E até o seu celular estava caído na cama.Ela realmente o esperou, mas esperou dormindo.O coração cheio de alegria do Bruno sentiu como se tivesse levado um pequeno golpe.Ele até havia trazido os dois anéis de diamante eternos que havia comprado da avó, com a intenção de colocá-los em Aurora esta noite, mas ela havia adormecido.Sentando-se na beirada da cama, Bruno se aproximou e beliscou a bochecha de Aurora levemente:- Sua dorminhoca, já está dormindo tão profundamente!Depois de beliscar o rosto dela, ele se inclinou e deu um beijo na bochecha de Aurora, depois se aproximou para dar um leve selinho nos seus lábios. No fim, pegou o celular dela e o colocou na mesinha de cabeceira.Embora sua esposa estivesse esperando por ele dormindo, pelo menos ela estava em seu quarto.Isso ainda era um pouco reconfortante para Bruno.No dia seguinte, assim que Aurora acordou, foi surpreendida por um grande buquê de flores.Atrás do buquê, estava o belo rosto de Bruno.Ela piscou os olhos vári
- Aurora. - Enquanto Aurora o ajudava a colocar o anel de diamante, Bruno disse com carinho. - De agora em diante, aconteça o que acontecer, não vamos dizer que estamos nos separando nem mencionar o divórcio, pode ser?Aurora sentiu que os dois anéis eram muito adequados para eles usarem como um casal, e estava o elogiando mentalmente por ter um bom gosto e ser capaz de escolher o anel certo para ela usar sem levá-la para escolher.Ao ouvir as palavras dele, ela levantou a cabeça e olhou para ele, dizendo:- Não posso concordar com isso. Caso você seja um canalha como o Daulo, ainda não poderei mencionar o divórcio? Diante de um homem traidor, quanto mais cedo chutá-lo, melhor. Deixá-lo ficar seria enojar a mim mesma.Bruno queria primeiro fazer com que ela prometesse que não o deixaria, para que mais tarde, quando ele revelasse sua identidade, ela não o chutasse.Mas não imaginou que ela não cairia nessa.Mesmo em um momento tão amoroso, sua mente permaneceu clara.Ela realmente merec
- Não tenho certeza, voltarei assim que terminar de resolver as coisas.- Então me avise o dia em que você vai partir, te ajudarei a fazer as malas e te levarei de carro ao aeroporto. – Disse Aurora.Não havia roupas para ela no quarto dele e Aurora estava pronta para voltar ao seu quarto para se trocar e fazer as higienes matinais.Bruno viu que ela estava pronta para ir e não pôde deixar de estender a mão para puxá-la de volta, seus olhos escuros olhavam-na com uma intensidade que fazia Aurora sentir queimação no rosto.- Só isso? – Bruno disse.Aurora piscou os olhos, sem entender o que ele queria dizer. O que mais havia para fazer se não isso? Ela não podia o levar até a cidade para onde ele estava viajando, podia?- Os membros da família podem ir junto com você? – Perguntou ela.O canto da boca de Bruno deu um espasmo.- Se não posso ir junto, então te levo ao aeroporto, assim está bom? – Disse Aurora.Bruno soltou a mão que segurava a mão dela.Aurora olhou para a mão dele, franz
- Eu não disse isso, você mesmo está dizendo. – Retrucou Aurora.Sr. Garcia disse entredentes:- Onde você está? Que horas são e sua loja ainda não está aberta? Os seus vizinhos já ganharam um monte de dinheiro.- Bruno, meu avô está se importando com a hora em que a minha loja abre! Tem sol hoje? Pegue seu celular e vá para a varanda, o sol pode nascer do oeste hoje, você precisa tirar fotos desse espetáculo do universo. – Disse ela.O Sr. Garcia repreendeu com o rosto negro:- Aurora, não desvie o assunto, estou falando com você! Seus tios e eu estamos te esperando em frente à sua loja, venha logo abrir a porta! Ainda nem tomamos o café da manhã, traga comida para nós quando vier.- Há muitas lanchonetes por perto, se vocês não querem ir comer, então fiquem aí com fome.Ela seria tão tosca a ponto de levar o café da manhã para eles, para ouvi-los a repreenderem quando estiverem de barriga cheia?O Sr. Garcia ficou furioso com a atitude de Aurora, ele ainda queria a repreender, mas o
