Madalena assentiu instintivamente:- Tirei uns dias de folga porque o Michel está assustado, preciso ficar com ele.- E o que você está fazendo aqui? Onde está o seu filho? – Perguntou João.Madalena ficou em silêncio.Será que ela deveria dizer a verdade?João olhou ao redor e não viu o adorável Michel.Na verdade, Michel tinha medo dele. Sempre que o via, se escondia com medo nos braços de Madalena, como se ele fosse algum tipo de demônio.- Michel está tirando uma soneca em casa. Dona Izete está cuidando dele, enquanto saio para resolver algumas coisas. – Respondeu Madalena.João apenas assentiu, depois perguntou: - O que você está resolvendo?Madalena hesitou em responder, mas João sorriu e disse: - Se você não quiser falar sobre isso, tudo bem. Eu estava apenas passando por aqui e, ao ver você, lembrei-me da sua folga e perguntei por curiosidade. Certo, você faz o que precisa. Vou indo.João retirou a mão grande que repousava na frente da moto de Madalena e virou-se para sair.-
Ele ainda podia continuar fingindo. - Paulo, Rivaldo, acompanhem os diretores de volta à empresa. Vou falar com sua cunhada. - Disse Bruno em voz baixa, caminhando rapidamente em direção a Aurora. Naturalmente, os seguranças não ousaram segui-lo. - O Presidente Bruno conhece essa mulher? - Perguntaram os diretores, surpresos ao vê-lo se aproximando de uma estranha. Não era o Presidente Bruno que não permitia jovens mulheres além de familiares a menos de três metros dele? - Sim, ele a conhece. - Respondeu Paulo sorrindo, levando os diretores até o carro deles. Como Paulo não deu mais explicações, os diretores perceberam que não deveriam mais perguntar. - Aurora. - Disse Bruno ao se aproximar dela, estendendo as mãos para ajudá-la a arrumar o casaco e perguntando preocupado. - O que você está fazendo aqui? Sabia que eu estava aqui negociando com um cliente e veio especificamente me esperar?A chuva havia parado no meio do dia, mas ainda estava frio. Quando viu os homens de terno
Aurora não percebeu que Vasco havia se escondido no hotel quando um grupo de pessoas saiu apressadamente.Ela não sabia que o homem que estava ao seu lado, que a aqueceu nos momentos de frio, era um ator de um nível tão alto que conseguia fingir tão bem.Ela disse a Bruno: - Minha irmã acabou de ligar. Ela e Daulo concordaram com as condições do divórcio.- E como foi? – Perguntou Bruno.Aurora respondeu:- Daulo terá que dividir metade de todos os seus bens com minha irmã. Ela não irá dividir com ele a casa e o carro, mas ele terá que pagar uma quantia em dinheiro adicional para ela. A guarda de Michel será da minha irmã e ele terá que pagar uma pensão alimentícia de três mil reais por mês para Michel. E a condição dele é que minha irmã entregue todas as provas que possam ser prejudiciais a ele, sem reter nada, e prometa que não se vingará dele depois do divórcio.Bruno perguntou: - E sua irmã concordou?- Minha irmã disse que concordava, mas ela só prometeu não se vingar pessoalmen
- Minha irmã acabou de se divorciar e ainda não tem um trabalho estável. Vamos ajudá-la a pagar o aluguel por enquanto. - Disse Aurora.Na verdade, Bruno gostaria de oferecer uma casa para sua cunhada e sobrinho morarem, já que a cunhada era a pessoa mais próxima da família de sua esposa, e ele não queria deixá-la em uma situação difícil.Contudo, ele não podia fazer isso agora. Ao pensar no caráter das irmãs, ele percebeu que mesmo que oferecesse uma casa, sua cunhada não aceitaria.- Minha irmã receberá mais de um milhão de reais de Daulo, então ela não vai deixar que paguemos o aluguel para ela. - Acrescentou Aurora.As irmãs apoiavam uma a outra, mas nunca sentiam que era algo natural. Aurora não queria que sua irmã se sentisse endividada com ela e, da mesma forma, sua irmã não queria ser sustentada por Aurora. Elas se apoiavam verdadeiramente uma a outra.Bruno ficou em silêncio. Logo depois, eles chegaram ao Grupo Alves.Bruno parou o carro e olhou para Aurora, que também o en
