Bruno saiu da Escola Secundária da Cidade G dirigindo uma Toyota comercial e parou em um lugar conhecido, onde sua escolta assumiu a direção do Toyota, enquanto ele entrou em seu Rolls-Royce particular.No caminho de volta para a empresa, ele ligou para Nuno e pediu que ele providenciasse uma cadeira infantil de segurança para ser entregue.Para a surpresa de Bruno, Letícia estava esperando por ele novamente na entrada da empresa, mas desta vez ela não se colocou em seu caminho.Ela ficou parada num canto, observando silenciosamente, enquanto o carro particular de Bruno entrava na empresa.Letícia estava tendo dificuldade em superar seu amor por Bruno, mas dizia a si mesma que este seria o último dia que ela o veria.A menos que descobrisse que ele estava usando uma aliança de casamento para fazê-la desistir dele, em vez de realmente ser casado, ela voltaria a tentar conquistá-lo.Logo depois que o carro particular de Bruno entrou no Grupo Alves, o portão foi rapidamente fechado.Letíc
-Vocês podem aceitar esse favor? Seria uma grande ajuda para mim. Por favor, me ajudem! - Pediu Letícia, fazendo um gesto brincalhão de súplica.A família Junqueira tinha muito dinheiro, mas a mãe dela cresceu em um orfanato e, mesmo depois de se casar com um magnata, ainda era muito econômica. Ela não suportava ver sua filha gastando dinheiro à toa. Aurora pensou: “…Dinheiro é para ser gasto sem limites!"Stella achava que ela era bem gastadora quando comprava coisas, mas quando comparada com Letícia, filha de um magnata, sentia-se como um elefante em comparação com uma formiga.- Aurora, quem é essa senhora? - Perguntou Letícia a Aurora, olhando para Dona Izete.- Eu a contratei para cuidar do Michel. Às vezes, Stella e eu estamos ocupadas e tememos que ele saia, então contratamos alguém para cuidar dele para que possamos ficar mais tranquilas. – Explicou Aurora.Cuidar do filho dos outros, mesmo que fosse um sobrinho, era uma grande responsabilidade. Aurora não ousava subestimar
Aurora acariciou as costas da mão de Letícia, consolando-a: - Letícia, você é uma garota muito boa. Desistir de um homem que não é seu destino, é o caminho para a felicidade.Letícia apertou os lábios, seus olhos ficaram vermelhos, mas ela teimosamente enxugou as lágrimas e disse com um sorriso forçado: - Sim, se quiser me casar, há muitos homens na fila querendo se casar comigo. Não preciso competir por um homem com outra pessoa!- Viver sozinha é tão bom, não é? – Acrescentou Stella.Stella nunca havia experimentado o sentimento de se apaixonar por um homem e não podia entender a dor de Letícia por não conseguir o amor que desejava.Letícia olhou para Stella e lembrou de algo, seus olhos ainda estavam vermelhos, mas ela sorriu e disse: - Srta. Stella, você ficou famosa na alta sociedade da Cidade G depois de se deitar na festa da Sra. Fernanda.- Ainda pensei que você estava muito bêbada naquela noite, mas agora acho que você fez de propósito, certo? Ouvi dizer que sua família est
Quando seu irmão ainda não havia assumido o controle do Grupo Junqueira, seu pai não tinha a mesma influência que sua mãe na empresa, os diretores da empresa preferiam dar mais importância à sua mãe.Isso mostrava a posição de sua mãe no Grupo Junqueira.- Sim, sim, eu também concordo com Letícia. – Disse Stella.Stella sentiu que ela e Letícia tinham a mesma opinião.Sua mãe e sua tia sempre desejavam que ela se casasse com um homem rico e se tornasse uma dama de alta sociedade.Aurora sorriu e disse: - Por isso, escolhi um homem mais ou menos como eu, nunca sonhando em me casar com um homem rico.Bruno ganhava um pouco mais do que ela, mas ainda trabalhava para os outros, então estavam no mesmo nível social.- Já que todos vocês dizem isso, Aurora, peça ao seu marido para me ajudar a marcar um encontro com o colega dele, talvez seja o meu destino. – Disse Stella.- Tudo bem. – Respondeu Aurora.Aurora ficaria muito feliz se pudesse ajudar sua amiga a encontrar a felicidade no amor.
