-Dona Izete, minha irmã e Michel finalmente conseguiram dormir, então não os acorde. Faça alguns omeletes e deixe-os comerem quando acordarem.Dona Izete assentiu e disse:- Vou fazer isso.Os três tomaram café da manhã juntos e Aurora preparou uma xícara de café instantâneo para si mesma, a fim de se animar.Depois de se alimentarem, Dona Izete saiu da sala de jantar e, enquanto ela estava fora, Bruno segurou a mão de Aurora.- Aurora. – Disse Bruno com uma voz suave e calorosa. - Fique em casa e descanse, posso ir sozinho.Aurora segurou a mão dele de volta e o consolou: - Estou bem, uma xícara de café é suficiente para me manter acordada. Além disso, se formos à casa dos Lavi, talvez haja uma discussão e você não é tão bom em brigar quanto eu. Provavelmente, nem você e seus primos conseguiriam vencer a Carolina.Eles eram pessoas educadas e não sabiam como brigar.- Sou a tia de Michel e não posso deixar que eles o tratem assim sem consequências. Ontem, quando Michel desmaiou, eu
No momento em que Aurora estava ansiosa, Letícia falou com uma voz excepcionalmente calma e perguntou:- Aurora, minha mãe chegará em casa no meio do dia, posso ir à sua casa buscar o Michel?Letícia não tinha nenhuma impressão de sua tia, mesmo olhando para fotos, não conseguia identificar nada. Nas palavras de Aurora, todas as crianças eram fofas quando pequenas. Se Michel se parecesse com a tia, mesmo que fosse apenas uma pequena semelhança, ela não poderia deixar passar e levaria Michel para sua mãe ver.Lembrando-se do primeiro encontro com Aurora, Letícia sentiu uma vontade inexplicável de se aproximar dela.Quando viu Michel pela primeira vez, também sentiu uma grande afeição por ele.Se Michel fosse descendente de sua tia, talvez pudesse explicar por que ela adorava Michel à primeira vista.Ela já tinha visto outras crianças da idade de Michel, mas apenas Michel a atraiu à primeira vista, como se quisesse roubá-lo e torná-lo seu sobrinho. Quando comprava brinquedos para Michel
- Sim, a família dele é grande. Obrigada, Letícia. - Respondeu Aurora.Ao ouvir que o marido de Aurora havia trazido algumas pessoas para ajudar, Letícia ficou aliviada e disse: - Aurora, você e seu marido se casaram rapidamente, não foi? Mas parece que ele é bom. Quando você enfrenta problemas, pelo menos ele está disposto a ajudar.Ao contrário do marido de Madalena, que conhecia havia doze anos, e daí?Ele não era comparável ao marido de Aurora, que se casou rapidamente.- Ok, não vou lá agora, mas na próxima vez que você encontrar dificuldades, você tem que me contar, ou então você não me considera uma amiga. Me envie o endereço da casa de sua irmã, para que eu possa visitar Michel. - Disse Letícia.Aurora não recusou o pedido de Letícia e enviou o endereço da casa de sua irmã para ela depois que a ligação terminou. Bruno estava prestando atenção à conversa entre Aurora e Letícia.Quando ouviu que Letícia queria trazer pessoas, Bruno apertou o volante com força. Se Letícia viess
Talvez Letícia não conseguisse imaginar como sua tia teria ficado quando cresceu.Aurora sentiu que, depois de voltar da família Lavi, ela teria que desenhar como a tia da família Junqueira teria ficado quando cresceu, talvez se parecendo muito com sua irmã?- Então sua mãe é a tia da Srta. Letícia? – Perguntou Bruno.Bruno só conseguia pensar em duas palavras: muito dramático!Tão dramático!Uma coisa tão dramática havia acontecido com sua esposa.O pior era que Letícia já havia se declarado publicamente para ele e o perseguia abertamente, e Aurora já havia ajudado Letícia a persegui-lo.Se ele não tivesse mostrado o anel para Letícia e se gabado na frente dela, ela ainda o perseguiria todos os dias, deixando-o irritado.Ele queria dar uma boa lição em Letícia, mas quem diria que Letícia e Aurora se tornariam amigas, deixando-o sem poder fazer nada.Pessoas que realmente tratavam Aurora bem, ele sempre as tratava de maneira especial.A família Garcia havia ficado quieta recentemente e
