Aurora estava esperando por Bruno na loja de chá de pobá. Ela não queria ficar sentada ali em vão, então pediu dois chás de pobá e pediu ao vendedor que os embalasse para ela.Ela estava sentada perto da porta, então quando Bruno saiu em seu carro, ela o reconheceu imediatamente e saiu com os dois chás de pobá que havia embalado.Com um sorriso no rosto, ela acenou com a mão para Bruno, que parou o carro em frente a ela.Aurora deu dois passos à frente, abriu a porta do passageiro e entrou no carro, colocando o cinto de segurança, antes que Bruno colocasse o carro em movimento novamente.- Por que você está usando uma máscara, e ainda é uma máscara preta? - Aurora perguntou casualmente.Bruno não disse nada, mas tirou a máscara. Afinal, ele já havia se afastado da porta da empresa e ninguém mais o reconheceria.Mesmo que muitas pessoas não o tivessem visto pessoalmente, era melhor ter cuidado.Bruno não explicou e Aurora não insistiu no assunto, mas perguntou a Bruno:- Você quer um ch
-Aliás, tem algo que preciso falar com você. - Aurora mudou de assunto.Ela ainda falava tranquilamente, e Bruno percebeu que ela não havia ficado brava com o silêncio dele.Por alguma razão, a falta de raiva dela fez com que Bruno se sentisse bastante desconfortável por dentro.- O que é?- A vovó disse que quer ficar em nossa casa por alguns dias, para um fim de semana, e me pediu para conversar com você sobre isso, temendo que você não aprove. Você é neto da própria vovó, como poderia não aprovar?Erica estava apenas com medo de perturbar a vida do casal.Mas ela estava pensando demais.Aurora e Bruno não tinham nenhum mundo à dois, eram apenas um casal titular.Durante o dia, eles trabalhavam separadamente.À noite, dormiam separados.Eles só se falavam quando tinham algo importante e tinham poucas chances para conversas casuais.Quando se casaram, Aurora achava que seu casamento era apenas uma convivência, mas agora, estava realmente se tornando o que ela imaginava.Aurora teve um
Bruno era mesmo um finalizador profissional de conversas.Aurora parou de falar e ficou sentada em silêncio, olhando pela janela do carro para a paisagem da rua.Quando voltou para a loja, Madalena também tinha acabado de voltar.- Mana! - Aurora chamou a irmã ao sair do carro.Madalena virou a cabeça e, ao ver a irmã e o marido dela, esboçou um sorriso no rosto rechonchudo e perguntou:- Onde você e o Bruno foram?- Chamei ele para almoçar aqui na loja e fui até o escritório dele para esperá-lo. Irmã, como foi? Você encontrou um emprego?Bruno saiu do carro e também chamou Madalena de irmã.Ela sorriu em resposta. Mas assim que a irmã mencionou o emprego, sua expressão ficou sombria, balançou a cabeça e disse:- Ainda não, entreguei vários currículos, mas ainda não recebi nenhuma resposta, ou então simplesmente me rejeitaram. - Depois de uma pausa, ela acrescentou. – Quando ficaram sabendo que tenho um filho de apenas dois anos, disseram que meu filho era pequeno demais e que teria ta
Depois do almoço, Madalena disse que queria ir para casa e descansar.Ela havia procurado emprego durante toda à manhã e se sentia muito cansada.O fato de não ter encontrado um emprego havia deixado Madalena um pouco abatida, e ela iria para casa reescrever alguns currículos com menos exigências para o cargo desejado, para ver se conseguiria encontrar um emprego.- Mana, eu te levo para casa. – Disse Aurora.Madalena olhou para o cunhado.Bruno disse:- Irmã, eu vou voltar para o escritório primeiro.- Beleza, dirija com cuidado. - Advertiu Madalena.Depois que seu cunhado saiu, Madalena pegou o filho, que ainda dormia, e entrou no carro da irmã, dizendo:- Se o Bruno não tiver muito tempo para almoçar, você pode levar a marmita para o escritório dele. Assim, ele não precisa correr para cá e para lá, e acabar sem nenhum descanso durante a hora do almoço.- Entendi. - Aurora colocou o carro em movimento.Ela não iria mais para o Grupo Alves.Mas essas palavras, para não ser repreendida
