- Não estou dizendo que não vou deixar você se vingar pela sua irmã. Se ela e o Daulo brigarem de vez e não houver mais nenhuma chance de volta, com certeza te apoiarei em ir atrás do seu cunhado.Aurora mordiscou um pedaço de bacon e disse:- Tem razão, vou controlar meu temperamento e não dar uma lição em ninguém, mas ainda preciso lhe dar uma boa advertência para que a família Francisco não pense que minha irmã não tem família para apoiá-la e que está ali para ser maltratada à vontade por eles.Quando Bruno viu que ela havia decidido seguir seu conselho, ele não disse mais nada.Depois de encherem a barriga e descansar por alguns instantes, o casal saiu junto.Sabendo que Aurora estava preocupada com a irmã, antes de levá-la de volta à loja, Bruno passou pela casa de Madalena para que Aurora visse como ela estava.Aurora ficou comovida com a atenção dele aos detalhes.Tendo se advertido na noite anterior para não flertar com Bruno novamente, diante de sua atenção, Aurora jogou a adv
- Presidente Bruno, pode parar de me demonstrar o amor entre vocês, não vou me casar agora.Bruno acabou com sua solteirice, então ele não podia vê-lo continuar solteiro? Sempre mostrando os benefícios de ter uma esposa, ele não estava apenas tentando puxá-lo para o mesmo caminho e acabar com sua vida de nobre solteiro, também?- Ei, por que você está usando essa roupa hoje? - Paulo, com olhos aguçados, percebeu que o terno de Bruno não era da marca usual e perguntou com curiosidade. - Por que você mudou a marca?Bruno era uma pessoa muito obsessiva.Quando ele era obcecado por uma marca, podia usar aquela marca por anos e anos e não a trocaria facilmente.Pelo jeito de Bruno, os ternos que ele normalmente usava eram muito caros, ao contrário do que ele estava usando hoje, que custava no máximo algumas centenas de reais.Esse não era o estilo do Bruno.Paulo seguiu os passos de seu chefe e perguntou com preocupação:- Presidente Bruno, estamos tendo uma crise financeira no Grupo Alves?
Quando Aurora ouviu as palavras de Carolina, a raiva em seu coração não pôde mais ser reprimida mesmo que ela quisesse, mas ela ainda teve a decência de não dar um tapa na mesa, em frente à Carolina.Ela entrou sem pressa atrás do caixa e se sentou, depois olhou para Carolina e perguntou:- Carolina, você disse que minha irmã bateu no meu cunhado? Você viu isso pessoalmente? Foi minha irmã que começou a briga? Meu cunhado não revidou? Que tipo de surra o cunhado levou? Foi hospitalizado?Carolina disse com muita cara de pau:- E daí se foi o Daulo que começou? Sua irmã estava precisando de uma lição. O Daulo já queria dar uma lição nela naquele dia, mas não o fez porque você trouxe seu marido. Para Madalena não ficar envergonhada na frente de vocês, nós o convencemos a deixar isso para lá. Que homem não daria um tapa na cara dela depois do que ela fez? Sua irmã errou e merecia ser espancada pelo marido, mas como ela ousou revidar? Ela bateu tanto no Daulo que ele não ousou voltar para
Carolina interrompeu:- Quem deu à luz, quem se responsabiliza. Os sogros não são obrigados a cuidar dos netos.- Pois é, quem deu à luz, quem se responsabiliza, então por que a dona Carolina não é responsável pelos seus filhos?Carolina abriu a boca algumas vezes sem conseguir retrucar, depois disse:- Meus pais estão dispostos a me ajudar com o bebê, se você for capaz, diga à sua irmã para pedir aos seus pais que a ajudem com o bebê!Aurora pegou o copo de água que estava na frente de Carolina e o jogou diretamente no rosto dela.- Aurora, o que você está fazendo?- Você tem uma boca suja demais, estou te ajudando a lavá-la. – Disse Aurora, olhando friamente para essa dupla de mãe e filha.Carolina estava com tanta raiva que queria ir para cima dela, mas foi puxada para trás por Arabela, que disse à filha:- Os pais delas morreram há mais de dez anos, você está jogando sal na ferida ao dizer isso, então não pode culpar Aurora por estar com raiva.- Mas ela não pode jogar água no meu
