Bruno havia dito que não se atreveria a apresentá-la a alguém que não fosse um homem de boa qualidade, portanto, sua palavra ainda era confiável.Paulo estava um pouco abalado, não tinha vindo no momento certo.Ele olhou para Stella, que estava orientando todos a carregarem coisas e, ela, vendo Paulo, aproximou-se dele.Ela o cumprimentou gentilmente:- Boa noite, Sr. Paulo.- Srta. Stella. - Paulo retribuiu o sorriso e perguntou novamente com preocupação. - Já está recuperada do resfriado?- Já estou bem. Obrigada por sua preocupação, Sr. Paulo.Aurora afastou Bruno discretamente para que Paulo e Stella pudessem conversar.Em particular, Aurora elogiou o marido:- Bruno, esse seu colega é muito legal, ele também tem um cargo de chefe na sua empresa, não é? Eu o vi lá quando vocês saíram do hotel.- Bem, ele também é um chefe, um cargo muito alto, todo mundo o chama de Presidente Paulo. – Em seguida, ele se aproximou do ouvido de Aurora e sussurrou. - O Presidente Paulo não me deixa di
Depois de uma tarde de atividade febril, a calma foi restaurada ao anoitecer.Madalena dedicou muito esforço e dinheiro na decoração desta casa pequena. Agora, ela estava retirando daqui todos os eletrodomésticos que ela comprou, mas não conseguia caber tudo em seu apartamento alugado. Ela escolheu manter apenas o que era essencial e vendeu o resto dos seus pertences por um preço mais baixo. Era como um adeus ao passado.Como o quarto alugado de Madalena ainda não estava arrumado e não era conveniente cozinhar, Madalena convidou todos para jantarem em um restaurante.Foi também uma comemoração de seu retorno à solteirice.Enquanto Madalena se despediu do passado com muito bom humor, rodeada de gente, do outro lado, Daulo também não ficou parado.Ele foi até o apartamento alugado de Juliana às nove da noite.- Juliana, isso é tudo o que você tem? - Daulo viu que Juliana não havia arrumado muita coisa e perguntou a ela enquanto se aproximava para puxar a mala. - Está tudo arrumado?- Ge
- Em que andar fica nossa casa?- Décimo sexto andar.Daulo carregou a mala de Juliana para fora do carro, arrastou a mala e levou Juliana para dentro.Na entrada do elevador, ele encontrou um vizinho que conhecia e, depois de se cumprimentarem, o vizinho disse:- Sr. Daulo, sua esposa não trouxe um grupo de pessoas para se mudar hoje à tarde? Por que ainda está voltando para morar aqui?- Sim, ela se mudou. Mas foi apenas ela.A outra parte olhou para Juliana e pareceu entender.Depois de sorrir brevemente para Daulo, ele saiu.Não foi de se admirar que Daulo tinha sido perseguido por Madalena com uma faca de cozinha por cinco quarteirões da última vez, então foi porque ele a traiu!Agora, o casal já devia estar divorciado, certo?Madalena acabou de sair e Daulo já voltou com uma bela mulher. Se eles não estivessem divorciados, Daulo não ousaria ser tão descarado.- Será que ele soube de alguma coisa? – Perguntou Juliana.Afinal de contas, ela era uma amante subindo ao lugar de esposa
Com um baque, o celular atingiu o chão, quebrando a tela.Daulo se apressou em se curvar e pegar o celular. Sem tempo para se importar com a tela quebrada, ele mais uma vez iluminou tudo na casa.Juliana também pegou seu próprio celular, ligou a lanterna e olhou para a cena da casa junto com ele. Sem mencionar a falta de decoração luxuosa, a casa nem chegava perto de ser uma casa de planta.- Daulo, estamos na casa errada? - Juliana ainda tinha esperanças.Daulo disse enquanto entrava:- De jeito nenhum. Se tivéssemos entrado pela porta errada, minha chave não teria conseguido abrir a porta. Esta é a minha casa, mas como isso aconteceu? Onde estão os eletrodomésticos da minha casa? Esses são os únicos que sobraram?O rosto de Daulo escurecia à medida que ele olhava.Ele estava em frente à mesa de jantar, pela qual havia pago.Um lampejo de luz veio à sua mente.Daulo entendeu.Foi a Madalena.- Foi a Madalena! - Ele falou o que estava pensando. - Ela destruiu minha casa!Daulo estava f
