que na sede do Grupo Alves e em suas filiais, havia de fato muitos funcionários com o sobrenome Alves. A maioria deles não tinha relação com a família Alves mais rica da Cidade G, eram apenas pessoas com o mesmo sobrenome.Ele disse:- Então, te chamei aqui para dizer que você tem que encontrar uma oportunidade e perguntar discretamente a Aurora qual é o nome do marido dela. Não deixe a mãe e Letícia saberem disso. Você sabe que Letícia ainda não superou completamente seus sentimentos por Br
- Letícia finalmente decidiu deixar para trás sua paixão por Bruno. Quando ela realmente deixar para trás e puder encarar Bruno com compostura, aceitando o fato de que ele é casado, então poderemos contar a ela. - Pedro suspirou. - Se ela descobrir que o marido de Aurora é o homem que ela não pôde ter, nem consigo imaginar as consequências. Não conhecemos bem a Aurora, mas Letícia se dá muito bem com ela. Precisamos pensar na Letícia.- Mas, agora a Aurora é sua prima, o marido relâmpago dela é seu primo. Se for realmente o Bruno, ele terá que vir à nossa casa com Aurora mais cedo ou mais tarde, não é possível que ele se esconda da nossa mãe para sempre, não é mesmo?Se ele se escondesse deles, tudo bem. Mas os sogros eram mais velhos, certamente o marido de Aurora teria que conhecê-los.- Vou marcar um encontro com Bruno à noite e perguntar a ele como está se planejando. Seria um casamento secreto com Aurora? Será que ela sabe da identidade dele? Provavelmente não. Se ela soubesse, ta
Alícia perguntou um pouco impulsivamente:- Mãe, a família Alves também nos conhece, devemos convidar a família Alves?Depois de fazer a pergunta, ela percebeu rapidamente o que havia feito e lançou um olhar rápido para a cunhadinha, em seguida, bateu na própria boca, dizendo:- Minha boca só sabe falar bobagens.Ela também deu uma olhada furtiva em Aurora e viu que ela não teve nenhuma reação ao mencionar a família Alves. Alícia pensou em seu íntimo: "Será que a família do marido de Aurora é realmente a grande família Alves da Cidade G?"A Sra. Junqueira não ficou chateada com sua nora e disse:- Mesmo se enviarmos o convite, eles não vão enviar ninguém, então vamos evitar nos aborrecer.A matriarca da família Alves não demonstrou interesse em sua filha. Letícia gostou de Bruno por muitos anos e até correu atrás dele publicamente, mas a Sra. Erica não mostrou nenhum interesse, o que indicava que a família Alves não estava interessada em ter um laço nupcial com a família Junqueira.A S
Aurora sorriu e disse:- Ele me manda mensagens quando tem tempo, mas nós nos falamos todos os dias. E o nosso relacionamento... Bem, melhorou muito agora.Ela escondeu a briga entre ela e Bruno até mesmo da Madalena, e muito menos deixaria a tia e sua família saberem, para evitar preocupações.- Os sentimentos são cultivados aos poucos, vocês já tiraram a certidão de casamento há uns três meses, é normal que o relacionamento esquente. Disse Letícia, se aproximando e perguntando em voz baixa e curiosa. - Paulo e Stella estão progredindo? Agora eu realmente só quero saber os detalhes deles dois.Paulo era a pessoa em quem Bruno mais confiava.Ele vinha de uma família de serviços de inteligência.E acabou em um encontro às cegas com a Stella.Letícia pensou que se vendesse essa informação para a imprensa de fofocas, poderia ganhar uma bela quantia.Claro, ela não precisava de dinheiro, e agora ela se tornou amiga de Stella, então ela não trairia uma amiga.Antes de Paulo decidir espalhar
Alícia, com uma expressão curiosa, questionou Aurora.Depois de olhar para o lado, Aurora respondeu:- Ainda bem que minha irmã não veio junto, mas agora está tudo bem, minha irmã e Daulo já se divorciaram. No começo, eles brigavam muito, e eu sabia que era por minha causa, por isso eu tive um casamento relâmpago...Ela explicou aos poucos a Alícia a razão do seu casamento relâmpago.Depois que terminou de ouvir, Alícia assentiu:- Entendi, você salvou a avó do seu marido, a velhinha gosta muito de você, então provavelmente em um ato de gratidão, ela juntou vocês dois.Ela raramente tinha a oportunidade de ver a Sra. Erica, mas ouviu do seu próprio homem que ela era uma senhora simpática e sem frescuras, como uma criançona velha.No entanto, havia uma coisa que Alícia não conseguia entender.Como uma pessoa tão poderosa e forte quanto a Sra. Erica precisaria que Aurora a salvasse? Essa história toda parecia... Bem suspeita.Talvez, Aurora havia sido escolhida antecipadamente pela Sra.
