- Quer ir junto?As residências de Bruno, onde quer que fossem, tinham todas uma grande coleção de vinhos de alta qualidade.- Nem pensar, tenho medo de ficar bêbado de novo. Você terá a sua esposa para cuidar de você quando encher a cara, mas eu sou um solteirão, não tenho ninguém para cuidar de mim, mesmo que eu desmaie de tanto beber.- Já que se acha tão coitado, você também poderia ir a um encontro às cegas, ter um casamento relâmpago e arrumar uma esposa para cuidar de você.Paulo riu e disse:- Com você como precedente, é melhor eu esperar honestamente pela chegada do destino.- Que precedente sou? Eu estou muito bem!- Sim, sim, sim, você está ótimo! Não vejo um traço de calor nessa sua cara há dias. Sua eficiência de trabalho aumentou bastante, mas isso é um pesadelo para os seus subordinados. Nesses últimos dias, a quantidade de funcionários fazendo horas extras por vontade própria e ficando até tarde da noite tem aumentado cada vez mais.O Grupo Alves não obrigava as pessoas
Paulo não ficou surpreso com o fato de Daulo ter um caso fora do casamento.- Essa sua cunhada mudou muito depois do casamento. Daulo subiu para uma posição elevada, qualquer mulher ao seu redor seria melhor do que sua cunhada. Com passar do tempo, ele naturalmente começaria a desprezá-la. – Disse Paulo.Os olhos de Bruno estavam frios, assim como a sua voz:- E por que ela mudou tanto? Porque ela o amava, então não teve medo de perder a silhueta e deu à luz o filho dele. Depois que teve o Michel, o criou sozinha e cuidou da família inteira para que ele pudesse trabalhar com tranquilidade. Ela sacrificou a sua juventude e a sua beleza.Ele também tinha que admitir que sua cunhada mudou muito antes e depois do casamento, e ela deveria pelo menos perder algum peso.Mas isso não era uma desculpa para Daulo trair sua esposa. Essa crueldade e frieza já estava escondida no corpo de Daulo havia muito tempo, mas não havia se exposto até então. Agora que ele subiu ao topo, teve sucesso na carre
- Cunhada, o que tem na sacola?Na verdade, Rivaldo já tinha sentido o cheiro de peixe.- São frutos do mar, uma amiga minha trouxe das férias na praia. Ela me deu um monte, é praticamente tudo vivo, seu irmão e eu não podemos comer tanto, então estou dividindo uns para vocês comerem.Rivaldo olhou para sua avó e viu que ela não recusou, então ele disse:- Tudo isso?Realmente não lhes faltavam frutos do mar na mansão dos Alves.No entanto, sua cunhada havia lhe dado, então ele deveria ajudar a levá-los para casa.- Vovó, você pode dividir um pouco para todos lá de casa.Aurora preparou cuidadosamente uma porção para cada família e a embalou em sacos de rede separados.- Está bem, eu vou dividir. – Disse Erica. Ela esperou que Rivaldo colocasse os frutos do mar no carro, depois entrou e se acomodou, sem se esquecer de dizer a Aurora. - Aurora, acabei de mandar uma mensagem para o Bruno para que ele venha jantar com você antes de voltar para o escritório e fazer hora extra. Ele deve est
Aurora partiu em seu carro.Depois de observá-la se afastando, Bruno entrou na loja e viu os ingredientes que ela ainda não havia guardado. Bruno olhou para eles, sem entender, e logo perdeu o interesse, indo para a cozinha.Ele lavou a panela e colocou um pouco de água nela, depois colocou a sobra de comida do almoço na panela, ligou o fogo e o deixou ali, esquentando.Entediado, deu uma olhada casual na geladeira e a viu cheia de frutos do mar.Era tudo presente de Letícia.Letícia era realmente muito generosa com ela, trazendo um carro inteiro de frutos do mar.Só de pensar no fato de que Aurora havia ensinado Letícia a correr atrás dele, por isso Letícia mandou tantos frutos do mar para ela, e ele ainda comeu bastante deles no almoço...- Aurora, Aurora. – A voz de Helder ecoou do lado de fora.Bruno imediatamente diminuiu a intensidade do fogo e entrou rapidamente no banheiro, fechando a porta atrás de si.Enfim, Helder já tinha visto Bruno antes, então se o encontrasse agora, sua
