A família Lopes era a família do marido da tia Elisa. Desde pequena, Stella testemunhava o quão difícil era a vida da tia Elisa na família Lopes. Por outro lado, a família Willis tinha enriquecido com a demolição de propriedades e possuía muitas casas e lojas alugadas, com um património próximo de um bilhão. No entanto, a tia Elisa ainda enfrentava muitas dificuldades, antes de se casar com um membro da alta sociedade.Sem mencionar Aurora. Stella não queria diminuí-la, ela estava apenas sendo sincera. - Aurora... - Disse Helder. - Aurora está em um encontro com o marido. - Disse Stella.O rosto de Helder ficou pálido. Ele logo começou a procurar por Aurora na livraria, e Stella deixou que ele olhasse em cada canto. Helder não encontrou Aurora e finalmente acreditou nas palavras da prima, de que Aurora não estava na livraria. Ele saiu desolado. Stella suspirou. Ela esperava que Helder pudesse se recuperar rapidamente e não fizesse nada estúpido por causa do amor. Stella estava
Aurora colocou o celular de volta no bolso e instintivamente segurou a mão de Bruno, puxando-o para caminhar. Esta era a melhor oportunidade. Bruno segurou a mão dela de volta e eles caminharam juntos com os dedos entrelaçados. Bruno pensou: "Ah, segurando a mão da esposa, é uma sensação tão boa!" Bruno, que não tinha experiência amorosa e gostava de ser um homem orgulhoso, sentiu-se tão doce quanto o mel quando conseguiu segurar a mão da esposa com sucesso.Aurora percebeu que ele estava segurando firmemente a mão dela e olhou para as mãos entrelaçadas dos dois. Ele a segurava.Aurora deu uma olhada discreta em Bruno e viu que ele ainda tinha aquela expressão orgulhosa e fria. Ela pensou consigo mesma: "Ele está tirando vantagem de mim tão seriamente."Então, ela usou o polegar para desenhar alguns círculos na palma da mão de Bruno e quando ele olhou para ela, ela olhou para frente com uma expressão séria. Ela não perderia a oportunidade de se aproveitar dele.Bruno sorriu para o
Aurora sabia o quanto Letícia era apaixonada pelo Sr. Alves, então para que Letícia não se sentisse mal, ela não quis falar muito sobre isso e rapidamente mudou de assunto.Enquanto conversavam, Letícia mencionou sobre o que faria no futuro e disse:- Meu irmão mais velho tem medo de que, se eu estiver ociosa, eu pense no Sr. Alves e passe por um momento ainda mais difícil. Por isso, ele me designou tarefas para fazer e pediu que eu faça tudo o que estiver ao meu alcance para encontrar minha tia mais nova.- Sua tia mais nova? – Indagou Aurora, curiosa.Ela não sabia muito sobre a família Junqueira, apenas que a família Junqueira estava em segundo lugar das famílias mais poderosas da Cidade G, logo atrás da família Alves.A única pessoa que Aurora conhecia da família Junqueira era Letícia.- Aurora, falando nisso, o caso da minha mãe é muito parecido com o de você e Madalena. Meus avós também faleceram muito cedo e nenhum parente quis acolher minha mãe e sua irmã, então elas acabaram s
Letícia suspirou, continuando:- Quando minha mãe e minha tia se separaram, elas tiraram uma foto juntas. Cada uma delas ficou com uma cópia da foto, pensando em usá-la para se reconhecerem caso se encontrassem novamente. Infelizmente, a cópia da foto da minha tia foi destruída pelo primeiro casal que a adotou. A cópia da foto da minha mãe ainda existe, mas depois de várias décadas, mesmo que ela a tenha guardado cuidadosamente, ainda é difícil identificar minha tia. Meu irmão até postou a foto na internet, mas não tivemos nenhuma pista. A única maneira de encontrar minha tia seria se seus filhos se parecessem com ela e, por acaso, minha mãe os visse em algum lugar.Se não fossem parecidos com ela, seria muito difícil de encontrá-los. Porém, as chances de encontrá-los nas ruas por acaso eram quase nulas.- Deus é bom, Letícia. Um dia você vai encontrar sua tia. – Disse Aurora.Ela não poderia fazer nada para ajudar Letícia, a não ser encorajá-la. A família Junqueira tinha dinheiro, pod