Aurora zombou em seu coração: “Aqui se faz, aqui se paga. Cada um colhe o que planta!”O retorno pelas ações dos avós estava a caminho.- Não importa quais sejam as intenções deles, te acompanharemos até lá. Se for para meter a porrada, é sempre bom ter alguns ajudantes. - A velhinha insistia muito em acompanhar Aurora até lá.Aurora queria dizer que era muito boa de luta, mas pensando que todos aqueles hipócritas da aldeia dos Garcia estavam reunidos em sua loja, se eles realmente começassem uma briga, ela estaria sozinha contra muitos e não poderia vencê-los, então ela não impediu a velhinha de acompanhá-la novamente.Ela ouviu sua irmã dizer que Erica era muito foda.Depois que os três terminaram o macarrão, Aurora quis lavar a louça, Erica olhou para o neto, e Bruno se levantou silenciosamente, pegou a louça das mãos de Aurora e a levou para a cozinha para limpá-la.- Aurora, com o Bruno, você não deve mimá-lo demais. - A velhinha ensinou a Aurora. - É preciso deixá-lo ajudar nas t
Enquanto as duas conversavam, Bruno podia ouvi-las claramente da cozinha.Ele estava acostumado com o fato de sua avó favorecer Aurora.Os cabelos da avó tinham ficado grisalhos de tanto esperar por uma neta.No final, ela só teve nove netos.No início, quando ela conheceu Aurora, ela a tratava como sua neta adotiva, mas depois mudou de ideia quando pensou que sua neta iria se casar com alguém de outra família.Por isso, ela trabalhou arduamente para fazer de Aurora a esposa de seu neto mais velho, assim ela ficaria na família Alves para o resto de sua vida.Bruno limpou a louça e passou mais um pano no fogão para que parecesse limpo, depois limpou os panos com detergente e lavou as mãos mais algumas vezes, antes de sair da cozinha.Aurora se levantou e foi pegar o paletó e a gravata para ele.Embora ela ainda não fosse muito experiente em ajudá-lo com a gravata, mas sua iniciativa fez com que Bruno se sentisse muito bem.Depois de lavar a louça, ele pôde desfrutar da gentileza de uma
- Aurora.Sandro e Diego seguiram o avô até lá dentro.Todos os outros ficaram do lado de fora.- Este é o seu homem? - O Sr. Garcia observou Bruno por um tempo e achou que o marido de Aurora era melhor do que o marido de Madalena.Ao mesmo tempo, ele ficou descontente por não ter recebido dotes de casamento quando suas duas netas se casaram. Eles criaram as netas sem receber nada em troca.Se lá no céu, o espírito de Joaquim ficasse sabendo dos pensamentos de seu pai, teria tido um ataque de raiva.O Sr. Garcia achava que, como os pais das netas já faleceram, agora eram os avós que mereciam receber dotes de casamento. No entanto, Madalena e Aurora se recusaram a pedir qualquer dote da família do marido.- É o marido de sua neta, o que achou? Bonitão, não é? - Aurora caminhou para o lado de Bruno, colocou uma mão no ombro dele e perguntou ao avô propositalmente. - Somos um bom casal, não somos?Sr. Garcia se engasgou, e então perguntou à Erica:- E você seria...?- Sogra da Aurora. – D
Aurora apontou diretamente para a porta e disse friamente:- Vovô, a porta da minha loja é ali, por favor, levante-se, dê meia volta e saia! Os assuntos da minha irmã não são da sua conta! E eles já me procuraram muitas vezes, sabem exatamente o que eu disse. Eles não querem fazer as pazes sinceramente, mas querem que eu me reconcilie com o vocês? Quem está errado, afinal?O Sr. Garcia viu que Aurora não deu ouvidos ao conselho e disse com raiva a Bruno:- Jovem, você está vendo? Ela não quer que a família dela a apoie, você deve a intimidar o máximo que puder, e não precisará se preocupar com a possibilidade de virmos acertar as contas com você.Bruno queria jogar esse velho hipócrita para fora.Nunca tinha visto um avô assim.Por mais que ele não gostasse de sua própria neta, ele não deveria dizer tais palavras.Bruno disse friamente:- Eu me casei com Aurora para amá-la e mimá-la, não para maltratá-la. Um homem que maltrata sua esposa, não é homem!- Vocês vão embora por conta própr
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do