Helder também achava que essas pessoas eram realmente hipócritas ao extremo, caras de pau e sem vergonhas.- Aurora, gravei a conversa toda de vocês. - Stella disse. - Estou te enviando a gravação para o caso de eles inventarem bobagens e postarem online novamente.Com isso, Aurora fez um sinal de positivo para sua melhor amiga, ela estava tão brava com eles que havia se esquecido de fazer gravação secretamente.- Helder, você ainda não vai ir trabalhar?Depois de enviar a gravação para sua melhor amiga, Stella se lembrou de que seu primo ainda estava na loja e imediatamente o advertiu para que ele se apressasse e fosse trabalhar.Helder realmente não queria ir e disse:- Estou trabalhando na minha própria empresa, não importa se eu me atrasar um pouco.- É justamente porque você trabalha em sua própria empresa que precisa se esforçar mais e seguir às regras e aos regulamentos da empresa, ser um bom exemplo para que os outros não possam implicar com você. Vá logo trabalhar, se minha ti
Na verdade, Bruno estava um pouco preocupado que Aurora não conseguisse lidar com os primos Garcia, mas não disse nada e nem ligou para Aurora.Ele já estava casado havia quase um mês e conhecia Aurora um pouco melhor do que no início. Se ela não estivesse conseguindo lidar com a situação, teria ligado para ele, pedindo ajuda. E já que não ligou para ele, devia estar dentro de suas capacidades lidar com eles.Além disso, ela estava com a razão, não tinha como perder.Com isso em mente, Bruno apenas saiu do trabalho à noite, como sempre. Ele trocou de carro e foi para a Escola Secundária de Cidade G.Quando saiu do escritório, Paulo reclamou que Bruno que não tinha comparecido aos compromissos sociais ultimamente e que a pressão estava toda sobre ele.Bruno respondeu diretamente a Paulo:- Eu já sou casado, então eu preciso ir para casa depois do trabalho para passar um tempo com minha esposa e nutrir meu relacionamento.Paulo ficou com cara de tacho.Que bela desculpa!Era claramente u
Depois de uma breve pausa, Bruno acrescentou:- Amanhã eu te levo ao trabalho.Como ele estava sendo atencioso, Aurora deixou a bicicleta elétrica na loja e entrou no carro de Bruno.Stella observou o casal sair e disse para si mesma:- Cada vez mais parecidos como um casal de verdade. Se eu pudesse encontrar um homem como o Sr. Bruno, ficaria feliz com um casamento relâmpago.Embora Bruno sempre tivesse sido distante e pouco comunicativo, sua bondade com Aurora se refletia nos detalhes.Infelizmente, nenhum dos homens que ela conhecia eram tão bons quanto Bruno. Os “homens de qualidade” eram chamados assim porque ganhavam muito dinheiro, mas, na verdade, estavam longe de ser de qualidade.No último encontro às cegas na Cafeteria Yasmin, o seu pretendente teve uma queda por Aurora e ainda perguntou em particular à casamenteira sobre ela, sonhando acordado mesmo sabendo que Aurora era casada.Stella ligou para aquele pretendente e o xingou, avisando que se ele fosse assediar Aurora em p
As duas irmãs eram muito próximas e todos no bairro sabiam disso.Madalena não queria que sua irmã mais nova soubesse, para que ela não se preocupasse com isso.- Dona Lurdes, obrigada.Aurora agradeceu a Dona Lurdes e arrastou Bruno rapidamente para dentro do prédio onde sua irmã morava.- Quando deixei minha irmã aqui ontem, meu cunhado a repreendeu por não cozinhar para ele, a cara dele na hora era de querer bater em alguém, só depois de me ver é que ele mudou de cara. - Aurora tagarelou com Bruno. - Por que minha irmã não me contou?Aurora ficou com o coração partido pela irmã. Diziam que quando uma mulher se casava, era como renascer, e o renascimento de Madalena foi uma bosta.Depois de três anos de casamento, a atitude do cunhado em relação a sua irmã havia mudado.Bruno disse de forma profunda:- Porque a sua irmã não quer que você se preocupe. Agora mesmo, Dona Lurdes disse que Madalena correu atrás do seu cunhado por alguns quarteirões com uma faca de cozinha, isso significa
