- Srta. Stella, fique mais um pouco. - pediu Eduardo, no meio de sua exibição de superioridade, sem querer deixar Stella ir embora.- Sr. Eduardo, me desculpe, acho que não somos adequados um para o outro. Adeus, até nunca mais. - disse Stella sem rodeios, puxando Aurora consigo enquanto se afastavam.Enquanto caminhava, Aurora parou subitamente e não se mexeu mais.- Aurora, o que há de errado? - perguntou Stella preocupada.- Meu marido. - respondeu Aurora.- O quê? - disse Stella, sem entender.Antes que Stella pudesse reagir, Bruno já tinha se aproximado das duas. Seus olhos escuros e profundos pousaram sobre o corpo de Aurora, os cantos de sua boca se curvando levemente sem dizer uma palavra, mas fazendo Aurora sentir seu sarcasmo.Por que ele estava sendo sarcástico?Aurora virou a cabeça e percebeu que Eduardo vinha atrás delas, entendendo imediatamente a situação.- Minha amiga Stella está aqui em um encontro às cegas e eu vim com ela. – explicou Aurora, apressada em dar uma e
Aurora não sabia o que Bruno havia conversado com a velhinha. Ficou bem surpresa ao encontrá-lo na Cafeteria Yasmin, mas quando ela pensou em Elisa ajudando Stella a persuadi-la a acompanhá-la, Aurora entendeu por que Bruno estava lá.Mas por que vovó Elisa havia feito isso?Para fazer com que Bruno a entendesse mal?Não era ela que estava em um encontro às cegas, era Stella. E mesmo que Bruno tivesse visto isso...Quando pensou em Bruno na cafeteria agora há pouco, a expressão dele estava ainda mais fria do que o normal. Mesmo que Aurora fosse lenta, ela sabia que Bruno estava pensando errado. O principal motivo foi que Stella tinha ido ao banheiro e ela era a única que estava à mesa com Sr. Eduardo.Felizmente, Stella saiu do banheiro mais tarde e explicou tudo a tempo, de modo que a expressão de Bruno se acalmou um pouco.Aurora não conseguia entender por que a velha senhora havia feito aquilo. Ela havia salvado sua vida, mas nunca se declarara uma benfeitora, era a própria velhinha
Bruno se lembrou do vídeo que sua vovó havia enviado a ele de Aurora, tricotando atentamente um artesanato. Era muito cativante.Ele não queria admitir que havia assistido ao vídeo várias e várias vezes, mas internamente teve que admitir que uma mulher confiante concentrada em uma coisa exalava uma aura encantadora ao seu redor, como um grande ímã que atraía os olhos dos outros.Dizem que uma mulher confiante é a mais bonita e em Aurora, de fato, era possível ver autoconfiança o tempo todo.Ela era uma mulher muito forte e automotivada.- Eu cresci sem conhecer o gosto azedo e nunca vou conhecer... Você não dormiu? - de repente, Bruno viu Aurora entrando pela varanda e ficou paralisado.Então, Rivaldo disse:- Estou pronto para dormir, mas me lembrei de você antes de dormir, então te liguei. Vou dormir daqui a pouco e...Bruno desligou a chamada.Pobre Rivaldo.- Eu estava sentada na varanda e adormeci sem perceber, o som de você conversando com alguém me acordou. – disse Aurora.Bruno
Aurora terminou seu macarrão e limpou a cozinha como de costume, depois saiu e disse a Bruno:- Eu vou saindo primeiro, lembre-se de trancar a porta quando sair.Bruno olhou para ela de leve e voltou a olhar para o seu macarrão.- A propósito, tem frutas em casa, tudo bem se eu levar algumas para minha irmã? – perguntou Aurora.Ela havia comprado frutas demais naquele dia e, quando os sogros foram embora, sobrou muita fruta. Para evitar que estragassem, ela as colocou na geladeira. O casal não conseguiria comê-las todas em poucos dias, e as frutas estragariam se ficassem ali por muito tempo.Dessa vez, Bruno respondeu:- Sua irmã não é uma pessoa de fora, você pode pegar se quiser, não precisa me perguntar. Nessa casa, a menos que seja algo grande, você pode tomar suas próprias decisões.- Ainda não nos conhecemos muito bem, e estou morando na sua casa. Pedir a sua opinião é um sinal de respeito por você como marido. – Aurora se justificou. - Eu não vivo em prol da minha irmã e não lev
