- Meu marido me deu, não é lindo? Eu achei tão bonito, adorei! - Depois de Aurora ter tirado várias fotos do buquê, ela pousou o celular, pegou as flores e se aproximou, dando uma fungada profunda. - Tem um cheiro tão bom!A cena fez Helder sentir dor nos olhos.- Então, é presente do meu cunhado? Que dia especial é hoje? Eu nunca o vi dando flores para você no passado. - O sorriso de Helder era um pouco rígido e as palavras que ele disse soaram azedas e um pouco sarcásticas.Aurora olhou para ele e disse:- Precisa ser algum dia especial para mandar flores entre marido e mulher? Se eu gostar, meu marido pode me enviar um buquê de flores todos os dias. No passado, eu me importava muito com dinheiro, e um buquê de flores não é barato, não é comestível nem útil, então sempre dizia que seria melhor me dar dinheiro para comprar carne para comer do que me dar um buquê de flores, e é por isso que ele não fez isso.Helder engasgou:- Ah, é verdade.- Helder, você está procurando sua prima? Po
- E você realmente acreditou que ele não tinha nenhum outro significado? Aurora, se estiverem apaixonados um pelo outro, então você precisa segurar bem essa chance, hein? Estou esperando para beber a champanhe do seu casamento de verdade e ser sua dama de honra. - Stella provocou sua melhor amiga.- Você está pensando um pouco longe demais.- Não acho que esteja muito longe, viu? Aurora, o Helder ainda está me esperando lá fora, nós dois vamos tomar um café. O que você quer tomar? Eu te trago um quando voltar.Aurora pensou por um momento e disse:- Me traz um cappuccino, então.- Está bem. - Stella respondeu alegremente. - Fique de olho aí na loja, vou tomar meu cafezinho.- Vai lá.De qualquer forma, não havia movimento na loja no momento e, normalmente, a essa hora do dia, ela estaria dormindo debruçada no caixa ou tricotando seus artesanatos.Stella saiu pela porta e Helder a esperava do lado de fora.Ao ver a prima saindo, ele guardou o sorriso em seu rosto.- Vamos. – Disse ela,
Ele havia dito que tornaria tudo difícil para aqueles idiotas da família Garcia, até mesmo se fossem pedir esmolas na rua.Paulo riu:- Não teremos novela para ver se você estrangular todos eles de uma vez.Bruno ficou com cara de tacho. Paulo seguiu explicando:- Para lidar com gente assim, não se pode ter pressa, precisamos ir com calma e deixar que eles percam aos poucos tudo o que já tiveram, é igual aquela sensação de tentar desesperadamente se salvar, mas acabar perdendo tudo diante de seus olhos, que mais os atormenta.Paulo teve que admitir que, desta vez, ele estava pegando leve.Não havia pressa em ferrar a família Garcia de uma só vez.- Mas, chefe, não se preocupe, o resultado final com certeza vai satisfazê-lo. Agora o Diego foi demitido da empresa, e com a popularidade que o hit estava no Twitter, a reputação do Diego no mercado de trabalho também ficou manchada, será muito difícil encontrar um bom emprego novamente.O rosto de Bruno se iluminou quando ouviu que Diego hav
Na cafeteria.Stella escolheu um lugar mais discreto ao canto e se sentou.Helder se sentou em frente a ela.- Helder, o que você quer tomar?- Qualquer coisa, pode pedir para mim a mesma coisa que você.Stella disse ao garçom:- Me dê dois cafés puros.- Prima, café puro não tem gosto bom.Stella olhou friamente para ele, e Helder imediatamente disse, um pouco encolhido:- Ok, café puro.Quando os dois cafés puros foram servidos, Stella perguntou sem rodeios:- Helder, vou te fazer uma pergunta: você está apaixonado pela Aurora?Helder ficou paralisado, olhando para Stella todo sem jeito:- Prima...- Diga a verdade! - Stella ordenou.O rosto de Helder ficou vermelho lentamente.Como ela percebeu?- Prima, eu... Eu... Sim, eu gosto da Aurora.- Desde quando?Helder sussurrou:- Eu não sei quando começou, talvez quando eu tinha quatorze ou quinze anos e estava com um sentimento nebuloso de amor, ou talvez quando eu tinha dezessete ou dezoito anos.- Você já tem uma queda por Aurora há