Daulo rugiu:- Tem tanto lixo aqui que você não limpou!Madalena riu e disse:- Quando reformei a casa pela primeira vez, havia muito lixo dentro dela também, e fui eu quem paguei para que alguém viesse e limpasse tudo. Para isso, gastei o dinheiro do meu bolso, e você não me reembolsou por isso. Agora, apenas peguei o meu dinheiro de volta.- Quanto custa contratar alguém para vir e limpar? Você vai discutir comigo por causa de tão pouco? – Reclamou Daulo.- Por que não? O dinheiro é meu, não é como se meu dinheiro tivesse caído do céu, por que eu o daria a você? Receberei de volta cada centavo extra que eu gastar contigo.Daulo se engasgou. Depois de um longo momento, ele cerrou os dentes e disse:- Madalena, você é muito cruel mesmo!- Estou apenas reivindicando a devolução dos meus custos de reforma, não é crueldade. A casa pela qual você pagou, eu te devolvi do jeito que ela era.Daulo estava tão irritado que desligou o telefone na cara dela, depois levantou a mão, querendo jogar
Daulo ficou muito irritado, mas Aurora achou que foi uma grande vitória hoje.Depois de sair do apartamento da irmã, ela continuou rindo pelo caminho todo.Bruno disse a ela em tom de brincadeira:- Não ria tanto a ponto de ficar com dor de barriga.- Mesmo rindo tanto que me doa a barriga, ainda estou muito feliz. Agora Daulo deve estar de volta em casa. Não sei qual será a reação dele quando vir o que aconteceu. Ele provavelmente vai pensar que entrou na casa errada. Só de pensar na reação dele, não consigo parar de rir. Simplesmente quero morrer de rir!Dito isso, Aurora voltou a cair na gargalhada.Bruno se divertiu com ela.Mas se divertiu tanto com ela que quase bateu em um poste de luz, o que o fez tomar um susto e dar uma virada brusca na direção, evitando a colisão.Aurora também ficou tão chocada com isso que se esqueceu de rir.Quando já era seguro, Aurora disse:- Bruno, você é um bom motorista? Se não for, eu dirijo no futuro, pois sou uma ótima motorista e não tenho probl
- Aurora, o que houve? - Bruno notou sua estranheza e se aproximou rapidamente, sentando-se na beirada da cama e se aproximando para puxá-la para cima, perguntando com preocupação. - Está desconfortável?- Estou com dor de barriga.- Dor de barriga? Será que você comeu demais no lanche da noite?Aurora revirou os olhos para ele.- Não é isso? Então como você ficou com dor de barriga?Aurora rolou e virou de costas para ele, murmurando:- Você não vai entender, vou me deitar e aguentar um pouco, isso vai passar.Bruno franziu a testa.Em seguida, ele se levantou, depois se curvou para pegar Aurora da cama e disse com um rosto bonito cheio de seriedade:- Eu não entendo de medicina, mas o médico entende, vou te levar para o hospital. Não pode aguentar a dor por si só, caso seja um grande problema, será tarde demais para se arrepender.- Não há necessidade de ir ao hospital, eu só.. Minha barriga dói quando estou naqueles dias.Bruno empacou no lugar, pensando do que se tratava.- Naquele
Aurora se sentou e pegou a tigela de chá de gengibre, bebendo lentamente. Não se sabia se era o cuidado de Bruno ou se o chá de gengibre estava fazendo efeito, mas depois de beber o chá adoçado e descansar um pouco, ela se sentiu muito melhor. Quando Bruno voltou com os remédios, ele a encontrou olhando as notícias em seu celular.- Você está se sentindo mal e ainda está mexendo no celular. – Disse Bruno.Bruno se aproximou, pegou o celular dela, passou-lhe os remédios e disse: - Está tarde e as farmácias estão fechadas. Fui ao hospital próximo e pedi a um médico para prescrever estes medicamentos para você. Tome-os e depois vá dormir.Aurora olhou para ele silenciosamente, com a cabeça erguida. - O que houve? – Perguntou Bruno.Aurora se levantou de repente, ficou de pé na frente dele e o abraçou, dizendo emocionada: - Bruno, você é tão bom para mim!Bruno retribuiu o abraço, viu que ela havia terminado o chá de gengibre e deduziu que ela estava se sentindo melhor. Ele disse cari
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do