Depois de ouvir os passos se afastando, Bruno saiu do banheiro.Ainda bem que sua avó o forçou a vir aqui, e ele aproveitou a oportunidade que a avó criou para se reconciliar com Aurora. Se não fosse assim, Helder teria tido a chance de ficar sozinho com Aurora.Depois que saiu da livraria, Helder seguiu dirigindo, mas parou o carro no cruzamento e ligou para Aurora.Logo Aurora atendeu a seu chamado:- Helder, o que foi?- Aurora, você está livre mais tarde? Lá pelas sete e meia.- Para fazer o quê?Aurora não disse se estava livre ou não, mas perguntou diretamente o que ele queria.Helder hesitou um pouco antes de confessar:- Preciso comparecer a uma reunião de negócios no Hotel Internacional da Cidade G e tenho que levar uma acompanhante. Bem, você sabe, não tenho namorada, então pensei em te pedir para me ajudar, e que fosse comigo à reunião de negócios.Aurora recusou sem nenhuma hesitação:- Vá chamar a Stella para acompanhá-lo, não tenho tempo, meu marido ainda está na livraria
Bruno disse que não precisava de outros pratos, mas Aurora embalou dois pratos a mais e duas porções de arroz branco.Depois de pagar, ela carregou a comida embalada para fora do restaurante e voltou para o carro.Nessa hora, seu telefone tocou novamente.Dessa vez, era Bruno que estava ligando.Helder tinha ido e vindo, e Bruno estava com uma pulga atrás da orelha, por isso não resistiu a ligar para Aurora.- Eu já estou voltando. - Sem esperar que Bruno dissesse alguma coisa, Aurora disse e desligou o telefone.Bruno olhou para a tela do celular por um longo tempo. Sua esposa tinha desligado na sua cara.Ele sabia que Aurora ainda estava com raiva por dentro.O casal não havia feito as pazes de verdade, só estavam se comunicando por causa da intromissão da avó e deram a ela um pouco de respeito e consideração.Aurora realmente voltou para livraria com rapidez.Ao entrar na loja com sua refeição embalada, Aurora perguntou a Bruno, que estava sentado dentro do caixa:- Já esquentou a c
- Se você quiser, também podemos ir à praia para passar o fim de semana e comer frutos do mar frescos, pescados no mar.Era a primeira vez que Bruno sugeria uma viagem de fim de semana para o casal.- Já estamos em novembro.- Novembro na Cidade G, desde que o sol apareça como de costume, os dias permanecerão quentes, é ainda mais adequado para férias na praia, porque o clima não está nem muito frio, nem muito quente.Aurora esfregou a barriga:- Vamos falar disso depois, agora não tenho certeza das coisas, quem sabe eu tenha outras coisas para fazer neste fim de semana.Bruno assentiu.Ao pegar a louça e ir para a cozinha para lavá-la, ele ainda teve que ouvir a advertência da esposa:- Não coloque tanto detergente, vai acabar enchendo a pia de bolhas.Bruno fez uma cara emburrada e não disse nem uma palavra.Ele levou dez minutos para lavar a louça. Como tinha olhado na geladeira mais cedo, ele sabia que havia algumas frutas lá dentro.Então, Bruno resolveu servir uma bandeja de frut
Bruno viu que Aurora estava com os olhos fixos no celular e teve vontade de ir até lá e arrancar o aparelho de suas mãos.Felizmente, ele tinha um forte autocontrole e não fez isso.Ele não queria que o relacionamento se deteriorasse novamente.Ele se aproximou, ficou na frente de Aurora e a chamou em voz baixa:- Querida.Houve um baque.Aurora ficou tão chocada com o "querida" dele que deixou cair o celular no chão.Ela se abaixou para pegar o aparelho e, quando viu que a tela do telefone havia sido danificada, disse com angústia:- Paguei dezenas de reais nessa película temperada...Bruno pegou o celular dela e olhou para a tela. Bem, realmente estava bastante danificada. Ao ouvir que ela estava com dó da película do celular, ele falou:- Eu compro dez películas para você.- Compre mais alguns, tenho medo que você enlouqueça e me chame de querida novamente, acabarei quebrando a película do meu celular mais algumas vezes. Bruno sentiu espasmos nos cantos da boca e ele a olhou em sil
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do