Madalena zombou:- Eu me mudo quando receber o dinheiro da reforma de volta, não precisa me despejar.- Não te daremos nenhum um centavo do dinheiro da reforma! - Carolina gritou, sentindo seu rosto doer ainda mais.Madalena tinha gelo no rosto, mas ela não tinha, e isso doía muito.Os dois lados de seu rosto estavam em chamas e ela não precisava se olhar no espelho para saber que seu rosto estava inchado como uma bola no momento.Maldita Madalena!Ela nunca iria deixar Madalena viver em paz!- Tudo bem, nos veremos no tribunal. - Erica falou. - Vocês da família Francisco estão intimidando demais as pessoas e, já que não podemos falar sobre isso numa boa, não precisamos mais perder o nosso tempo. Madalena, entre com processo de divórcio, e nos veremos no tribunal.Daulo ameaçou Madalena:- Madalena, se você entrar com processo, não vai ganhar nada com isso, sua irmã e essas pessoas não vão ajudá-la. Se as coisas ficarem muito ruins, talvez você nem possa ver Michel novamente.Depois qu
Aurora correu para frente e arrancou Michel das mãos de Enzo, em seguida, liberou uma mão e deu um tapa no rosto de Enzo.Enzo era um garoto de cerca de dez anos de idade e, por ser alto, parecia um adolescente de quatorze ou quinze anos.Ao levar um tapa repentino, em vez de ficar assustado, ele ficou furioso e se lançou como um louco para lutar com Aurora.Porém, antes que ele pudesse tocar Aurora, Enzo sentiu o corpo perdendo peso e seus pés pairaram no ar.Antes que pudesse reagir, sua cara foi espremida contra a parede, de costas para a pessoa que estava fazendo isso, e suas mãos foram presas atrás das costas. Enzo queria se debater, mas as suas mãos estavam presas com muita firmeza por aquelas duas mãos que pareciam garras de ferro.Os pulsos doíam cada vez mais à medida que suas mãos eram apertadas.- Me solte! - Enzo gritou. - Me solte se tiver coragem, vou lutar com você!Vendo seu irmão mais novo ser empurrado contra a parede, Giovana Lavi avançou em sua direção sem pensar du
- Rivaldo, vou deixar aqui para você, o que ele fez com o Michel, devolva em dobro para ele! - Bruno girou Enzo e o jogou no chão. Sem nem mesmo se levantar, o pirralho deu um chute em direção a Bruno.Sem sequer olhar, Bruno devolveu o chute com o sexto sentido e pisoteou em sua perna com tanta força que Enzo uivou de dor.Com um olhar frio para Enzo, Bruno deixou essas pessoas para trás e saiu correndo atrás de sua esposa. Aurora já havia colocado Michel no banco do carro, prestes a dirigir.- Aurora, eu dirijo. - Bruno se apressou em tirar Aurora do banco do motorista e empurrá-la para o banco traseiro, para que ele pudesse dirigir.Aurora não discutiu com ele, apenas pegou Michel no colo novamente. Não sabia se o pequeno havia desmaiado por causa da surra violenta ou do choque. Ela disse ao Bruno:- Encontre o hospital mais próximo.Bruno encontraria o hospital mais próximo sem que ela lhe dissesse para fazer isso.O carro logo estava a caminho.Aurora abraçou Michel com força, com
Pouco tempo depois, a porta da sala de emergência se abriu.Michel foi empurrado para fora.- Michel. - Aurora e seu marido deram um passo à frente e ela perguntou ao médico ansiosamente. - Doutor, como está meu sobrinho?- O rosto da criança foi espancado e os tecidos moles estão feridos. Além disso, um lado de sua coxa está roxo, talvez tenha sido chutado por alguém. Há pegadas de pés em suas roupas, mas não há outras lesões. Ele está inconsciente e desmaiou devido ao susto. – Disse o médico.A enfermeira estava usando uma bolsa de gelo para tratar o rosto de Michel enquanto murmurava:- Quem seria tão cruel com uma criança tão pequena?Até os médicos estavam angustiados com o que havia acontecido com Michel.Uma criança tão adorável, com os dois lados do rosto vermelhos e inchados a ponto de ficarem roxos... Estava claro que o autor do crime era muito cruel, mesmo com uma criança tão pequena.Era simplesmente insano.- Foi o primo dele.Médico suspirou:- Que tipo de rancor é esse,
