- Eliana realmente drogou a própria irmã? - Nelson ficou chocado ao ouvir isso.- Sim, nossa Aurora salvou a vida da Srta. Natália. Ela fez uma boa ação, mas essas pessoas fofoqueiras dizem que Aurora se intromete demais. Dizem que ela ofendeu a Sra. Leite e a Srta. Eliana, falam sobre como o velho Sr. Leite protege seus filhos. E daí? Eu também protejo. Aurora é minha nora, não tenho medo de ofender ninguém! Contanto que Aurora esteja certa, ela pode ofender todos na Cidade G, eu a apoiarei. Isso me deixa furiosa, eles estão tentando semear a discórdia, será que eles querem que eu seja a primeira a destruir a harmonia da família Alves?Nelson sorriu e disse:- Minha esposa é extremamente inteligente, ela não seria enganada.- Estou realmente irritada, e você está rindo? Aurora também é sua nora. Deixe eu te dizer uma coisa, daqui para frente, se alguém disser que Aurora é uma camponesa, não sabe se comportar e gosta de se intrometer nos assuntos dos outros, você precisa retrucar també
Mas como ainda estavam na primavera, ainda um pouco de frio no ar. Eliana ficou imersa na água gelada por metade da noite, passando muito frio. No meio da noite, ela começou a ter febre alta. A Sra. Leite imediatamente chamou o médico de família para examinar sua filha e prescrever remédios.Ela ficou ao lado do quarto da filha o tempo todo, até que a febre finalmente baixou completamente.- Aonde está a Natália? Ela não voltou ontem à noite? - Perguntou a Sra. Leite. Seu rosto, que segundos atrás ainda estava repleto de preocupação pela filha mais nova, de repente se transformou em expressão de desdém. - Aquela cega teve sorte de receber ajuda da Srta. Letícia e daquela caipira. Mas ela é apenas uma camponesa sem pais, acha que virou a dondoca agora? Se não fosse por ela se intrometer, Eliana não teria passado por isso. Aquela caipira foi tão rápida, como se soubesse artes marciais.Enquanto desciam as escadas, o casal discutia o que aconteceu na noite anterior. A Sra. Leite sentia um
Atendendo ao pedido do velho Sr. Leite, a Sra. Leite preparou o presente relutantemente.Então ela acompanhou o velho Sr. Leite até a porta.Após a partida do marido, a Sra. Leite murmurou para si mesma:- Ela é apenas uma camponesa, acha que o Sr. Alves vai amá-la para sempre? É apenas uma questão de novidade. Quando a sensação de novidade passar, quero ver se ela ainda vai ocupar o lugar da Sra. Alves!Meia hora depois, Bruno recebeu uma ligação interna. O assistente Lisboa informou que o Presidente Leite estava solicitando uma reunião.Sem precisar perguntar, Bruno já sabia o motivo da visita do velho Sr. Leite.Ele ainda não tinha ido acertar as contas com o cara, mas o cara veio até ele voluntariamente?- Deixe ele entrar. - Respondeu Bruno friamente ao assistente Lisboa.Depois que o assistente Lisboa desligou o telefone interno, ele passou a mensagem adiante.Na sala VIP do primeiro andar do prédio de escritórios, o velho Sr. Leite esperava tranquilamente. Seu coração estava um
O velho Sr. Leite já havia ouvido falar de como Bruno era frio e difícil de lidar.Se ele era fácil ou difícil de lidar, o velho Sr. Leite não poderia dizer com certeza, mas era um fato que ele era frio.Depois de assumir a Empresa Leite, após mais de uma década de esforço, ele transformou a pequena empresa em um grande negócio com ativos avaliados em bilhões.Embora os negócios deles, Empresa Leite, estivessem localizados em outros lugares, o Sr. Leite ainda tinha uma posição de destaque e conexões na Cidade G.- Sr. Alves, estou aqui para pedir desculpas em nome da minha esposa e filha. - O velho Sr. Leite explicou com um sorriso.Bruno respondeu friamente:- Eu nunca conheci a Sra. Leite e sua filha.- Sr. Alves, é o seguinte, minha esposa e filha tiveram alguns mal-entendidos e conflitos com a Sra. Alves. Eu já dei bronca nelas. Devido à febre da minha filha, minha esposa está cuidando dela. Então, estou aqui em nome delas para pedir desculpas à Sra. Alves. Sem a permissão do Sr. A