Alícia levou Aurora para dar uma volta pela mansão da família e, em seguida, fingiu que queria voltar para tirar um cochilo em seu quarto.- Vá descansar, Alícia. Eu vou ficar aqui, apreciando a paisagem. - Disse Aurora.Aurora não queria voltar para dentro da casa. Em comparação com o interior luxuoso, ela preferia a paisagem do jardim.Ela havia notado algumas pequenas hortas perto do muro, e supôs que fossem plantados pela própria tia Fernanda.Embora a Sra. Junqueira fosse agora uma mulher rica e de uma família nobre, ela cresceu em um orfanato e passou por dificuldades financeiras no passado. Agora aposentada, ela cuidava da casa sem se envolver nos assuntos da empresa e gostava de cultivar seus próprios vegetais. Era algo bastante normal.- Você não vai sentir frio? Se estiver com frio, posso mandar trazer meu casaco para você usar. - Ofereceu Alícia.Aurora e sua irmã não trouxeram roupas extras, pois achavam que seria apenas um almoço casual e uma conversa casual antes de volta
A comunicação era realmente muito importante.- Está bem. – Disse Bruno.O seu coração ansioso finalmente acalmou.- Você está resfriado. Beba mais água quente e vá ao hospital depois do trabalho para dar uma olhada. Ou vá agora, não deixe piorar. Você está com febre? – Perguntou Aurora.Bruno levantou a mão e tocou a testa. Estava um pouco quente mesmo. Não era à toa que ele estava se sentindo um pouco tonto.Mas ele não contou a verdade para a Aurora.- Não, eu não estou com febre. Minha temperatura está normal. Não se preocupe, estou perfeitamente bem. Vou passar na farmácia depois e tomar um remédio para resfriado. Vai ficar tudo bem. Como você está na casa da sua tia? Seu tio e seus primos estão tratando bem você?- Mas vejo que seu rosto e seus lábios estão um pouco vermelhos, Bruno. Você tem certeza de que não está com febre? - Aurora observou atentamente. - Meu tio e primos são muito legais, e nem preciso mencionar a Letícia, nos demos bem desde o primeiro momento. Bruno, os la
- Está bem, afinal de contas, eu também estou de férias junto com os alunos agora. Se você não se comportar, vou até aí cuidar de você e fazer com que você se torne um marido submisso e passe vergonha na frente dos colegas.O sorriso no rosto de Bruno ficou ainda mais intenso.- Do jeito que você está falando, eu até tenho vontade de não ir ao médico de propósito, esperando que você venha cuidar de mim.- Bruno, você não ousaria!Bruno encolheu os ombros de propósito:- Não, estou com medo, não ousaria fazer isso.- Chega, não vou falar mais com você, vá logo para o hospital. Você já é um adulto grande e não consegue cuidar de si mesmo. - Aurora o repreendeu e encerrou a chamada de vídeo, não querendo mais incomodar Bruno.- Aurora.- Ah, mana. - Aurora olhou para sua irmã mais velha se aproximando. - Michel já está dormindo?- Sim, enquanto ele está dormindo, eu saí para dar uma volta, considerando isso como exercício. Agora estou correndo três vezes por dia, controlando minha aliment
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do