Sentindo o cuidado de Aurora por ele, Bruno disse com voz suave: - Tenho um compromisso à noite e não voltarei para casa tão cedo. Não precisa me esperar, vá descansar cedo, mas descanse no meu quarto.Quando ele terminou de falar, seu rosto bonito corou levemente.Lembrou-se de ter dito a ela que seu quarto era um território proibido e que ela não podia entrar nem um passo. Agora ele estava pedindo que ela entrasse em seu quarto.Aurora sorriu e disse: - Tudo bem, vou deixar a porta aberta para você. Vá logo, não fique aqui passando frio.Bruno relutantemente se virou e entrou na empresa.Aurora assistiu à figura elegante de Bruno se afastar, antes de se virar e voltar para o carro para sair. Quando Bruno entrou no prédio da empresa, viu Paulo sorrindo para ele.Bruno ficou sem palavras.Esse fofoqueiro!Ele lançou um olhar frio para Paulo e seguiu em frente. Paulo não se importou com o olhar e continuou seguindo Bruno. Quando eles entraram no elevador, Paulo brincou: - Bruno, v
- O que você disse? – Perguntou Bruno.- O que posso dizer a ele? Não posso simplesmente dizer que a pessoa que ele escolheu como sucessor se apaixonou pela sua mulher, não é? Isso é um problema seu para resolver. Vou pedir para o assistente Lisboa marcar um horário para você se encontrar com o Presidente Filipe. - Respondeu Paulo.Bruno respondeu com indiferença: - Vamos falar disso depois do Ano Novo, tenho uma viagem de negócios em alguns dias.Paulo ficou atordoado e suspeitou que tinha ouvido errado: - Você quer viajar a negócios? Para onde? Você está disposto a se separar de sua mulher? Seu relacionamento está apenas começando a se desenvolver.Depois de um longo silêncio, Bruno disse: - Posso lhe contar, afinal, toda a cidade logo ficará sabendo.Era uma grande notícia de fofoca?Como representante das fofocas, Paulo ficou animado e perguntou com um sorriso: - O que aconteceu?- A irmã mais nova que a Sra. Junqueira tem procurado há muito tempo provavelmente é minha sogra. –
Se fosse revelado desde o início que Bruno era o herdeiro da família Alves, não teria sido possível um casamento rápido com Aurora. Toda a família Alves, incluindo a avó, escondeu isso dela.Paulo pensou em sua mente: "Essa família não é confiável." Não era assim que se conquistava uma nora. Ele lembrou que também não havia revelado sua verdadeira identidade para Stella e decidiu que, na próxima vez que a visse, diria que era o filho da família Gomes. Não queria seguir os passos de Bruno.- Você decide por si mesmo, não sou você, não posso tomar decisões por você, mas a personalidade da sua mulher é teimosa. Se não lidar com isso adequadamente, vocês dois podem acabar se separando. – Disse Paulo.Bruno ficou pálido de medo de que Aurora o deixasse. Por isso, ele pensou que seria melhor esperar até que seus sentimentos por ele fossem mais fortes e ela pudesse se sentir mais relutante em deixá-lo, antes de ser sincero com ela. Na verdade, ele já havia tentado testá-la, mas ela não
Na verdade, ele sentia que agir era melhor do que falar.Demonstrar seu amor por ela por meio das ações era mais fácil do que expressar com palavras doces.No entanto, se Aurora gostasse de ouvir palavras doces, ele estava disposto a aprender.Paulo se levantou, inclinou-se para frente e sussurrou para o amigo:- Sobre a Srta. Stella... Bruno empurrou levemente o corpo de Paulo para trás com a mão e continuou a falar palavras doces com Aurora por um tempo, antes de ajudar Paulo a perguntar:- Aurora, a Srta. Stella voltou à livraria esta tarde? Meu colega está preocupado com a saúde dela e queria visitá-la.Aurora respondeu: - Stella não veio trabalhar, eu disse a ela para ficar em casa e descansar até que a febre passasse completamente, então ela voltará outro dia. Seu colega quer vê-la? Ele pode ligar diretamente para ela e marcar um encontro.- Srta. Stella está doente e hoje o clima esfriou ainda mais. Se meu colega a convidar para sair e a condição dela piorar, ele se sentirá cu
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do