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Capítulo 0005

Author: Adeus à Lua
A pessoa que se aproximava era amigo de Leonardo, chamado Thiago Souza.

Ele foi o mesmo homem que, naquela noite na reunião, havia expressado um pouco de simpatia por Helena.

Eles se conheciam há quase três anos, e Helena sempre teve uma boa impressão de Thiago Souza.

Ela respondeu:

— Estou comprando algumas coisas.

Thiago Souza olhou rapidamente para a bolsa que ela carregava.

— Isso é um presente para o Leonardo?

Helena achou que explicar seria um pouco trabalhoso, então simplesmente acenou com a cabeça, aceitando a suposição.

— Esse relógio não é barato, o modelo mais básico custa uma quantia de cinco dígitos. Você realmente não precisa dar um presente tão caro, o Leonardo... ele não merece.

Ele não merece.

Ele até admitiu pessoalmente que não conseguia esquecer a Camila e que estava apenas usando Helena como uma substituta.

Na noite anterior, ele até a abandonou, puxando a mão de Camila e saindo na frente de todos.

Após Leonardo e Camila saírem da festa de aniversário, foram para o hotel e passaram a noite juntos. Helena não sabia disso, mas Thiago sabia muito bem.

Eles tinham um grupo pequeno, composto por amigos do círculo social.

Helena havia namorado Leonardo por três anos e ainda não havia conseguido entrar nesse grupo, mas assim que Camila voltou ao país, Leonardo a adicionou.

Na tarde de hoje, Camila, de forma estranha, havia postado uma foto deles na cama no grupo, dizendo para Leonardo guardar a foto como recordação.

No entanto, menos de um minuto depois, ela retirou a postagem, dizendo que havia enviado por engano.

Naquele momento, Thiago havia visto, e queria dizer algo, mas no fim se calou. Afinal, não era da sua conta, e preferiu evitar mais problemas.

Thiago Souza pensava nisso, e embora quisesse aconselhar Helena a desistir, dizendo a verdade, as palavras não saíam de sua boca.

— Leonardo não precisa dessas coisas, você não precisa gastar meses de salário em um presente tão caro para ele.

Apesar de ser amigo de Leonardo há mais de dez anos, ele não conseguia dizer essas palavras.

Ele também queria dizer a Helena que, talvez, o presente que ela comprou com tanto esforço não fosse nem sequer algo que Leonardo apreciasse.

Mas essas palavras seriam muito duras, e Thiago não tinha coragem de pronunciá-las.

Helena sabia muito bem que Leonardo não merecia o presente, e que, na verdade, ela não estava comprando para ele. Ela acenou com a cabeça e, de forma evasiva, sorriu e disse:

— Certo, não farei mais isso da próxima vez.

Helena conversou um pouco mais com Thiago Souza antes de se despedirem.

Thiago observou o afastamento de Helena e suspirou suavemente.

— Só espero, ela sendo uma garota tão boa, como Leonardo conseguiu estragá-la.

Ele abriu o Whatsapp e, sem pensar, enviou uma mensagem a Leonardo.

— Amigo, sua namorada realmente é incrível. Acabei de vê-la comprando um relógio para você. Aproveite e cuide bem dela.

Quando Leonardo recebeu essa mensagem, estava jantando com Camila.

Toda a raiva que ele sentia desapareceu imediatamente ao ver a mensagem. Seu rosto começou a suavizar.

Parece que Helena sabia que havia feito algo errado hoje, e estava tentando se redimir com o presente. Se fosse assim, ele poderia ser mais gentil com ela, dar-lhe uma chance para se desculpar.

Mais tarde, ele aceitaria o presente e aproveitaria a oportunidade para pedir desculpas, dizendo que também não foi muito gentil e pedindo para ela não levar isso a mal. Além disso, ele poderia falar algo agradável para acalmá-la. Helena certamente ficaria feliz.

— Leonardo, o que houve? Quem está te mandando mensagem? Camila perguntou, observando-o do outro lado da mesa.

Leonardo guardou o celular, mantendo a calma, e respondeu:

— Nada.

Camila não fez mais perguntas.

Logo depois, Leonardo levantou-se para ir ao banheiro, e Camila pegou o celular que ele havia deixado sobre a mesa. Ela já sabia a senha, pois ele sempre usava a data do seu aniversário.

Camila rapidamente inseriu a senha e abriu o Whatsapp.

Ela olhou primeiro para a conversa de Helena, que estava parada desde uma semana atrás. Helena tinha perguntado se ele queria viajar durante o feriado, já que ela finalmente teria um tempo livre. Ela havia enviado alguns guias de lugares turísticos que gostaria de visitar.

Leonardo havia demorado cinco horas para responder:

— No feriado, tem muita gente, o que tem de tão interessante?

E depois Helena não havia mandado mais nada.

Camila deu uma olhada rápida nos destinos turísticos e um sorriso sarcástico passou por seus olhos.

Parece que o relacionamento deles de três anos não era grande coisa. Leonardo nem sequer queria acompanhar Helena em uma viagem.

Não havia nada de anormal nas mensagens do Whatsapp de Helena, então Camila fechou a conversa e casualmente rolou a tela, encontrando a mensagem de Thiago.

Camila deu um sorriso sarcástico, lembrando-se da indiferença com que Helena a havia tratado nas duas vezes anteriores que se encontraram, e se sentiu ainda mais cínica.

Ela pensava que Helena já estava pronta para se afastar, mas, ao que parecia, Helena ainda estava tentando se redimir comprando um presente, querendo fazer as pazes com Leonardo.