Letícia agradeceu sinceramente:- Aurora, se você nos ajudar a encontrar minha tia, você será uma grande benfeitora para nossa família. Nunca esqueceremos sua ajuda.- Somos amigas, não precisa ser tão formal. Se minha mãe ainda estivesse viva, eu e minha irmã faríamos tudo o que pudéssemos para ajudá-la a encontrar seus parentes. - Disse Aurora.Já fazia mais de dez anos desde a morte de sua mãe, e Aurora não se lembrava muito bem de como ela era. Felizmente, Madalena se parecia muito com ela, então Aurora só conseguia lembrar da aparência de sua mãe quando olhava para sua irmã.- Aurora, não vou atrapalhar seu encontro com seu marido. Divirtam-se. Quando vocês se casarem, me avise para que eu possa ser sua madrinha. - Brincou Letícia com Aurora, antes de encerrar a ligação.- É aquela Srta. Letícia de novo? - Bruno perguntou como se nada tivesse acontecido.- É ela, sim. Letícia queria vir se juntar a nós, mas quando ela soube que eu estava com você, ela não quis mais vir.Bruno grun
- Com certeza, ainda entrarei com processo contra eles para recuperar a casa dos meus pais!- Já que você tem tanta confiança, não fique mais triste. Viemos aqui para nos divertir hoje e temos que estar muito felizes. Lidaremos com os problemas que ficaram sem solução um por um e, no final, resolveremos todos. - Ele tomou Aurora em seus braços e disse com uma voz profunda. – Você tem a mim. Não se preocupe se o céu cair, eu o segurarei para você.Aurora não se debateu, aninhando-se calmamente contra o peito dele por um momento, antes de deixar o abraço.Ela estava um pouco corada.- Tem tanta gente aqui...Bruno pegou a mão dela como se nada tivesse acontecido e a levou adiante:- Somos casados, não estamos tendo um caso, por que teríamos medo dos outros?Aurora revirou os olhos:- Não é à toa que minha irmã está sempre me pedindo para te tratar melhor.Ele já havia conseguido a aprovação da irmã dela com suas ações há muito tempo.Depois do casamento relâmpago, Aurora percebeu com a c
Aurora também não era boba.Vovó e Dona Izete tinham ido embora para dar a ela e ao marido uma chance de ficarem sozinhos.Foi uma raridade ver Bruno não ser frio e distante com as pessoas, então Aurora estava muito feliz, desfrutando desse encontro com ele.O casal caminhava de mãos dadas em um jardim oriental, e Aurora adorava o estilo antigo do jardim.- Bruno.- Sim?Bruno não estava prestando atenção na paisagem, sempre dando uma olhada furtiva na mulher ao seu lado. Quando ouviu Aurora chamá-lo, ele parou e olhou sério para ela, como se não tivesse olhado para ela antes e estivesse apenas olhando para frente.- Você trabalha para o Grupo Alves, sabe quais são as propriedades da sua empresa, não sabe? Em quantos Sítio-Resorts como esse a família de seu chefe investiu?Depois de pensar, Bruno disse:- Nossa empresa tem filiais em todas as grandes cidades e investe em vários setores, mas apenas dois Sítio-Resorts como este foram investidos na construção, porque é muito difícil escol
Diziam que não era fácil conviver com as senhoras idosas de família rica, mas a vovó Erica era muito simpática, assim como as senhoras idosas comuns, e geralmente se vestia de forma simples, de modo que não se parecia em nada com uma senhorinha rica.O olhar de Bruno se aprofundou. Ele acariciou o topo da cabeça dela e, com a voz baixa, disse:- Você é uma pessoa muito realista, não gosta de sonhar.- Sou uma pessoa que vive na vida real, se for para sonhar, também depende do tipo de sonho. Se for aquele tipo de sonho irrealista, é uma perda de tempo e afeta o sono.Bruno franziu os lábios e parou de falar.Depois de passearem por uma manhã inteira, o casal se encontrou com a Erica e os outros.O almoço foi servido no restaurante, que também era à moda antiga e, se não fosse pelas modernas instalações internas, Aurora teria pensado que havia voltado no tempo e entrado em uma pousada.Michel estava particularmente feliz hoje.A vovó Erica e Dona Izete o levaram para alimentar os peixes
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do