- Pode ser.Nilson também achou que seria bom ter mais gente e aprovou o fato de David ligar para o filho e o sobrinho.Quem diria que, quando David ligou para o sobrinho mais velho, Sandro disse:- Tio, eu já ia ligar para o senhor, Ronaldo se meteu em problemas.Ouvindo isso, Davi ficou pálido e ele perguntou:- O que aconteceu com o Ronaldo? Ele disse que foi pedir dinheiro para a Aurora... Meu filho não foi espancado pela Aurora, foi? Se essa vadia tiver a coragem de tocar em um fio de cabelo do Ronaldo, vou mandar explodirem o túmulo da mãe dela!O pai de Aurora era seu terceiro irmão, então David não se atreveria a destruir o túmulo de Joaquim. Mas a esposa de Joaquim não era parente de sangue dele, e se Aurora o irritasse, ele realmente poderia destruir o túmulo de Rosa.- Ronaldo trouxe uns marginais para parar o carro de Aurora no meio da noite, ainda levaram barras de ferro, querendo dar uma surra em Aurora. Mas ela resistiu, e agora ele e o grupo de marginais estão detidos,
Sandro terminou de falar com seu tio e desligou o telefone como se não tivesse ouvido a bronca de sua tia.Depois disso, ele soltou um longo suspiro.Ele suspeitava seriamente que eles estavam sendo assombrados pela praga do azar. Mesmo com tantas pessoas juntas, não conseguiam tocar em um fio de cabelo de Aurora.Além disso, ele tinha a sensação de que Aurora tinha um grande apoio por trás dela, mas não sabia quem era essa pessoa.Sendo capaz de fazer todos os mediadores se recusarem a ajudá-los, o apoio de Aurora só podia ser muito poderoso na Cidade G. Mas com toda a investigação que fizeram sobre as irmãs Aurora, eles não conseguiram descobrir se elas conheciam alguém poderoso.O marido de Madalena, apesar de ser gerente de uma grande empresa, era apenas um operário. O que o marido de Aurora fazia para ganhar a vida, eles não sabiam, mas pelo que ouviram das pessoas da aldeia, o marido de Aurora dirigia um carro nacional de 110 mil a 120 mil reais.Qualquer um deles tinha um carro
Madalena já havia retornado à loja, ela ainda não tinha encontrado um emprego.Bruno ouvia com uma cara de tacho.O que era aquele tom da avó? Rindo da desgraça dele?- Bem, a avó não vai mais falar com você, venha comer conosco agora mesmo ou vou contar para a Aurora que você é o grande Sr. Alves. Ora essa, você não quer baixar a cabeça nem quando a vovó te dá uma oportunidade? Aliás, deixa eu te contar uma coisa, o presente que a Letícia vai te dar, foi Aurora quem fez. Quanto a o que é, você vai saber quando receber.Bruno ficou com uma cara ainda mais impotente.A avó havia lhe prometido que não interferiria na relação dele com a Aurora.Mas agora, ela o estava ameaçando com sua verdadeira identidade.Ele simplesmente desligou na cara dela. Erica não se importou, já que ela também pretendia desligar, de qualquer forma.- Sr. Bruno, a Srta. Letícia não quer nos ceder o caminho. – Disse o motorista, virando a cabeça para Bruno.Bruno ficou em silêncio por um minuto e, de repente, abr
O carro de Bruno saiu do portão do Grupo Alves e Vasco esperou que o carro de Bruno saísse antes de soltar Letícia.Letícia se virou e levantou a mão para dar um tapa no rosto de Vasco.Vasco agarrou o pulso dela com agilidade e avisou com uma expressão gelada:- Srta. Letícia, quando eu bato nas pessoas, não discrimino entre homens e mulheres.- Me larga! Você se atreve a me bater?Vasco apertou a mão dela e disse friamente:- Eu não vou ofendê-la se você não me ofender, mas se a Srta. Letícia me bater, não vou ser piedoso por você ser uma moça.Ele era um guarda-costas, mas isso não o fazia se sentir inferior.O Sr. Bruno tratava todos eles como irmãos.Vasco não seria educado se Letícia abusasse de seu status para agredi-lo.- Você! - Letícia ficou chocada com a frieza de Vasco. Ela não era como Aurora, que tinha técnicas de luta, só era uma menina rica que andava de nariz empinado na Cidade G pelo seu status. E isso era porque ela ainda não tinha encontrado uma garota rica mais pod