- É só porque eu sou sua prima que eu estou te chamando para conversar sobre isso. Mesmo que Aurora goste de você, eu não concordo que vocês fiquem juntos. – Repreendeu Stella.- Por quê? – Helder estava atônito.- Por causa da sua família, Helder. Eu sei muito bem como é a minha tia, se ela soubesse que você gosta da Aurora, você acha que ela ainda estaria sorrindo para a Aurora? Ela só tentaria impedir vocês de se verem por todos os meios, ela poderia até fazer algo radical com a Aurora. Minha tia tem se envolvido nesse círculo da alta sociedade há mais de vinte anos e desenvolveu um gosto muito exigente. Você é o único filho dela e a grande esperança da família Lopes, sendo o sucessor escolhido por ela. As expectativas dela em relação a você são muito altas, ela quer que você se case com uma herdeira de uma família distinta. Aurora é muito talentosa, mas sua origem social é a sua fraqueza. Não é que minha tia não goste de Aurora, pelo contrário, ela a trata como sobrinha, mas quando
Com uma expressão severa, Stella olhou para ele e perguntou seriamente:- Você quer separar Aurora e Sr. Bruno?Helder estava sofrendo demais para responder.Ele sentia que não podia deixar essa paixão para trás.Mas não podia fazer nada que magoasse a Aurora.Afinal, ele era seu próprio primo. Stella aliviou o rosto e disse com um suspiro:- Helder, já te disse tudo que deveria ser dito e tudo que não deveria ser dito, então apenas se acalme por enquanto. Tente se forçar a não ir à nossa loja, talvez depois de um longo tempo sem vê-la, seus sentimentos desapareçam. – Dito isso, ela se levantou. - Esse café é por minha conta, eu vou voltar para a loja primeiro. Você precisa voltar para o escritório logo, agora você está na fase de exercícios, tem que se esforçar mais do que qualquer outra pessoa. Lembre-se de que você não é o único na geração da sua família Lopes, se você não trabalhar duro, perderá tudo que era para ser seu.Stella terminou, puxou a cadeira para trás, deu meia volta e
Aurora riu:- Ora, me sinto lisonjeada, Sr. Bruno, há algo que queira me dizer?- Não tenho nenhum compromisso hoje à noite e pensei, se você estiver interessada, em ir às compras com você. – Disse Bruno.Depois de dar o primeiro buquê de flores, Bruno fugiu imediatamente. Mais tarde, ele percebeu que ter sido mais corajoso e ter tomado a iniciativa não era tão difícil quanto ele pensava.Ele então teve a coragem de convidar sua esposa para fazer compras à noite.Depois de pensar, Aurora disse:- Quero levar Michel para buscar minha irmã no trabalho mais tarde. Se você não se importar, vamos buscar minha irmã no trabalho juntos, jantar e depois vamos às compras.- A irmã vai trabalhar até mais tarde?- Ela acabou de me enviar uma mensagem dizendo que não precisa fazer hora extra em seu primeiro dia e que pode sair às 5h30.Depois de um momento de silêncio, Bruno disse:- Tudo bem, estarei aí daqui a pouco, vamos buscar a irmã no trabalho juntos e convido vocês para jantar.- Está bem.
Bruno estava de bom humor e muito mais produtivo depois de tomar a iniciativa de chamar à sua esposa para fazer compras à noite.Quando ele ouviu uma batida na porta e atendeu, qualquer pessoa do lado de fora da porta poderia perceber que ele estava de bom humor.Paulo empurrou a porta para dentro.Ele não estava sozinho, pois havia trazido Jean com ele.Os guarda-costas de Jean, por outro lado, estavam esperando na porta do escritório.- Chefe, o Presidente Jean está aqui.Bruno parou de trabalhar, se levantou e deu a volta em sua mesa, cumprimentando:- Bem-vindo, Presidente Jean.Os dois homens se cumprimentaram novamente e ele convidou Jean para ir até o sofá e se sentar.Ele havia sido informado pelo assistente Lisboa que Jean estava aqui, mas não esperava que Jean entrasse com Paulo, talvez os dois tivessem se encontrado do lado de fora.Paulo foi servir água para Jean.Quando Jean bebeu a água, Bruno perguntou educadamente:- Presidente Jean, há algo errado com nossa parceria?
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do