Camila fechou o Whatsapp, desligou a tela e colocou o celular de Leonardo de volta no lugar. Então, ela pegou o celular dela e ligou para a mãe de Leonardo, a senhora Maria.

— Sra. Maria, acabei de encontrar a namorada do Leonardo enquanto eu e ele estávamos vendo os anéis. A menina estava na loja experimentando o anel e quase tentando forçar um pedido de casamento...

Helena voltou para a mansão com o presente em mãos e continuou a arrumar suas malas.

Ela colocou o presente para Gabriel dentro da mala, mas enquanto continuava arrumando, a imagem do rosto gelado e bonito de Gabriel apareceu em sua mente.

Ela e Gabriel se conheciam há muito tempo.

As duas famílias moravam no mesmo bairro, a uma distância de apenas duas ou três centenas de metros, e quando eram mais jovens, os dois se encontravam com frequência.

Gabrielo era quatro anos mais velho que ela, e a primeira vez que o viu foi na casa dos pais dele.

Os pais de Helena a levaram para visitar a casa de Gabriel, e ela tinha apenas dez anos na época, ainda uma criança, enquanto Gabriel já havia se transformado naquele tipo de rapaz de novela escolar, o protagonista bonito.

Helena se lembrava claramente do primeiro momento em que viu Gabriel, ficou completamente encantada.

Ele tinha um rosto incrivelmente bonito, quase agressivo na sua perfeição, mas seus olhos eram frios como a neve no inverno.

Sua mãe a pediu para cumprimentá-lo, e ela, obediente, disse:

— Gabriel.

Ela se lembrava de que ele respondeu de forma muito indiferente.

Naquela época, Helena pensou que ele deveria ser muito difícil de se conviver.

Esse mal-entendido perdurou por vários anos.

Mais tarde, durante o ensino médio, ela teve dificuldades com matemática, e a senhora Costa, não se sabe como, soube disso. Ela riu e comentou com Leonidas, o pai de Helena:

— Vamos pedir para o Gabriel ajudar a Helena com a matemática. Ele sempre foi excelente em matemática no ensino médio!

Naquele momento, a mãe de Helena já havia falecido, e ela era uma pessoa bem diferente daquela menina tímida de quando era criança.

Durante cinco anos, Helena passou de uma criança despreocupada e cheia de alegria para uma adolescente silenciosa e rebelde.

— Eu não preciso que você me ensine.

Essa foi a primeira frase que ela disse quando Gabriel entrou pela porta.

Na época, ele tinha vinte e um anos. Alto, com aproximadamente um metro e oitenta e cinco, vestia uma simples camiseta branca e jeans cinza escuro. Seu corte de cabelo levemente desarrumado lhe dava um ar ainda jovem.

— Mas eu faço questão de ensinar.

Foi a resposta dele, com um tom de voz despreocupado, quase divertido.

Helena pensou que Gabriel seria rígido e exigente.

Na verdade, não foi nada disso. Depois de olhar a prova de matemática dela, ele apenas franziu levemente as sobrancelhas antes de começar a explicar os exercícios com paciência.

Ele passou por cada erro, questão por questão, sem demonstrar um pingo de impaciência.

A voz dele era grave e agradável, com uma leve aspereza, e quanto mais Helena ouvia, menos odiava matemática.

Para algumas questões, ele explicava até duas ou três formas diferentes de resolver.

No começo, o olhar de Helena estava cheio de resistência e desdém, mas, aos poucos, aquilo foi dando lugar à admiração e ao respeito.

— Gabriel, você é incrível! Já se formou no ensino médio há tanto tempo e ainda lembra tudo isso?

— Não lembro de tudo. Dei uma revisada nos livros antes de vir.

Ele fez uma pausa e, em seguida, bateu de leve na testa dela com a ponta da caneta.

— Mostre um pouco de respeito.

No verão do segundo ano do ensino médio de Helena, Gabriel passou muito tempo dando aulas para ela.

Naquela época, ele estava no terceiro ano da universidade em Cidade J. Passou quase todas as férias de verão em casa, sem sair para se divertir, apenas ajudando Helena com os estudos e corrigindo suas provas.

As férias de um estudante do ensino médio eram curtas. Quando ela voltou às aulas, Gabriel ainda estava de férias.

Todos os dias, ao voltar da escola, Helena o via sentado no sofá da sala de estar, esperando para ajudá-la com os estudos.

Graças a Gabriel, suas notas em matemática melhoraram drasticamente, subindo de um desempenho insuficiente para notas altas.

Helena sempre teve boas notas nas outras disciplinas. Sem a matemática puxando sua média para baixo, conseguiu passar no vestibular e ingressar na Universidade de Cidade J, tornando-se caloura de Gabriel.

Naquela época, para Helena, Gabriel era apenas um irmão mais velho atencioso e especial do bairro.

Ela o respeitava, gostava dele, mas sem qualquer sentimento romântico envolvido.

Por isso, quando seu pai sugeriu um casamento arranjado com a família Costa e disse que ela deveria se casar com Gabriel, ela não conseguiu aceitar.

Ela sempre o viu como um irmão. E como uma irmã poderia se casar com seu próprio irmão?

Perdida nessas lembranças, Helena foi interrompida pelo som da porta do quarto se abrindo.

Leonardo estava parado à porta, os olhos baixos, fitando-a.

— Já terminou de arrumar as coisas?

— Sim, quase.

Ele se apoiou no batente da porta e perguntou:

— Helena, você tem algo a me dizer?

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