- Você sorriu tão docemente, é uma mensagem do seu marido, não é? - Brincou Stella com sua amiga.Observando que sua amiga estava desenvolvendo sentimentos pelo Sr. Bruno, Stella sentiu-se feliz por ela e esperava que eles fizessem uma cerimônia de casamento em breve, para que pudesse ser a dama de honra e brindar aos noivos.- Ainda faltam alguns móveis no nosso quarto de hóspedes. Nos últimos dias, ele recebeu um bônus e transferiu quinze mil reais para mim, para eu comprar uma cama, um guarda-roupa e roupas de cama. Dona Izete, depois do almoço e da soneca de Michel, vou levá-la para fazer algumas compras, é para você usar, então escolha o que quiser. - Disse Aurora.Dona Izete sorriu e disse: - Sou uma pessoa muito simples, não sou exigente. Enquanto houver um lugar para dormir, está tudo bem.- Não pode ser qualquer coisa, você tem que morar confortavelmente. Bruno me deu muito dinheiro, então não precisamos economizar. Escolha o que você gosta. - Disse Aurora.Aurora pensou que,
- A vovó está pensando a longo prazo. Você deveria falar com seus filhos e pedir que eles se esforcem um pouco mais para lhe dar uma neta, talvez isso seja mais rápido. – Disse Bruno.A velha senhora xingou imediatamente: - Se o seu avô ainda estivesse vivo, você também o faria se esforçar comigo para ter uma filha mais rápido, não é mesmo? Seus pais e tios já estão velhos demais para terem filhos. Eles não conseguiram ter uma filha quando eram jovens e agora só podem torcer por netas.- Tio Carlito e tia Manoela têm apenas quarenta e poucos anos, acho que ainda podem tentar. – Disse Bruno.Se tio Carlito e sua esposa ouvissem Bruno dizer isso, certamente pensariam: "Nosso sobrinho é tão malandro!”- Você está ocupado? – Perguntou a avó.- Estou falando ao telefone com a vovó. – Respondeu Bruno.- Olhe, você não é nada fofo quando fala. Se não estiver ocupado, vou até a sua empresa te encontrar e você me acompanha para fazer compras. – Disse a avó.Bruno ficou com uma expressão sombri
Arabela entrou apressadamente na livraria, segurando o bebê de Carolina em sua mão.Carolina não estava com ela e provavelmente tinha voltado para o trabalho.- Michel, o bebê veio brincar com você. - Disse Arabela, caminhando com seu neto.- Aurora, Srta. Stella. - Cumprimentou Arabela sorrindo e olhando ao redor, enquanto via as duas arrumando as coisas.Logo, sua atenção foi atraída por Letícia.Letícia ainda estava segurando Michel e perguntou a ele: - Michel, quem é ela?Aurora ficou reta e disse com uma voz suave: - Senhora, o que você está fazendo aqui? - E então disse a Letícia. - Esta é a sogra da minha irmã, avó de sangue de Michel.Aurora enfatizou as palavras "avó de sangue".Letícia olhou para o bebê que Arabela estava segurando e depois olhou para Michel. Ela percebeu que Michel só a chamava de "avó" e não tinha mais nada para dizer. Era claro que ele não era próximo dela.Letícia supôs que a relação entre a irmã de Aurora e a sogra não era muito boa.- Michel não tem n
Aurora respondeu friamente: - Quem é o bebê? Qual é a minha relação com ele? Michel é meu sobrinho e nunca vou prejudicar meu sobrinho para agradar o filho dos outros. O que há de errado com Michel? O que é ruim é o seu neto que você criou. O bebê sempre intimida Michel, rouba seus brinquedos, bate nele e ainda leva os brinquedos de Michel para casa. Você, como avó, não vê isso?- Ou foi você que ensinou o bebê a fazer isso? Senhora, o bebê é seu neto, mas Michel também não é seu neto? Como você pode ser tão parcial!Arabela ficou em silêncio por um momento e depois disse rapidamente: - Aurora, o bebê ainda é pequeno e, além disso, Michel já tem tantos brinquedos. O que há de errado em dar dois brinquedos para o bebê brincar? Michel, seu primo está chorando, você pode dar dois brinquedos para ele brincar? Michel hesitou.Letícia disse a Michel: - Se você não quer dar, então não se force. Ele gosta de chorar, então deixe-o chorar o quanto quiser. Se ele gosta de se deitar no chão, d
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do