- Estou aqui fora, me preparando para ir até sua livraria para tomar café da manhã juntas. Você não precisa embalar o café da manhã, já embalei três porções e trarei para você e Stella comerem juntas. - Disse a avó.- Tudo bem, vovó, pode esperar por mim na livraria, vou para lá em breve. Porém, vovó, não precisava acordar tão cedo, descanse um pouco mais, não vou ficar com fome. – Respondeu Aurora.- Sou idosa, tenho um sono leve e acordo assim que amanhece. É um hábito. Na verdade, não me importo se você fica com fome ou não, apenas gosto de comer com você e acho que a comida fica ainda mais saborosa quando compartilhada. – Disse a avó.Ao ouvir isso, Aurora sorriu. Nos últimos meses, ela tinha comido frequentemente com a velhinha.A avó sabia que havia muitas comidas deliciosas em lojas antigas da Cidade G, e levava ela e Stella para experimentar todas as comidas famosas e autênticas da Cidade G. Ela e Stella achavam que a avó era uma grande amante da comida quando era jovem. No
Erica olhava para o neto, que também olhava para ela.Ela mexeu os lábios várias vezes, querendo dizer algo, mas não disse nada. No fim, gargalhou.Ao ver a avó gargalhando de forma descontrolada, Bruno ficou com cara de tacho.Erica deu tapinhas no ombro do neto enquanto ria, e Bruno teve que segurar a avó para que ela não se desequilibrasse de tanto rir.Depois de um tempo, Erica parou de rir e disse:- Ora, Bruno, a vovó não devia ter te culpado. De fato, Aurora fez curso de luta antes. Bem, e sua capacidade de luta não é nada mal, Aurora acabaria com uns dez marginais comuns com facilidade. Escute o conselho da vovó... Da próxima vez que Aurora estiver em apuros, não fique hesitando para ver se ela precisa ou não de sua ajuda, apenas corra para ajudar. Seria melhor se você acabasse se machucando um pouco, então Aurora se sentiria culpada e te trataria muito bem.Bruno estava com uma cara nada boa e apertava seus lábios.- Quando se trata de correr atrás da sua mulher, sempre é prec
- Sim, senhor. – Dito isso, o motorista de Bruno desceu do carro junto com Vasco.O motorista do carro à frente ficou emocionado com o fato deles dois terem descido para ajudá-lo.Depois de uma verificada, o motorista de Bruno disse:- Para consertar o seu carro, vai levar várias horas, estamos com pressa e não há como ajudá-lo. Vou chamar umas pessoas para te ajudar a empurrar o carro para o lado para que ele não bloqueie o tráfego, e você pode chamar um guincho.Um carro, com o esforço em conjunto de todas as pessoas, ainda era capaz de ser movido.Desde que fosse movido, ele não iria continuar bloqueando o tráfego de carros atrás dele.O motorista do carro quebrado agradeceu:- Tudo bem, agradeço muito a vocês. Mas então... A nossa jovem senhorita ainda tem um assunto urgente para resolver, será que vocês poderiam dar uma carona a ela?Vasco e o motorista de bruno não se atreveram a concordar precipitadamente, mas Vasco voltou ao Rolls-Royce e disse respeitosamente a Bruno pela jane
- Bruno! Bruno...Letícia correu atrás do carro de Bruno por alguns passos, mas logo desistiu.Bruno não a deixaria entrar no carro. Mesmo se ela ficasse deitada na frente de suas rodas, ele não pararia o carro, simplesmente a mandaria para a morte.Ela teve que ver o carro de Bruno, cercado por seus guarda-costas, se afastando cada vez mais, sem que ela pudesse fazer nada.Letícia bateu os pés no chão, irritada.Ela tinha vindo aqui de manhã bem cedo para bloquear o caminho de Bruno. O bloqueio foi um sucesso, e ele até fez um favor a ela ao mandar seus guarda-costas moverem o carro para o lado da estrada, liberando o caminho dos carros atrás dela.No entanto, Letícia ainda estava triste por não ter conseguido entrar no carro de Bruno.Obviamente, ela não desistiria assim.Ela não desistiria até que estivesse corrido atrás dele por um longo tempo.Quanto tempo se passou apenas desde que ela se declarou?Força, menina!Um dia, ela poderá entrar no carro de Bruno, e será a única jovem m