- Claro que, se a Srta. Carolina estiver disposta a ser escrava do seu marido, não tenho nenhuma opinião. Mas a minha irmã não é escrava! Hoje em dia, homens e mulheres são iguais, maridos e esposas são iguais, ninguém é mais nobre do que ninguém. Você quer ser submissa, é escolha sua, não tente fazer minha irmã ser submissa também. Foi Daulo quem começou a briga, ele espancou minha irmã com intenção de matar, minha irmã apenas lutou para continuar viva, ela estava se defendendo! Quer que Madalena peça desculpas? Nunca! É você quem deveria voltar e convencer o Daulo a pedir desculpas à minha irmã.Aurora parecia fria e dura. Sem medo de ofender a família de seu cunhado, ela continuou:- Se você acha que minha irmã não ganha dinheiro e só gasta dinheiro, pode mandá-la de volta, não seja dura com ela. Vocês ficam com dó de seu filho, eu também fico com dó da minha irmã. Além disso, naquele dia, minha irmã gastou mais de mil reais em um dia, foi para comprar roupas, porque eu estava levan
- Acho que você quer que os dois se deem tão bem quanto nós. Casais sempre terão seus problemas, mas no final, sempre se resolvem, então não se preocupe muito com isso.Aurora disse friamente:- Daulo quebrou as duas pernas ou ele não sabe o caminho de casa? Por que precisa que minha irmã vá buscá-lo?Se Madalena fosse buscar Daulo na casa dos Francisco, ela seria intimidada pela família, e isso também significaria que ela estaria baixando a cabeça primeiro, e Aurora não deixaria sua irmã admitir que estava errada.Daulo poderia voltar se quisesse. Mas se não quisesse, poderia ficar na casa dos pais.Sua irmã estava feliz por ser deixada sozinha.- Você é uma garota tão teimosa! - Arabela disse com raiva para Aurora. – De qualquer maneira, se Daulo não voltar para casa, também não vai dar nenhum dinheiro para sua irmã. Se sua irmã puder se sustentar sozinha, ela nunca precisará vir até a casa dos Francisco!Dito isso, Arabela puxou a filha com ela e saiu.- Quero ver o quanto vocês dua
- Vou ter uma boa conversa com minha irmã, isso não pode continuar assim, não pode continuar sendo intimidada.A sua irmã não tinha fonte de renda, então estaria sempre em desvantagem.- Por que você não diz à sua irmã para vir trabalhar na nossa loja? Eu pago o salário dela, não precisará que você pague. Assim, ela também poderá cuidar do Michel, seria dois coelhos com uma cajadada só.Stella realmente queria ajudar Madalena.Aurora suspirou:- Minha irmã não viria, ela também não acha que nossa loja seja lucrativa e acredita que só ganho algum dinheiro com a minha loja virtual.Na verdade, a loja delas ainda dava um bom lucro.Só que Madalena insistia que não queria vir, nem ganhar o dinheiro vindo da própria irmã. Então, Aurora não conseguia convencê-la.- Madalena trabalhava no setor financeiro, então posso perguntar ao Helder se eles estão contratando gente no Grupo Lopes e colocar a Madalena lá. A empresa da família do marido da minha tia não é tão boa quanto o Grupo Alves ou o G
Como de costume, Bruno ficou em silêncio do outro lado da linha antes de falar, perguntando a ela:- O pessoal da família Francisco já foi embora? Elas não fizeram nada demais, fizeram?- Não, mas elas disseram muitas coisas que me deixaram tão irritada que quase bati nelas. São comparáveis aos meus parentes Garcia, são todos hipócritas. Elas culparam minha irmã por tudo, dizendo que foi Madalena quem errou, e ainda queriam que minha irmã fosse até a porta da casa dos Francisco com um presente para se desculpar com Daulo. Ah, vá se foder!A menção à dupla de mãe e filha da família Francisco deixou Aurora tão irritada que ela xingou ao telefone, mas logo se sentiu envergonhada e disse a Bruno:- Sr. Bruno, fiquei um pouco irritada demais, não me culpe por ter dito algo que tenha sujado seus ouvidos.Bruno disse sobriamente:- Você não as xingou? Devia ter pego um cabo de vassoura e expulsado elas da loja. Ele praticou violência doméstica contra sua irmã e ainda tem a coragem de pedir qu
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do