Bruno não disse nada, apenas ficou olhando para ele friamente.O velho Sr. Leite se sentiu extremamente desconfortável sob o olhar frio de Bruno.- O Sr. Leite veio aqui para se desculpar, certo? - Rivaldo quebrou o breve silêncio no escritório.O velho Sr. Leite assentiu apressadamente.Rivaldo continuou:- Minha cunhada é alguém que pode perdoar facilmente, mas ela valoriza muito a amizade.O velho Sr. Leite sorriu e disse:- Eu ouvi dizer que a Sra. Alves é uma pessoa leal e de bom coração.- É bom que o Sr. Leite tenha ouvido. Se não há mais nada a tratar, Sr. Leite, por favor, vá embora.Não precisava continuar fingindo aqui.O Grupo Alves e a Empresa Leite não tinham negócios em comum.O velho Sr. Leite já queria sair há muito tempo, mas não queria ser rude. Só Deus sabia o quanto ele se sentia desconfortável quando Bruno o encarava.Ele era muito mais velho que Bruno, poderia ser seu pai, e já passou por muitos altos e baixos na vida. Mas enfrentando Bruno, ele tinha a sensação
Parecia que o sol tinha acabado de nascer e já estava se pondo novamente.A transição entre o dia e a noite sempre acontecia de forma despercebida.No sábado, Aurora acordou cedo. Bruno só se levantou quando ela terminou de preparar o café da manhã.- Por que não esperou eu acordar para fazer o café da manhã?Bruno foi até ela por trás, a envolvendo em um abraço. Ele gostava de acordar e poder vê-la em casa.Mesmo que os dias fossem simples, ele se sentia muito feliz.Depois de passarem por discussões, períodos de guerra fria e mal-entendidos, Bruno valorizava ainda mais tudo o que eles tinham agora.- Eu dormi até acordar naturalmente, você ainda não estava acordado, não precisava te acordar para fazer o café da manhã, quem faz a comida não faz diferença. - Aurora se virou nos braços dele, olhando para cima, com olhos cheios de ternura e um sorriso nos lábios. - Querido, bom dia.Bruno encostou a testa na dela e respondeu suavemente:- Querida, bom dia.Em seguida, ele a beijou nos lá
Enquanto Aurora e sua irmã levavam Sra. Junqueira e os outros de volta à casa ancestral, o velho Sr. Garcia levava seu filho e dois netos mais velhos para a Escola Secundária da Cidade G, na esperança de conversar com Aurora sobre questões financeiras.Ele não acreditava que a família Alves permaneceria indiferente após todo o alvoroço.Talvez Aurora estivesse passando por momentos difíceis agora, sob enorme pressão.No entanto, quando chegaram à Escola Secundária da Cidade G, descobriram que a livraria de Aurora não estava aberta.- Por que a loja não está aberta? Que tipo de negócio é esse que ela está fazendo? Já são oito horas e a loja ainda está fechada! - Reclamou o velho Sr. Garcia enquanto saía do carro e via a livraria fechada.Ele começou a xingar Aurora, dizendo que ela não sabia como administrar um negócio.Sandro olhou ao redor das lojas e disse ao avô:- Vovô, hoje é sábado e a escola está de folga. Essas lojas são principalmente voltadas para os estudantes, e se os estud
- Deixe pra lá, vamos procurar a Madalena, que tipo de loja ela está abrindo?- Uma cantina de café da manhã.- Ah, sim, uma cantina. Vamos lá comer um café da manhã de graça.Ao saber que Madalena também abriria uma loja, o velho Sr. Garcia começou a xingar Madalena em casa, reclamando que ela recebeu uma grande quantia de dinheiro após o divórcio e não estava disposta a emprestar um milhão para ajudar seu neto. Depois de xingar a neta, ele também xingou o falecido filho Joaquim, reclamando que Joaquim e Rosa tiveram duas filhas ingratas que só o irritavam.O velho Sr. Garcia voltou para o carro e apressou seus filhos e netos a irem à cantina da Madalena para comer um café da manhã gratuito.Daqui para a frente, sempre que eles fossem para a cidade, poderiam ir à cantina da Madalena para comer, sem pagar nada. Madalena não poderia fazer nada contra eles, afinal, eles eram família!O velho Sr. Garcia levou seus filhos e netos à cantina da Madalena e descobriu que também estava fechada.
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do