Mas o trauma psicológico levaria muito tempo para se recuperar.- Como está aquele maldito pirralho? - Bruno perguntou em voz baixa.- Eu não bati nele, mas forcei o pai dele a bater em seu rosto até ficar inchado e sangrar pelo canto da boca. Nós também destruímos a casa dele. Eles gritaram, dizendo que iam chamar a polícia, e eu disse a eles para se apressarem e chamarem a polícia, dizendo que se algo acontecesse ao Michel, seria bem a tempo de a polícia levar o filho dele embora. Então eles se calaram.Rivaldo ficou chateado quando viu que o agressor era uma criança. Se ele batesse no Enzo, a família Lavi daria a volta por cima e o processaria. Por sorte, havia tantos deles que Mauro, em uma tentativa de se salvar, atacou com força Enzo, seu filho mais velho, e deu uma surra tão forte no pirralho que os dois lados de seu rosto ficaram vermelhos e inchados e os cantos de sua boca sangraram.Mauro também era cruel quando se tratava de bater em crianças, não só bateu no rosto de Enzo e
Paulo soube que algo grande havia acontecido assim que ouviu isso, Bruno parecia estar cerrando os dentes e no auge de sua raiva quando disse essas palavras.- A família Francisco sequestrou Michel e, quando o encontramos, o sobrinho de Daulo estava dando uma surra no Michel, que agora está no hospital, com o rosto inchado e os tecidos moles danificados. O pequeno ainda está traumatizado.Ouvindo isso, Paulo xingou.- Que escória! Como pode haver uma escória como a família Francisco viva neste mundo, é uma vergonha para os homens. E como está o Michel? - Paulo perguntou, preocupado.- As feridas em seu corpo vão se curar em alguns dias, mas as feridas em sua mente levarão muito tempo para se curar.- Você já deu uma lição naquele demônio que bateu em Michel? Quer que eu leve alguém até lá e bata nele? É simplesmente desumano fazer isso com uma criança tão pequena!Bruno disse, depois de um momento de silêncio:- Era um garoto de dez anos. A polícia foi chamada, mas com a sua idade, no
Stella não usava maquiagem e nem trocou de roupa para algo mais bonito, ela estava do mesmo jeito que sempre esteve, ou melhor, normalmente ela até usava uma maquiagem leve, mas agora estava com o rosto lavado.- Srta. Stella, me desculpe por fazê-la esperar. – Disse Paulo.Stella sorriu:- Eu também não esperei muito, Sr. Paulo, por favor, sente-se.Paulo se sentou em frente a Stella e casualmente entregou a rosa a Stella, que não a aceitou.- O Sr. Paulo veio com esta flor na boca... - Ela parou e não disse mais nada.Paulo se engasgou, e compreendeu:- Da próxima vez, comprarei um buquê para você e o segurarei em minhas mãos, ele não estará na minha boca.- Você tem uma boca tão grande que consegue morder um buquê de flores?Paulo se engasgou de novo:- Não... Não consigo.Ele jogou a rosa que havia trazido com a boca na lixeira embaixo da mesa.Ao ver que Stella já havia pedido seu café, Paulo chamou a garçonete e pediu um café também.A garçonete olhou para ele algumas vezes a mai
Stella riu:- Se ninguém te admirasse, eu suspeitaria que há algo errado com o Sr. Paulo.- Estou absolutamente saudável! – Disse Paulo.- Pelo que parece por fora, o Sr. Paulo é saudável.Paulo abriu a boca, surpreendentemente sem saber como reagir ao comentário de Stella.Ele não poderia dizer que Stella deveria tentar para ver se havia algo de errado com ele, poderia?Dizer algo assim em um encontro às cegas seria um ato de assédio sexual.Paulo decidiu que era melhor se fazer de desentendido.Ele, que sempre foi um bom orador, não conseguiu responder às perguntas quando conheceu Stella.Paulo pensou consigo mesmo: “Essa garota, que ficou famosa por uma deitada, é realmente bem peculiar!”...No hospital.Madalena, acompanhada por Erica e Dona Izete, chegaram ao hospital com pressa.A polícia já havia recolhido os depoimentos e ido embora. Carolina, Mauro e seu filho mais velho, Enzo, receberam uma intimação para comparecer à delegacia.Carolina finalmente soube que seu bom filho ma
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do