No entanto, a coisa mais importante agora era fazer justiça para Michel.A questão da identidade de Bruno podia ser adiada por um tempo, já que ele logo iria para a Cidade A para participar do casamento de Walter e Clara.De qualquer forma, era possível adiar as coisas por um tempo.Ele também precisava confessar tudo para Aurora antes de ser visto pela Sra. Junqueira.Esperaria que a reação de Aurora não fosse muito intensa.Ele não tinha sentimentos por ela no início e não a conhecia, então esconder sua identidade e avaliar seu caráter era algo normal para ele.Afinal, com sua posição, quem sabia se as mulheres que se aproximavam dele estavam interessadas em seu dinheiro ou em sua pessoa?Agora, a personalidade, a maneira de lidar com as coisas, a autoconfiança e a independência de Aurora eram muito atraentes para ele, e ele se sentia atraído por ela sem perceber.Depois de terminar a ligação com Aurora, Letícia imediatamente ordenou à empregada: - Dona Tércia, prepare alguns suplem
Sra. Junqueira ficou perplexa e perguntou: - Bruno já está com outra pessoa?- Sim, ele já se casou e é muito bom para a esposa dele. Até mesmo meu irmão não consegue descobrir quem é a esposa dele. - Explicou Letícia.Sra. Junqueira ficou decepcionada e disse: - ...Bem, agora que ele está casado, é hora de você superar. Ele nunca foi seu de verdade, sempre foi apenas o seu desejo.Sra. Junqueira admirava Bruno, mas sabia que ele nunca havia gostado da filha dela.No entanto, sua filha queria tentar conquistá-lo. A Sra. Junqueira acreditava que sua filha só desistiria depois de tentar e fracassar.- Mãe, quero te contar uma coisa. - Disse Letícia, não querendo mais falar sobre Bruno com sua mãe, toda vez que ela o mencionava, seu coração doía.Depois de amar um homem por tantos anos, descobrir que ele era casado foi devastador para Letícia. Ela quase se tornou a amante dele, mas tinha que desistir repentinamente. A dor ainda estava lá.Atualmente, ela evitava ao máximo mencionar Bru
Se as irmãs Garcia fossem realmente suas sobrinhas...Sra. Junqueira sentiu uma dor aguda ao pensar em tudo o que suas possíveis sobrinhas tinham passado.- Mamãe estará em casa em breve, espere por mim para irmos juntas visitar Michel. – Disse a Sra. Junqueira. Essa era a pista mais promissora, ela tinha que ir pessoalmente ver aquele bebê que se parecia com sua irmã....Família Lavi.- Pai, mãe, vocês não precisam se mudar, não vou pedir uma indenização para Aurora, está bem? – Disse Carolina.Carolina ainda estava tentando impedir seus pais de deixarem a casa dos Lavi.Ontem, quando os pais voltaram para casa, começaram a arrumar suas coisas, mas com as lágrimas e as garantias de Carolina, eles ficaram por mais uma noite.Ela pensou que a raiva deles tinha passado depois de uma noite de sono, mas agora eles estavam dizendo que queriam se mudar novamente.O pai estava especialmente irritado.Mauro também tentou convencê-los: - Pai, mãe, Carolina está certa. Se vocês voltarem para
- O que vocês estão fazendo aqui? – Perguntou Carolina.Ela queria impedir Aurora e os outros de entrarem na casa, mas não tinha poder para detê-los. Seu marido ainda discordava dela e convidou gentilmente Aurora e os outros para entrarem.Ao ver Aurora e seu grupo, Enzo os encarou com raiva. Seu pai o viu e lhe deu um beliscão.- Daqui a pouco, peça desculpas direito. - Sussurrou Mauro para o filho. - Essas pessoas não são fáceis de lidar.Eles haviam destruído a casa de Carolina e sairam ilesos. Os policiais nem tomaram partido deles no dia anterior. Mauro estava preocupado que a família Alves tivesse conexões, então ele se rendeu e aconselhou o filho a pedir desculpas sinceramente.Na verdade, Mauro estava pensando demais. Os policiais haviam visto o vídeo de vigilância e acharam que Enzo era cruel demais, então eles escolheram ignorar o fato de que a casa dos Lavi foi atacada. Você mandou o filho deles para o hospital e ainda não permitia que eles ficassem com raiva?Pessoas s
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do