Antes, era sua irmã que a protegia. Agora que ela era mais velha e mais capaz, era sua vez de protegê-la.- Aurora. - Madalena se apressou em puxar sua irmã de volta e disse. - Não precisa ir. Foi apenas um pequeno ferimento superficial, ele não teve nenhum benefício. Eu o persegui por alguns quarteirões com uma faca e o deixei apavorado, acredito que ele nunca se atreverá a fazer violência doméstica comigo novamente.- Irmã, uma vez que tenha ocorrido a violência doméstica, sempre terá a segunda vez. Se ele se atreveu a fazer isso com você e não foi atrás dele, ele não saberá o que temer e vai fazer isso com você de novo no futuro.Era preciso haver tolerância zero para a violência doméstica!- Fica tranquila, sua irmã sabe disso, por isso eu não admiti a derrota. Eu também o espanquei violentamente, depois o persegui por alguns quarteirões com uma faca. Você não sabe o quanto ele estava assustado, suas duas pernas estavam tremendo! Dizem que na primeira vez que um casal briga, é prec
As duas irmãs viveram juntas por muitos anos e Madalena conhecia a irmã bem o suficiente para saber que ela ainda teimaria em ajudá-la, então ela fez a irmã ficar propositalmente, depois trouxe uma garrafa de vinho e bebeu com ela até tarde da noite antes de deixar o jovem casal ir embora.Aurora, que não tinha uma capacidade muito boa para bebida, somado ao fato de Madalena ter trazido uma bebida alcoólica de alta concentração, ficou levemente bêbada depois de apenas um copo e saiu da casa da irmã um pouco zonza e com os pés leves.Madalena acompanhou o jovem casal até a saída.Quando ela trabalhava, costumava ir para compromissos sociais com seus chefes e tinha desenvolvido uma capacidade de beber tão boa que um copo de bebida forte não a afetava em nada.- Bruno, a Aurora está bêbada, cuide bem dela. - Madalena advertiu o cunhado.Ela embebedou Aurora para que a irmã não pudesse ir atrás de Daulo para acertar as contas.Madalena tinha medo de que, se fosse para a casa dos Francisco,
Aurora foi acordada por ele e se sentou, esfregando os olhos com infantilidade antes de olhar para ele, sem piscar.De repente, ela estendeu a mão para ele e seus belos olhos brilharam, enquanto ela dizia com uma voz nítida:- Venha, bonitão, me carregue para fora do carro.Com o rosto sombrio, Bruno estendeu a mão e deu um peteleco na cabeça dela, com a voz dois tons mais fria:- Eu te avisei, não se aproveite de mim estando bêbada. Você está bêbada, mas não tão bêbada que esteja delirando, você está bem ciente de cada palavra que diz e cada ação que faz agora.Aurora estava ciente.Mas com o álcool em ação, ela estava muito impulsiva.Quanto mais Bruno a avisava para não se aproveitar dele, mais ela o fazia.Um homem grande como ele tinha medo de que uma mulherzinha se aproveitasse dele?Seria motivo de piada se isso se espalhasse.- Bruno... - Aurora sorriu atrevidamente e lhe perguntou. – Você é como aquele Sr. Bruno da família Alves, que na verdade tem problemas?Ele era mais puro
Bruno não estava bravo, apenas não queria que Aurora o visse sorrindo.Entrando no prédio, ele percebeu que sua esposa não o seguia, então parou, virou a cabeça e perguntou seriamente:- Você vai ficar aí a noite toda?Aurora voltou a si e veio correndo até ele, cambaleante.- Sr. Bruno, o senhor não está mais com raiva?Bruno a olhou friamente. Bem, seus olhos eram sempre frios. Estendendo a mão para cutucar sua testa novamente, ele disse:- Não faça mais isso!Aurora levantou as mãos como uma estudante levando bronca do professor e prometeu:- Prometo que não vai acontecer de novo.Sem dizer uma palavra, Bruno se virou e foi embora, e Aurora se apressou em segui-lo.Enquanto observava suas costas robustas, o efeito do álcool em Aurora diminuiu e ela suspirou em sua mente: “A vovó ainda disse para eu derrubá-lo, mas eu não tenho confiança para fazer uma coisa dessas diante dessa sua cara amarrada e fria”.Mas era muito divertido flertar com ele.Foi somente depois de um copo de bebida
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do