Ela olhou para a barriga de Aurora, que estava achatada e lisa.Verdade, aquele seu neto mais velho arrogante e um pouco contorcido havia dito que ainda não havia tocado em Aurora e que o casal nem dormia na mesma cama. O bisneto que ela tanto queria, ainda estava bem longe.Aurora achava Bruno frio demais e não se atrevia a beijá-lo, muito menos arrancar suas roupas para algo mais.E quanto ao Bruno...Erica estava muito preocupada.De repente, ela se perguntou se Bruno poderia gostar de homens ou ter algum problema em seu amiguinho, como diziam os rumores?Afinal, ele e Aurora já estavam casados havia mais de um mês e moravam juntos, mas ele ainda não havia feito aquilo que um marido deveria fazer com sua esposa.Erica decidiu pedir ao cozinheiro da família que fizesse uma sopa bem nutritiva para Bruno no almoço, e depois pedir a Aurora que a levasse para Bruno para ajudar a fortalecer seu corpo e ver se ele poderia gerar um bisneto.E isso serviria também para o casal se reconciliar
Erica pensou em fugir da loja, mas Letícia já estava na frente da loja e, se ela saísse, seria vista com muita clareza pela jovem da família Junqueira.Ela tinha que se esconder.Então, Erica pousou os talheres calmamente e disse a Aurora e Stella:- Estou cheia, preciso dar um pulo no banheiro. - Ao se levantar e ir para o banheiro, ela acrescentou. - Estou bem velha, então cada ida ao banheiro leva pelo menos mais de meia hora. Não me apressem.Aurora e Stella se entreolharam, dando de ombros.- Aurora, você está aí?Erica tinha acabado de fugir quando Letícia entrou.Ela entrou correndo com dois sacos de rede, um contendo camarões na mão esquerda e um contendo caranguejos na direita.- Aurora, me ajude aqui! Jesus, que pesado!Letícia era uma jovem senhorita de família rica, que geralmente ficava enfurnada em casa com tudo ao alcance de suas mãos e nunca trabalhou. Ela andou alguns passos do carro até a loja, segurando dois sacos grandes de camarões e caranguejos, e já os achou extr
- Acabamos de comer.Stella estava ocupada limpando a louça quando Letícia perguntou curiosa:- Quatro pares de talheres, tem mais alguém?Stella disse enquanto arrumava a mesa:- É a avó do marido da Aurora que está aqui, ela está no banheiro.Letícia grunhiu um “hum” brevemente e não fez mais perguntas.Ela sabia que Aurora era casada. Por causa do hit no Twitter, ela até havia pedido ao irmão, Pedro, que demitisse Diego. Quanto à disputa entre a família Garcia e Aurora, Letícia sabia mais do que qualquer outra pessoa. Naturalmente, ela também sabia que Aurora era casada.Mas poucas pessoas de fora sabiam disso.Letícia não era uma pessoa intrometida e não fazia muitas perguntas sobre a vida amorosa de Aurora.Depois que Stella limpou a mesa, Aurora serviu água para Letícia, perguntando:- Srta. Letícia, você não acabou de sair de férias? Por que voltou tão cedo assim?- Eu estava preocupada demais com o amor da minha vida, então depois de passar dois dias na praia com meus pais, vol
Aurora não sabia que seu marido era justamente aquele Sr. Alves que Letícia amava.Letícia dizia Sr. Alves todas as vezes e não mencionava muito o nome de Bruno, somado ao fato de que existiam muitas pessoas com nomes iguais no mundo, nenhuma das duas sabia que estavam falando da mesma pessoa.- Bem feito! - Erica riu escondida no banheiro. – Essa novela está ficando cada vez melhor.Querendo ver o espetáculo que estava por vir, Erica aguçou os ouvidos e continuou a ouvir a conversa entre as duas garotas do lado de fora.Aurora, ainda se lembrando da avó, disse para a melhor amiga depois de conversar com Letícia por um tempo:- Stella, vá perguntar para a vovó se ela está bem, ela está no banheiro há muito tempo.Stella assentiu e se virou para o banheiro.Michel estava sentado no canto, brincando com seus brinquedos. Quando não havia um adulto com ele, ele só brincava dentro da loja e não saía sozinho para fora, era um garotinho muito esperto.Letícia, que achava que seu plano não hav
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do