- Bruno, você chegou. - Erica ouviu o barulho do motor e saiu da loja. Ao ver o neto, a velha se aproximou com um sorriso. Ao ver que ele estava saindo do carro com as mãos vazias, ela sussurrou com uma voz descontente. - É assim que você vem?- Vovó, como é que eu deveria ter vindo?Erica engasgou.Esse grande tolo sem romantismo!Depois que ela, sua querida avó, deu uma de vilã da história e o importunou por vários meses, ele acabou se irritando e prometeu se casar com Aurora. Só assim, ele terminou sua solteirice. Caso contrário, com essa personalidade dele, ele ainda seria um solteirão aos quarenta anos.- Nem sabe comprar um buquê de flores ou alguns presentes para Aurora?- Ela não precisa deles. Temos uma varanda cheia de flores, ela pode apreciá-las toda manhã e toda noite.Erica queria dar um chute nele.Mas ela se conteve.Afinal, ele era seu próprio neto, e ela ficaria com dó de chutá-lo.- Bruno também veio? – Disse Madalena, saindo com o filho nos braços e cumprimentando o
Bruno olhava para ela em silêncio.Ele não a via há dois dias e, de repente, achou que estava gostando muito de ver o rosto dela.O casal ficou se encarando por um bom tempo.No fim, Aurora quebrou o silêncio entre eles, dizendo:- Lave as mãos e ajude a levar a comida para fora, está tudo pronto.Bruno não recusou e nem disse explicitamente que sim, mas depois de franzir os lábios finos, perguntou em voz baixa:- Por que você comprou tantos frutos do mar?Embora soubesse que os frutos do mar haviam sido trazidos por Letícia, ele queria ouvir da boca de Aurora, para ver o que elas estavam tramando. Além disso, os frutos do mar eram caros e, como ele havia decidido sustentar sua família, pareceria mais normal se ele perguntasse sobre a origem dos frutos do mar.- Quanto custou no total? Vou transferir o dinheiro para você depois, eu disse que pagaria pelas despesas de rotina. – Acrescentou ele.Aurora virou a cabeça para olhar o banquete de frutos do mar que havia preparado, sorriu e ex
Ao perceber que o neto estava apenas com a cara enfiada em seu prato e não estava sendo atencioso com a nora, Erica tocou o pé dele por baixo da mesa discretamente.Bruno olhou para a avó, com os olhos escuros bem inocentes, como se não soubesse o que ela queria dizer com o toque.Erica estava muito preocupada.O velho casal Alves havia se esforçado ao máximo para criar o neto mais velho, seu sucessor, mas agora, os resultados não pareciam ser muito satisfatórios.Em termos de habilidade, Bruno era um ótimo sucessor aos seus olhos.Depois que o Grupo Alves foi entregue a Bruno, os negócios foram um sucesso, crescendo mais rápido e melhor do que o Grupo Junqueira.Mas quando se tratava de sua vida amorosa, Erica sentia que seu neto era um homem com quociente inteligência emocional nulo, ou até mesmo negativo.- Descasque alguns camarões para a Aurora. - Erica não teve escolha a não ser lembrar seu neto em um sussurro.O neto nem sequer sabia como aproveitar uma oportunidade tão boa dess
Ao perceber que ele ainda estava parado ali, Aurora se virou e perguntou:- O que foi?Bruno franziu os lábios antes de dizer:- Nada, não. Então... Eu vou voltar para o escritório primeiro.- Vá lá. - Aurora respondeu casualmente e voltou a olhar para a pilha de louças na pia.Bruno olhou com intensidade para as costas dela por alguns instantes antes de se virar e sair da cozinha.Erica estava brincando com Michel e, quando viu o neto saindo, disse um pouco emburrada:- Bruno, por que você não ajuda Aurora com a louça? Ela esteve ocupada a manhã toda e deve estar bem cansada.Os homens da família Alves mimavam muito suas esposas, e Erica tinha visto seus filhos tratarem as noras com consideração e carinho.Como foi que, quando chegou a vez de seu neto, se tornou incapaz de ser atencioso com a esposa?- Aurora não precisa de minha ajuda. Vovó, eu vou voltar para o escritório primeiro. - Bruno disse em voz baixa e passou pela avó.Erica abriu a boca, querendo dizer alguma coisa, mas Bru
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do