Bruno disse com indiferença:- O Sr. Jean não é um bom lutador, mas a família Tavares é a número um da Cidade A, assim como a minha família Alves, aqui na Cidade G. Para garantir a própria segurança, ele só pode viver cercado de guarda-costas, não é nada espantoso. Se você tem inveja da pompa do Sr. Jean, você também pode trazer dez ou oito guarda-costas com você todos os dias.Paulo não trazia seus guarda-costas, ele mesmo era um ótimo lutador.Além disso, poucas pessoas sabiam quem ele realmente era, e seria muito chamativo se ele saísse com guarda-costas.Os dois homens estavam conversando sobre negócios quando a secretária bateu à porta.- Presidente Bruno, o café que o senhor pediu.A secretária trouxe o café recém-preparado e o colocou gentilmente na frente de Bruno.Quando a secretária saiu, Paulo provocou seu amigo e chefe:- Depois de sair correndo para ficar de grude com sua esposa na hora do almoço, você não está com disposição para trabalhar esta tarde, né? Tome mais duas x
- O João quer que a gente vá jantar no lugar de sempre amanhã. O cara sempre nos convida para jantar no Restaurante Marvolo. Admito que a comida é boa, mas eu nem me daria ao trabalho de ir se a Cafeteria Yasmin da Sra. Erica não ficasse bem ao lado, na qual podemos ir e relaxar. – Disse Paulo.- Era lá que costumávamos ir no passado, o João é uma pessoa nostálgica. – Respondeu Bruno.No passado, os três ainda não tinham chegado onde estavam hoje, Bruno não era nem mesmo um pequeno executivo na época. Como ele não gostava de revelar seu status de família rica, então os três amigos costumavam ir comer em restaurantes de médio padrão.A Cafeteria Yasmin era a maior e mais exclusiva cafeteria da Cidade G. Ao seu redor, tanto as lojas de roupas, quanto os restaurantes, eram todos de padrão médio para cima.Se fossem de um padrão muito baixo, não conseguiriam atrai a clientela da Cafeteria Yasmin.As pessoas, que frequentavam a cafeteria, eram geralmente a elite do mercado de trabalho da re
Depois de refletir um pouco, ele acabou se sentando à mesa, reabriu a tampa da caixinha e comeu em silêncio aquele quibe, que na verdade não gostava.Era preciso admitir que, somente depois de se casar com Aurora, ele passou a parecer mais como um mero cidadão comum.Ele provou muitos lanches que nunca tinha experimentado.Depois de terminar o seu café, Bruno vagou até a varanda e se sentou na cadeira de balanço para admirar as flores que ela havia cultivado.Ele ficou ali até às onze horas, quando recebeu um telefonema de Paulo o apressando. Só então, Bruno voltou para o quarto, trocou de roupa e saiu.Sabendo que Aurora estava na casa de sua irmã, Bruno achou que o casal não tinha como se encontrar, então não usou o Toyota comercial, mas sim o seu Rolls-Royce como de costume, escoltado por vários guarda-costas, até o Restaurante Marvolo em grande pompa.E para que não causasse muito alvoroço, ele estacionaria o carro em frente à cafeteria de sua avó e caminharia até o restaurante.Qu
Bruno voltou ao seu lugar, mas seu rosto estava calmo. Quando a comida chegou, ele começou a comer, sem dizer nada sobre os assuntos que os dois melhores amigos estavam conversando.A imagem de Aurora sorrindo e colocando comida no prato de Helder sempre vinha à sua mente.- Bruno, você está um pouco estranho hoje. - João pegou uma garfada de comida, colocou na boca e depois olhou para Bruno, que estava sentado à sua frente, e disse. - Por que você só está comendo e não fala nada?Paulo acenou com a cabeça em concordância.Bruno apenas disse levemente:- Estou com fome.Ele tinha comido quibe no café da manhã. Era algo que não gostava, e a quantia não era muita, então estava realmente com fome.Obviamente, ele também estava com um humor nada bom.E quando estava de mau humor, ele comia, comia e comia.Ela colocou comida no prato de Helder e ele não se importaria nem um pouco, não era mesmo? Será que ela achava que ele ficaria com ciúmes?Ele já lhe disse que não era um homem que ficava
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do