Bruno falou com frieza.Letícia Junqueira era gêmea de Pedro Junqueira, o presidente do Grupo Junqueira. Sendo a preciosa filha do dono desse grupo comercial, Letícia era amada e paparicada na família Junqueira, além de ser a mulher mais valiosa da Cidade G.- Bruno, espera um pouco! - disse Letícia, como se tivesse se lembrado de algo.Ela deu meia-volta e correu de volta para seu carro esportivo, do qual saiu segurando um grande buquê de rosas vermelhas bem vivas.Letícia correu de volta com o grande buquê nos braços e empurrou-o para dentro do carro de Leo, dizendo:- Bruno, um buquê para você. Você e meu irmão mais velho não se dão bem, mas eu simplesmente te amo. Decidi confessar meu amor a você e dizer que realmente o amo.O Grupo Junqueira e o Grupo Alves não eram exatamente rivais ferrenhos, mas estavam envolvidos em alguns setores em comum. Concorrentes do mesmo ramo nunca se dão bem, então havia conflitos entre as duas famílias no mundo dos negócios. Portanto, os dois preside
- Não deixem a Sra. Aurora saber do que aconteceu hoje. - lembrou Bruno aos seus guarda-costas que estavam ao seu redor.Os seguranças assentiram.Sr. Bruno já era um homem de família, e a Srta. Letícia havia confessado publicamente seu amor pelo Sr. Bruno, algo que, obviamente, não deveria chegar aos ouvidos da Sra. Aurora.Como resultado da confissão de Letícia, muitas pessoas no Grupo Alves ficaram sabendo disso, e quando Bruno entrou no prédio do escritório, os funcionários não puderam deixar de observá-lo com mais frequência.Ele estava com os lábios cerrados, frio como sempre. Cercado por seus guarda-costas, ele se dirigiu ao seu escritório. Bruno era bonito e majestoso como um rei, um homem que poderia facilmente conquistar o coração das moças.Muitas moças na empresa já tinham visto o presidente Bruno pessoalmente por acaso e se apaixonaram por ele, mas nenhuma delas ousou se declarar, muito menos correr atrás dele.A família Alves tinha um patamar muito alto aos olhos das pess
- O Bruno não é alguém que ela possa controlar, tente convencê-la a desistir. Ele nunca teve uma mulher jovem perto dele, além dos parentes, é um homem sem coração e sem sentimentos. Por mais que falemos, a Letícia nunca nos ouve. - disse Pedro resignado.Ele sabia que não poderia controlar a escolha da irmã, mas ainda assim se preocupava com ela.- Estou muito ocupado para me preocupar com ela agora. Querida, vou deixar a Letícia com você.- Vai lá se ocupar, vou pegar a Letícia agora mesmo e levá-la comigo para fazer compras com a mamãe, que está de mau humor ultimamente.Alícia tinha um bom relacionamento com a sogra e, vendo que ela estava deprimida recentemente, convenceu-a a sair para fazer compras, numa tentativa de animá-la.Pedro ficou em silêncio subitamente.Ele sabia que o motivo de sua mãe estar triste era o fato de ela não ter tido notícias da irmã mais nova dela, que era a pessoa de quem sua mãe mais sentia falta na vida.A velha Sra. Junqueira foi criada em um orfanato,
Letícia finalmente foi embora com sua cunhada. Quanto ao carro esportivo destruído, tiveram de chamar o reboque.Dentro do carro, Letícia disse à cunhada:- O Bruno destruiu meu carro, então isso me dá uma desculpa para cobrar a fiança dele. Cunhada, agora que dei esse passo, estou decidida a seguir em frente e só ficarei feliz depois de passar três ou cinco anos correndo atrás de Bruno. Alícia, você é a melhor para mim e meu irmão só te escuta, então me ajude a convencê-lo a não interfirir no meu direito de buscar a felicidade.Letícia tinha muita inveja do amor entre seu irmão e sua cunhada. Na época, Alícia foi quem tomou a iniciativa de ir atrás de Pedro e só demorou um ano para conquistá-lo. Depois do casamento, a situação se inverteu e Pedro passou a mimar Alícia com todo o seu ser.Sua cunhada lhe disse mais de uma vez que, se ela não tivesse ido atrás de seu verdadeiro amor sem se importar com mais nada, não teria a vida feliz que tem hoje.Alícia disse enquanto dirigia:- Letí
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do